sexta, 19 de abril de 2024
17/04/2024

Fampesc e Sebrae lançam parceria para aumentar a competitividade empresarial


A Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedor Individual de Santa Catarina (Fampesc) e o Sebrae/SC acabam de lançar o Edital de Fomento às Ampes (EFAMPE 2024), com o objetivo de aportar recursos nas micro e pequenas empresas participantes dos núcleos setoriais ou associadas ao Sistema Fampesc. As inscrições foram abertas nesta terça-feira (16) e vão até 16 de junho.

A meta é aumentar a competitividade empresarial, por meio de três eixos:

Produtividade: desenvolvimento de ações que permitam o aumento da eficiência do processo produtivo das empresas.
Gestão empresarial: cursos ou consultorias nas áreas de gestão (estratégias, marketing e vendas, financeiro, processos e pessoas), visando potencializar os resultados das empresas.
Acesso ao mercado: visitas técnicas ou participação de feiras.

Para ter acesso ao EFAMPE, os empresários devem apresentar o seu pedido para a associação de sua cidade ou região. Após analisado, caso seja aprovado, a parceria da Fampesc com o Sebrae/SC garante um subsídio de 50% do valor total. A outra metade ainda pode ser parcelada. Todas as regras de funcionamento já estão nas associações do Sistema Fampesc.

“Esta é mais uma oportunidade que a Fampesc e o Sebrae oferecem para melhorar concretamente as atividades dos pequenos negócios, em benefício do segmento que mais gera emprego e desenvolvimento local e nacional”, enfatizou a presidente da Federação, Rosi Dedekind.

“O EFAMPE é uma maneira de fomentador muitas empresas, melhorado o ambiente empresarial, através da capacitação, gestão e o atendimento dos empresários, pois o fortalecimento do empresário acarretará em fortalecimento da sua empresa na cadeia produtiva, fomentando a geração de empregos e renda”, reforçou Luciano da Silva, Analista técnico do Sebrae e gestor do PNS - Programa de Núcleos Setoriais.



Blog

Como prevenir golpes na internet?

Segundos dados levantados pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), da SSP, em 2020 tivemos uma alta de 265% nos golpes aplicados na internet, abrangendo tanto empresas quanto consumidores.
 

Entre os golpes mais aplicados atualmente, podemos destacar a clonagem do WhatsApp, fraudes via Pix, sites falsos e perfis fakes nas redes sociais. Todos eles com o mesmo objetivo: enganar consumidores e lojistas e consequentemente causar perdas de dinheiro e produtos.
 

Gustavo Salviano, CTO (Chief Technology Officer) da Locaweb, explica que ‘’o aumento nesses casos geram um medo cada vez maior tanto em quem está comprando quanto para quem está vendendo. Com o avanço do e-commerce, o fraudador passou a ver a internet como uma forma fácil de conseguir dinheiro. Por outro lado, contamos com técnicas de segurança que podem ser aplicadas por qualquer pessoa e evitar esse tipo de situação’’.
 

Abaixo, algumas dicas da executiva:


 

1 - Senhas fortes
 

Sequências numéricas, datas de nascimento e nomes próprios são os mais usados na hora de criar uma senha, o que facilita ainda mais o vazamento dela. Ao conseguir a chave de acesso de um determinado site, o fraudador tem mais facilidade para acessar outras contas e informações pessoais. É de extrema importância criar senhas fortes para qualquer ação na internet, combinando números, letras maiúsculas, minúsculas e símbolos.


 

2 - Sites falsos

 

É muito comum nos deparamos com sites que se passam por empresas que já existem e usam a credibilidade delas para roubar dados dos clientes. O primeiro passo para se prevenir desse tipo de golpe é chegar a segurança deste site, por exemplo através da URL, histórico, reputação e selos de segurança.


 

3 - Nunca clique em links desconhecidos
 

Presente principalmente nos golpes relacionados a vendas e ao Pix, fazer transferências bancárias através de links enviados por fraudadores pode levar a mais situações desagradáveis. Para se certificar de que a compra é segura sempre escolha fazer a transferência de pagamento através do seu aplicativo próprio do banco, assim você evita também expor seus dados na internet e instalar possíveis vírus em seu computador ou smartphone.


 

4 - Utilize antivírus
 

Os antivírus são extremamente necessários não só para evitar golpes mas para qualquer pessoa que está conectado à rede. Um bom antivírus é capaz de detectar diversas ameaças que possam expor sua máquina ao perigo. Ele notifica quando encontra algo errado e assim evita problemas maiores.


