O significativo crescimento da economia dos países emergentes cria excelentes perspectivas para o Brasil, que tende ampliar suas operações de comércio exterior com essas nações, principalmente ampliando exportações, uma vez que esses países são consumidores potenciais”. A afirmação foi do economista-chefe adjunto do Departamento Econômico do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, durante palestra magna apresentada na tarde do primeiro dia do IIº Congresso Nacional de Conselheiros de CAPS – CONCCAP, realizado em 25 e 26 de agosto, no Campus I da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Em sua palestra o economista abordou o cenário econômico global e doméstico nos anos de 2011 e 2012, as transformações que o mundo vem enfrentando, o desequilíbrio das economias e a importante função dos novos atores, que são emergentes. “E o Brasil está inserido nesse contexto, uma vez que tem liquidez, suas commodities estão valorizadas no mercado global e é um país que vem recebendo um volume significativo de investimentos internacionais”, justificou. E é essa realidade que, segundo o especialista, faz com que o Brasil tenha um ajuste moderado em sua economia em neste, mas cria excelentes perspectivas para o ano que vem. O especialista diz que além das commodities, existe um mercado bastante significativo para o produto manufaturado, o que garantirá que a balança comercial brasileira continue superavitária, bem como a valorização do produto brasileiro no mercado global. “Inclusive, com a possibilidade da exportação de novos produtos, a exemplo do etanol brasileiro, nas próximas décadas”, acrescentou. Fernando Honorato Barbosa possui 13 anos de experiência em análise econômica, com publicações em revistas, jornais e livros no Brasil e exterior. Além do Bradesco, já trabalhou nos bancos BBVA, Bankboston e na Rosenberg & Associados. É graduado e mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), com concentração acadêmica nas áreas relacionadas ao setor externo brasileiro e políticas macroeconômicas. Participa regularmente de eventos com o Banco Central do Brasil, Ministério da Fazenda, Tesouro Nacional e FMI e é membro do Comitê de Macroeconomia da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Ambima).