quinta, 18 de abril de 2024
17/04/2024

Fampesc e Sebrae lançam parceria para aumentar a competitividade empresarial


A Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedor Individual de Santa Catarina (Fampesc) e o Sebrae/SC acabam de lançar o Edital de Fomento às Ampes (EFAMPE 2024), com o objetivo de aportar recursos nas micro e pequenas empresas participantes dos núcleos setoriais ou associadas ao Sistema Fampesc. As inscrições foram abertas nesta terça-feira (16) e vão até 16 de junho.

A meta é aumentar a competitividade empresarial, por meio de três eixos:

Produtividade: desenvolvimento de ações que permitam o aumento da eficiência do processo produtivo das empresas.
Gestão empresarial: cursos ou consultorias nas áreas de gestão (estratégias, marketing e vendas, financeiro, processos e pessoas), visando potencializar os resultados das empresas.
Acesso ao mercado: visitas técnicas ou participação de feiras.

Para ter acesso ao EFAMPE, os empresários devem apresentar o seu pedido para a associação de sua cidade ou região. Após analisado, caso seja aprovado, a parceria da Fampesc com o Sebrae/SC garante um subsídio de 50% do valor total. A outra metade ainda pode ser parcelada. Todas as regras de funcionamento já estão nas associações do Sistema Fampesc.

“Esta é mais uma oportunidade que a Fampesc e o Sebrae oferecem para melhorar concretamente as atividades dos pequenos negócios, em benefício do segmento que mais gera emprego e desenvolvimento local e nacional”, enfatizou a presidente da Federação, Rosi Dedekind.

“O EFAMPE é uma maneira de fomentador muitas empresas, melhorado o ambiente empresarial, através da capacitação, gestão e o atendimento dos empresários, pois o fortalecimento do empresário acarretará em fortalecimento da sua empresa na cadeia produtiva, fomentando a geração de empregos e renda”, reforçou Luciano da Silva, Analista técnico do Sebrae e gestor do PNS - Programa de Núcleos Setoriais.



Blog

Nova fase do Pronampe terá participação de instituições regionais

Instituições financeiras regionais vão ofertar crédito na nova etapa do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A segunda etapa do programa terá aporte adicional de R$ 12 bilhões da União no Fundo de Garantia de Operações (FGO), destinado à concessão de garantias no âmbito do Pronampe.

Segundo o Ministério da Economia, parte desse aporte de R$ 12 bilhões será destinada para algumas instituições financeiras regionais habilitadas: mais de R$ 21 milhões em crédito pela Agência de Fomento de Goiás; R$ 268 milhões pelo Banco do Nordeste; R$ 203 milhões pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG); R$ 282 milhões pelo Banco da Amazônia e R$ 730 milhões pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul).

No dia 19 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei nº 14.043, de 2020, que amplia o programa.

O ministério informa que o Pronampe continuará atendendo as microempresas (com faturamento até R$ 360 mil no ano) e empresas de pequeno porte (faturamento até R$ 4,8 milhões no ano), além dos profissionais liberais. O programa empresta até 30% da receita bruta do ano anterior, com taxa de juros máxima igual à Selic (atualmente em 2% ao ano) mais 1,25% ao ano. O prazo de pagamento é de 36 meses e carência de oito meses. É possível acompanhar o recurso sendo liberado pelo Emprestômetro do Portal do Empreendedor, onde também poderão ser consultadas as instituições habilitadas.

Nova cédula de R$ 200 entra em circulação na quarta-feira

A nova nota de R$ 200, com a imagem do lobo-guará, começará a circular na próxima quarta-feira (2). Segundo o Banco Central (BC), será a sétima cédula da família de notas do Real. Serão produzidos neste ano 450 milhões de unidades.

A cerimônia de lançamento das novas cédulas será transmitida pelo canal do BC no YouTube. O Banco Central divulgará a imagem da nova cédula no dia 2.

lobo-guará foi escolhido em pesquisa realizada pelo BC em 2001 para eleger quais espécies da fauna brasileira deveriam ser estampadas nas cédulas do país. No site do Banco Central, há mais informações sobre a nova cédula.

De acordo com o BC, o lançamento da nova nota é uma forma de a instituição agir preventivamente para a possibilidade de aumento da demanda da população por papel moeda.

Salário mínimo para 2021 ficará em R$ 1.067

A queda da inflação fez o governo reduzir o reajuste do salário mínimo para o próximo ano. Segundo o projeto do Orçamento de 2021, enviado hoje (31) ao Congresso, o mínimo subirá para R$ 1.067 em 2021.

projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, enviado em abril, fixava o salário mínimo em R$ 1.075 para o próximo ano. O valor, no entanto, pode ser revisto na proposta de Orçamento da União dependendo da evolução dos parâmetros econômicos.

Segundo o Ministério da Economia, a queda da inflação decorrente da retração da atividade econômica impactou o reajuste do mínimo. Em abril, a pasta estimava que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) encerraria 2020 em 3,19%. No projeto do Orçamento, a estimativa foi revisada para 2,09%.

A regra de reajuste do salário mínimo que estabelecia a correção do INPC do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) de dois anos antes perdeu a validade em 2019. O salário mínimo agora é corrigido apenas pelo INPC, considerando o princípio da Constituição de preservação do poder de compra do mínimo.

PIB

O projeto do Orçamento também reduziu as estimativas de crescimento econômico para o próximo ano na comparação com os parâmetros da LDO. A projeção de crescimento do PIB passou de 3,3% para 3,2% em 2021. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como índice oficial de inflação, caiu de 3,65% para 3,24%.

Outros parâmetros foram revisados. Por causa da queda da Selic (juros básicos da economia), a proposta do Orçamento prevê que a taxa encerrará 2021 em 2,13% ao ano, contra projeção de 4,33% ao ano que constava na LDO. O dólar médio chegará a R$ 5,11 em 2021, contra estimativa de R$ 4,29 da LDO.

 

Publicado em 31/08/2020 - 16:34 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
 
 
Docas do Rio melhora gestão financeira e registra lucro de quase R$ 1 bi em 2019

A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Autoridade Portuária que administra os Portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis, registrou lucro de R$947,8 milhões no exercício de 2019. Trata-se de um grande avanço no desempenho financeiro da companhia, conquistado com a melhoria das práticas de gestão, incluindo a implementação das recomendações dos Conselhos, Auditoria Interna e Órgãos de Controle, tais como controle de gastos e criteriosa análise gerencial de Fluxo de Caixa e Contas a Receber.
 
As demonstrações contábeis correspondentes a 31 de dezembro de 2018, originalmente divulgadas em abril de 2019, foram reapresentadas, para melhor refletir as operações da Companhia.

A superintendente de Finanças da CDRJ, Camila Carvalho explicou que os esforços possibilitaram a já divulgada redução do passivo herdado, principalmente, da extinta Portobras, referente a débitos oriundos de contratos de leasing. “Isso resultou em uma diminuição, a curto prazo, de mais de R$1 bilhão no passivo da empresa, o que correspondeu a um terço do total das dívidas acumuladas.
 
A superintendente destacou também que foi iniciada a elaboração de projeções de Fluxo de Caixa com o intuito de subsidiar e permitir o acompanhamento da Diretoria Executiva e dos Conselhos Estatutários. O Conselho de Administração, em sua reunião ordinária no mês de julho, registrou elogios à Diretoria Administrativo-Financeira da CDRJ e a toda a área financeira, em especial à Gerência de Gestão Financeira.

Ainda de acordo com Camila Carvalho, a inadimplência foi reduzida consideravelmente: “Pontos de Auditoria que constavam como pendentes há muito tempo, principalmente relacionados ao controle do Contas a Receber, foram sanados.


Entre as ações em andamento, ressalta-se o início da implantação, em conjunto com a Superintendência de Desenvolvimento de Negócios, do Sistema de Custeio Baseado em Atividades Portuárias e Política Tarifária, desenvolvido pela Fundação Luiz Englert, da Universidade Federal do Rio Grande Sul, e a centralização do Faturamento de todos os portos administrados pela CDRJ, que dever ser finalizada em setembro.

Reta final: Serasa anuncia última semana para quitar dívidas por R$100

A oferta de quitar dívidas por apenas R$100,00 em conjunto com parceiros do Serasa Limpa Nome (Tricard, Recovery, Ativos, Itapeva, Credsystem, Avon, Pernambucanas, Casas Bahia, Ponto Frio, Anhanguera, Unopar, Pitagoras, Unime, Iuni, Uniderp, Unirondon, Unique, Hoepers, Algar, Calcard e Vivo), está chegando ao fim. Após ajudar mais de 1 milhão de brasileiros a limpar seus nomes, com até 98% de desconto em dívidas entre R$ 200,00 e R$ 1.000,00, a janela de oportunidade estará aberta até o dia 31/08.

 

“Estamos trabalhando com diversas ações para ajudar o momento delicado da economia com muitas pessoas com perda parcial ou total de renda, trazendo mais empresas parceiras para a iniciativa de facilitar o pagamento de dívidas. Essa facilidade que estamos oferecendo em parceria com as empresas participantes é uma das alternativas da população sair da dificuldade, e fazer a economia se recuperar mais rapidamente”, afirma Lucas Lopes, diretor do Serasa Limpa Nome.