 

5 - Mantenha seu computador atualizado
 

É muito importante que todos os computadores, smartphones e tablets estejam sempre atualizados com as recomendações do fabricante. Instalar as correções recomendadas é uma ótima forma de diminuir os riscos de alguma invasão.


 

6 - Fique de olho nas suas redes sociais
 

A clonagem de aplicativos de mensagens instantâneas é cada vez mais comum no mundo dos golpes, os fraudadores se passam por determinadas pessoas solicitando que sejam feitas transferências em dinheiros. Alguns passos são necessários para evitar esse tipo de situação, como habilitar sua foto de perfil do WhatsApp apenas para seus contatos salvos, habilitar o segundo fator de autenticação, não postar números de telefones pessoais em perfis de redes sociais e nunca compartilhar senhas e números de documentos.
 

É importante lembrar também que ao cair em um golpe na internet o primeiro passo que deve ser seguido é contatar as autoridades e registrar um boletim de ocorrência, que pode ser feito de forma online através do site oficial da Polícia.


 

Locaweb BeOnline

A Locaweb BeOnline é a unidade de negócios do Grupo Locaweb dedicada para serviços digitais. Desde o microempreendedor, com opções de hospedagem de site e loja virtual, até médias empresas e desenvolvedores, com VPS 

BR do Mar: o que esperar

                                                                                    Liana Lourenço Martinelli (*)
            SÃO PAULO – Depois de muita negociação, o Senado aprovou o programa de estímulo à cabotagem (BR do Mar), que agora volta à Câmara dos Deputados para mais um período de discussões. E retorna com um acréscimo que é a prorrogação do regime tributário especial que desonera investimentos em terminais portuários e ferrovias (Reporto), que, criado em 2004, vinha sendo renovado de maneira sucessiva, até que perdeu vigência ao final de 2020 por iniciativa do executivo. Agora, a proposta é que o Reporto seja renovado de janeiro de 2022 até dezembro de 2023.
            Menos mal. Como se sabe, o Reporto garante isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para a compra de máquinas e equipamentos, como contêineres e locomotivas, além da suspensão da cobrança de Imposto de Importação sobre produtos sem similar nacional e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelos Estados. Segundo cálculos recentes, esses tributos chegam a onerar os investimentos em 52%, o que acaba, muitas vezes, por inviabiliz&a acute;-los.
            O projeto que saiu do Senado reduziu para um terço a exigência de mão de obra nacional nos navios estrangeiros fretados para operação no País, contrariando proposta do governo que previa pelo menos dois terços. O argumento foi que o custo trabalhista com empregados brasileiros é mais alto em comparação com estrangeiros, o que, segundo as companhias de navegação, comprometeria o ganho de competitividade. Como a Câmara, em decisão tomada antes do encaminhamento do projeto ao Senado, manteve a proporção sugerida pelo executivo, não se sabe qual será o entendimento desta vez.
            O projeto, além de ampliar o período de transição para que as empresas brasileiras de navegação façam afretamento sem ter equipamentos próprios, flexibiliza os afretamentos de embarcações estrangeiras tanto quando a bandeira do país de origem é mantida como quando o navio passa a operar com bandeira brasileira. Nesse caso, atende também às reivindicações das empresas de navegação que consideram as regras atuais rigorosas em demasia.
            Por fim, o projeto amplia de quatro anos para seis anos o prazo para que as empresas de navegação possam fazer o afretamento sem embarcações próprias como “lastro”, atendendo em parte à reivindicação das companhias brasileiras que vinham pedindo até 15 anos de transição, sob a alegação de que o mercado nacional poderia ficar desassistido em épocas de forte demanda no exterior.
            Com o programa, o governo espera aumentar a oferta da cabotagem, pois, a princípio, surgiriam novas rotas e os custos seriam reduzidos. A intenção é, em três anos, ampliar em 40% a capacidade da frota dedicada à cabotagem. Com isso, elevaria o volume de contêineres transportados por ano de 1,2 milhão para 1,5 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Para os caminhoneiros, o BR do Mar vai tirar não só quilometragem no transporte por terra como restringirá o poder de negociação do valor do frete junto ao dono da carga, pois a empresa de cabotagem passaria a ser a &uacu te;nica negociadora com o produtor ou comprador.
            Como se sabe, a ideia de apostar na cabotagem ganhou força no governo depois de maio de 2018, ainda no governo Temer, quando o Brasil parou por causa de uma paralisação de caminhoneiros que durou mais de uma semana. O impacto na economia foi tão violento que levou setores empresariais a reivindicar um programa que minimizasse os reflexos de futuras paralisações. Seja como for, a verdade é que há uma forte distorção na matriz de transporte, já que, segundo estudo da Confederação Nacional de Transportes (CNT), 61% de toda a carga transportada passam pelo modal rodoviário. E diminuir essa percentagem s eria recomendável para o futuro da economia brasileira.
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(*) Liana Lourenço Martinelli, advogada, pós-graduada em Gestão de Negócios e Comércio Internacional, é gerente de Relações Institucionais do Grupo Fiorde, constituído pelas empresas Fiorde Logística Internacional, FTA Transportes e Armazéns Gerais e Barter Comércio Internacional. E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br
 

