sexta, 19 de abril de 2024
19/04/2024

Entidades querem restringir a importação de leite


Mobilização contra o aumento do volume de importação de leite subsidiado, principalmente da Argentina, está sendo estimulada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc).

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, diz que os transtornos que a cadeia produtiva do leite tem enfrentado – estiagens, enchentes e excesso de importação – recomendam a formulação de uma nova política pública para o desenvolvimento do setor, priorizando a matéria-prima local e o trabalho dos produtores brasileiros.

Nesse sentido, “é muito importante que cada Estado tome uma iniciativa para reduzir a compra do leite de outros países em uma atuação coordenada do setor em todo País”. Alguns Estados elevaram a alíquota de 0% para 12% aos importadores de leite em pó e de 2% para 18% na venda de produto fracionado. Em  outros, os lácteos importados foram excluídos da cesta básica, com aumento de ICMS sobre o leite importado.

Pedrozo informa que a CNA está elaborando um estudo para a aplicação de direitos antidumping à Argentina, com o objetivo de proteger o setor lácteo nacional. O dirigente lembra  que a excessiva importação de leite iniciada no primeiro semestre do ano passado achatou a remuneração do produtor nacional, impactando negativamente a competividade do pequeno e médio produtor de leite. As importações brasileiras de lácteos da Argentina e do Uruguai, em 2023, praticamente dobraram.

O presidente observa que grande parte dos produtores rurais atua na área de lácteos e que a crise no setor derruba a renda das famílias rurais. A forte presença de leite importado no mercado brasileiro provocou queda geral de preços, anulando a rentabilidade dos criadores de gado leiteiro.

            Pedrozo defende um debate do setor produtivo com o Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar para a definição de medidas de fortalecimento da pecuária leiteira no País com foco no aumento da produção e no fortalecimento do pequeno e do médio produtor de leite. Dessa forma será possível estimular, simultaneamente, a produção e o consumo, abrangendo a redução da tributação, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo, além da utilização de leite e derivados de origem nacional em programas sociais.

            “Não podemos deixar nenhum produtor desamparado, por isso a mobilização das  Federações estaduais de agricultura e união de todo o setor são fundamentais para mudar o cenário de baixos preços pagos pelo litro de leite e altos custos de produção”, defende.

Pedrozo alerta que a crise na cadeia do leite afeta diretamente a agricultura familiar, levando milhares de produtores a abandonar a atividade, que já registra forte concentração da produção em Santa Catarina. “Talvez uma das soluções seja regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes”, sugere.



Blog

Confiança da indústria atinge maior nível em nove anos, diz FGV

O Índice de Confiança da Indústria, da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 4,5 pontos na passagem de setembro para outubro deste ano. Com isso, o indicador, que mede a confiança do empresário da indústria brasileiro, atingiu 111,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o maior nível desde abril de 2011 (111,6 pontos).

Dezesseis dos 19 segmentos industriais pesquisados registraram aumento da confiança. O Índice de Situação Atual, que mede a percepção do empresariado em relação ao presente, subiu 6,4 pontos, para 113,7 pontos, o maior valor desde novembro de 2010 (13,8 pontos).

O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, cresceu 2,7 pontos, para 108,6 pontos, o maior patamar desde maio de 2011 (110,0 pontos).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 1,6 ponto percentual, de 78,2% para 79,8%, maior valor desde novembro de 2014 (70,3%).

“A sondagem de outubro mostra que o setor industrial está mais satisfeito com a situação atual e otimista que esse resultado será mantido nos próximos três meses. Chama a atenção, contudo, o retorno do Nuci a um nível próximo da média anterior à pandemia e o percentual de empresas indicando estoques insuficientes, o maior valor desde o início da série. Entre as categorias de uso, os bens intermediários merecem destaque por alcançarem o maior nível de confiança do setor, influenciado principalmente pela melhora dos indicadores de situação atual”, afirma a pesquisadora da FGV Renata de Mello Franco.

Segundo a pesquisadora, no entanto, há uma demora na recuperação do indicador de tendência dos negócios, o que sinaliza uma certa preocupação dos empresários sobre a sustentação desse nível de otimismo por um período maior considerando o fim dos programas de auxílio emergencial.

Emprego na construção é o maior para setembro nos últimos oito anos

A indústria da construção civil segue em ritmo acelerado, com avanço na atividade e na utilização da capacidade operacional. A pesquisa Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra a retomada da indústria de construção civil em setembro, com o índice de evolução do número de empregados chegando a 50,1 pontos no mês.

Essa é a quarta alta consecutiva do índice, que se afastou ainda mais da sua média histórica de 43,9 pontos. O índice é o maior desde abril de 2012 e, para a CNI, isso confirma o bom momento do emprego do setor, embora tenha sido precedido por fortes quedas, observadas em março e abril, em razão dos efeitos da pandemia da covid-19.

Os dados variam em uma escala que vai de zero a 100. Indicadores abaixo de 50 revelam perspectivas negativas e, acima de 50, expectativas de crescimento. E quanto mais distantes da linha divisória de 50 pontos mais forte e mais disseminado é esse crescimento. Para a pesquisa, foram entrevistadas 170 empresas de pequeno porte, 197 de médio porte e 94 grandes, entre 1º a 14 de outubro de 2020.

O índice de evolução do nível de atividade está em 51,2 pontos, queda de 0,2 ponto em relação a agosto. De acordo com a CNI, a ligeira queda é pouco significativa, pois o índice está acima da linha divisória de 50 pontos pelo segundo mês consecutivo, o que indica aumento do nível de atividade da indústria da construção na comparação com o mês anterior.

A Utilização da Capacidade Operacional também cresceu em setembro pelo quinto mês consecutivo e ficou em 62%, alta de 2 pontos percentuais frente a agosto. O percentual é idêntico ao registrado em setembro de 2019, e supera os percentuais confirmados entre os anos de 2015 a 2018.

Satisfação e confiança

O indicador de satisfação com a situação financeira aumentou 6 pontos na comparação trimestral, alcançando 44,7 pontos no terceiro trimestre. O resultado supera a média de 44 pontos da série histórica, iniciada em 2009.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial se manteve estável entre setembro e outubro, em 56,7 pontos. A CNI destaca que a estabilidade ocorre após cinco altas seguidas, se dá em patamar elevado e aponta “para um sentimento de confiança otimista e disseminado entre os empresários da indústria da construção”. Porém, ela está em um nível inferior aos níveis pré-pandemia e aos observados nesse mesmo período do ano passado.

Os índices de expectativa também apresentaram queda em outubro, à exceção do índice de expectativas de números de empregados. Apesar das quedas, todos os índices permanecem acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que os empresários da indústria da construção mantêm o sentimento de otimismo.

Entre os principais problemas da construção civil, a pesquisa destaca falta ou alto custo da matéria-prima. O problema se tornou o maior do setor no terceiro trimestre de 2020, apontado por 39,2% das empresas. No segundo trimestre, esse problema era apenas o 11º mais importante e foi assinalado por 9,5% das indústrias de construção. A elevada carga tributária aparece em segundo lugar na lista, com 28,2% de assinalações, seguida da demanda interna suficiente, com 26,4%.

A pesquisa completa está disponível no Portal da Indústria.

*Com informações da CNI.

Com homologação do novo calado, Porto do Rio Grande poderá receber os maiores navios do mundo.

Depois de dois anos de obras de dragagem com investimento federal de R$ 500 milhões, o principal porto gaúcho poderá receber embarcações de até 366 metros de comprimento ? tamanho dos maiores navios do mundo. Em cerimônia transmitida pelas redes sociais, com a presença do governador Eduardo Leite, do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e de outras autoridades em Porto Alegre, foi homologado o novo calado do porto do Rio Grande.

Graças à remoção de mais de 16 milhões de metros cúbicos de sedimentos, o calado operacional do chamado canal interno, onde estão os terminais portuários mais importantes e com o maior fluxo de cargas, passou de 12,8 para 15 metros. A profundidade, que era de 14,2, agora é de 16,5 metros. Com isso, a capacidade de movimentação passa a atender aos padrões internacionais de navegação, podendo receber embarcações de até 366 metros ? uma diferença de 29 metros em relação à capacidade anterior, de 337 metros.

?Com a conjugação de esforços dos governos federal e estadual, além dos empreendedores, e puxando numa mesma direção, foi possível melhorar a logística e gerar ganhos de competitividade pela maior capacidade de carga dos navios, reduzindo custos para quem utiliza o porto do Rio Grande e, consequentemente, colaborando para o desenvolvimento de todo o Estado?, destacou o governador.

Leite afirmou, ainda, que a atual gestão está comprometida a atender a uma histórica de investidores: tornar a dragagem do porto permanente.