 

Para assegurar uma jornada digital simples e segura, além de evitar que os brasileiros caiam em golpes que levam o nome da empresa, a Serasa criou um roteiro prático para que os consumidores possam aproveitar a última semana das renegociações por R$100:

 

1º Passo

 

Acessar o site www.serasa.com.br ou baixar o aplicativo no celular; digitar o CPF e preencher um breve cadastro. Com isso, é possível usar os serviços com a garantia de que só você tem acesso aos seus dados. O consumidor também pode regularizar débitos financeiros pelo WhatsApp, através do número: (11) 98870-7025.

 

2º Passo

 

Ao entrar na plataforma, todas as informações financeiras do consumidor já aparecerão na tela, devidamente explicadas, incluindo as dívidas que tiver. Se quiser conhecer as condições oferecidas para pagamento, basta clicar para ser direcionado até uma nova página, onde serão apresentadas as mais variadas opções para renegociar cada débito.

 

3º Passo

 

Depois que você escolher uma das opções de valor, é só escolher se vai ser à vista ou em parcelas, e a melhor data de vencimento.

 

4º Passo

 

A plataforma da Serasa gera um ou mais boletos, dependendo da forma de pagamento escolhida, já com a data de vencimento escolhida.

 

Com o boleto o consumidor pode optar em pagar pelo aplicativo do banco em que tiver conta, que consegue ler o arquivo diretamente do computador, ou então imprimir a via e pagar na agência ou nas casas lotéricas.

 

Atendimento presencial

 

As agências da Serasa em todo o Brasil ainda não têm data para retomar o atendimento presencial ao público. A empresa aguarda orientações das autoridades de saúde para voltar a receber os consumidores com segurança, tanto para o público quanto para seus colaboradores. Mas, pensando em suprir essa necessidade, a Serasa disponibilizou seus serviços nos Correios, oferecendo as mesmas condições de negociação nas mais de 7.000 agências espalhadas pelo Brasil.

 

Sobre a Serasa

 

Desde 2012, a Serasa é o braço da Serasa Experian e responsável por estreitar o relacionamento entre a empresa e o consumidor. Em 2017 passou por uma reformulação, se tornou startup e lançou diversos serviços digitais voltados para melhoria da saúde financeira do consumidor, como Serasa Score, Serasa eCred, Serasa Antifraude, Serasa Ensina e Novo Serasa Limpa Nome. A intenção de ter todos esses produtos é estar presente em toda a jornada financeira das pessoas, descomplicando o acesso ao conhecimento e democratizando o crédito para os brasileiros de uma forma rápida, prática e justa.

 

Economia: Lindt abre sua primeira loja em Santa Catarina dia 29 de agosto

A Lindt, líder global na categoria de chocolates premium, anuncia sua chegada em Santa Catarina. A partir deste sábado, dia 29 de agosto, os consumidores de Balneário Camboriú terão acesso a loja do Balneário Shopping - da rede de shopping centers Almeida Junior - e ao repleto e variado portfólio de chocolates Lindt, cuidadosamente elaborados pelos Maître Chocolatiers da marca suíça, desde 1845. Localizada no primeiro piso do shopping.

A abertura da 49ª loja da Lindt faz parte do plano de expansão 2020, no Brasil, ano em que a marca completa 175 anos no mundo, 51 anos de presença no país e seis anos desde a inauguração da primeira loja própria. "É com muita alegria que anunciamos a nossa chegada na cidade de Balneário Camboriú, a primeira loja de Santa Catarina. Esta é uma praça muito importante para nossa marca, pois sabemos o quanto os consumidores da região aguardavam por este momento. Nosso plano de expansão segue até o final de 2020, quando completaremos 51 unidades abertas em todo o país, chegando cada vez mais próximo de nossos consumidores", comenta Walter Angst, CEO da Lindt no Brasil.

Os produtos da marca podem ser encontrados também no e-commerce e nas lojas Lindt localizadas nas cidades de São Paulo, São Caetano do Sul, Santo André, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Barueri, Campinas, Santos, Piracicaba, Jundiaí, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Niterói, Curitiba, Brasília, Goiânia, Porto Alegre, além dos principais supermercados e empórios do país.


Onde encontrar Lindt
E-commerce: http://shop.lindt.com.br/
Instagram: http://www.instagram.com/lindt_brasil/

Sobre a Lindt & Sprüngli
Fundada há 175 anos, em Zurique, a Lindt & Sprüngli é líder mundial no setor de chocolates premium e, atualmente, possui doze unidades de produção na Europa e nos EUA e mais de 14 mil funcionários.
Os produtos da marca são distribuídos por 26 subsidiárias pelo mundo, além de uma rede global de cerca de 100 distribuidores independentes. Em 2019, a empresa faturou 4 bilhões de Francos suíços (cerca de 25 bilhões de reais). No Brasil, a Lindt & Sprüngli é distribuída desde 1969 nos melhores supermercados e empórios e, desde 2014, possui operação própria no pais. Atualmente a filial brasileira emprega mais de 400 funcionários e em 2020 irá inaugurar sua 51ª loja própria.
 

Caixa oferece novas linhas de crédito para pequenas e médias empresas

Caixa Econômica disponibilizou, nessa segunda-feira (24), novas linhas de crédito para facilitar o acesso ao capital de giro para empresas de pequeno e médio porte, devido aos impactos econômicos causados pelo novo coronavírus (Covid-19). As linhas têm garantia do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), instituído pela Lei nº 14.042/2020. 

O crédito é destinado às empresas com faturamento fiscal superior a R$ 360 mil e inferiores a R$ 300 milhões ao ano, considerando a receita bruta apurada em 2019. No caso de grupos econômicos, é considerado o faturamento consolidado do grupo.

Os recursos poderão ser utilizados para realizar investimentos, como a aquisição de máquinas e equipamentos, despesas operacionais, como pagamento de salário de empregados, compra de matérias-primas, mercadorias, entre outros.

O prazo total da operação é de até 60 meses, com taxa de juros, para pequenas empresas, a partir de 0,63% ao mês, com prazo de carência de 9 até 12 meses. Já para as médias empresas, a taxa de juros é a partir de 0,53% ao mês.

Os empresários poderão solicitar o crédito no valor mínimo de R$ 15 mil até o valor máximo de R$ 10 milhões, considerando a soma das operações contratadas com garantia do FGI para o mesmo CNPJ, sendo o valor da contratação definido conforme a avaliação de crédito do cliente.

Como solicitar

As pequenas empresas, com faturamento fiscal anual inferior a R$ 30 milhões, podem solicitar o crédito nas agências ou manifestar interesse pelo produto por meio de preenchimento de formulário no site Caixa Com sua Empresa.

Para as médias empresas, com faturamento fiscal anual superior a R$ 30 milhões, o cliente entra em contato diretamente com uma das agências empresariais, para coleta dos documentos e demais tramites de contratação.

As contratações podem ser realizadas até 31 de dezembro de 2020, podendo ser prorrogadas caso haja alteração legal, ou até a utilização do limite disponibilizado para a Caixa no Programa, o que ocorrer primeiro.

Instituições financeiras preveem queda de 5,46% na economia este ano

A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 5,52% para 5,46%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – está no boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos. O mercado financeiro tem reduzido a projeção de queda há oito semanas consecutivas.

Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 13 semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.

Inflação

As instituições financeiras consultadas pelo BC ajustaram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 1,67% para 1,71% neste ano.

Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3% há 10 semanas consecutivas. A previsão para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.

A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 no atual patamar (2% ao ano). Para o fim de 2021, a expectativa foi ajustada de 2,75% para 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão passou de 4,75% para 4,50% ao ano e para o final de 2023, segue em 6% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Dólar

A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.

Confiança do consumidor sobe 1,4 ponto em agosto, diz FGV

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,4 ponto em agosto e atingiu 80,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Isso significa que voltou ao mesmo nível de março deste ano, quando a pandemia do novo coronavírus começou a impactar a economia. Nas médias móveis trimestrais, a alta ficou em 6,0 pontos. As informações foram divulgadas hoje (24) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Na análise por faixas de renda, o ICC mostrou que houve queda de confiança nas faixas de renda extremas e alta nas faixas intermediárias. Os consumidores de menor poder aquisitivo, apontaram piora relacionada à falta de perspectivas sobre emprego e melhora da situação financeira familiar, o que influencia diretamente o consumo. Já nos consumidores com maior poder aquisitivo, também há recuo na intenção de compras de bens duráveis, o que, de acordo com a FGV, pode estar relacionado com o alto nível de incerteza do período.

Para a coordenadora das Sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt, a tímida alta da confiança dos consumidores em agosto representa uma desaceleração no ritmo da recuperação iniciada em maio. O que é um reflexo do quadro de grande incerteza. Na visão dela, o resultado de agosto expõe também uma expressiva heterogeneidade entre as classes de renda.

“Os consumidores de renda baixa registram queda da confiança e parecem agora projetar maiores dificuldades nos próximos meses, o que pode estar relacionado ao fim dos pagamentos de auxílio emergencial. Os consumidores de maior poder aquisitivo, estão menos satisfeitos com o momento e preferindo poupar a consumir”, apontou.

Segundo a coordenadora, no mês, a confiança dos consumidores de classes intermediárias segue a tendência de recuperação. “Os movimentos distintos mostram que não apenas o impacto, mas a velocidade de reação pode ser diferente entre os agentes econômicos e devem ser analisadas com atenção”, completou.

Conforme o ICC, a satisfação dos consumidores em relação à situação atual permaneceu relativamente estável, ao contrário das expectativas que avançaram pelo terceiro mês consecutivo, apesar da forte desaceleração nesse mês.