Banco Central projeta inflação de 10,2% para este ano

A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar este ano em 10,2%, considerando a taxa de juros (Selic) em 9,25% ao ano e o câmbio partindo de R$ 5,65. A informação está no Relatório de Inflação, publicação trimestral do Banco Central (BC), divulgado hoje (16). No relatório de setembro, a projeção para inflação no ano era 8,5%.

Nesse cenário, a inflação ficará acima da meta que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior, 5,25%.

Para 2022, a projeção de inflação é de 4,7% e, para 2023, de 3,2%. Nesse caso, supõe uma trajetória de juros que se eleva para 11,75% ao ano durante 2022, terminando em 11,25% ao ano, e reduz-se para 8% ao ano em 2023.

A inflação ao consumidor continua persistente e elevada, segundo o BC. “Há preocupação com a magnitude e a persistência dos choques, com seus possíveis efeitos secundários e com a elevação das expectativas de inflação, inclusive para além do ano-calendário de 2022”, diz o relatório.

A meta definida pelo CMN para de 2022 é 3,5% e para 2023, é 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos. Ou seja, por esse cenário, a inflação ficará próxima do limite superior em 2022 e do centro da meta em 2023.

Quando se consideram os grupos de preços livres e administrados, o BC destaca a elevada projeção para a inflação de preços administrados em 2021, de 16,7%. Caso a previsão se concretize, será a inflação mais alta desde 2015, quando atingiu 18,07%.

“Destacam-se os aumentos já verificados de preços de gasolina, gás de bujão e energia elétrica. Para 2022, a projeção de administrados se reduz significativamente, refletindo principalmente a dissipação dos choques correntes, a bandeira de energia elétrica utilizada e a queda recente no preço do petróleo”, diz o relatório.

Por outro lado, segundo o BC, a inflação de preços livres vai se reduzindo ao longo do tempo na medida em que os efeitos da alta do índice vão se dissipando e a trajetória da taxa de juros real utilizada está acima da taxa neutra (aquela que não gera mudanças na inflação). A projeção do BC para o IPCA Livres em 2021 é de 8%.

Inflação registrada

Em novembro, o IPCA foi de 0,95%, fechando no maior nível para o mês desde 2015 (1,01%) e acumulando alta de 10,74% em 12 meses. No ano, até novembro, a inflação é de 9,26%.

O índice é pressionado, especialmente, pelo aumento dos preços de combustíveis. Segundo o BC, itens mais associados à inflação subjacente também contribuem. “A pressão sobre os preços de bens industriais ainda não arrefeceu, enquanto a inflação de serviços já se mostra mais elevada, refletindo a gradual normalização da atividade no setor [muito impactado pela pandemia de covid-19]”, diz o relatório.

Com a alta da inflação, na semana passada o BC elevou a Selic pela sétima vez consecutiva, de 7,75% para 9,25% ao ano, e deve promover nova alta na próxima reunião do Copom, em fevereiro. A taxa básica de juros é o principal instrumento usado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação. A elevação da Selic, que serve de referência para as demais taxas de juros no país, ajuda a controlar a inflação porque causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida.

Estoques aumentam e ultrapassam nível planejado em novembro, afirma CNI

Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta para o aumento dos estoques em novembro de 2021. O índice de evolução do nível de estoques foi de 50,6 pontos, resultado 4,8 pontos acima do registrado no mesmo período do ano passado. Esse resultado rompeu a tendência de estoques abaixo do planejado, que vinha desde dezembro de 2019. Além disso, nos últimos três meses, houve registro o índice esteve de 50 pontos, o que indica crescimento em relação ao mês anterior. 

