quinta, 18 de abril de 2024
17/10/2011 00:00

Déficit brasileiro aumenta no setor têxtil


Entre julho e agosto, o Brasil importou pouco mais de U$ 1 bilhão, elevando o déficit do setor têxtil e de confecção. Com isso, o saldo negativo que até junho somava U$ 2,26 bilhões, pulou para US$ 3,09 bilhões, em agosto, informa a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). Nos primeiros oito meses de 2011, as importações foram de U$ 4,04 bilhões, sem contar fibra de algodão, frente à exportação de U$ 930 milhões. Pelos dados da Abit, o Brasil pagou mais pelos produtos importados este ano, uma vez que em volume físico a expansão equivale a 2,3%, passando de 766,3 mil toneladas, em 2010, para 783,7 mil toneladas em 2011. Os cinco estados brasileiros que mais importam são Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. No período, as importações de São Paulo totalizaram US$ 971,4 milhões. Entre os que mais exportam estão São Paulo (com US$ 315,6 milhões), Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Bahia. Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Venezuela e Colômbia são, respectivamente, os países que mais receberam produtos brasileiros, enquanto que China, Índia, Indonésia, Estados Unidos e Argentina são aqueles dos quais o Brasil mais importou produtos. Segmento de confecção De acordo com dados do Sinditêxtil-SP, de janeiro a setembro, o Brasil importou U$ 1,43 bilhão em peças de vestuário e roupas de cama mesa e banho. Do total internado, vestuário corresponde à maior parte do desembolso – U$ 1, 26 bilhão, com a compra de roupas de malha e tecido plano, incremento de 65,08%, em relação a igual período de 2010. As peças em tecidos planos, como ternos, calças sociais, blazers e jeans foram as que mais contribuíram para esse aumento que chegou a 69,02% nesses últimos nove meses, explicou Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP. Segundo o empresário, o desempenho da balança comercial ainda não refletiu a medida anunciada pelo governo federal, em meados de agosto, de retomar a operação Panos Quentes, de forma a tornar mais rígido o controle sobre a importação de produtos têxteis e de vestuário. Nem a recente desvalorização do real, de 11% frente ao dólar, a partir de agosto, contribuiu, por enquanto, para frear os índices de importação. “A desvalorização do real mal cobriu o índice de inflação, e o yuan (moeda chinesa) também sofreu forte queda”, avalia Bonduki, que prevê a estabilização da balança comercial do setor têxtil para os próximos meses.



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