Já o Índice da Situação Atual (ISA) cresceu 0,5 ponto e atingiu 71,5 pontos. Esse nível ainda é historicamente muito baixo, ao mesmo tempo em que o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,0 pontos, chegando a 87,1 pontos, sendo o melhor resultado desde fevereiro, quando registrou 93,2 pontos. Esse foi o resultado do último mês antes do início da pandemia no Brasil.

Atual

O indicador que mede a satisfação atual dos consumidores com a economia atingiu 75,1 pontos, o que representa alta de 1,2 ponto, Já o indicador que mede a satisfação com a situação financeira familiar teve recuo de 0,3 ponto, para 68,4 pontos. Segundo a FGV, os dois quesitos seguem registrando valores próximos aos respectivos mínimos históricos.

Futuras

Nas perspectivas futuras, embora o indicador tenha mostrado aumento no otimismo dos consumidores, isso se deu em menor ritmo na comparação com os meses anteriores. O índice que mede as expectativas dos consumidores com relação à economia variou 0,2 ponto, passando para 111,7 pontos, o que representa relativa estabilidade. É maior nível desde fevereiro quando ficou em 116,9 pontos.

Ainda em relação à economia, o indicador que mede o otimismo com relação às finanças familiares subiu 1,4 ponto e atingiu para 91,1 pontos. Foi a quarta alta consecutiva. No entanto, foi o quesito que mede o ímpeto de compras de bens duráveis que deu a maior contribuição para a alta do ICC em agosto. Ele teve elevação de 4,3 pontos, 

Vendas de imóveis caíram 2,2% no primeiro semestre, diz CBIC

Os lançamentos de imóveis residenciais caíram 43,9% no primeiro semestre ano, enquanto as vendas tiveram retração de 2,2%, na comparação com igual período do ano passado. Esses números estão no estudo Indicadores Imobiliários Nacionais do segundo trimestre de 2020, divulgado hoje (24) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

Segundo a CBIC, embora as incertezas por causa da pandemia de covid-19 tenham interrompido uma tendência de crescimento que vinha desde janeiro de 2018, os impactos no mercado foram menores que os estimados anteriormente.

Na avaliação da CBIC, enquanto as vendas sofreram quedas leves, houve grande diminuição no número de lançamentos. Isso aconteceu por conta de adiamentos em função da pandemia.

Lançamentos no segundo trimestre

No segundo trimestre de 2020, os lançamentos de imóveis (16.659 unidades) apresentaram uma queda de 60,9% na comparação com igual período de 2019.

Houve redução no número de unidades lançadas em todas regiões. A maior queda foi observada na região Norte (660 unidades), com 73,3% menos lançamentos que no segundo trimestre de 2019, seguida pelo Nordeste, com diferença de 70% (3.244 unidades). A região Sudeste teve variação negativa de 68,3% (18.238 unidades).

No primeiro semestre, foram 37.596 unidades lançadas, contra 67.034 unidades em igual período do ano passado. A maior diferença foi no Nordeste, com 6.690 unidades a menos ou 60,1% menos lançamentos que no mesmo período de 2019.

Vendas

No país, as vendas apresentaram uma queda de 23,5% no segundo trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nas regiões Norte e Nordeste praticamente não houve variação, com -0,5% e +0,1%, respectivamente. Na região Sul, houve variação positiva de 5% (333 unidades). As regiões mais afetadas foram a Sudeste, onde o número de apartamentos vendidos foi 39,3% menor (9.321 unidades a menos), e Centro-Oeste, onde o número de apartamentos vendidos foi 22,9% menor (947 unidades a menos).

No primeiro semestre, as vendas chegaram a 71.109, contra 72.710 em igual período de 2019.

Previsão

Segundo a CBIC, com as vendas praticamente estabilizadas e os lançamentos muito reduzidos no primeiro semestre, em função do que foi adiado por conta da pandemia, a expectativa é que agora as empresas lancem o que foi represado nos últimos meses.

De acordo com o presidente da CBIC, José Carlos Martins, é expectativa é de crescimento de 20% a 30% nos lançamentos no segundo semestre deste ano, comparado a igual período de 2019.

Minha Casa Minha Vida

O estudo Indicadores Imobiliários Nacionais do 2º Trimestre de 2020 também analisou a participação do programa habitacional Minha Casa Minha Vida nas unidades lançadas e nas unidades vendidas por região brasileira. A representatividade do MCMV sobre o total de lançamentos, no período, foi de 55,6%. Sobre o total de vendas, essa participação foi 56%.

Programa Casa Verde e Amarela

O presidente da CBIC disse que está previsto para amanhã o lançamento no programa Casa Verde e Amarela pelo governo federal. O programa será uma reformulação do Minha Casa Minha Vida. “O ponto chave será a regularização fundiária e a redução da taxa de juros”, disse Martins.

Mais medidas para o setor

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa, que participou de parte da coletiva de divulgação do estudo, afirmou que as perspectivas para o segundo semestre para o setor é “muito auspiciosa”.

Segundo ele, o governo anunciará nos próximos meses uma “série de medidas para destravar ainda mais a construção civil”,. Costa afirmou que as medidas serão adotadas para reduzir a burocracia e, assim, o custo para as empresas do setor. Ele afirmou que essas medidas estão sendo criadas com apoio de entidades do setor da construção civil. “Tudo alinhado com a visão de que o Brasil precisa se destravar, precisamos destravar os nossos empresários para que eles consigam investir, consigam crescer. É óbvio que isso tudo depende, principalmente quando fala de construção, de alguns programas públicos que nós devemos continuar”, afirmou o secretário.

Sobre o a retomada do setor, no segundo semestre, o secretário citou a preocupação dos empresários com a possibilidade de aumento de preços de insumos. “Quando retoma mais rapidamente do que se imaginava, às vezes, faltam alguns insumos. Aí os preços sobem. Temos que certeza que qualquer desajuste de preço será temporária”, destacou. Ele acrescentou que acredita que a construção civil será “motor da retomada da economia”.

E-book gratuito da FIESC traz orientações sobre a retomada segura dos negócios

A Federação das Indústrias (FIESC) está lançando o e-book gratuito Como promover a retomada segura dos negócios. A publicação tem o objetivo de informar o setor produtivo sobre as principais diretrizes legislativas de prevenção ao coronavírus no ambiente de trabalho e reúne medidas de saúde e segurança para a retomada das atividades.

::: Acesse a publicação. 

“As equipes da FIESC estão assessorando as empresas para monitorar a saúde dos seus trabalhadores, testá-los e estabelecer medidas preventivas adequadas à legislação. Estamos atentos às mudanças e atuando para que os ambientes de trabalho permaneçam saudáveis para o desenvolvimento seguro das atividades”, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “Uma série de medidas preventivas vêm sendo implementadas com o apoio do SESI e do SENAI e pelo menos 36 mil pessoas em todo o estado têm a saúde monitorada por meio do CoronaDados”, acrescenta o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio Machado Pereira. 

O documento funciona como um guia que reúne as recomendações centrais para a retomada segura e alinhada à legislação. O material traz o passo a passo para a elaboração de um plano de ação, além de análises e diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) e orientações gerais de segurança e higiene. 

O atendimento e a orientação à indústria é uma das frentes de atuação da FIESC e de suas entidades no enfrentamento à pandemia. Outras iniciativas são o conserto de respiradores pelo SENAI, a articulação do Fundo Fera para arrecadar recursos, o lançamento do programa Travessia, para planejar o pós-pandemia e a discussão de protocolos com o governo do estado para assegurar que as atividades econômicas sejam desenvolvidas com segurança. Na semana passada, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar e o secretário da Saúde, André Motta Ribeiro iniciaram uma nova etapa de discussões. Neste momento, equipes técnicas da secretaria da Saúde e da FIESC avançam em um trabalho conjunto para reduzir a gravidade da crise sanitária em Santa Catarina.

::: Saiba mais em www.protocolocorona.com.br  

 
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

Portos de SC ficam em primeiro lugar no ranking de desempenho ambiental

 Portos catarinenses foram destaque no Índice de Desempenho Ambiental (IDA), divulgado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), nesta quinta-feira, dia 13. O Porto de Itajaí conquistou o primeiro lugar na categoria de portos públicos, com 99,47 pontos. O Porto Itapoá Terminais Portuários de Santa Catarina ganhou entre os Terminais de Uso Privado (TUPs), com 99,26 pontos.

Para o superintendente de desempenho, desenvolvimento e sustentabilidade da Antaq, José Renato Fialho, “a primeira posição do Porto de Itajaí não é surpresa. Desde a implantação do IDA, o porto sempre ficou em primeiro ou em segundo lugar”. Fialho destacou, ainda, que o Porto Itapoá subiu cinco posições em 2019 em relação a 2018.

O Porto de Paranaguá (PR) ficou em segundo lugar, com 98,65 pontos. Itaqui (MA), em terceiro. O Porto de Santos (SP) ficou em quarto lugar, e o Terminal Portuário de Pecém (CE) alcançou a quinta posição.
Entre os TUPs, o terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) ficou em segundo lugar, com 98,13 pontos. Em seguida, Portonave – Terminais Portuários de Navegantes (SC). Na quarta posição, Cattalini Terminais Marítimos em Paranaguá. No quinto lugar, Terminal da Ilha Guaíba – TIG (Mangaratiba/RJ).

O IDA, aplicado desde 2012, é a principal ferramenta para avaliação da gestão ambiental de instalações portuárias reguladas pela Antaq.