O índice do nível de estoque efetivo em relação ao planejado registrou 50,7 pontos em novembro. O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que o estoque real está um pouco acima do nível planejado pelas empresas. Na comparação com novembro de 2020, momento crítico de baixos estoques no ano passado, o índice mostra aumento de 6,6 pontos.


“Esse resultado começa a indicar menos gargalos para a indústria. Contudo, nossa preocupação é que o aumento do estoque começa a indicar alguma frustração do empresário com a demanda e, assim, apontar para a desaceleração da indústria. A combinação entre estoques e produção é um fator para acompanharmos nos próximos meses”, explica Marcelo Azevedo.


A pesquisa mostra, ainda, que produção industrial continuou praticamente estável na passagem de outubro para novembro, com leve aumento. O índice de evolução da produção registrado no mês foi de 50,4 pontos. É o terceiro mês consecutivo de relativa estabilidade da produção, após altas registradas entre maio em agosto. 

Em novembro de 2021, a Utilização da Capacidade Instalada foi de 72%, um aumento de um ponto percentual na comparação com outubro. Esse resultado está acima da média histórica de 2011 a 2019.

Empresários se mostram confiantes com o setor externo

Os índices de expectativa de demanda, de compras de matérias-primas e de número de empregados apresentaram estabilidade no mês de dezembro de 2021. Já o índice de expectativa de exportação registrou aumento de um ponto. Todos os resultados continuam acima da linha de 50 pontos, o que indica expectativa de crescimento nos próximos seis meses.

Um ano complexo e repleto de desafios

        Um ano complexo, de muito trabalho e produção, preocupação com a saúde das pessoas e oscilações acentuadas em todas as áreas da atividade humana. Talvez se possa definir assim o ano que se encerra. Embora tenha se tornado a locomotiva da economia nacional, o agronegócio enfrentou um período difícil. Uma das preocupações emergentes foi o retorno do processo inflacionário em um quadro de baixo crescimento, taxa de desemprego renitente e queda geral de renda da população. Em face dessas condicionantes, o mercado interno encolheu. Por outro lado, os custos para a produção de alimentos para o mercado interno aumentaram – especialmente em  proteína animal – com o superencarecimento dos insumos. Ficou caro para produzir, ficou caro para consumir.

   O ano foi repleto de desafios. Os principais produtos agrícolas (notadamente os grãos) foram comercializados com margens satisfatórias para os produtores rurais – com exceção do leite. O setor foi atormentado, porém, pelas questões logísticas e operacionais. As péssimas condições do sistema rodoviário e o frequente reajuste do preço dos combustíveis retiraram grande parte da competitividade dos produtos agrícolas in natura, processados ou industrializados. No plano internacional, a falta de contêineres e de navios foi o maior percalço para as exportações, com encarecimento dos fretes marítimos em mais de 500%. A falta de aviões atrapalhou a importação de moléculas para produção de defensivos e agroquímicos, deixando escassos e, portanto, mais caros  os insumos agrícolas.

  O ano foi marcado por um novo episódio de brutal encarecimento dos dois principais insumos para a nutrição animal – milho e farelo de soja. Assim, os custos de transformação de proteína vegetal (milho e soja) em proteína animal (aves, suínos, leite e ovos) decolaram: anularam as margens de lucro dos produtores e aumentaram o custo da alimentação para as famílias. Nesse contexto, o crescente déficit de grãos tornou-se um verdadeiro nó górdio na cadeia produtiva da agroindústria da carne de Santa Catarina que precisa, a cada ano, importar mais de 4 milhões de toneladas de milho.

      A questão do suprimento de milho para alimentar a gigantesca cadeia produtiva da agroindústria provavelmente não se resolverá somente pelas forças dinâmicas do mercado. Será necessário pactuar uma política pública de incremento à produção com a transferência de parte da área cultivada com soja para ampliar a produção de milho. A produção de cereais de inverno é um caminho que começa a ser trilhado para amenizar essa insuficiência.

Essas circunstâncias – contrárias à vontade do produtor rural – continuarão pressionando os preços das carnes neste fim de ano, especialmente os cortes bovinos. A situação irá se normalizar somente em maio quando entrar no mercado a safrinha de milho, ocasião em que os preços começarão a recuar e voltarão aos níveis históricos. A safrinha deve render 90 milhões de toneladas que, somadas às 30 milhões de toneladas de safra de verão, abastecerão o mercado brasileiro (75 milhões) e as exportações (30 milhões), resultando ainda em um superávit.  