?Já estamos trabalhando para evitar que aconteça o assoreamento do canal, regredindo na capacidade de cargas, para então gastar centenas de milhões de reais para recuperar o calado. Estamos montando um termo de referência para que, no primeiro semestre do ano que vem, possamos começar a fazer um investimento de R$ 30 a R$ 40 milhões anuais em dragagem no porto, garantindo permanentemente as cargas dos navios que chegam e saem do nosso RS?, afirmou o governador.


 

 

 

Novo calado de 15 metros

Graças a essa garantia e compromisso do governo, segundo o superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, foi possível homologar o novo calado com 15 metros, e não com os 14 metros inicialmente previstos.

?A homologação do novo calado representa muito para o nosso Estado. É a primeira vez que ele é homologado, isso quer dizer que, com a certificação da Marinha, que é a autoridade portuária, nós conseguimos garantir fretes mais baratos e seguros. Isso atrairá armadores internacionais e mais cargas. O porto do Rio Grande se reposiciona como um dos principais portos do Brasil, não só pela infraestrutura que construiu, mas agora pela certificação que ganha com a homologação?, afirmou Estima.

O superintendente agradeceu, ainda, a todas as equipes que participaram da obra de dragagem, inclusive do governo anterior, além da Marinha do Brasil, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Ministério Público e do Judiciário, que foram fundamentais para garantir a confiabilidade da obra de dragagem, com respeito ao meio ambiente e segurança à navegação.

?O canal de acesso é o coração de um porto. E se o nosso paciente acabou de passar por um cateterismo, passa bem e terá vida prospera e longa, que é o que o RS, pela pujança e pela relevância econômica, merece. A parceria que houve entre o governo federal e o Estado foi fundamental para que isso se tornasse possível. Com o novo calado, o porto de Rio Grade se incorpora à rota das grandes viagens internacionais e se solidifica como um grande ponto de parada do país e da América Latina?, destacou o ministro da Infraestrutura.

 

 

 

Duplicação da BR-116 e nova ponte do Guaíba

Freitas afirmou, ainda, que sua passagem pelo Rio Grande do Sul inclui a renovação do compromisso em concluir a duplicação da BR-116 e da va ponte do Guaía, que se conectam ao porto do Rio Grande, além de iniciar outros investimentos na logística gaúcha, que deverão se tratados no almoço no Palácio Piratini, previsto para a sequência da homologação do calado.

Outra medida do governo do Estado que está em andamento é a transformação da Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul de autarquia em uma empresa pública ? a Portos RS, o que dará mais segurança jurídica e econômico-financeira aos empresários, mais eficiência aos investimentos e um planejamento de longo prazo, que não seja interrompido com a troca de gestores.

Atualmente, passam pelos terminais privados que operam contêineres, graneis agrícolas, fertilizantes, cargas petrolíferas e petroquímicas no porto do Rio Grande mais de 25% do PIB do RS, o equivalente a mais de 40 milhões de toneladas por ano, sendo que a capacidade instalada é de 50 milhões.

 

Competitividade internacional

O secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, lembrou que junho foi o melhor mês da história do Porto do Rio Grande. Pela primeira vez, movimentou mais de 4,4 milhões de toneladas em 30 dias. Além disso, mesmo com a pandemia, o primeiro semestre foi o segundo melhor em total de cargas, chegando a 19,9 milhões de toneladas, valor 6,97% superior ao mesmo período de 2019.
?Se nós já vínhamos registrando movimentações recordes, agora, com a dragagem do principal porto, teremos ainda mais competitividade no mercado internacional?, disse Costella.

Participaram da cerimônia, ainda, o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni; o diretor-geral do DNIT, general Antônio Leite dos Santos Filho; o comandante da Capitania dos Portos da Marinha do Brasil, Reinaldo Luís Lopes dos Santos; e o comandante do 5° Distrito Naval da Marinha do Brasil, o vice-almirante Henrique Renato Baptista de Souza.

Após a homologação, o ministro Tarcísio Freitas foi recebido pelo governador Eduardo Leite para um almoço de trabalho, seguido de coletiva de imprensa presencial no Palácio Piratini.

 

Histórico do novo calado

O contrato original da dragagem foi assinado em julho de 2015 pela União e, a partir daí, mobilizou o governo do Estado, a então Secretaria dos Transportes e a antiga Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG) para a obtenção da licença do Ibama. Um grupo de trabalho foi criado para atender os critérios técnicos e ambientais. O apoio da Marinha do Brasil foi fundamental ao longo do processo.

O consórcio vencedor da disputa para realizar o serviço foi formado pelas empresas Jan de Nul do Brasil e Dragabrás, que fecharam na época o acordo por R$ 368,6 milhões. Durante o processo, houve judicialização, e o período de obra parada gerou um aumento significativo no custo da obra. Ao final, com todos os aditivos realizados, totalizou R$ 500 milhões de recursos do governo federal.

A obra foi iniciada em agosto de 2018 e, desde então, foram removidos mais de 16 milhões de metros cúbicos de sedimentos do canal de acesso. A homologação do novo calado do porto gaúcho passou oficialmente de 12,8 metros para 15 metros ? mais do que a previsão inicial, que era de 14 metros ? nesta segunda-feira (26/10).

Dessa forma, pode receber navios de maior porte e com maior capacidade do que os limites atuais. O novo calado vai permitir que navios cheguem e saiam com maior carregamento de carga, levando ao barateamento do frete e melhores condições para os contratos de seguro.

 

Texto: Vanessa Kannenberg
Edição: Patrícia Specht/Secom

Porto de Suape recebe o Nordeste Export

O porto de Suape, localizado no litoral Sul do Estado de Pernambuco, será palco do Nordeste Export, entre os dias 26 e 27 de outubro. Trata-se de um fórum regional que engloba palestras e painéis e reunirá, presencial e virtualmente, as principais lideranças ligadas à logística portuária da região e do País. Todos podem assistir online e de graça a transmissão dos debates, que será feita pelo aplicativo Zoom. Para isso, basta fazer um rápido cadastro no site do evento, o http://bit.ly/VejaNordesteExport O Nordeste Export tem o apoio institucional do Ministério da Infraestrutura.

Entre os temas a serem debatidos no fórum estão os gargalos do transporte multimodal na região; exportação e nível de competitividade de produtos brasileiros no exterior; o potencial econômico e estratégico da região Nordeste; e ainda a necessidade de investimentos para o crescimento da região. Se por um lado a região apresenta um grande potencial, carece de investimentos, conforme um estudo da CNT (Confederação Nacional de Transportes), que apontou a necessidade de R$ 260 bilhões para realizar cerca de 680 projetos que, se concretizados, impulsionariam os negócios.

Os debates dessas questões são fundamentais não só para a região Nordeste, mas para todo o País. Sua localização é estratégica devido à proximidade com a Europa e Canal do Panamá. A região apresenta um potencial enorme para a cabotagem, e isso certamente provocará uma revolução na logística de todo o País. E o Nordeste tem muito a colaborar com isso. Nós nos sentimos muito felizes em poder intermediar esses debates que visam buscar soluções para o desenvolvimento da região e do Brasil”, afirma Fabrício Julião, CEO do Fórum Brasil Export e presidente da Una Marketing de Eventos, que realiza o encontro.

O evento ocorrerá de forma híbrida. Um grupo restrito de participantes estará no Porto de Suape, de onde serão organizados os painéis e geradas as imagens que serão transmitidas via Zoom. Alguns palestrantes e painelistas participarão presencialmente, e outros, de forma remota. O público poderá acompanhar tudo online.

A lista de convidados para o evento é extensa e inclui desde especialistas, passando por dirigentes de entidades do setor, empresários e autoridades de todas as esferas de governo, inclusive dirigentes dos Estados do Nordeste. Presidentes dos portos da região e de entidades como Abeph (Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias), Ministério da Infraestrutura, Sebrae, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e TCU (Tribunal de Contas da União) também foram convidados.

Ao comentar a realização do evento em Suape, o presidente do Conselho do Nordeste Export, Aluisio Sobreira, afirmou que um dos principais focos dos trabalhos do fórum regional será o de demonstrar todas as potencialidades dos Estados da região e debater soluções para os principais gargalos logísticos do Nordeste.


“Entendo que a reunião de lideranças e autoridades tão expressivas será uma oportunidade ímpar para promovermos o comércio exterior na região e assim semear um futuro melhor para o Nordeste e todos os nordestinos, que é o objetivo maior do Fórum”, afirma Sobreira, também diretor da Merco Shipping Marítima, da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) e vice-presidente da CBC (Câmara Brasileira de Contêineres e Transportes Multimodais).