Com informações da assessoria de imprensa da Antaq

Celesc anuncia reajuste e indústria deve pagar, em média, 7,67% a mais

A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL acaba de anunciar o valor do reajuste a ser aplicado nas tarifas emitidas pela Celesc Distribuição no período de 22 de agosto de 2020 a 21 de agosto de 2021. Para os consumidores atendidos em alta tensão, como é o caso da indústria, o reajuste médio será de 7,67%.

"Este reajuste próximo a 8%, neste momento em que a sociedade sofre as severas consequências da pandemia da Covid-19, é um golpe doloroso e difícil de suportar, especialmente para as populações carentes e as empresas mais frágeis", avalia o presidente da Câmara de Energia da FIESC, Otmar Muller. Ele salienta que o reajuste é compreensível sob os pontos de vista econômicos, legal e de segurança jurídica e tem entre as causas a desvalorização do real frente ao dólar, afetando os preços da anergia que vem de Itaipu. "É agravado pelas consequências nefastas de medidas erradas do governo federal em 2013. E ainda é carregado pelos subsídios embutidos na Conta Desenvolvimento Energético, que onera de forma discriminatória Santa Catarina e os demais estados do Sul", afirma, observando que há, também, uma elevada carga de impostos sobre a tarifa. "Torna-se cada vez mais evidente a necessidade de revisão do modelo e das regras do sistema elétrico brasileiro. Tal como está, em qualquer situação fora de um mundo perfeito, de uma calamidade como a atual, o ônus vai ser pago sempre pelo consumidor. Isso precisa mudar. É importante ressalvar a isenção da Celesc nas causas deste reajuste. Ela tem sido historicamente uma das Distribuidoras mais eficientes do país", completou.

O valor do reajuste tarifário, de maneira ordinária, ficaria em 15,52% originalmente, em razão de impactos decorres de itens não gerenciáveis pela Distribuidora, tais como elevação de custos com encargos setoriais, aquisição de energia, com destaque para a compra de energia da usina de Itaipu precificada em dólar, e pelos custos com transmissão de energia.

Cabe destacar, entretanto, que o empréstimo da Conta-Covid proporcionou amortecimento dos índices de reajuste a serem percebidos nas contas dos consumidores catarinenses. A Conta-covid foi uma ferramenta disponibilizada pelo Ministério de Minas e Energia, e a participação da Celesc contribuiu para reduzir o impacto do reajuste da concessionária em -7,38%. Diante disso, o efeito médio para os consumidores será de 8,14%,conforme apresentado a seguir: 

Para os consumidores residenciais, residenciais baixa renda, rurais, iluminação pública e comércio, atendidos em baixa tensão (Grupo B), que representam 79% do mercado consumidor na área de concessão da Empresa, o efeito médio será de 8,42%;
Para indústrias e unidades comerciais de grande porte (como shopping centers), atendidos em alta tensão (Grupo A), o efeito médio será de 7,67%.

Resultado do Reajuste Tarifário Anual 2019

Efeito médio – Grupo A – Alta Tensão

7,67%

Efeito médio – Grupo B – Baixa Tensão

8,42%

Efeito médio para consumidor (A + B)

8,14%

 

Os itens que mais impactaram para a composição do valor do reajuste foram os custos de aquisição de energia, custos de transmissão e os encargos setoriais. Todos esses itens fazem parte da Parcela A, na qual a distribuidora não tem gerência.Destaca-se a seguir os principais fatores do aumento tarifário:

  • Encargos Setoriais: Estes valores são definidos por Leis, onde o principal impacto foi o aumento nos Custos de Consumo de Combustíveis - CCC, pagos por todos os consumidores do Brasil por meio da Conta de Desenvolvimento Energético - CDE;
  • Custos de Transmissão: Estes valores são para as Transmissoras de Energia, onde o principal impacto foi decorrente de valores indenizatórios recebidos pelas transmissoras;
  • Compra de Energia: Estes valores são para os Geradores de Energia, onde o principal impacto foi decorrente da usina de Itaipu, que representa aproximadamente um quinto da compra de energia da Celesc, que é precificada em dólar – houve aumento de 42% de aumento no câmbio em relação a 2019.

Evolução da Tarifa - Considerando-se o histórico desde 2010, a tarifa B1 residencial da Celesc permanece em patamar inferior ao dos dois principais índices de inflação: IPCA e IGP-M. Enquanto no período o IPCA apresentou evolução de 62,5% e o IGP-M de 73,3%, a tarifa da Celesc foi reajustada em 57,26%. Essa relação demonstra que os processos tarifários têm mantido a proposta de modicidade tarifária e um processo de regulação adequada. Além disso, destaca-se que a tarifa em 2020 ainda ficará menor que os valores de 2018, e permanece como uma das menores entre todas as concessionárias do País.

Parcela Celesc - A tarifa paga pelo consumidor deve cobrir os custos de geração, transmissão, distribuição, encargos setoriais e impostos. Da tarifa que passa a ser cobrada do cliente da Celesc, a parcela a ser gerenciada pela Empresa para ampliação, operação e manutenção do sistema elétrico e custeio das despesas operacionais será de 14,3% do total.

"Entendemos que a Celesc tem uma finalidade social de distribuir energia à sociedade catarinense, por isto estamos indo até o limite do que podemos oferecer aos consumidores durante a pandemia, sem por em risco a prestação do serviço. No grupo A parcelamos mais de R$ 70 Milhões em faturas para cerca de 700 clientes, assim como no grupo B já parcelamos mais de 15 mil consumidores. Ressaltamos, entretanto, que a cada R$ 100,00 pagos pelo consumidor, menos de R$ 15,00 ficam com a Empresa. O restante somente é repassado para outros agentes do Setor Elétrico, e justamente estes valores tiveram o maior aumento neste reajuste”, destaca o presidente Cleicio Poleto Martins.

Reajuste Tarifário Anual é um dos mecanismos de atualização do valor da tarifa paga pelo consumidor de acordo com fórmula prevista no contrato de concessão. O seu objetivo é restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro da concessionária.

Para aplicação da fórmula de Reajuste são repassadas as variações dos custos de Parcela A, que são aqueles em que a distribuidora não tem gestão. Por contrato, são os custos relacionados a:

  • Compra de energia elétrica para atendimento de seu mercado;
  • Valor da transmissão dessa energia até a área da distribuidora;
  • Encargos Setoriais.

No Reajuste, os custos com a atividade de distribuição, que são aqueles geridos pela Celesc D e definidos como Parcela B, são corrigidos pelo índice de inflação constante no contrato de concessão (IPCA), deduzido o Fator X, que é um índice de eficiência imposto à empresa. Os itens de Parcela B são:

  • Os custos operacionais das distribuidoras;
  • Os custos relacionados aos investimentos (remuneração) por ela realizados para a melhoria da qualidade;
  • Quota de depreciação de seus ativos (investimento necessário na sua rede de distribuição para a manutenção do serviço de distribuição).

Esses valores são fixados pela ANEEL na época da Revisão Tarifária Periódica (última ocorrida em 2016) e são revistos a cada cinco anos. O objetivo do Fator X é definir índice de produtividade e eficiência da atividade de distribuição e capturá-los em favor da modicidade tarifária em cada Reajuste Tarifário Anual.



Informações da assessoria de imprensa da Celesc

Palestra auxilia na viabilização de ideias de negócio e de projetos pessoais

Você tem muitos projetos, mas ainda não conseguiu torná-los realidade? No dia 19 de agosto (quarta-feira), às 18h30, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) promove o “Tire suas ideias do papel", com a palestra de Luciano Braga, publicitário, empreendedor, roteirista e cartunista. O evento online sensibilizará a comunidade acadêmica sobre empreendedorismo e inovação e pretende motivar a participação no 3º Prêmio Univali de Inovação.

 

Depois de tirar uma série de projetos do papel, tanto na vida profissional quanto pessoal, Braga aprendeu formas de encarar e driblar as barreiras que mais atrapalham as pessoas na hora de viabilizar as ideias. São mais de dez anos empreendendo e muitos dos aprendizados obtidos nessa trajetória estão compilados no livro "333 páginas para tirar seu projeto do papel", que escreveu em parceria de Daniel Larusso e Gabriel Gomes. Nesta palestra, Luciano Braga apresentará exercícios citados no livro e histórias pessoais, para estimular e ajudar o público na habilidade empreendedora.

O evento é aberto ao público. Para se inscrever clique aqui.

Palestrante

Luciano Braga é formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É sócio e diretor de Criação da Shoot, um estúdio de criatividade para um mundo melhor. Escreveu os livros #OPoderDoTempoLivre, #333Páginas e #ESeFosseDiferente?, três ferramentas para pessoas interessadas em criatividade, inovação, empreendedorismo e realização pessoal.

Prêmio de Inovação

O Prêmio Univali de Inovação incentiva o empreendedorismo e a inovação tanto no âmbito acadêmico quanto na região em que a universidade atua, envolvendo alunos, professores e egressos no uso de ferramentas de desenvolvimento de negócios. Nesta edição haverá o Prêmio Destaque Covid-19 que será oferecido para a equipe, que dentre todas as inscritas, apresentar a melhor ideia de negócio voltado para o “Enfrentamento ao Covid-19 e suas consequências". A inscrição é gratuita e segue até 20 de setembro, aqui

Localfrio anuncia novos diretores para áreas comercial e financeira

A Localfrio, um dos maiores operadores logísticos nacionais, anuncia a chegada de Piero Grassi Simioni como novo diretor comercial e de Ana Paula Romantini para a diretoria financeira.

Formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Anhembi Morumbi e MBA em gerenciamento de projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Piero Grassi Simioni acumula 10 anos de experiência no segmento de logística, especialmente no segmento de saúde. O executivo tem passagem por empresas como Luft, Andreani, Bomi, entre outras.

O novo diretor comercial destaca que um de seus principais desafios será o de aumentar a oferta de serviços. "Chego com a missão de ampliar o leque de soluções para a companhia. Pretendo colocar em prática a experiência que acumulei no setor de saúde para trazer serviços agregados e soluções em supply chain, uma das demandas que o mercado necessita. Quanto mais valor agregado gerarmos aos nossos clientes, maior será nossa eficácia e excelênica nessa relação".

Ana Paula Romantini é formada em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo - FEA/USP e MBA em Finanças Corporativas pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Atualmente cursa MBA executivo internacional pela Business School São Paulo. Trabalhou em empresas como Donneley Cochrane, Telemar, IG, Elektro e Santo Antônio Energia.

A diretora financeira destaca que o principal desafio é preparar a Localfrio para um novo ciclo de crescimento. "Nesse momento a empresa acaba de implementar o SAP ERP, o sistema integrado de gestão empresarial mais avançado e líder no mercado mundial. Outro foco importante da nova gestão é a reestruturação de políticas e processos de forma a fortalecer o posicionamento da Localfrio com as melhores práticas de governança corporativa", diz.

Originalmente focada no segmento de armazéns frigorificados e terminais alfandegados, a Localfrio planeja ampliar suas atividades e passa a atuar como um operador logístico completo, com soluções integradas para grandes e médias empresas.

As operações da Localfrio estão concentradas em São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco. São 6 unidades operacionais, sendo 4 terminais alfandegados, totalizando 430 mil metros quadros de área disponível.

Envidamento entre os catarinenses chega ao menor patamar da história

Segundo pesquisa divulgada nesta semana pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio/SC), o índice de endividamento das famílias catarinenses caiu de 42,6% em junho para 41,3% em julho. Esse é o menor percentual da história da pesquisa. Antes da pandemia, o índice de famílias endividadas estava acima de 50%.

A entidade explica que por conta das incertezas econômicas causadas pelo Coronavírus, os catarinenses estão adotando uma postura de precaução em relação ao endividamento. A estimativa é que desde o início da pandemia, 52 mil famílias quitaram suas dívidas em Santa Catarina.

"Isso já era perceptível pelo comportamento dos consumidores nas datas comemorativas, optando por pagar à vista para evitar compromissos em um cenário tão incerto quanto o de uma pandemia", destacou o economista da Fecomércio/SC, Leonardo Régis.

A maior parte das dívidas dos catarinenses são referentes ao cartão de crédito (72,6%), seguido por carnês (36,7%) e pelo financiamento do carro (36,2%). A maioria dos consumidores (63,9%) afirmou que ficará mais de um ano envolvido com suas dívidas. Em média, a parcela de renda comprometida é de 32%.


 

Inadimplência

Já o índice de inadimplência - que mede o percentual de famílias com contas em atraso - chegou a 10,6% e também atingiu o menor percentual da história da pesquisa. Em junho, a taxa era de 11,8%. Já em fevereiro, o índice estava em 20,3%

Apesar da queda no indicador, o percentual de famílias endividadas que afirmaram que não vão conseguir pagar suas contas subiu de 45,8% para 50%. A alta é vista com preocupação pela Fecomércio/SC.

"Esse movimento foi acompanhado por um aumento da incerteza, e concentra-se de maneira mais intensa nas faixas de renda até 10 salários mínimos. Isso pode indicar uma tendência de piora relativa do perfil dos que permanecem endividados, pois cada vez mais representam aqueles que possuem maiores dificuldades para honrar suas dívidas", explicou a entidade em relatório.


 

Números por municípios 

O levantamento mostrou também que mesmo com a melhora dos indicadores no Estado, o endividamento das famílias variou consideravelmente nas quatro cidades pesquisadas. O maior percentual de endividamento é em Florianópolis, com 52,6%. Em seguida aparecem Joinville (40,6%), Blumenau (34,8%) e Chapecó (29%).

A capital também lidera o ranking de inadimplência, com 18,2% de famílias com contas em atraso. Na sequência estão Joinville (11,6%), Chapecó (6,4%) e Blumenau (4,5%).

 

Portos prontos para o cenário pós-pandemia

                                                                                                      Milton Lourenço (*)

O cenário pós-pandemia de coronavírus (covid-19), imaginado por vários economistas e por agências e institutos de análise de mercado mais renomados do País e do exterior, apresenta-se bastante nebuloso. Já idealizado como a maior crise econômica desde a Grande Depressão de 1929, esse cenário prevê uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) global de 2,4% em 2020, seguida de um crescimento de 5,9% em 2021, segundo projeções da empresa norte-americana de consultoria financeira Standard and Poor´s 500, ou apenas S&P, renomada por seus índices para bolsas de valores de todo o mundo.
            Para o Brasil, esse cenário de brutal recessão econômica é ainda mais nebuloso, levando-se em conta a inoperância demonstrada pelo governo federal diante dos efeitos da pandemia, em razão principalmente da postura esquizofrênica e extravagante do presidente Jair Bolsonaro, ao pretender atribuir toda a culpa pela situação do País aos governadores e p refeitos , entre outras posturas pouco ortodoxas e levianas.
Trata-se, evidentemente, de postura claramente de marketing de péssima qualidade, que procura disfarçar uma tentativa frustrada de se eximir de um problema de alcance nacional, cuja responsabilidade principal pelo enfrentamento deveria caber a quem está à frente do poder central. Mas, ao tergiversar sobre o tema, o presidente da República deixa à mostra que lhe faltam capacidade de liderança e carisma para mobilizar a população brasileira. Infelizmente.
Todavia, a par desse gravíssimo problema de saúde, o fato é que o empresariado nacional, em especial o do setor agropecuário, conseguiu  expandir de forma espetacular, sem precedentes na história brasileira,  a nossa produção, a ponto de torná-la suficiente tanto para o consumo interno como para o externo, com claro potencial  de crescimento que coloca o País em situação privilegiada também para o futuro.
Nesse sentido, os números provam, de maneira inequívoca, o grande sucesso do agronegócio brasileiro, que, já há alguns anos, vem alicerçando a economia brasileira com o ingresso de grandes quantidades de dólares. Basta ver que a produção de grãos para as safras de 2019/2020 está prevista para chegar à impressionante marca de 250 milhões de toneladas. Somente para a soja, a previsão é de uma colheita de 120,4 milhões de toneladas, enquanto para o milho a projeção é de 100 milhões de toneladas.
Com esse desempenho do agronegócio, o comércio exterior brasileiro, por consequência, consegue se manter igualmente em crescimento constante, registrando recordes nas operações em vários portos brasileiros e, em especial no de Santos, que, ao longo dos anos, graças às privatizações e aos investimentos das empresas ganhadoras de licitações públicas, tem dado um bom exemplo de vitalidade.
Para aproveitar esse excepcional nicho, o Porto de Santos só precisa ter mais agilidade em sua administração para atender às melhorias de infraestrutura e redução de custos, além de garantir áreas para a sua expansão. Menos mal que a presidência da República, neste ponto, tenha optado por deixar a administração dos portos nas mãos de técnicos que já estavam atuando na área e, assim, puderam dar continuidade aos trabalhos que já vinham sendo desenvolvidos pelo governo anterior, dentro do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).
Dessa maneira, não houve interrupções causadas por indicações políticas. Com isso, o Porto de Santos e os demais mostram-se hoje em condições de atender prontamente às necessidades que, com certeza, virão quando o País tiver superado os efeitos da pandemia e começar uma nova fase de recuperação econômica.
________________________  
(*) Milton Lourenço é presidente do Grupo Fiorde, constituído pelas empresas Fiorde Logística Internacional, FTA Transportes e Armazéns Gerais e Barter Comércio Exterior (trading company), todas com matriz em São Paulo e filiais em vários Estados brasileiros. E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br


 

Produção industrial cresce em 14 locais em junho, diz IBGE

A produção industrial cresceu em 14 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na passagem de maio para junho deste ano. As maiores altas foram observadas nos estados do Amazonas (65,7%) e do Ceará (39,2%), de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados hoje (11).

Também tiveram crescimento acima da média nacional (8,9%) os estados do Rio Grande do Sul (12,6%), de São Paulo (10,2%) e Santa Catarina (9,1%). Completaram a lista dos estados com alta na produção Minas Gerais (5,8%), Paraná (5,2%), Pernambuco (3,5%), Pará (2,8%), Goiás (0,7%), Rio de Janeiro (0,7%), Bahia (0,6%) e Espírito Santo (0,4%).

A Região Nordeste, única a ter a produção de todos os estados calculada de forma conjunta, cresceu 8%. Mato Grosso foi o único local com queda (-0,4%).

Outros tipos de comparação

Na comparação com junho de 2019, 12 dos 15 locais pesquisados tiveram queda na produção, com destaque para Espírito Santo (-32,4%) e Ceará (-22,1%). Os três locais com alta foram Pernambuco (2,8%), Mato Grosso (1,6%) e Goiás (5,4%).

No primeiro semestre do ano, houve redução em 13 dos 15 locais, na comparação com o mesmo período do ano anterior. As maiores quedas foram observadas no Ceará (-22%), Espírito Santo (-20,8%) e Amazonas (-19,6%). Rio de Janeiro (2,3%) e Goiás (0,9%) foram os únicos locais com alta.

