sábado, 20 de abril de 2024
01/09/2011 00:00

Manufatura digital ajuda fabricante de implementos agrícolas a ampliar produtividade


A maior fabricante de carretas agrícolas do Brasil, a Triton Máquinas Agrícolas, de Luzerna, vai adotar a manufatura digital para simular o processo produtivo e melhorar sua produtividade. O trabalho será desenvolvido a partir desta quinta-feira, dia 1º, por consultores do SENAI/SC e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos-SP. "Nossa capacidade produtiva está no limite; a empresa precisa repensar o layout fabril para melhorar a produtividade para atender a crescente demanda do mercado", afirma Márcio Luís Dalla Lana, diretor-presidente da empresa, que de 2006 a 2010 duplicou o faturamento. A manufatura digital faz a simulação em computador do processo fabril, permitindo a identificação de gargalos e possibilidades de melhoria. Dalla Lana afirma que o novo layout também identificará a necessidade de investimentos em novos equipamentos. Para iniciar a remodelação da área fabril, a empresa acaba de comprar uma máquina de corte de plasma e um torno, ambos com comandos numéricos computadorizados. As melhorias no processo produtivo também permitirão à Triton ampliar a produção de carretas metálicas, produto lançado em 2002 e cujas vendas crescem em torno de dois pontos percentuais ao ano e hoje representam 15% das 350 a 400 carretas produzidas por mês pela empresa. "Os agricultores preferem as carretas de madeira, que são menos barulhentas, mas a madeira está se tornando cada vez mais rara e difícil de usar", explica o empresário. Além das carretas (todas de tração motorizada), a Triton produz adubadeira e semeadora e batedor de cereais. O único equipamento de tração animal que a empresa ainda produz é um pulverizador. A indústria é líder nacional na produção de carretas de uma a oito toneladas, respondendo por algo em torno de 15 a 20% do mercado nacional. São 23 tipos de veículos, adequados a diferentes culturas agrícolas ou formas de transporte, como uva, banana, silagem, grãos ou sacas. As vendas alcançam todo o Sul e Sudeste brasileiros, além dos estados da Bahia e Mato Grosso. As exportações para América Central, África e os demais países do Mercosul representam 5% do faturamento da empresa. Márcio Dalla Lana credita à preocupação com a qualidade e a assistência técnica, o reconhecimento da empresa no mercado. Aliados a estratégias como a intensificação da participação em feiras são, na opinião do presidente, esses fatores também foram determinantes para a expansão das vendas da Triton. Além da melhoria da capacidade produtiva e de investimentos em novos equipamentos, Dalla Lana entende que a empresa pode demandar novos funcionários, o que ele vê como uma dificuldade. "Os jovens estão buscando outros centros, em busca de oportunidades de formação", explica. Ciente desse problema, a empresa tenta antecipar a busca pelos talentos e para isso, mantém sete jovens aprendizes (cinco filhos de funcionários e dois da comunidade), que realizam cursos no SENAI em Luzerna. Com um quadro de 140 colaboradores, a empresa também paga pelo menos 50% das mensalidades de cursos técnicos, superiores ou de pós-graduação de seus funcionários que desejam ampliar sua formação profissional. "Há alguns dias tivemos a aula inaugural de educação de jovens e adultos do SESI, em parceria com várias indústrias locais para a oferta de educação fundamental e ensino médio", salienta. Para o empresário, esse tipo de incentivo da empresa aos funcionários gera grande fideli dade. Ele cita pelo menos três famílias em que o avô, o filho e o neto trabalharam e trabalham na empresa, fundada há 50 anos. Pelo SENAI, participarão técnicos das unidades de Luzerna e Joinville.



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