Porto

O Nordeste Export é o quarto fórum regional realizado neste ano pelo Brasil Export, e o primeiro que ocorrerá dentro das dependências de um porto. Na pandemia, os portos foram considerados serviços essenciais, e, portanto, passaram por maiores restrições para eventos de grupos externos à comunidade portuária. A realização do evento em Suape cumpre todas as exigências sanitárias impostas pelas autoridades de saúde.

O auditório do Centro Administrativo de Suape foi o local escolhido para o anúncio do Nordeste Export, no início de março deste ano, antes da pandemia. Além de toda a infraestrutura adequada para a realização dos debates, a escolha do porto se justifica devido a sua importância. Além de ser o maior porto da região Nordeste e interligado a 160 portos em todos os continentes, está a 800 km de 90% do PIB (Produto Interno Bruto) da região.

"É com grande satisfação que somos o porto anfitrião desse primeiro encontro do fórum no Nordeste, reunindo diversas autoridades portuárias e especialistas de logística. Estamos ansiosos para debater temas importantes para o setor e para o país, como o incremento da cabotagem e a descentralização da gestão portuária no Brasil", afirma o presidente do Porto de Suape, Leonardo Cerquinho.

Luiz Barros, diretor de Desenvolvimento de Negócios de Suape, ressalta a importância dos fóruns regionais. “Os encontros regionais são essenciais para identificar e tratar os desafios de cada região, mas que impactam no todo”, diz.

Uma das atividades previstas para acontecer no porto de Suape dentro do fórum regional será o anúncio dos vencedores da etapa Nordeste do Brasil Hack Export, o evento de inovação ligado ao Fórum (leia mais abaixo).

Fórum Brasil Export

O Nordeste Export é um dos fóruns regionais do Brasil Export, que terá um grande encontro nacional nos dias 23 e 24 de novembro próximos, em Brasília. O objetivo do Brasil Export é o de amplificar o debate das questões de infraestrutura e logística portuária para todas as regiões, respeitando suas diferenças locais e especificidade de modais.

Antes dos fóruns regionais, foram realizadas 100 lives entre abril e setembro de 2020, no período da pandemia do novo coronavírus. Paralelo a essa atuação, e mesmo antes das restrições impostas pelo Covid-19, o Brasil Export se tornou referência do setor devido à presença constante no ambiente virtual, disponibilizando conteúdos relevantes em seus canais de informação, seja no site, ou redes, tais como Facebook, Instagram ou Linkedin.

O Nordeste Export é o quarto fórum regional realizado neste ano. Os outros três foram o Norte Export, entre os dias 28 e 29 de setembro, no Macapá (AP); o Sul Export, realizado entre os dias 5 e 6 de outubro, em Curitiba, no Paraná; e o Sudeste Export, que ocorreu na cidade de São Paulo entre os dias 19 e 20 deste mês. A agenda inclui o Centro-Oeste Export, previsto para os dias 9 e 10 de novembro, em Cuiabá (MT).

Brasil Hack Export

Como um fórum amplo de debates sobre os vários aspectos da logística e infraestrutura, o Fórum Brasil Export também estimula a criação de novas tecnologias e inovações que venham a contribuir para encontrar soluções para carências do setor. Para isso, criou o Brasil Hack Export, uma maratona de hackathons que tem como princípio unir a cadeia logística aos criativos. Em cada fórum regional do Brasil Export é realizada uma seletiva do Brasil Hack Export. Cada uma delas tem um desafio diferente, no caso do Nordeste, por exemplo, é o de buscar soluções para cabotagem. O vencedor leva um prêmio em dinheiro e os três melhores são selecionados para a final, que acontece junto com o Fórum Nacional, em Brasília, e que concederá um prêmio de US$ 5 mil.

Inscrições

Os debates das etapas regionais do Fórum Brasil Export serão 100% online e gratuitos. Para participar, basta realizar a inscrição gratuita no endereço http://bit.ly/VejaNordesteExport e que dá acesso a assistir a transmissão feita pelo aplicativo Zoom.

Para saber mais como participar do Brasil Hack Export, o evento de inovação ligado ao Fórum Brasil Export, acesse www.brasilhackexport.com.br/

Patrocinadores

Agemar, APS, CNT, Codeba, Codern, Gallotti Advogados Associados, Merco Shipping, Piacentini do Brasil, Porto de Cabedelo, Porto de Suape, Porto do Itaqui, Praticagem do Brasil, Tecon Suape.

Fábrica de lanchas de Santa Catarina amplia área de produção em 46%

A fábrica de lanchas de São José, SC, que produz 100% do portfólio brasileiro das marcas Armatti Yachts e Fishing Raptor, além de também abastecer outros países, especialmente da Europa e Ásia, foi ampliada em 46%. Nos últimos seis meses, a produção de lanchas cresceu em 35% em relação ao mesmo período do ano anterior, direcionada ao mercado brasileiro e também ao exterior.

“Dentro de uma visão de negócios, a pandemia também direcionou o público para outros tipos de lazer como é o caso da navegação”, conta Fernando Assinato, CEO dos estaleiros.

Segundo Assinato, a intenção é "finalizar a expansão da planta fabril, que já está em andamento, até o final deste ano, passando de 5.400m² para 7.900m² para atender à crescente demanda por barcos. Para manter a produção ativa e em crescimento exponencial, a estratégia é seguir investindo em novos projetos, qualidade, novos materiais e assim ampliar o portfólio das linhas”, explica.

As duas marcas possuem uma frota de 26 modelos de embarcações voltadas ao lazer e esportes aquáticos que vão de 21 a 48 pés, e a previsão é de que o estaleiro lance outros cinco modelos, sendo três modelos da marca Fishing Raptor e dois modelos da Armatti Yachts até o final de 2021.  

Uma das novidades que terá sua primeira unidade entregue para um cliente paulista em novembro deste ano é o modelo de 42 pés da Armatti Yachts. Além deste, o estaleiro pretende lançar um modelo maior, que terá a sua primeira unidade apresentada ainda este ano. Em termos de mão de obra, mesmo diante da pandemia, todo o quadro de colaboradores do estaleiro foi aumentado e pretende fazer novas contratações que ocorrerão até o final do ano. 

SOBRE A FISHING RAPTOR

A Fishing Raptor é a principal marca de lanchas de lazer, pesca oceânica e esportes náuticos do Brasil. Possui modelos que variam de 21 a 42 pés. É uma linha conhecida pelos cascos de alta resistência para atravessar os mares sem dificuldade e navegar para lugares distantes da costa e desprovidos de estruturas de apoio. Atende ao mais rigoroso controle de qualidade para seguir as normas internacionais marítimas e de segurança. Desde 2018, conta com planta fabril na região da Grande Florianópolis, em Santa Catarina, para atender a produção nacional e internacional da marca.

MAIS INFORMAÇÕES: https://fishing.com.br/   

SOBRE A ARMATTI YACHTS

Lançada em 2016, a marca premium de lanchas Armatti Yachts trouxe para o mercado náutico brasileiro um novo nível de qualidade de embarcações com foco em inovação. É composta por modelos de lanchas superesportivas que variam entre 30 e 48 pés. Chama atenção pelas linhas inconfundíveis, além do design moderno e arrojado. Desde 2018, conta com planta fabril na região da Grande Florianópolis, em Santa Catarina, para atender a produção nacional e internacional da marca. Está continuamente implementando novos processos e materiais para garantir um produto sempre à frente de seu tempo.

MAIS INFORMAÇÕES: https://www.armatti.com.br/

Yang Wanming confirma interesse da China em aumentar investimentos no Brasil

O Brasil é um importante parceiro econômico e comercial da China. O tigre asiático se mantém por 11 anos consecutivos na posição de maior parceiro comercial e maior importador do Brasil, que por sua vez, é o primeiro país da América Latina a ter um volume de comércio com a China acima dos US$ 100 bilhões. Dados estatísticos da Embaixada da China no Brasil mostram que entre janeiro e setembro deste ano, mesmo apesar dos impactos da pandemia, o comércio bilateral cresceu 6,2%. Isso demonstra que a parceria entre os dois países é altamente complementar e tem forte resiliência e vigor. 

Na área de investimentos, a China é uma das principais fontes de capital estrangeiro no Brasil e vem aumentando rapidamente seus investimentos no país. Atualmente o país tem um aporte total de quase US$ 80 bilhões em uma ampla gama de setores como agricultura, mineração, infraestrutura, telecomunicações e manufatura. “E empresas chinesas têm demonstrado muito interesse em infraestrutura, agricultura, energia e outras áreas-chave para atração de investimentos no pós-pandemia e esperam participar de projetos específicos”, diz o embaixador chinês Brasil Yang Wanming. 