Já no acumulado de 12 meses, foram observadas quedas em 12 locais, com destaque para o Espírito Santo (-19,6%). Os estados com alta na produção foram Rio de Janeiro (4,4%), Goiás (2,2%) e Pará (0,4%).

Ipea: consumo aparente de bens industriais cresce 5,2% em junho

O Indicador Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais, medido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cresceu 5,2% em junho, em comparação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. O indicador mede a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações.

Com a alta de 2,2% observada em maio, em relação a abril, o segundo trimestre de 2020 registrou queda de 19,6% na margem. O estudo foi elaborado pelo Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea e divulgado hoje (11) no Rio de Janeiro.

Ainda na comparação dessazonalizada, isto é, com ajuste sazonal, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) aumentou 16,2% em junho, as importações de bens industriais caíram 22,5%. Em relação a junho do ano passado, a demanda interna por bens industriais mostrou retração de 12,4%. Com isso, o segundo trimestre do ano apresentou queda de 19,7% na comparação interanual, não na margem, em relação ao verificado no mesmo período do ano passado. No ano de 2020, até junho, a queda acumulada atingiu 9,8%.

Na análise de 12 meses encerrados em junho, a demanda foi reduzida em 4,2%, enquanto a produção industrial, medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou baixa de 5,6%.

Grandes categorias

O estudo revela que, em relação às grandes categorias econômicas, o bom desempenho de junho na comparação dessazonalizada foi bastante disseminado. Excetuando o segmento bens de capital, que recuou 13,9%, todos os demais apresentaram variação positiva. Destaque para a demanda por bens de consumo duráveis, que subiu 72,1% na margem. Na comparação interanual, o resultado negativo foi generalizado, refletindo os efeitos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

O Ipea apurou que, com relação às classes de produção, na comparação dessazonalizada, o bom desempenho registrado pelas grandes categorias econômicas se refletiu no resultado da demanda interna por bens da indústria de transformação, que aumentou 2,8% em junho sobre maio. O forte crescimento das importações de petróleo e gás natural no período levaram a indústria extrativa mineral a uma expansão de 59,7% na margem.

Levando em conta a análise setorial, o estudo do Ipea constatou que 15 dos 22 segmentos pesquisados reduziram o índice de difusão, que mede o percentual dos segmentos da indústria de transformação, com aumento em comparação ao período anterior, após ajuste sazonal, de 77% em maio para 68% em junho. O destaque positivo ficou com o segmento veículos, cuja alta na margem atingiu 72,4%.

Na comparação interanual, o resultado ainda é bastante negativo, analisou o Ipea. Somente quatro segmentos registraram crescimento em junho ante igual mês de 2019. Os segmentos outros equipamentos de transporte e farmoquímicos foram os destaques positivos, com altas de 41,6% e 15,4%, respectivamente. No resultado acumulado em 12 meses, quatro segmentos apresentaram variação positiva, entre eles o segmento alimentos, com alta de 0,9%, e produtos de borracha e de material plástico (+1,5%). 

Governo promulga acordo de livre comércio automotivo com o Paraguai

O presidente Jair Bolsonaro promulgou o acordo de livre comércio automotivo assinado com o governo do Paraguai em fevereiro deste ano. O decreto sobre a execução e cumprimento do acordo foi publicado hoje (10) no Diário Oficial da União.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República disse que o objetivo do documento é facilitar o comércio e a cooperação aduaneira entre os dois países, em especial para os produtos automotivos. Pelo acordo, as peças e os veículos vendidos pelos dois países terão tarifas mínimas ou zeradas, mas o intervalo para o livre comércio variará entre os dois países.

Os produtos automotivos paraguaios, peças e veículos, terão livre comércio imediato no Brasil. Os produtos brasileiros, no entanto, serão taxados em até 2% no Paraguai. As tarifas cairão gradualmente, por meio da aplicação de margens de preferências, até a liberação total do comércio no fim de 2022.

No ano passado, o Brasil exportou US$ 415 milhões para o Paraguai e importou US$ 235 milhões em produtos automotivos.

O Brasil já assinou acordos semelhantes com a Argentina, no ano passado, e o Uruguai, em 2015, no âmbito da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). 

As condições valem por tempo indeterminado ou até que todo o setor automotivo se adapte ao Regime Geral do Mercosul, que prevê tarifa externa comum (TEC) em 11 níveis tarifários, cujas alíquotas variam de 0% a 20%, com escalonamento. Insumos têm alíquotas mais baixas e produtos com maior grau de elaboração, alíquotas maiores.

Auxílio emergencial manteve economia ativa em municípios mais pobres

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mostrou que o auxílio emergencial de R$ 600 foi responsável por manter a economia ativa durante a pandemia em municípios de menor renda e Produto Interno Bruto (PIB) e alta vulnerabilidade.

Segundo um dos autores do estudo, as regiões Norte e Nordeste tiveram maior impacto com o recebimento do auxílio.

“Se for olhar o impacto sobre o PIB ou sobre a massa de rendimentos das famílias, tem vários municípios de estados do Norte e do Nordeste que se beneficiam bastante, como o Pará e o Maranhão. No estudo, a gente apresenta uma relação desses estados, onde tem [lugar] que o impacto sobre o PIB do estado chega a ser mais de 8% e, em nível de município, tem alguns que chega a ter impacto de 27%”, explicou o professor de economia da UFPE, Ecio Costa.

Ainda de acordo com o estudo, apesar de o estado de São Paulo ser o maior recebedor de recursos, em termos absolutos, quando comparado com o tamanho da sua economia e o impacto sobre o PIB, sua posição é de 25º. O estado mais beneficiado é o Maranhão, com algo em torno de 5% do seu PIB. “Os municípios das regiões Sul e Sudeste são os menos impactados relativamente analisando, ou seja, como percentual do PIB”, apontou Costa.

Para o pesquisador, o que mais chamou a atenção na pesquisa foi a eficácia e o foco da política. “A política vai diretamente na família dos municípios mais pobres das regiões mais pobres do Brasil e traz um impacto significativo para esses municípios, justamente pela forma como está sendo conduzida: não há intermediários, é uma transferência de recursos direta para essas pessoas que mais precisam, quer sejam cadastrados no Bolsa Família, Cadastro Único e também os informais. Então, traz realmente um impacto significativo tanto nas famílias mais pobres, como nos municípios que mais necessitam”, analisou.

Com relação à utilização do dinheiro, o professor diz que a verba tem sido utilizada de forma bem pulverizada. “Em geral, as famílias gastam com alimentação, vestuário, pagamento de contas, compra de itens para a casa, de forma que teremos isso bem pulverizado. São milhões de pessoas recebendo esses recursos distribuídos ao longo do país como um todo, fazendo com que tenham a liberdade para gastar como bem entender”, finalizou.

Novo indicador econômico de SP mostra avanço de 6,8% no PIB em junho

A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) lançou hoje (10) um novo indicador, que vai monitorar a economia paulista em tempo real. Chamado de PIB+30, o indicador revelou que, em junho, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado avançou 6,8% com relação a maio.

Já na comparação com junho de 2019, a evolução foi de 1,8%. Em relação ao resultado trimestral, o PIB+30 registrou retração de 5,4% no segundo trimestre de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019. Já no primeiro semestre deste ano, houve retração de 1,3% em relação ao verificado nos seis primeiros meses do ano passado.

Segundo o secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, a análise desse indicador vai demonstrando que o nível de atividade econômica do estado vai se recuperar antes do previsto, provavelmente já na virada deste ano. “Mas não há dúvidas de que, mantido o ritmo atual, teremos uma recuperação muito mais cedo do que se esperava. A expectativa era para algo mais tarde, durante o ano de 2021”, disse o secretário hoje, em entrevista à imprensa ao lado do governador João Doria.

Indicador

A ideia do novo indicador é agilizar as estatísticas do PIB no estado. “Trata-se de uma ferramenta de gestão inovadora, que permite examinar as estatísticas da atividade econômica a uma velocidade muito superior às análises de PIB conhecidas até agora”, disse o governador de São Paulo, João Doria.

O indicador representa cerca de 97% do PIB estadual e será apresentado na forma de índices e taxas ajustadas sazonalmente. A metodologia do PIB+30 tem como referência o mês anterior.

O novo indicador reflete o cálculo do PIB do estado e dos municípios, estes em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); além do sistema de estatísticas conjunturais, composto pelo PIB Trimestral (estado e regiões) e PIB Mensal (estado).

Para o secretário da Fazenda, o PIB+30 ajudará o estado a estabelecer o processo de retomada econômica. "A ideia é exatamente diminuir o período entre a base de ocorrência de crescimento ou queda do PIB e a data de publicação, diminuindo a defasagem em cerca de um mês. Isso nos permite acompanhar com maior precisão essa evolução e identificar rapidamente mudanças de atividade econômica no estado", afirmou Meirelles

Custo da construção tem alta de 0,49% em julho

Publicado em 07/08/2020 - 10:39 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou inflação de 0,49% em julho deste ano. É a maior taxa em 2020. Em junho, o Sinapi havia ficado em 0,14%.

Com o resultado de julho, o indicador acumula inflação de 1,97% no ano e de 3,33% em 12 meses. O custo da construção passou a ser de R$ 1.181,41 por metro quadrado.

Os materiais de construção tiveram alta de 0,48% e passaram a valer R$ 619,58 por metro quadrado. Já o custo da mão de obra por metro quadrado subiu 0,50% e passou a ser de R$ 561,83.

