21/09/2011 00:00
SindiTabaco anuncia números da safra 2010/2011 e tendências do setor
Alta produtividade, redução na área plantada e nas exportações. Estas são as características da safra 2010/2011 apontadas pela pesquisa encomendada pelo SindiTabaco (Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco) junto à PricewaterhouseCoopers que também estimou tendências para 2011/2012. Os dados foram coletados exclusivamente junto às 15 empresas associadas ao SindiTabaco e, portanto, não representam o total da Região Sul do Brasil.
A alta produtividade no período foi confirmada pela pesquisa. Na safra 2009/2010, foram plantados 402 mil hectares de tabaco, com uma produção de 668 mil toneladas. O volume da última safra, entretanto, aumentou consideravelmente, mesmo com a redução da área plantada. De acordo com a PwC, nos 364 mil hectares foram produzidas 787 mil toneladas, um aumento de 17,8% na produção, mesmo com a redução de 9,4% na área plantada. “Os números consolidados confirmaram as tendências apresentadas em pesquisas anteriores”, afirma o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.
A região Sul do Brasil é conhecida por produzir mais de 95% do tabaco brasileiro. O Rio Grande do Sul continua como principal produtor com 52% do total, seguido de Santa Catarina (30%) e Paraná (18%).
PRODUÇÃO - Safra 2010/2011
Por Estado
Rio Grande do Sul – 411.118 toneladas
Santa Catarina – 233.683 toneladas
Paraná – 142.513 toneladas
Por tipo de tabaco
Virgínia – 666.320 toneladas
Burley – 102.519 toneladas
Comum – 18.475 toneladas
* Saiba mais sobre os tipos de tabaco
TENDÊNCIAS
Hectares estimados para a safra 2011/2012
Considerando a área plantada na safra 2010/2011, a tendência é de redução na área a ser plantada na safra 2011/2012, o que pode significar um decréscimo entre 10% e 15% no total dos três tipos de tabaco, e de 6% a 10% no tabaco Virgínia, o principal tipo produzido.
Exportação 2011
De acordo com a pesquisa, os embarques deverão apresentar uma redução de 2% a 6% em 2011, tanto em volume, quanto em dólares, se comparado ao ano anterior. Em 2010, o Brasil exportou 503 mil toneladas e US$ 2,73 bilhões. Mesmo com esta tendência, o Brasil deverá permanecer na liderança do ranking mundial de exportação de tabaco, título que possui desde 1993 graças à qualidade e integridade do produto.
“O Brasil é pioneiro na produção sustentável, com práticas ambientais e sociais corretas. Esta característica é um forte fator concorrencial junto aos clientes internacionais, mas é imprescindível uma política econômica que restabeleça as condições de competitividade das empresas exportadoras uma vez que 85% do tabaco produzido no Brasil é exportado”, avalia Schünke.