O diplomata participa de mesa redonda na Logistique Web Conference, no dia 4 de novembro, tendo como anfitriã a especialista em relações internacionais Carolina Valente. Na pauta a cooperação entre a China e o Brasil e a parceria nas vertentes de comércio, investimentos e finanças. “A parceria econômica e comercial entre os dois países tem uma base sólida e crescimento continuo”, acrescenta Wanming. Ele destaca que os dois países têm suas próprias vantagens em recursos, tecnologia, capital e mercado. “Uma parceria altamente complementar e mutuamente benéfica traz resultados tangíveis para os dois povos”, complementa. 

Otimismo 

“Na era pós-pandemia, a nossa parceria econômica e comercial apresenta enorme potencial. A China vai estimular ainda mais a demanda no mercado doméstico e ampliar a abertura ao exterior. Está aberta, portanto, a mais produtos agrícolas brasileiros de qualidade e outros produtos com mais valor agregado”, afirma Wanming. Ao levar adiante a parceira em setores tradicionais, como petróleo e gás, energia elétrica, mineração e infraestrutura, segundo o diplomata, os dois países poderão expandir juntos a fronteira das cooperações para áreas como economia digital, energia limpa, agricultura inteligente, telemedicina, cidades inteligentes, telecomunicações 5G e big data, fomentando a atualização industrial e a transformação digital na China e no Brasil. 

O otimismo de Wanming é justificado pelo bom relacionamento entre os dois países, que ao longo dos 46 anos, desde o estabelecimento das relações diplomáticas, a China e o Brasil consolidaram a confiança política mútua, obtiveram ricos frutos nas cooperações pragmáticas e mantiveram intercâmbios dinâmicos culturais e humanísticos. “Além disso, existe uma boa cooperação no âmbito do BRICS, G20 e ONU, com frequentes comunicações sobre os principais assuntos regionais e internacionais”, acrescenta. 

Com relação a sua participação na Logistique Web Conference, carro chefe da edição 2020 da Logistique – Feira e Congresso de Logística e Negócios Multimodais, o embaixador chinês diz que a combinação de impactos da pandemia e do protecionismo desafia a economia mundial e traz incertezas em fatores externos à nossa parceria bilateral. “Neste contexto especial, o evento cria oportunidades para que empresas e associações setoriais dos dois países possam abordar a cooperação comercial e na logística durante e após a pandemia”, conclui. O evento acontece de 4 a 6 de novembro, no formato digital. 

 

O patrocínio é do Porto Itapoá e as inscrições são gratuitas. 

Ministério da Infraestrutura inicia fusão de estatais

O Ministério da Infraestrutura iniciou o processo de unificação de duas empresas estatais com sobreposição de finalidades: a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) - que realiza estudos técnicos para concessões de transportes - e a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A - responsável pelas ferrovias brasileiras. O anúncio foi feito ontem (19). Ambas terão funcionários e atribuições incorporados à nova empresa, que será chamada Infra S.A.

“A implantação da Infra S.A., que vai incorporar a Valec e a EPL, fará o Minfra deixar de ter duas empresas dependentes do Tesouro Nacional e que apresentam prejuízo acumulado para o surgimento de uma nova, que vai reduzir custos de funcionamento, ser autossuficiente e competitiva, aumentar a produtividade e ampliar a eficiência na estruturação de projetos de infraestrutura, sempre pensando a logística de transportes, estruturando o futuro, sem qualquer descontinuidade ao que está em andamento atualmente”, informou Marcelo Sampaio, secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura.

O plano de fusão das estatais deverá ser apresentado no prazo de 90 dias e a previsão é que todo o processo seja concluído em 270 dias. Durante o prazo inicial, consultores apresentarão os resultados do modelo de funcionamento da Infra S.A., com padrões para a governança do projeto e o alinhamento estratégico com os principais executivos das empresas.

Segundo a pasta, avaliações trimestrais serão feitas para acompanhar o desenvolvimento e a performance da nova estatal. A empresa responsável pela unificação, a Consultoria Falconi, prevê uma empresa mais enxuta com os cortes de gastos administrativos, e mais ágil, com investimentos em conhecimentos gerenciais e técnicos para os funcionários. A projeção também cita ganhos de eficiência e aumento de produtividade para a Infra S.A.

A criação da Infra S.A. é a primeira investida do governo federal em fusão de estatais.

LUTO NO COOPERATIVISMO: Lanznaster, um líder para a História

        Com mais de 50 anos de atuação no associativismo de Santa Catarina, ora dedicado ao cooperativismo, ora dedicado ao sindicalismo, tive o privilégio de conviver com grandes lideranças. Uma foi o pioneiro Aury Luiz Bodanese que nos deixou há quase 20 anos; outra foi Mário Lanznaster que, no último domingo, partiu desse mundo para habitar outra dimensão.

                    Foram dois gigantes do cooperativismo brasileiro. Ambos tiveram a arrojada visão de, no início da segunda metade do século passado, fortalecer de forma empresarial o setor primário da economia do grande oeste catarinense. A agricultura sofria forte estímulo e começava a incorporar as tecnologias geradas pela crescente cadeia de suprimentos do agronegócio, pelas indústrias de insumos, pela Embrapa e pelas universidades.

                    Constataram que as famílias de produtores rurais não podiam permanecer  apenas como simples fornecedores de matérias-primas – milho, soja, feijão, trigo,  leite, suínos, aves etc. – para as indústrias mercantis de processamento. Fazia-se imperiosa a construção de um parque agroindustrial das próprias cooperativas para receber, processar e, assim, disputar o mercado com produtos processados. Agregou-se valor ao produto agrícola e elevou-se o status do produtor para um verdadeiro empresário.

                    O caminho para esse objetivo coube a uma cooperativa central (a Aurora Alimentos), mas tornou-se necessário vencer a desconfiança dos Bancos e buscar o apoio de organismos nacionais para obtenção dos financiamentos necessários. Foi uma tarefa hercúlea.

                    No comando da Aurora, Bodanese foi gigante nessa luta pela industrialização própria, período no qual atuei como vice-presidente por 21 anos, ao tempo em que também presidia a Coperio de Joaçaba.  Assumi a presidência da Aurora em 2003 com o falecimento dele. Tive a felicidade de ter, como meu vice-presidente Mário Lanznaster, cumprindo um exitoso período de quatro anos, findo os quais passei a ele o comando da Cooperativa Central.

                    Lanznaster vinha da Alfa, uma das maiores cooperativas agropecuárias do País, onde já havia convivido com Bodanese e o sucedido na presidência. Catapultado ao comando da Aurora Alimentos, ali permaneceu por 13 anos até que desígnios superiores o retiraram de nosso convívio. Nesse último e profícuo período, executou um avançado plano de expansão da base produtiva no campo e de construção e ampliação das plantas industriais nas cidades, além de dar capilaridade às estruturas comerciais e de aperfeiçoar toda a operação logística.

                    Simples e direto nas relações interpessoais, era dono de uma franqueza chocante. Detestava procrastinar decisões ou deixar situações indefinidas. Mário era obcecado pelo estudo e pelo trabalho. Confiava nas pessoas, valorizava o trabalho em equipe, estimulava a inovação e priorizava a formação, a qualificação e a requalificação dos recursos humanos. Sempre lembrava que o verdadeiro dono da cooperativa estava no campo: era o produtor rural. Por isso, desenvolveu intensos programas de treinamento para as famílias em programas inovadores com Senar, Sescoop, Sebrae e outros parceiros.

                    Engenheiro agrônomo de formação, fazia questão de dizer que era um criador de suínos. Visitou dezenas de países para conhecer os sistemas de produção. Tinha a preciosa e rara condição de conhecer profundamente a atividade agrícola e pecuária, o processamento industrial e o comportamento do mercado – o que fazia dele um dos maiores experts do complexo e multifacetado universo da agroindústria da proteína animal. Tinha preocupação com a formação de novas lideranças e, por isso, abriu espaços em todos os níveis para jovens rurais.

                    Muito irá se escrever sobre a trajetória desse cooperativista. Ele integrou uma geração de líderes de um tempo em que – em face da ausência de recursos e métricas econômicas – a capacidade de comandar, a visão de futuro, o tirocínio comercial  e a interpretação de tendências eram, inicialmente, frutos de habilidades e talentos inatos. Só posteriormente incorporaram todo o arsenal da moderna administração estratégica. Lanznaster transitou entre essas duas gerações.

                    Ele tinha fé nos postulados do cooperativismo e, com ela, viabilizou grandes empreendimentos. Mário Lanznaster não será esquecido porque sua trajetória  representa um capítulo extraordinário do cooperativismo universal.