Inflação oficial fica em 0,36% em julho, diz IBGE

Publicado em 07/08/2020 - 09:28 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,36% em julho deste ano, taxa acima do 0,26% de junho deste ano e do 0,19% de julho do ano passado. Este é o maior índice para um mês de julho desde 2016 (0,52%).

Com o resultado, o IPCA acumula taxas de inflação de 0,46% no ano e de 2,31% em 12 meses, de acordo com dados divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Custo da cesta básica caiu em 13 capitais no mês de julho, diz Dieese

No mês de julho, o custo da cesta básica caiu em 13 das 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nas outras quatro capitais, o custo subiu.

Entre as capitais analisadas, a cesta básica mais cara encontrada foi a de Curitiba, onde o preço médio estava em torno de R$ 526,14; seguida por São Paulo, com custo médio de R$ 524,74. A cesta mais barata era a de Aracaju, com preço médio de R$ 392,75.

Em Curitiba, o preço da cesta cresceu 3,97%, o que também ocorreu em Florianópolis, com crescimento de 0,98%, Campo Grande, 1.01%, e Recife crescimento de 0,18%.

Coleta

Por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o Dieese suspendeu a coleta presencial de preços e começou a coletar os preços por meio de telefone, aplicativos de entrega, e-mail e consultas na internet. Com a dificuldade para coletar esses dados, a amostra teve que ser reduzida. Somente na capital paulista a coleta continua sendo feita de forma presencial.

“Entretanto, é importante levar em consideração que as variações devem ser relativizadas, uma vez que os preços médios observados são resultado não só da atual conjuntura, mas do fato de não ter sido possível seguir à risca a metodologia da pesquisa. Sem a coleta presencial, os preços podem estar subestimados ou superestimados”, explicou a entidade, ressaltando que os dados captados pela internet referem-se em geral às grandes redes varejistas com lojas online. Outro problema que pode interferir no preço é o fato de que os produtos podem ser de marcas diferentes das que eram habitualmente coletadas na pesquisa presencial.

Salário mínimo

Com base na cesta mais cara do país, o valor do salário mínimo em dezembro, necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, teria que ser de R$ 4.420,11, o que corresponde a 4,23 vezes o salário mínimo vigente, de R$ 1.045.

Captação da poupança bate recorde para meses de julho

Aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros, a caderneta de poupança voltou a atrair o interesse dos brasileiros em meio à pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19). No mês passado, os investidores depositaram R$ 27,14 bilhões a mais do que retiraram da aplicação, informou nesta quinta-feira (6) o Banco Central. Em julho do ano passado, os brasileiros tinham sacado R$ 1,61 bilhão a mais do que tinham depositado.

O resultado de julho é o maior já registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995. Com o resultado do mês passado, a poupança acumula entrada líquida de R$ 111,58 bilhões nos sete primeiros meses do ano.

A aplicação tinha começado o ano no vermelho. Em janeiro e fevereiro, os brasileiros retiraram R$ 15,93 bilhões a mais do que depositaram. A situação começou a mudar em março, com o início da pandemia da covid-19, quando os depósitos passaram a superar os saques.

O interesse dos brasileiros na poupança se mantém apesar da recuperação da bolsa de valores nos últimos meses e da melhora das condições de outros investimentos, como títulos do Tesouro. Nos dois primeiros meses da pandemia, as turbulências no mercado financeiro fizeram investidores migrar para a caderneta.

Rendimento

Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança atraiu mais recursos mesmo com os juros básicos em queda. Com as recentes reduções na taxa Selic, o investimento está rendendo menos que a inflação.

Nos 12 meses terminados em julho, a aplicação rendeu 3,12%, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que serve como prévia da inflação oficial, atingiu 2,13%. O IPCA cheio de junho será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) amanhã (7).

Para este ano, o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, prevê inflação oficial de 1,63% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com a atual fórmula, a poupança renderia 1,4% este ano, caso a Selic de 2% ao ano, definida ontem (5) pelo Banco Central, estivesse em vigor desde o início do ano. No entanto, como a taxa foi sendo reduzida ao longo dos últimos meses, o rendimento acumulado será um pouco maior.

Histórico

Até 2014, os brasileiros depositaram mais do que retiraram da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.

Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,12 bilhões, e em 2018, com captação líquida de R$ 38,26 bilhões. Em 2019, a poupança registrou captação líquida de R$ 13,23 bilhões.

NOTA DA PORTOS RS SOBRE O NITRATO DE AMÔNIO

Depois do incidente ocorrido no Porto de Beirute, aonde os relatos são de que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio foram armazenadas no depósito do porto, explodindo e causando mortes e danos sem precedentes na capital libanesa, em circunstancias que serão apuradas pelas autoridades daquele País, a Portos RS vem através desta nota esclarecer que:


O produto nitrato de amônio tem movimentação nos seus Portos, mais precisamente no porto de Porto Alegre e Rio Grande. Em Rio Grande, este ano o porto movimentou cerca de 85 mil toneladas. No porto de Porto Alegre tivemos duas operações este ano, totalizando 18 mil toneladas.


O desembarque do navio somente é feito depois da autorização e controle do Exército Brasileiro por meio de sua Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados. O nitrato de amônio é um produto químico não inflamável, mas que pode intensificar o fogo em outros combustíveis atuando como fonte de oxigênio (oxidante). Também, ele é considerado uma substância de "interesse militar". Isso significa que a fabricação, transporte, comercialização e o uso do produto estão sujeitos ao controle do Exército.


A maioria das cargas de nitrato de amônio do estado chega importado proveniente da Estônia, passando pelos Portos Gaúchos e indo direto para os importadores que tem toda a armazenagem adequada e vistoriada pelos órgãos ambientais e pelo Exército Brasileiro.

A Portos RS reitera que vem prezando pela transparência e prestação de serviço adequada a seus usuários e para a população em geral.

Texto: Larissa Carvalho

Vendas de automóveis têm queda de 31% em julho

As vendas de automóveis tiveram queda de 31% em julho na comparação com o mesmo mês de 2019, segundo balanço divulgado hoje (4) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram comercializados 134,9 mil carros no último mês, contra 195,8 em julho do ano passado.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, os emplacamentos de automóveis registram retração de 38,8%, em comparação com o período de janeiro a julho de 2019. Neste ano, foram vendidas 771,8 mil unidades, enquanto nos mesmos meses do ano passado foram comercializados 1,26 milhão de automóveis.

Em relação a junho, no entanto, as vendas tiveram crescimento de 31,8%.

As vendas de caminhões acumulam queda de 15,6% no ano, com 47,1 mil unidades vendidas de janeiro a julho. Porém, em comparação com o mesmo mês de 2019, as vendas de julho tiveram alta de 5,8%, com a comercialização de 9,5 mil caminhões. O número também representa um crescimento de 8,7% em relação a junho.

As motos tiveram, em julho, queda de 5,4% nas vendas, com a comercialização de 85,1 mil unidades. No acumulado do ano, as vendas dos veículos de duas rodas registram retração de 29,8%, com o emplacamento de 435,4 mil unidades, contra 620,2 mil vendidas de janeiro a julho de 2019.

Alta no consumo de gás natural já preocupa indústria de SC

A segurança no suprimento de gás natural preocupa o setor industrial, responsável por 80% do consumo estadual do insumo. Santa Catarina foi o estado com maior retomada na demanda no País e já se aproxima dos níveis utilizados pré-pandemia, informou nesta segunda-feira (3), o presidente da SCGás, Willian Lehmkuhl, em reunião com o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar. “Precisamos nos preocupar com alternativas para assegurar o suprimento e os investimentos na expansão da infraestrutura, especialmente se no futuro for confirmada a perspectiva de redução nas tarifas”, disse Aguiar.

Antes da pandemia, o consumo de gás natural estava na casa de 2,3 milhões de m³ diários no estado, acima da capacidade da distribuidora. O total chegou a cair 50% e agora já está novamente em 2,1 milhões de m³. Na reunião, FIESC e SCGás avaliaram alternativas de curto, médio e longo prazos para enfrentar a questão. Entre as alternativas de curto prazo discutidas está a importação de gás natural liquefeito em contêineres para atender o setor industrial. No médio prazo poderia haver algum incremento na oferta por meio do aumento da pressão do gasoduto Bolívia- Brasil, e no longo prazo as alternativas passam por ajustes no marco regulatório para assegurar novos projetos estruturantes na área. “Estamos em um momento importante, pois o reposicionamento estratégico da Petrobras e do governo serão decisivos para o abastecimento deste insumo fundamental para a indústria”, afirma Aguiar.

Confiança do comerciante de SC sobe pela primeira vez durante a pandemia

Pela primeira vez desde o início da pandemia, o índice de confiança do comerciante catarinense teve uma variação mensal positiva: subiu de 61 pontos em junho para 68,9 pontos em julho, alta de 13%. Estes foram os dois piores resultados da história do indicador. Apesar da leve recuperação, o índice ficou abaixo do registrado em maio, quando estava em 69,2 pontos.

O indicador, calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio/SC), varia de 0 a 200, onde valores abaixo de 100 indicam pessimismo.

Na comparação com o mesmo período do ano passado a queda é de 41%. O principal fator para o pessimismo é a percepção das condições atuais pelos empresários, especialmente na economia. O indicador até subiu de 17,2 pontos para 20 pontos na passagem de junho para julho, mas o resultado ainda representa uma diminuição de 74,9% em relação ao ano passado.

Mesmo com a crise, a expectativas dos comerciantes catarinenses subiram pelo segundo mês consecutivo. O índice passou de 87,7 pontos para 111,1, alcançando o patamar de otimismo. 

