A Associação Empresarial de Navegantes realizou, em sua sede, na última terça-feira (14) um debate sobre a Dragagem de Aprofundamento do Canal de Acesso e Bacia de Evolução do Porto Organizado de Itajaí de 11 para 14 metros. Os trabalhos foram coordenados pelo vice-presidente para Assuntos de Núcleos Setorias da entidade, João Goedert Gonçalves. Para explanar sobre o tema estiveram presentes a Sr.ª Medelin Pitrez, engenheira Ambiental e responsável pela área ambiental do Porto de Itajaí e o diretor Comercial do Porto de Itajaí, Sr. Robert Grantham. A prefeitura de Navegantes foi representada pelo superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente, Sr. Paulo Mafra. Os representantes do Porto informaram aos empresários que a dragagem está sendo realizada desde março de 2011 com a draga Charles Darwin, de propriedade da empresa belga Jan de Nul. Com 223 metros de comprimento, 40 metros de boca e capacidade de 30,5 mil metros cúbicos, o equipamento é a maior em operação em águas brasileiras. Além da Charles Darwin, a empresa contratada para executar o serviço trouxe para Itajaí uma segunda draga, de menor porte, para executar os trabalhos nas laterais do rio e em outros pontos onde o equipamento de grande porte não tem acesso. A previsão é retirar cerca de 6 milhões de metros cúbicos de sedimentos até setembro de 2011. De acordo com o Sr. Robert Grantham, o aprofundamento do canal possibilitará operações de navios maiores e mais modernos, já que, segundo ele, cada centímetro a mais de profundidade nos canais possibilita um aumento de 60 toneladas na movimentação nominal de cargas por navio. “Os três metros que serão aumentados vão possibilitar que cada embarcação amplie em 18 mil toneladas suas operações no Complexo, o que representa cerca de 600 contêineres por navio”, comentou. A obra terá um investimento total de R$ 55 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), integrando o Programa Nacional de Dragagem (PND). Impacto Ambiental.... De acordo com a engenheira Ambiental, Medelin Pitrez, o sedimento dragado esta sendo depositado em três áreas ambientalmente adequadas e autorizadas pela Marinha do Brasil e pela FATMA, selecionadas através do estudo de impacto ambiental. Ainda segundo a engenheira, estas áreas foram selecionadas a partir dos resultados obtidos nos estudos de modelagem de dispersão de sedimentos e também, de refração e difração de ondas. “Existe um acompanhamento minucioso do processo e todos os resultados obtidos durante as obras, são encaminhados para a FATMA, afim de subsidiar os técnicos, nos potenciais impactos, mostrando se houve ou não alterações significativas nos locais de retirada e despejo dos sedimentos dragados” , finalizou Medelin.