 

Foto 06 - José Zeferino Pedrozo - Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC). 

MadeiraMadeira instala centro de distribuição em Itajaí (SC)

A loja de móveis MadeiraMadeira acaba de instalar um centro de distribuição (CD) em Itajaí, Santa Catarina, o primeiro na região. No total são 3.824,09 m² de espaço para armazenagem, distribuídos em dois módulos dentro do condomínio Mega Centro Logístico Itajaí, administrado pela empresa Capital Realty.

Santa Catarina é uma localização prioritária para a empresa, que vai ampliar as entregas para o Sul do país. Estrategicamente localizado no entroncamento da BR-101 e SC-412, rodovia que liga a região oeste ao Vale do Itajaí, o complexo Mega Centro Logístico Itajaí atende empresas que importam e exportam utilizando os portos de Itapoá, Itajaí e Navegantes, além de ser um ponto estratégico para  distribuição de mercadorias na região sul do Brasil .

"Além de atender as empresas de comercio exterior, o condomínio atende grandes redes varejistas que abastecem Santa Catarina e demais estados do sul . Itajaí se tornou um polo importante para distribuição de mercadorias devido sua localização estratégica, infraestrutura e mão de obra especializada  ", diz Rodrigo Demeterco, presidente da Capital Realty.

Criada em 2009, a MadeiraMadeira é uma loja online especializada em produtos para casa, que agora também opera em endereços físicos. Um modelo híbrido entre e-commerce e marketplace que tem mais de 1 milhão de artigos. Dividida em nove áreas, a empresa conta com mais de 1000 funcionários e está sediada em Curitiba.

Sobre a Capital Realty

A Capital Realty é referência na construção e administração de condomínios logísticos industriais e empreendimentos sob medida. Com forte atuação nos três estados da Região Sul e em São Paulo, a Capital Realty possui equipe formada por gestores e engenheiros com larga experiência no mercado imobiliário e se destaca pela capacidade técnica de desenvolver, executar e gerir ativos imobiliários de forma inovadora. Os empreendimentos levam a bandeira MEGA, classificados como padrão A de infraestrutura logística/industrial e disponibilizam todo o suporte para os clientes que se instalam nos centros logísticos.

Inflação pelo IGP-10 cai de 4,34% para 3,20%

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), indicador nacional medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 3,20% em outubro. A taxa é menor que a observada em setembro (4,34%). Com o resultado, o índice acumula inflação de 17,63% no ano e de 19,85% em 12 meses.

A queda do indicador de setembro para outubro foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o varejo e cuja inflação recuou de 5,99% em setembro para 4,06% em outubro.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, e o Índice Nacional de Custo da Construção tiveram alta. O Índice de Preços ao Consumidor subiu de 0,46% em setembro para 0,98% em outubro. Já o Índice Nacional de Custo da Construção passou de 0,80% em setembro para 1,51% em outubro.

Produção brasileira de aço cresce 7,5% em setembro

A produção brasileira de aço somou 2,6 milhões de toneladas em setembro deste ano, com aumento de 7,5% em comparação ao mesmo mês de 2019. Em relação a agosto deste ano, porém, houve retração de 4,7%, atribuída à queda da produção de semiacabados, de 31,9%. Em setembro, foram produzidas 456 mil toneladas de semiacabados para vendas.

Segundo o Instituto Aço Brasil, no mês passado, a produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, inferior em 2,6% à registrada em setembro do ano passado.

As vendas internas evoluíram 7,1% em setembro, comparativamente ao mês anterior, e 11,8% ante setembro de 2019, confirmando a rápida recuperação do mercado interno, disse o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.

"As vendas internas de laminados em setembro ficaram 15,5% acima da média das vendas de 2018 e 2019. Não procedem, portanto, as especulações de que estaria havendo desabastecimento do mercado interno, devido ao retardamento no religamento dos altos-fornos do setor e ao incremento das exportações. Estas, em setembro, ficaram 14,2% abaixo da média das exportações realizadas em 2019." Lopes informou que o consumo aparente de produtos siderúrgicos subiu 8% em setembro relação a agosto, sobretudo por causa do crescimento das vendas internas.

Melhores níveis

Marco Lopes lembrou que, em abril deste ano, no período mais grave da crise de demanda, devido à pandemia do novo coronavírus, a indústria brasileira do aço operou com apenas 42% da capacidade instalada e foi , sendo obrigada a desligar altos-fornos, aciarias e laminações. Com a recuperação do mercado interno, as empresas religaram seus equipamentos e passaram a produzir e a vender para o mercado interno em níveis superiores aos de janeiro e fevereiro de 2020, acrescentou.

O consumo aparente de produtos siderúrgicos atingiu 1,9 milhão de toneladas, 8,2% acima do registrado em igual mês do ano passado.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, as exportações de setembro, em comparação com as do mesmo mês de 2019, tiveram queda de 20,9% em volume e de 27,4% em valor. Foram vendidas 756 mil toneladas, com receita de US$ 379 milhões. Isso ocorreu também com as importações, que totalizaram 142 mil toneladas em setembro (-22,9%) e US$ 171 milhões em valor (-19%).

Acumulado

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, a produção nacional de aço bruto totalizou 22,3 milhões de toneladas, com redução de 9,7% ante o mesmo período do ano anterior. A produção de laminados ficou em 15,5 milhões de toneladas, com queda de 10,8% em relação ao mesmo período de 2019. Na produção de semiacabados (5,9 milhões de toneladas), houve retração de 10,4% na mesma base de comparação.

As vendas internas de janeiro a setembro atingiram 13,5 milhões de toneladas, com queda de 4,2% em relação a igual período do ano passado. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de  14,9 milhões de toneladas no acumulado até setembro, representando queda de 5,5% ante o apurado no mesmo período de 2019.

De janeiro a setembro, as importações alcançaram 1,5 milhão de toneladas, com redução de 22,9% em volume e recuo de 18,6% em valor (US$ 1,6 bilhão) em relação a igual período do ano passado. As exportações somaram 8,6 milhões de toneladas no acumulado até setembro, com queda de 9,9% em relação a igual período de 2019. Em termos de valor, que atingiu US$ 4,2 bilhões.houve queda de 25,5%.

Destaques

Considerando a distribuição regional da produção, o estado de Minas Gerais manteve-se na liderança, com 817 mil toneladas de aço bruto e participação de 31,8% do total, seguido pelo Rio de Janeiro, com 764 mil toneladas e 29,7% de participação.

No ranking da produção mundial, o Brasil ficou na nona posição entre os meses de janeiro e agosto deste ano, com total de 19,77 milhões de toneladas, 11,6% abaixo do mesmo período de 2019. De janeiro a agosto, a China foi a líder entre os países produtores, com 690,76 milhões de toneladas, aumento de 3,9% ante igual período do ano passado.

Confiança

O Instituto Aço Brasil divulgou ainda o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) referente ao mês de outubro.

Segundo Marco Polo de Mello Lopes, neste mês, o índice alcançou 85,2 pontos, evoluindo 13 pontos na comparação com o apurado em setembro. “A rápida recuperação da atividade da indústria do aço elevou a confiança dos empresários do setor para patamares recordes em todos os indicadores de situação atual e de perspectivas", afirmou Lopes.

Caixa abre 772 agências amanhã para pagar saque emergencial do FGTS

A Caixa Econômica Federal abre amanhã (17) 772 agências para o pagamento do saque emergencial de até R$ 1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a 10,8 milhões de trabalhadores nascidos em julho e agosto. O atendimento será das 8h ao meio-dia.

A lista das agências está disponível no endereço www.caixa.gov.br/agenciasabado. Não é preciso chegar antes do horário de abertura. Em comunicado, a Caixa esclareceu que todas as pessoas que procurarem as agências dentro do período de funcionamento serão atendidas.

Além do saque, será possível transferir de forma gratuita os valores, por meio do aplicativo Caixa Tem, para outra conta, seja da Caixa ou de outras instituições financeiras.

Em agosto, a Caixa creditou R$ 5,8 bilhões nas contas poupança digitais dos trabalhadores. O dinheiro havia sido depositado em 10 de agosto (no caso dos nascidos em julho) e em 24 de agosto (no caso dos nascidos em agosto).

Desde então, os recursos podiam ser movimentados apenas por meio do Caixa Tem, que permite compras por cartão de débito virtual, compras por QR Code (versão avançada do código de barras) em estabelecimentos parceiros e o pagamento de boletos e de contas residenciais.

Medida de ajuda

Uma das medidas de ajuda à economia no meio da pandemia da covid-19, o saque emergencial do FGTS beneficia com até R$ 1.045 cerca de 60 milhões de trabalhadores, que receberam R$ 37,8 bilhões no total. Todos os beneficiados receberam o depósito na conta poupança digital. O último lote, para os trabalhadores nascidos em dezembro, foi creditado em 24 de setembro.