   É necessário lembrar que a pandemia também atingiu duramente a agricultura. O sistema CNA/FAESC/SENAR/Sindicato Rural criou o programa Agro Fraterno que, em território barriga-verde, atendeu cerca de 13 mil famílias do campo em situação de vulnerabilidade. Mas, de forma geral, o setor trabalhou ininterrupta e incessantemente para que não faltasse alimento na mesa dos brasileiros e, também, para honrar os contratos com o comércio mundial. Ocorre que a crise sanitária desorganizou a economia mundial e provocou a escassez de muitos insumos agrícolas. O Brasil deixou de receber moléculas para produção de agroquímicos, defensivos e fertilizantes. O preço desses insumos aumentou assustadoramente, quadro que provavelmente se manterá até meados de 2022. Um saco de 50 kg de uréia que custava 50 reais subiu para 300 reais. Um litro de glifosato que custava 20 reais subiu para 100 reais.

 Para 2022 estima-se uma safra agrícola recorde de 290 milhões de toneladas, com preços relativamente compensadores para os produtores, caminhando-se para a normalização dos preços de milho e soja para os criadores e agroindústrias. As exportações continuarão em alta em razão da demanda mundial puxada pela China, que continuará necessitando de muita soja brasileira.

 Os preços dos insumos nas alturas ainda será uma preocupação para os produtores rurais, que terão suas margens reduzidas. A gestão macroeconômica do País deverá estar centrada no controle da inflação e na retomada do crescimento para a redução do desemprego e a recuperação da qualidade de vida da população. Não deverá faltar crédito para custeio e investimento, dando prosseguimento à expansão da área plantada. O processo eleitoral de 2022 não impactará o agronegócio, embora a Bolsa e o câmbio estarão sensíveis aos fluxos e influxos da campanha.

    O agro fortalecerá, mais uma vez, as bases da economia e a presença brasileira no exterior. No plano interno, as instituições robustas e fortalecidas assegurarão a plenitude do processo democrático.

JOSÉ ZEFERINO PEDROZO

Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC)

 

China retoma importação de carne brasileira

A China autorizou a retomada das importações de carne bovina brasileira, a partir desta quarta-feira (15). A suspensão da compra de carne do Brasil teve início em 4 de setembro, após a identificação de dois casos de bovinos com Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), registrados em Nova Canaã do Norte (MT) e em Belo Horizonte (MG).

A China é o principal destino da carne produzida no Brasil, para onde são destinados 48% de suas vendas globais. Em 2020, o total exportado àquele país superou US$ 4 bilhões.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a suspensão foi feita pelo Brasil “em respeito ao protocolo firmado entre os dois países, que determina esse curso de ação no caso de EEB, mesmo que de forma atípica”. 

Ainda de acordo com o ministério, os animais desenvolveram a doença “de maneira espontânea e esporádica, não estando relacionada à ingestão de alimentos contaminados”. As autoridades brasileiras acrescentam que não há transmissão da doença entre os animais.

“Retomamos o fluxo normal de exportações para a China, após período de negociação, com trocas de informações e reuniões com equipes das autoridades chinesas. É uma boa notícia para o setor porque [a China] é o principal destino da exportação de carne bovina brasileira. Então, voltamos à situação que estávamos antes da suspensão”, disse hoje (15) o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal.

Ipea: inflação desacelera em novembro para todas as faixas rendas

A inflação desacelerou para todas as faixas de renda em novembro. A constatação faz parte da análise do Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgada hoje (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No segmento de renda mais baixa, a taxa saiu de 1,35% em outubro para 0,65% em novembro. Já para as famílias de renda média e média-alta o ritmo da queda foi menor e passou de 1,1% para 1,08%.

De acordo com o Ipea, ainda que tenha ocorrido desaceleração em novembro, a inflação acumulada nos 12 meses para as famílias que recebem menos de R$ 1.808,79 atingiu 11%, o que significa um percentual maior que o das famílias que ganham mais de R$ 17.764,49, que alcançaram 9,7% na inflação acumulada em 12 meses.

As maiores pressões inflacionárias no acumulado do ano ficaram com as famílias de renda média-baixa, que têm rendimentos mensais de R$ 2.702,88 a R$ 4.506,47; e as de renda média com rendimentos entre R$ 4.506,47 e R$ 8.956,26. Para a faixa de renda média-baixa, as variações acumuladas ficaram em 9,6% e na de renda média foram de 9,5%.