O único subíndice que registrou redução na passagem mensal foi o de investimento, que caiu de 68,3 pontos para 65,9 (-3,5%). A baixa no indicador foi puxada pela quantidade de empresas que espera ter que reduzir seu quadro de funcionários (79%) e pelos motivos que levaram as empresas a buscarem crédito: 55,1% afirmou que precisou de financiamentos para garantir o fluxo de caixa, 35,8% para cobrir custos fixos, e apenas 18% para realizar novos investimentos.

"Em linhas gerais, para os empresários do comércio catarinense, o momento da economia é de reversão do pessimismo que ainda se encontra bastante acentuado devido às condições da economia e capacidades de investimento", ressaltou a Fecomércio/SC em relatório.

Segundo a entidade, facilitar o acesso ao crédito é fundamental para a retomada da economia. "As intenções de investimento encontram-se em patamares de crise, o que requer ações enérgicas para retomada da confiança empresarial, recuperação do ambiente de negócios e garantia de acesso ao crédito, evitando ciclos de desconfiança, desinvestimento e deterioração das condições econômicas", completou.

 

XP eleva projeção para o Ibovespa para 115 mil pontos em 2020 e destaca quatro fatores principais

Otimistas de que os efeitos da pandemia comecem a se dissipar nos próximos meses e que os estímulos econômicos e monetários sigam aumentando para ajudar os países, a XP Investimentos elevou sua projeção para o Ibovespa no fim deste ano de 112 mil pontos para 115 mil pontos (confira o relatório clicando aqui).

Em relatório publicado neste fim de semana, a equipe de Research da XP destaca que julho foi o quarto mês seguido de alta da bolsa brasileira e que isso se deu conforme “os riscos das três crises que o Brasil vive (Saúde, Econômica e Política) dão sinais de melhoras marginais”.

Desde o pior momento da crise, em março, o Ibovespa já subiu 62%, apesar de no ano ainda acumular perdas de 9,6% em reais, sendo queda de 30% em dólares. Com esta recuperação, a bolsa nacional já não é mais a pior do mundo, mas ainda ocupa o 5º lugar entre as piores.

 

 

Para justificar sua mudança de projeção, a XP destaca quatro fatores que devem mostrar melhoras neste segundo semestre:

  • 1. Os efeitos da pandemia comecem a se dissipar: A XP espera que os impactos da Covid-19 comece a se reduzir nos próximos meses, assumindo que haverá uma ou mais vacinas aprovadas até o fim do ano. Além disso, os analistas consideram que não haverá uma grave 2ª onda da pandemia. Contudo, pondera: “uma 2ª onda da Covid que leve a uma nova paralisação das atividades no mundo continua sendo o principal risco para os mercados globais”, destacam.
  • 2. Aumento dos estímulos econômicos e monetários: Os analistas destacam que, até agora, mais de US$ 20 trilhões já foram anunciados em pacotes monetários e fiscais ao redor do mundo, o que equivale a 23% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A visão de que ainda teremos novos estímulos se dá por conta da dificuldade que o setor de serviços segue enfrentando e por ser a área onde mais se emprega pessoas no mundo, os governos terão a necessidade de ajudar.
  • 3. Recuperação das economias: Os países que passaram primeiro pela pandemia, como na Ásia e na Europa, já mostram claros sinais de recuperação econômica. Apesar das economias ainda darem sinais de impactos que ficarão por um tempo longo, como alto desemprego, alto endividamento dos governos, dentre outros, a rapidez da reabertura também tem surpreendido”, destaca a XP.
  • 4. Melhora da agenda política: Os analistas apontam que, após grandes tensões entre os três poderes no Brasil e a troca de três ministros só em maio, houve uma melhora gradual nas tensões políticas no país, e isso deve seguir evoluindo.

A equipe de análise também destaca que, em pesquisa feita com 357 assessores de investimento de escritórios autônomos filiados à XP, 82% acreditam que o Ibovespa superará os 110 mil pontos até o fim do ano, sendo a média de palpites de 111.074.

No caso do câmbio, os analistas da XP apontam uma maior estabilização do dólar frente ao real entre R$ 5,20 e R$ 5,40. “Porém, o câmbio ainda se encontra com alta volatilidade, o que é prejudicial para a economia real”, afirmam.

A XP lembra que o Dollar Index (índice que mede o dólar contra uma cesta de moedas) caiu 4% desde junho, enquanto o euro subiu 4,8% ante a divisa americana, ao passo que moedas emergentes ganharam 1,4% no período. Isso mostra que este movimento de queda do dólar não foi algo isolado e sim um sinal de fraqueza da moeda.

Entre os fatores apontados que ajudam a explicar o movimento estão a recuperação econômica de outros países, como os da Europa, a baixa taxa de juros nos Estados Unidos e o aumento de impressão de dinheiro por lá. Além disso, os grandes pacotes de estímulos também resultam em maior dívida, mais impressão de moeda e consequente valorização dos ativos como ações e commodities, caso de ouro, cobre e prata.

“Se esse movimento de fraqueza do dólar é sustentado ou não, ainda é difícil de dizer, pois o dólar continua sendo a moeda de reserva de valor no mundo, e a moeda que mais de 80% do comércio global se baseia”, explica a XP destacando a potência econômica que são os EUA, o que sustenta sua moeda.

 

 

“Uma taxa de câmbio mais estável é muito importante para que o Brasil consiga voltar a atrair investimentos de investidores e empresas estrangeiras”, afirmam. Diante disso, os analista mantiveram a projeção do câmbio, com dólar em R$ 5,20 ao fim deste ano e voltando para R$ 4,90 até o fim de 2021.

Entre os pontos de atenção para os investidores nos próximos meses, a XP aponta ainda a questão da reforma tributária, que segundo os analistas seria um “grande passo para destravar a economia”. Já no lado internacional, as tensões entre China e EUA podem se tornar um risco, principalmente se surgirem novas sanções ou descumprimento de acordos já feitos.

Carteira recomendada

A XP aproveitou sua revisão de projeção para o Ibovespa para também divulgar sua carteira recomendada para agosto, com apenas uma mudança: entra Locaweb (LWSA3) e sai EzTEc (EZTC3).

Segundo os analistas, esta alteração é visando “aumentar a exposição ao tema de tecnologia e varejo online”. Eles destacam ainda que a Locaweb “oferece uma combinação de crescimento forte (com alta rentabilidade) e perfil defensivo”.

A XP aponta que, embora os múltiplos da companhia pareçam altos, com as ações negociando em 9,8x EV/Receita em 2021 (vs. cerca de 11x para competidores globais de Software como Serviço (SaaS)), a expectativa é que o crescimento da Locaweb ultrapasse o de seus principais pares internacionais.

Com isso, a composição da carteira XP para agosto ficou em Banco do Brasil (BBAS3), Gerdau (GGBR4), Vale (VALE3), B3 (B3SA3), Vivara (VIVA3), Lojas Americanas (LAME4), Via Varejo (VVAR3), Localiza (RENT3), Locaweb (LWSA3) e Iguatemi (IGTA3).

INFOMONEY

Inflação pelo IPC-S fica em 0,49% em julho, mas é de 1,04% no ano

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou inflação de 0,49% em julho em todo o país. A taxa é superior ao 0,36% de junho, segundo dados divulgados hoje (3) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o IPC-S acumula inflação de 1,04% no ano e de 2,40% em 12 meses.

Os maiores índices de inflação ficaram com transportes (1,22%), habitação (0,79%) e saúde e cuidados pessoais (0,58%). Outros grupos com aumento de preços foram comunicação (0,54%), despesas diversas (0,22%) e alimentação (0,13%).

Ao mesmo tempo, dois grupos tiveram deflação (queda de preços) em julho: educação, leitura e recreação (-0,60%) e vestuário (-0,45%).

O IPC-S é calculado com base em preços coletados em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador e Porto Alegre.

FGV: confiança do empresário sobe pelo terceiro mês seguido

O Índice de Confiança Empresarial da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 7,1 pontos de junho para julho deste ano. Com a terceira alta consecutiva, o indicador chegou a 87,5 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, e recuperou 79% das perdas ocorridas no bimestre de março e abril, devido à pandemia de covid-19.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pela FGV: indústria, serviços, comércio e construção.

A alta da confiança em julho foi motivada tanto pelas expectativas quanto pela percepção dos empresários brasileiros sobre a situação atual. O Índice de Expectativas subiu 7,4 pontos e chegou a 89,8 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual cresceu 7,1 pontos e atingiu para 79,7 pontos.

“O avanço da confiança empresarial em julho mostra que a economia continua em trajetória ascendente no início do segundo trimestre após o baque do trimestre anterior. A boa notícia é a consolidação de tendência de melhora da percepção dos empresários com relação à situação atual dos negócios, com indústria e comércio atingindo níveis de satisfação mais próximos à normalidade”, disse o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr.

Para ele, no entanto, é preciso analisar essa tendência com cautela. “A incerteza continua elevada e mesmo os indicadores de expectativas, que saíram na frente, retratam hoje um sentimento que parece ser mais bem descrito como o de uma 'neutralidade sujeita a revisões'. Ainda é cedo para se pensar em uma retomada consistente de investimentos, por exemplo”.

Na análise dos setores, os quatro tiveram alta. O destaque ficou com a indústria (aumento de 12,2 pontos). O comércio teve a menor alta (1,7 ponto). Os demais setores tiveram os seguintes aumentos: serviços (7,3 pontos) e construção (6,6 pontos).

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