O saque em dinheiro e a transferência bancária dos recursos do FGTS ainda está sendo feito em etapas escalonadas, conforme o mês de aniversário do trabalhador. Os nascidos em novembro e dezembro poderão retirar os recursos do FGTS em espécie a partir do próximo dia 31.

Mercado eleva projeções para inflação e vê câmbio desvalorizado

O mercado elevou a expectativa para a inflação em 2020 a nível próximo ao patamar mínimo do intervalo da meta do Banco Central (BC) e aumentou também a projeção para a inflação do ano que vem, mostrou o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (13).

A mediana das projeções colhidas pelo BC junto a cerca de 100 instituições aponta agora para  um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2,47% este ano e de 3,02% em 2021. Na semana passada, as estimativas eram de 2,12% e 3,00%, respectivamente. A meta central para os dois períodos é de 4% e 3,75%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

Os novos ajustes das projeções ocorrem depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter mostrado, na semana passada, que o IPCA teve em setembro a maior alta para o mês em 17 anos, impulsionado pelo aumento dos alimentos. O BC já havia dito que esperava esse aumento e avaliou que ele não contaminaria a inflação do próximo ano.

Os economistas também elevaram a projeção para a taxa de câmbio no final deste ano para 5,30 reais por dólar, sobre 5,25 reais na semana anterior. Para 2021, a aposta agora é que o dólar chegue ao final do ano valendo 5,10 reais, acima dos 5,00 reais previstos há uma semana.

Para a Selic, os investidores seguem prevendo que a taxa básica será mantida em 2% até o final deste ano e termine 2021 em 2,50%.

Caixa paga abono salarial para nascidos em outubro

A Caixa Econômica Federal inicia nesta quarta-feira (14) o pagamento do abono salarial para os trabalhadores nascidos em outubro que ainda não receberam por meio de crédito em conta. Espécie de 14º salário pago a trabalhadores formais que recebem até dois salários mínimos, o abono salarial varia de R$ 88 a R$ 1.045 conforme o número de meses trabalhados com carteira assinada no ano anterior.

Para trabalhadores da iniciativa privada, os valores podem ser sacados com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e nos correspondentes Caixa Aqui, além das agências. Segundo a Caixa, mais de 731 mil trabalhadores nascidos em outubro têm direito ao saque do benefício, totalizando R$ 565 milhões em recursos disponibilizados neste lote.

Já para os funcionários públicos ou de empresas estatais, vale o dígito final do número de inscrição do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A partir de amanhã, o benefício fica disponível para inscritos com final 3.

Os trabalhadores que nasceram entre julho e dezembro recebem o abono salarial do PIS ainda neste ano. Os nascidos entre janeiro e junho terão o recurso disponível para saque em 2021.

Os servidores públicos com o final de inscrição do Pasep entre 0 e 4 também recebem neste ano. Já as inscrições com final entre 5 e 9, em 2021. O fechamento do calendário de pagamento do exercício 2020/2021 será em 30 de junho de 2021.

Quem tem direito

Tem direito ao abono salarial 2020/2021 o trabalhador inscrito no Programa de Integração Social (PIS) há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2019, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou eSocial, conforme categoria da empresa.

Recebem o benefício na Caixa os trabalhadores vinculados a entidades e empresas privadas. Em todo o calendário 2020/2021, a Caixa deve disponibilizar R$ 15,8 bilhões para 20,5 milhões trabalhadores.

Quem trabalha no setor público tem inscrição no Pasep e recebem o benefício no Banco do Brasil (BB). Nesse caso, o beneficiário pode optar por realizar transferência (TED) para conta de mesma titularidade em outras instituições financeiras nos terminais de autoatendimento do BB ou no portal www.bb.com.br/pasep, ou ainda efetuar o saque nos caixas das agências.

Para o exercício atual, o BB identificou abono salarial para 2,7 milhões de trabalhadores vinculados ao Pasep, totalizando R$ 2,57 bilhões. Desse montante, aproximadamente 1,2 milhão são correntistas ou poupadores do BB, e aqueles com final de inscrição de 0 a 4 receberam seus créditos em conta antecipadamente no dia 30 de junho, no total de R$ 580 milhões, segundo a instituição financeira.

Abono salarial anterior

Cerca de 2 milhões de trabalhadores que não sacaram o abono salarial do calendário anterior (2019/2020), finalizado em 29 de maio deste ano, ainda podem retirar os valores. O prazo vai até 30 de junho de 2021. O saque pode se feito nos canais de atendimento com cartão e senha Cidadão, ou nas agências da Caixa.

A consulta do direito ao benefício, bem como do valor disponibilizado, pode ser realizada por meio do aplicativo Caixa Trabalhador, pelo atendimento Caixa ao Cidadão (0800-726-0207) e em página da Caixa.

No caso do Pasep, cerca de 360 mil trabalhadores não sacaram o abono referente ao exercício 2019/2020, pago até 29 de maio deste ano. De acordo com resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), esses recursos ficam disponíveis para saque por cinco anos, contados do encerramento do exercício. Os abonos não sacados são disponibilizados automaticamente para o próximo exercício, sem necessidade de solicitação do trabalhador.

Santa Catarina investe na melhoria genética da produção de tilápias

Santa Catarina amplia pesquisa para desenvolver linhagem de tilápia mais adaptada ao cultivo no Estado. A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural irá investir R$ 1,3 milhão para dar continuidade à pesquisa de melhoramento genético da tilápia-do-nilo. O trabalho será executado pelo Centro de Desenvolvimento da Aquicultura e Pesca (CEDAP/Epagri), em Itajaí.

“Esse projeto é uma demanda antiga dos piscicultores de Santa Catarina e pode ter um grande impacto no nosso agronegócio. O cultivo de tilápia vem crescendo no Estado e nós já somos uma referência em tecnologia e qualidade de produção. Com a ampliação da pesquisa e o uso de novas técnicas de melhoramento genético poderemos ter ganhos ainda maiores na produção”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Ricardo de Gouvêa.

A intenção é, através da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico, melhorar a produção e a produtividade da piscicultura catarinense e, como consequência, melhorar também a renda e a qualidade de vida dos produtores catarinenses.

O pesquisador da Epagri/Cedap, Bruno Correa, explica que a pesquisa irá selecionar tilápias com maior crescimento e melhor desempenho nas condições de cultivo e clima de Santa Catarina. A partir dessa seleção serão formadas as matrizes, que serão disponibilizadas para os produtores de alevinos.

Piscicultura em Santa Catarina

A piscicultura de água doce catarinense produziu 47.950 toneladas na safra de 2018, sendo os produtores profissionais responsáveis por 70% deste montante. O maior volume de produção é de tilápias, seguido pelas carpas.

Os municípios com maior produção de peixes de água doce na safra de 2018 foram Rio Fortuna, Massaranduba, Ituporanga, Armazém e Joinville.

 

Foto 25 – O investimento será de R$ 1,3 milhão. O objetivo é melhorar a produção e a produtividade da piscicultura catarinense, além de gerar renda e qualidade de vida para os produtores (Foto: Nilson Teixeira/Epagri). 

CNC: turismo perde quase 50 mil empresas em 6 meses de pandemia

A crise provocada pela pandemia de covid-19 fez com que o setor de turismo perdesse 49,9 mil estabelecimentos, com vínculos empregatícios, entre março e agosto deste ano, segundo informou hoje (5) a Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC).

O saldo negativo no período equivale a 16,7% do número de empresas com vínculos empregatícios nestas atividades verificados antes da pandemia.

Para a CNC, o surto de covid-19 afetou empreendimentos de todos os portes, mas os que mais sofreram perdas foram os micro (-29,2 mil) e pequenos (-19,1 mil) negócios. Regionalmente, os estados e o Distrito Federal registraram redução no número de unidades ofertantes de serviços turísticos, com maior incidência em São Paulo (-15,2 mil), Minas Gerais (-5,4 mil), Rio de Janeiro (-4,5 mil) e Paraná (-3,8 mil).

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a maior parte das atividades que compõem o turismo brasileiro permanece ainda sem perspectiva de recuperação significativa nos próximos meses, principalmente em virtude do caráter não essencial do consumo destes serviços.

“A aversão de consumidores e empresas à demanda, somada ao rígido protocolo que envolve a prestação de serviços dessa natureza, tende a retardar a retomada do setor”, disse Tadros, em nota.

Todos os segmentos turísticos acusaram saldos negativos nos últimos seis meses, com destaque para os serviços de alimentação fora do domicílio, como bares e restaurantes (-39,5 mil), e os de hospedagem em hotéis, pousadas e similares (-5,4 mil) e de transporte rodoviário (-1,7 mil).

