sexta, 19 de abril de 2024
18/11/2011 00:00

Bahia promove encontro nacional na área naval e portuária


O I Encontro Nacional de Secretários da Indústria Naval e Portuária – I ENASEINP acontece nesta quinta e sexta-feira (dias 17 e 18 de novembro), no Gran Hotel Stella Maris, reunindo autoridades e especialista brasileiros do setor. Abrindo os trabalhos, o secretário-executivo da Sindicato da Industria Portuária e Naval (SINAVAL), Sergio Leal, chamou atenção para a posição do Brasil como um dos principais países na área de construção de plataformas de primeira linha. Para ele, a situação e perspectiva do setor no país são alvissareiras, depois de duas décadas de estagnação. “O apoio que o governo federal dá a indústria naval e portuária está ajudando o país a retomar sua posição no ranking nacional”, anunciou. “O governo federal considera o setor forte, sobretudo pelo potencial de geração de emprego e renda”. Na década de 70, lembrou Leal, o Brasil tinha a segunda maior carteira de encomendas do mundo. “Com a falta de apoio, deixou de ser importante, caiu e desempregou”, disse. “Mas agora está recobrando seu posto e atualmente emprega 57 mil pessoas, e se considerarmos a náutica de lazer esse número sobe para 80 mil. Temos a perspectiva de que, depois de todas as plantas e os estaleiros funcionando em sua plenitude, atingiremos em 2020 o número de 100 mil empregos na área”. Dos portos brasileiros saem 95% de toda produção nacional para exportação. Foi com essa afirmação que o secretário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, Carlos Costa, alertou para as necessidades de investimentos e desenvolvimento do setor portuário. “A Bahia foi onde Dom João VI anunciou a abertura dos portos brasileiros para o mundo e agora o governo Jaques Wagner vai investir R$ 2,4 bilhões na construção de um grande porto, o Porto Sul, que além de ajudar a comercialização da produção do Oeste baiano e Centro-Oeste brasileiro com o mundo vai promover a descentralização do desenvolvimento para o sul baiano”, disse. A questão dos gargalos portuários, porém, foi abordada pelo presidente do Conselho de Administração da Logística do Brasil, o engenheiro naval, Nelson Carlini. O especialista alertou sobre a necessidade da auto-regeneração do sistema portuário, que precisa de fato sofrer algumas transformações: “A vigilância ambiental e outras instâncias reguladoras devem cumprir sim com suas obrigações, mas de modo que as forças econômicas possam atuar”, finalizou Carlini. O Capitão dos Portos, Paulo Fernandes Baltoré, palestrou sobre o serviço de praticagem: “O serviço de praticagem é um serviço privado sob a regulamentação da autoridade marítima”, enfatizou Baltoré. Luiz Fernando Horta de Siqueira, vice-presidente do Sindicato dos Armadores de Navegação Fluvial do Estado de São Paulo, durante sua apresentação enfatizou a importância de se investir no modal hidroviário, que se constitui em um modelo infinitamente melhor em termos de eficiência energética e de baixo impacto ambiental: “Estudos prevêem que em 2025, o modal aquaviário chegará a 29 % matriz de transporte”, alertou Siqueira. O encerramento do ciclo de palestras foi feito pelo Prof. Doutor da Universidade Federal de Santa Catarina, Oswaldo Agripino, que trouxe sua grande contribuição para a questão da importância da Regulamentação Setorial para o Desenvolvimento da Logística Brasileira. Professor Agripino alertou sobre a necessidade de mudanças regulamentais nesse setor: “O Brasil cresce a todo vapor para se tornar quinta maior economia do mundo, mas ainda não temos meios de escoamento à altura para exportar nosso comércio exterior e isso tem de ser revisto imediatamente”, enfatizou o catedrático. O primeiro dia foi marcado pela presença de grandes autoridades do estado baiano como o Chefe da Casa Civil do município, o Deputado Federal João Leão e o secretário de Planejamento do Estado, Zezéu Ribeiro. Os outros estados brasileiros que possuem pastas correlatas à questão portuária e naval foram representados na figura do senhor Avelino Neiva, Secretário de Transporte do estado do Piauí, Julio Lopes, Secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Valdir Cobalchini, Secretário de Infra-estrutura do Estado de Santa Catarina e Efraim Moraes, Secretário de Infra-estrutura da Paraíba. O estado de Alagoas e São Paulo também enviaram representantes. Nesta sexta-feira (18) será montada uma mesa redonda com os representantes estaduais, cujo objetivo é aprofundar as discussões a cerca do assunto.



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