Influências

Transporte e habitação foram os grupos que mais contribuíram para a alta inflacionária das famílias de todas as faixas de renda. A pressão nos transportes pode ser explicada pelos aumentos da gasolina (7,4%), do etanol (10,5%), das tarifas de ônibus interestadual (1,6%) e dos transportes por aplicativo (6,8%), além da variação nos preços dos automóveis novos (2,4%) e usados (2,4%). Na habitação, foram os reajustes de energia elétrica (1,2%), do gás de botijão (2,1%) e do gás encanado (2%), além dos aluguéis (0,84%) e condomínios (0,95%).

Para as famílias de renda mais elevada, parte do impacto inflacionário dos transportes foi amenizada pelas quedas de 6,1% das passagens aéreas e de 1,8% do aluguel de veículos no segmento de transportes. No entanto, a evolução dos serviços pessoais e de recreação, como hospedagem (2,6%) e pacote turístico (2,3%), contribuíram para a inflação em novembro.

O segmento alimentos e bebidas contribuiu para aliviar a inflação das famílias de renda mais baixa. Houve quedas significativas nos preços de itens importantes na cesta de consumo, como cereais (-3,2%), carnes (-1,4%) e leite e derivados (-1,5%). Outro fator que provocou impacto e ajudou a diminuir a pressão inflacionária em todas as faixas de renda foi a deflação de 3% dos artigos de higiene pessoal.

Inflação

Para as duas faixas de menor renda, a inflação de novembro ficou abaixo da registrada no mesmo mês de 2020. O motivo é a melhora no desempenho dos preços dos alimentos em 2021. No ano passado ocorreram altas expressivas dos cereais (4,9%), tubérculos (16,2%), carnes (6,5%) e óleos e gorduras (6,5%). Em movimento contrário, a piora da inflação corrente para as famílias de renda mais alta vem dos reajustes mais modestos, em 2020, da gasolina (1,6%), do óleo diesel (1,6%) e dos automóveis novos (1,1%), além da queda dos produtos de informática (-1%) e dos gastos com hospedagem (-0,4%), em relação aos registrados neste ano.

Doze meses

Na avaliação do Ipea, os acumulados nos últimos 12 meses “já revelam uma leve desaceleração da inflação para as faixas de renda mais baixa”. No entanto, nos segmentos de maior renda seguem em trajetória de elevação.

“Enquanto os reajustes da energia elétrica (31,9%) e do gás de botijão (38,9%), aliados à alta dos alimentos no domicílio (9,7%), explicam o comportamento da inflação em 12 meses para as classes de menor renda, os aumentos dos combustíveis (52,8%), das passagens aéreas (36,6%) e dos serviços de recreação (8,6%) contribuíram fortemente para a pressão inflacionária nas faixas de renda mais alta”, informou o Ipea.

Natal do IEL tem 2 mil vagas de estágio

Perto da véspera de Natal, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) traz os presentes adiantados! Se você está procurando seu primeiro ou novo estágio, o programa nacional de estágio está com 2.607 vagas de estágio abertas pelo Brasil. As ofertas são direcionadas para estudantes matriculados no ensino médio, superior e técnico, com bolsas de até R$ 2 mil. O estágio é a melhor forma de desenvolver conhecimentos e ingressar no mercado de trabalho.  

O estado de destaque é Goiás com 1.252 vagas de estágio para Anápolis, Cristalina, Catalão, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Senador Canedo, Nerópolis, Rio Verde, Goianira, Goiás, Nazário, Caldas Novas e tantas outras. Em Santa Catarina, o IEL-SC oferece 480 vagas de estágio nas cidades de Blumenau, Caçador, Chapeco, Criciúma, Itajaí, Jaraguá, Joaçaba, Joinville, Lages e Florianópolis.

No Distrito Federal, o IEL-DF tem 26 vagas disponíveis para estágio no ensino médio e nas áreas de Engenharia, Arquitetura, Contábeis, Direito, Administração e Pedagogia! As bolsas variam de R$ 400 a R$ 1,1 mil.