Faturamento menor

A CNC calcula que, em sete meses (de março a setembro), o turismo no Brasil perdeu R$ 207,85 bilhões. “Mesmo com as perdas ligeiramente menos intensas nos últimos meses, o setor explorou apenas 26% do seu potencial de geração de receitas durante o período”, disse Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa.

Segundo o estudo, o faturamento do setor turístico apresentou queda de 56,7% até julho, em relação à média verificada no primeiro bimestre. Os números referentes ao volume de receitas evidenciam que o setor tem sido o mais afetado pela queda do nível de atividade ao longo da pandemia, sobretudo, quando comparado ao volume de vendas do comércio varejista (-1,6%), da produção industrial (-5,6%) e do setor de serviços como um todo (-13%).

Menos emprego

Com menos estabelecimentos com vínculos empregatícios, o setor de turismo também sofreu em relação à empregabilidade. Em seis meses de pandemia, foram eliminados 481,3 mil postos formais de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

“A destruição destas vagas representou uma retração de 13,8% no contingente de pessoas ocupadas nessas atividades. E, na média de todos os setores da economia, a variação relativa no estoque de pessoas formalmente ocupadas cedeu 2,6%”, afirmou Fabio Bentes.

Os segmentos de agências de viagens (-26,1% ou -18,5 mil) e de hotéis, pousadas e similares (-23,4% ou -79,9 mil) registraram os cortes de empregos mais intensos.

Banco Central oficializa redução do compulsório a prazo

Até abril do próximo ano, os clientes de bancos terão à disposição mais recursos para pegar emprestado no sistema financeiro. O Banco Central (BC) oficializou a prorrogação da alíquota reduzida de 17% para os depósitos compulsórios a prazo.

A circular com a extensão do compulsório reduzido foi publicada hoje (5) no Diário Oficial da União. O percentual, que retornaria a 25% em dezembro, continuará em 17% até abril de 2021, quando subirá para 20% e ficará nesse nível permanentemente.

A prorrogação do prazo havia sido anunciada na sexta-feira (2) pelo Banco Central. Segundo o BC, a medida foi tomada para ajudar a economia em meio à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19. A autoridade monetária não divulgou o impacto da injeção de recursos até abril. Apenas informou que, depois de abril, a redução permanente do compulsório para 20% significará injeção de R$ 62 bilhões na economia.

Os depósitos compulsórios a prazo representam a fatia do dinheiro aplicado por clientes de uma instituição financeira em modalidades como poupança e certificados de depósito bancário (CDB) que os bancos são obrigados a depositar no BC. Os compulsórios têm o objetivo de garantir a segurança do sistema financeiro, impedindo que os bancos emprestem indiscriminadamente e fiquem sem caixa.

No entanto, esse mecanismo pode servir como instrumento de política monetária, porque, ao reduzir ou aumentar o volume de recursos retidos, o BC libera ou restringe os recursos livres que podem ser emprestados aos clientes.

Em nota, o BC informou que a extensão do compulsório de 17% até abril tem como objetivo facilitar a adaptação dos bancos à futura alíquota permanente de 20%. “A decisão, no atual momento, visa dar previsibilidade para que o mercado se ajuste para cumprir a nova alíquota”, destacou a instituição financeira.

Em fevereiro, o BC tinha diminuído o compulsório sobre depósitos a prazo de 31% para 25%, sob o argumento de estimular o crescimento da economia. Com o início da pandemia da covid-19, a alíquota passou para 17% de forma emergencial, dentro do pacote de medidas que injetou R$ 1,2 trilhão no sistema financeiro.

Ipea aponta avanço de 3,4% em investimentos em julho

Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra avanço de 3,4% em investimentos na economia brasileira no mês de julho, quando comparado com junho. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, houve um recuo de 2,4%.

Os dados são do Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado hoje (5). São medidos investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros ativos fixos, como propriedade intelectual, lavouras permanentes e gado de reprodução, entre outros.

Ainda de acordo com o levantamento, na comparação com julho de 2019, foi registrada uma queda de 3,8%. Já no trimestre móvel encerrado em julho deste ano, houve crescimento de 7%.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos apresentou uma alta de 10,9%, após uma queda de 8,2% registrada no mês de junho. "De acordo com os seus componentes, enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos cresceu 21,5% em julho [terceira alta consecutiva], a importação caiu 7,6% no mesmo período", registra o estudo do Ipea.

Já na construção civil, os investimentos cresceram 2,7%. "O resultado sucedeu altas de 7,8% e 17,4% nos meses de junho e maio, respectivamente. Com isso, o segmento registrou um avanço de 8,5% no trimestre móvel", acrescenta o levantamento.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o componente da construção apresentou crescimento de 3,3% sobre julho de 2019. Já os segmentos de máquinas e equipamentos e de outros ativos fixos registraram queda, respectivamente, de 10,7% e de 5,5%.

IBGE: produção industrial avança 3,2% em agosto

A produção da indústria nacional cresceu pelo quarto mês seguido e registrou alta de 3,2% em agosto, na comparação com julho. Mesmo assim, o indicador ainda não eliminou totalmente a perda de 27% acumulada entre março e abril, no início da pandemia de covid-19, quando a produção industrial caiu ao patamar mais baixo da série. No acumulado no ano, a produção recuou 8,6%.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também mostra que, em relação a agosto de 2019, a indústria caiu 2,7%. Esse é o décimo resultado negativo seguido nessa comparação. Nos últimos 12 meses, a queda é de 5,7%.

Para o gerente da pesquisa, André Macedo, o resultado de agosto mostra que a indústria nacional está em recuperação após o agravamento das medidas para conter a pandemia. “Há uma manutenção de certo comportamento positivo do setor industrial nos últimos meses. É um avanço bem consistente e disseminado entre as categorias, mas ainda há uma parte a ser recuperada”, disse, em nota.

O pesquisador explicou que o impacto da necessidade do isolamento social foi de grande dimensão, afetando a produção em várias unidades no país, que fecharam ou foram suspensas neste período. Segundo a pesquisa, o setor industrial está 2,6% abaixo do patamar de fevereiro, período pré-pandemia.

Recuperação

A pesquisa indicou que todas as grandes categorias apresentaram avanço em agosto frente a julho. Bens de consumo duráveis tiveram o maior crescimento, com 18,5%. Bens de capital (2,4%), bens intermediários (2,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) também cresceram em agosto, mas abaixo da média da indústria.

Entre os ramos pesquisados, 16 dos 26 apresentaram aumento. A atividade de destaque foi veículos automotores, reboques e carrocerias, que cresceu 19,2%. "A produção dos automóveis impacta não só dentro da categoria de bens de consumo duráveis, mas no setor industrial como um todo, porque influi na confecção de autopeças, caminhões e carros em geral”, afirmou Macedo.

Também tiveram influência no resultado da indústria, na passagem de julho para agosto, os setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com avanço de 3,9% e de indústrias extrativas, que cresceu 2,6%.

Segundo a pesquisa, outras atividades que ajudaram no desempenho geral foram produtos de borracha e de material plástico (5,8%), couro, artigos para viagem e calçados (14,9%), produtos de minerais não-metálicos (4,9%), produtos alimentícios (1,0%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,5%), metalurgia (3,2%), produtos têxteis (9,1%) e produtos de metal (3,1%), que repetiram o desempenho positivo de julho.

Por outro lado, segundo o IBGE, entre os dez ramos que tiveram redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-9,7%) e bebidas (-2,5%) foram os que mais contribuíram para os impactos negativos.

Mercado de trabalho registra estabilidade na 2ª semana de setembro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (2) mais uma edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19. O levantamento, referente à semana de 6 a 12 de setembro, revela estabilidade nos principais indicadores do mercado de trabalho.

A taxa de desocupação alcançou 14,1%, percentual que se situa entre as duas últimas pesquisas. Na primeira semana de setembro, ela ficou em 13,7% e na última semana de agosto em 14,3%. Já os ocupados representam 48,4% da população, apenas 0,01% a mais do que no levantamento anterior. De acordo com o IBGE, essas variações não são significativas.

"Os dados mostram resultados de estabilidade no mercado de trabalho. A população ocupada permaneceu estável com 82,6 milhões de pessoas, embora venha apresentado variações positivas nas últimas três semanas", observa a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

A Pnad Covid-19 vem sendo realizada desde maio e busca monitorar os impactos que a pandemia vem causando no mercado de trabalho brasileiro, além de estimar o número de pessoas com sintomas associados à doença. A pesquisa considera como parte da população desocupada todas as pessoas que não estão trabalhando, mas que tomaram alguma providência para conseguir trabalho. Já aquelas que não se mobilizaram em busca de emprego integram a população fora da força de trabalho, que era composto por 74,6 milhões de pessoas na segunda semana de setembro. Desse total, cerca de 16,3 milhões disseram que gostariam de estar trabalhando, mas não procuraram emprego por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.

