22/09/2011 00:00
Portaria suspende entrada de cargas do Paraguai para Santa Catarina
Nesta quarta-feira (21), a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca
anuncia assinatura de Portaria n°59/2011 que suspende preventivamente o
ingresso de produtos ou subprodutos de origem animal e vegetal originários
do Paraguai em Santa Catarina. A medida foi tomada a partir de Decreto
assinado ontem (20) pelo Governador Raimundo Colombo estabelecendo
situação de alerta sanitário preventivo no Estado, devido ao foco de febre
aftosa localizado inicialmente em uma propriedade no departamento de San
Pedro, no Paraguai.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João
Rodrigues, a portaria impede que o vírus da febre aftosa entre em Santa
Catarina, principalmente por meio de caminhões que transportam grãos.
“Algumas agroindústrias catarinenses importam grãos do Paraguai, que podem
estar contaminados. A medida é cautelar e será valida por 15 dias, podendo
ser prorrogada mediante avaliações sanitárias”, explicou Rodrigues.
A Portaria não atinge produtos e subprodutos de origem animal e vegetal
submetidos a processamento industrial suficiente para a inativação do
vírus da febre aftosa, desde que acompanhados da documentação sanitária
pertinente. A medida não atingirá também produtos de origem vegetal
oriundos do Paraguai que se destinam a portos marítimos localizados em
Santa Catarina, com finalidade exclusiva de exportação. Os veículos
transportadores dessas cargas somente poderão ingressar em Santa Catarina
por meio do posto fixo de fiscalização do município de Garuva, onde serão
desinfetados e lacrados pela Cidasc.
Em reunião ocorrida ontem com o Governador Raimundo Colombo, ficou
acordado que as medidas preventivas deverão ser feitas em conjunto com
Cidasc, Exército e Polícia Militar. Nas fronteiras Oeste, os barreiristas
da Cidasc já contam com o apoio de soldados do Exército.
Segundo o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, a estrutura da empresa
está priorizando as medidas preventivas de proteção ao território
catarinense. “Nossa zona de atenção máxima está nas fronteiras”, disse o
presidente.
“O Estado, por meio da Cidasc e Secretaria da Agricultura, conta com a
colaboração dos produtores rurais e da sociedade catarinense para que o
problema não atinja o nosso rebanho, que é de vital importância para
economia”, concluiu João Rodrigues.
Em 2007, Santa Catarina obteve a certificação internacional da Organização
Mundial de Saúde Animal (OIE) como Estado livre de febre aftosa sem
vacinação. O Estado é o único do Brasil a conquistar este status. De
acordo com o secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, o
Estado está tomando todas as medidas preventivas para manter o
reconhecimento da OIE.