Novo marco legal desburocratiza mercado de câmbio e simplifica operações de comercio exterior

O novo marco legal do mercado de câmbio melhora o ambiente de negócios ao simplificar as operações, favorece a competição e a oferta de serviços no mercado de câmbio e possibilita mais opções de crédito às exportações. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a proposta — que aguarda sanção presidencial — tem o potencial de facilitar a inserção de pequenas e médias empresas no mercado internacional e é também um passo importante para a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Dentre os benefícios da nova legislação pode-se destacar o desenvolvimento de mais opções de crédito às exportações ao autorizar que instituições brasileiras possam efetuar operações de empréstimo e financiamento no exterior que comprem bens produzidos no Brasil e a eliminação de restrições para o uso internacional do real, promovendo agilidade no fluxo de pagamentos e diminuição da exposição a variações cambiais.

A modernização normativa também é parte do esforço brasileiro de adesão aos instrumentos da OCDE visando o acesso à Organização. “A nova lei contribuirá por um lado com a melhoria de ambiente de negócios do país e os processos de comercio exterior e por outro lado representa um avanço importante no processo de acessão à OCDE já que permitirá uma maior adequação aos dispositivos dos códigos de liberalização da organização”, afirma o Superintendente de Desenvolvimento Industrial da CNI, Renato da Fonseca.

A CNI avalia ainda que o novo marco legal impactará positivamente a atratividade aos investimentos estrangeiros e poderá diminuir custos do comercio exterior. A nova lei também acaba com a vedação ao livre uso dos recursos recebidos e mantidos no exterior pelos exportadores, que poderão usar esse dinheiro para efetuar empréstimos ou contratos de mútuo.

O melhor presente de Natal: SENAI abre 25 mil vagas para cursos gratuitos e pagos

O Natal chegou e o Serviço Nacional da Indústria (SENAI) não ficaria de fora! São ofertas e oportunidades para cursos pagos e gratuitos. Os "presentes" estão espalhados por todo o país para você melhorar seu currículo profissional e, até mesmo, garantir novas chances de emprego! São mais de 25 mil vagas, sendo 10 mil totalmente gratuitas.

O SENAI do DF está com 10 mil vagas gratuitas nas modalidades de qualificação e de aperfeiçoamento. Para se inscrever, é necessário preencher o formulário no site do SENAI-DF e anexar cópia do RG. O SENAI-DF convocará os inscritos para matrícula quando as turmas atingirem a quantidade mínima de alunos.

Já em Santa Catarina, o SENAI-SC abre 5,8 mil vagas em cursos técnicos com turmas se iniciando em 2022. Formações são oferecidas em todas as cidades nas áreas de Eletroeletrônica, Metalmecânica, Gestão, Automação e Mecatrônica e muito mais! Enquanto o SENAI do Paraná oferece 3.705 vagas, sendo 1.305 vagas em cursos presenciais e 2.400 vagas para cursos EaD.

No Mato Grosso do Sul, são 3,7 mil vagas para cursos em áreas como: Técnico em Eletrotécnica,  Técnico em Manutenção Automotiva, Técnico em Recursos Humanos, Técnico em Alimentos e tantos outros!

Confira todos os cursos disponíveis pelo país:

Todas as vagas de cursos oferecidos pelo SENAI são divulgadas pelo SENAI Nacional ou pelo SENAI de cada estado. Em caso de ofertas de fontes duvidosas, entre em contato com o SENAI da sua região.

Sobre o levantamento quinzenal de vagas

Agência de Notícias da Indústria realiza um levantamento quinzenal de vagas abertas pelo SENAI em todo o Brasil, junto às federações das indústrias. O levantamento tem caráter jornalístico. Confira as oportunidades no mapa. Para tirar dúvidas ou mais detalhes, entre em contato com o SENAI do seu estado.

FEBRABAN esclarece expediente bancário no final de ano

No dia 24/12 (sexta-feira), as agências bancárias abrem para atendimento ao público em horário especial:


É importante lembrar que as agências bancárias não funcionam em feriados oficiais, sejam eles municipais, estaduais ou federais. Dessa forma, os bancos não funcionarão nos dias de Natal (25/12) e Confraternização Universal (01/01).

A população poderá utilizar os meios eletrônicos de atendimento bancário, como mobile e internet banking, caixas eletrônicos, banco por telefone e correspondentes para fazer transações financeiras.

Os carnês e contas de consumo (como água, energia, telefone, etc.) vencidos no feriado poderão ser pagos sem acréscimo no dia útil seguinte. Normalmente, os tributos já estão com as datas ajustadas ao calendário de feriados, sejam federais, estaduais ou municipais.