Na nova edição da pesquisa, a taxa de participação na força de trabalho ficou em 56,3%. O índice também representa uma estabilidade se comparado com os 56% registrado no levantamento anterior.

Outro dado que revela a manutenção do quadro é a taxa de informalidade. Ela caiu apenas 0,3%, saindo de 34,6% na primeira semana de setembro para 34,3% na segunda semana. O número de pessoas trabalhando remotamente também se manteve estável, saindo de 10,8% para 10,7%.

Entre os índices relacionado ao mercado de trabalho, a variação mais relevante foi notada no percentual de pessoas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social. Os dados indicam um movimento de retorno às atividades profissionais. Na segunda semana de setembro, 3,7% da população ocupada estava afastada do trabalho devido ao distanciamento social. O levantamento anterior havia registrado que 4,2% das pessoas ocupadas estavam nesse situação. Em maio, quando a pesquisa começou a ser realizada, o índice atingiu 19,8%.

Sintomas

A nova edição da Pnad Covid-19 também revela que 9,9 milhões de pessoas manifestavam pelo menos um dos sintomas associados à síndrome gripal na segunda semana de setembro, o que representa 4,7% da população brasileira. São considerados 12 sintomas: febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular.

Na primeira semana de setembro, esta situação foi relatada por 4,6% das pessoas, o que aponta para um estabilidade estatística. Em maio, na primeira edição do levantamento, o índice foi de 12,7%.

A mobilidade da população em meio à pandemia apresentou variação mais significativa. "Cai significativamente o percentual de pessoas que informaram que ficaram rigorosamente em casa. E aumentou significativamente o percentual daqueles que informaram ter reduzido contato, mas que continua saindo de casa ou recebendo visitas", diz Maria Lúcia Vieira.

O isolamento rigoroso foi informado por 16,7%, um ponto percentual a menos que o levantamento anterior. Em números absolutos, a variação representa cerca de 2 milhões de pessoas. Já as pessoas que afirmam ter reduzido o contato, mas que não deixaram de sair nem receber visitas, aumentou de 80,7 milhões (38,2%) para 83,3 milhões (39,4%).

A pesquisa mostrou uma retomada das atividade escolares. Na primeira semana de setembro, 15,8% dos estudantes estavam sem aulas. No novo levantamento, esse percentual caiu para 14,7%.

Produção na área do pré-sal bate recorde pelo segundo mês seguido

Pelo segundo mês consecutivo, a produção na área do pré-sal registrou recorde, tanto no petróleo quanto no gás natural. Em agosto, foram produzidos 2,776 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia). Desse total, 2,201 MMbbl/d (milhões de barris por dia) de petróleo e 91,398 MMm3/d (milhões de m3 por dia) de gás natural.

No recorde anterior, em julho, a produção de petróleo ficou em 2,179 MMbbl/d e a de gás natural 88,88 MMm3. Os dados foram divulgados hoje (2) no Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

De acordo com a ANP, o resultado representa aumento de 1,4% em relação ao mês anterior e de 14,4% na comparação com agosto de 2019. “A produção no pré-sal teve origem em 117 poços e correspondeu a 70,7% da produção nacional”.

Produção nacional

Também em agosto a produção nacional atingiu 3,927 Mmboe/d, de acordo com o boletim. Desse total, 3,087 MMbbl/d são de petróleo e 134 MMm3/d, de gás natural. Na produção de petróleo, houve aumento de 0,3% em relação ao mês anterior e de 3,3% frente a agosto de 2019. Na produção de gás natural, a alta ficou em 2,4% se comparado a julho e de 0,1% ante o mesmo mês do ano anterior.

Por causa da pandemia da Covid-19, 33 campos tiveram as suas produções interrompidas temporariamente em agosto. Entre eles, 16 são marítimos e 17 terrestres. Também permaneceram com a produção interrompida 60 instalações de produção marítimas.

Os campos marítimos produziram 96,9% do petróleo e 85,5% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras responderam por 94,7% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Os que tem participação exclusiva da Petrobras produziram 42,9% do total.

Destaques

O maior produtor de petróleo e gás natural foi o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, que registrou 1,004 MMbbl/d de petróleo e 44,5 MMm3/d de gás natural.

A instalação com maior produção de petróleo foi a plataforma Petrobras 77, que produz no campo de Búzios por meio de quatro poços a ela interligados, com a produção atingiu 165,598 Mbbl/d de petróleo.

A unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) Cidade de Itaguaí foi a instalação com maior produção de gás natural. Ela opera no campo de Tupi  por meio de sete poços interligados e produziu 7,337 Mmm³/d.

O maior número de poços produtores terrestres (1.097) foi registrado em Estreito, na Bacia Potiguar. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 67.

Arrecadação de setembro foi 4,5% maior do que a de 2019

A arrecadação de impostos em Santa Catarina em setembro foi de R$ 2,43 bilhões, 1,6% acima dos R$ 2,39 bilhões arrecadados em agosto. O mês registrou a terceira melhor receita nominal de impostos de 2020, atrás apenas de janeiro e fevereiro, quando a pandemia ainda não havia impactado a economia do Estado.

Na comparação com o ano passado, a arrecadação de setembro foi 4,5% maior. Além disso, este foi o terceiro mês consecutivo à frente dos números de 2019, mostrando uma recuperação da economia após a queda brusca em abril, maio e junho. 

No acumulado do ano, porém, o cenário ainda é de retração. De janeiro a setembro, 2020 registrou uma receita com impostos de R$ 20,24 bilhões, contra R$ 20,51 bilhões de 2019. A diferença é de pouco menos de R$ 300 milhões.

Apesar da comparação anual ainda ser negativa - já que 2019 foi considerado um ano muito bom -, os números de 2020 são muito melhores do que os anos anteriores.

Sine disponibiliza mais de 4 mil vagas de emprego em Santa Catarina

A última semana de setembro iniciou com oportunidades em Santa Catarina. São 4150 vagas de empregos, sendo 196 destinadas às pessoas com deficiência, disponibilizadas em mais de 50 cidades catarinenses. Os números foram divulgados pelo Sistema Nacional do Emprego (Sine), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE).

As ofertas da semana englobam as mais variadas funções, com pré-requisito desde nível fundamental a superior. O Oeste do estado lidera as vagas, com mais de mil oportunidades. Em destaque estão São Miguel do Oeste (872), Concórdia (343) e Chapecó (276). 

Na avaliação do coordenador estadual do Sine, Ramon Fernandes, a oferta de vagas no estado é um reflexo do otimismo do empreendedor catarinense.

“Um exemplo é o índice de confiança industrial, que subiu para 64,8%, segundo o último relatório divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), assim como a intenção de investir do setor, que em setembro apontou 68,9%. Os números também seguem positivos no comércio e serviços. Esses indicadores confirmam o crescimento da produção e do emprego. Seguimos com o trabalho em conjunto, governo e setor produtivo, com foco nas melhores perspectivas e continuidade da retomada da economia”, frisa Fernandes.

No entanto, o coordenador estadual enfatiza que ainda é baixa a procura dos catarinenses pelas vagas.

Buscando as vagas

Passo 1: baixar o aplicativo

Basta acessar a loja de aplicativos do seu celular, pesquisar por “Sine Fácil” e seguir com o processo de instalação gratuita. Para iniciar o aplicativo, basta clicar no ícone presente na lista de apps do seu celular.

Passo 2: acessar

Uma forma de acessar o aplicativo é pela conta no site gov.br. Outra possibilidade é pelo QR Code (código), que pode ser gerado na Agência do Sine/SC mais próxima, por meio de agendamento.

Passo 3: consultar as vagas de emprego

As vagas de emprego são consultadas de acordo com o perfil profissional cadastrado. O site Emprega Brasil descreve que se o trabalhador se interessar pela vaga, basta clicar em “Quero Esta Vaga” e agendar a entrevista.

Na opção “Agendar Entrevista”, o trabalhador terá informações sobre local, data e horário escolhidos. Em “Entrevistas Agendadas” estão disponíveis informações sobre as datas agendadas pelo aplicativo.

Uma outra forma de se candidatar as vagas é pelo site empregabrasil.mte.gov.br.

Sem acesso à internet

Trabalhadores que não possuem acesso à internet podem agendar um horário para atendimento em uma agência do Sine/SC mais próxima, para o preenchimento do currículo.

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