"Mesmo durante feriados, os canais digitais e caixas eletrônicos estão disponíveis e oferecem praticamente a totalidade das transações financeiras do sistema bancário", ressalta o diretor-adjunto de Serviços da FEBRABAN, Walter Tadeu de Faria.

Os clientes também podem agendar os pagamentos das contas de consumo ou pagá-las (as que têm código de barras) nos próprios caixas automáticos. Já os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser agendados ou pagos por meio do DDA (Débito Direto Autorizado).

Empregadores têm até hoje para quitar parcelas suspensas do FGTS

Os empregadores que aderiram à suspensão temporária da arrecadação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devem efetuar o pagamento da última parcela até hoje (7).

Implementada pela Medida Provisória 1.046/21, a suspensão por quatro meses do pagamento das contribuições ao FGTS foi tomada para ajudar empresas afetadas pela segunda onda da pandemia de covid-19.

Para fazer o pagamento, o empregador deve acessar a plataforma, gerar a guia “GRFGTS” e realizar o pagamento.

Para evitar o acréscimo de encargos e multa, o banco alerta que a quitação deve ser feita dentro do prazo.

A Caixa alerta que caso existam parcelas em aberto, é necessário regularizar até hoje, garantindo as condições especiais da Medida Provisória. O não recolhimento dos valores ao fundo gera impedimento ao empregador para emitir o Certificado de Regularidade do FGTS (CRF).

Ao todo, segundo a Caixa, R$ 5,9 bilhões em recolhimentos do FGTS foram suspensos por quatro meses, entre maio e agosto deste ano.

Mais de 100 mil empregadores aderiram à medida criada para preservar cerca de 7 milhões de empregos.

Caixa disponibiliza a Cartilha Operacional do Empregador em Downloads - FGTS - Manuais e Cartilhas.

Costa Verde & Mar promove capacitação on-line e gratuita para todos os profissionais do trade turístico

Uma das regiões turísticas brasileiras que mais atrai visitantes, a Costa Verde & Mar (SC) segue se preparando para a alta temporada com o objetivo de garantir a melhor oferta aos turistas. Para isso, vem promovendo diversas capacitações gratuitas sobre os atrativos locais para os profissionais do setor. A próxima, com data marcada para 16 de dezembro, será direcionada aos envolvidos com o trade turístico, como os agentes, guias, profissionais dos restaurantes, hotéis, comércios, receptivos, autônomos, entre outros que atuam no atendimento dos visitantes.

Aos prestadores de serviços serão apresentadas mais informações sobre cada um dos nove municípios da região, as suas características e as novidades da temporada. O treinamento também terá uma mostra dos roteiros de Ecoturismo e Aventura, Cultural, Circuito de Cicloturismo, Guia Náutico e Tour da Experiência. Os interessados poderão acompanhar a capacitação gratuita on-line através da sala de reunião virtual em dois horários: às 10h e às 16h. Não é necessário fazer inscrição.

Estado das rodovias do meio oeste de SC são entrave para o desenvolvimento da região

Emilio Schramm, vice-presidente da Fecomércio/SC, discutiu o tema com empresários locais

            A precariedade das rodovias do meio oeste catarinense impacta diretamente no desenvolvimento do comércio, da indústria e do turismo. Esta foi a principal reclamação de empresários da região durante visita de Emilio Schramm, vice-presidente da Fecomércio/SC, a Fraiburgo, Caçador, Curitibanos, Concórdia e Chapecó. Empreendedores locais explicaram esta preocupação durante encontros com o líder da Federação.

            Alexandre Simioni, proprietário da rede Passarela, que mantém unidades de atacarejo e supermercados em Concórdia, Caçador, Canoinhas, Curitibanos e Videira, em Santa Catarina, além de Bento Gonçalves e Erechim (RS), foi enfático. “O transporte diário de mercadorias da nossa frota de transporte sofre muito com o estado das estradas. Perdemos competitividade e possibilidades de crescimento”, apontou, reforçando que este gargalo é responsável por impedir a criação de milhares de empregos.

            Schramm ressaltou também as vidas perdidas diante do problema. Foraam quase 500 mortes nos últimos cinco anos somente na BR 282, a maior em extensão de Santa Catarina – 680,6 quilômetros que ligam a Capital ao extremo oeste do estado – e considerada o único caminho para escoar as riquezas exportáveis destas regiões, frutos da agroindústria. “O turismo desta região, rica em atrações, obviamente também é prejudicado”, ressaltou aos empresários.

 

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