sábado, 20 de abril de 2024
21/11/2011 00:00

Uso da tecnologia para aumento da competitividade portuária do Brasil encerra debates no ITS 2011


Realizado em Itajaí (SC), evento reuniu especialistas nacionais e internacionais ligados aos setores de logística, transportes e comércio internacional. Mais de 9 mil visitantes passaram pela feira nos três dias de evento. A real funcionalidade dos projetos Porto sem papel e Carga Inteligente foi um dos pontos centrais na mesa-redonda do terceiro e último dia do ITS 2011 (4o Itajaí Trade Summit), realizado nos dias 16, 17 e 18 em Itajaí, uma das cidades portuárias catarinenses. Na oportunidade, estiveram presentes representantes da Secretaria Especial de Portos (SEP), Porto de Santos e de Houston (EUA), além das empresas Unisys e GTT. A proposta de ambos os projetos, implantados inicialmente no Porto de Santos, é promover um sistema de cargas ágil e dinâmico, além de informar a troca de dados para administrar as ações desenvolvidas nos portos. Fortalecer o mercado e atrair investidores é um dos objetivos a serem alcançados após a implantação dessas tecnologias, implementadas pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) e que devem ser replicadas em outros 23 portos nacionais até 2012: Itaguaí, Barra do Riacho, Salvador, Aratu, Ilhéus, Natal, Areia Branca, Maceió, Fortaleza, Vila do Conde, Belém, Santarém, Itajaí, Manaus, Rio Grande, Paranaguá, São Sebastião, Recife, Itaqui, Suape, Imbituba, São Francisco do Sul e Pecem. A burocracia na emissão de documentos e a lentidão do despacho e recebimento da carga são alguns dos entraves responsáveis pela demora no tempo médio que os navios levam para desembarcar ou embarcar cargas, de acordo com o gerente de Projetos Labtrans da Secretaria Especial dos Portos (SEP), Roger Bittencourt. Após a implantação do projeto Porto sem papel no Porto de Santos o tempo médio de atracação de um navio diminuiu de cinco para dois dias. Comparando o nível de competitividade, o Porto de Houston, nos Estados Unidos, movimenta atualmente três vezes mais do que o Porto de Santos, então considerado o mais avançado na movimentação nacional de carga. Segundo o representante do Porto de Houston, John Cuttino, apesar de as operações portuárias serem feitas sem papel, tornando o processo mais ágil, a burocracia continuará sendo um obstáculo para o avanço da competitividade dos portos brasileiros. “Não pode haver órgãos do governo separados para tratar de cargas no Brasil. O ideal é que haja a unificação do sistema para facilitar a quem mais interessa: o dono da carga e os demais empresários ligados aos setores de logística, transportes e comércio internacional que acabam pagando mais com a demora do desembarque das cargas.” Fórum NetMarinha Paralelo à feira, o Fórum NetMarinha trouxe para os participantes discussões a respeito de três importantes temas para os setores de logística, transportes e comércio internacional: incentivos fiscais às importações - debatido na mesa do primeiro dia - opções para o transporte de cargas no Brasil, destacando a cabotagem e o transporte rodoviário - no segundo dia -, e o uso da tecnologia para aumentar a competitividade dos portos brasileiros, encerrando o ciclo de mesas. Estiveram presentes no fórum representantes da Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Porto Itapoá, empresas armadoras Log-in e Mercosul Line, Associação Brasileira das Empresas de Comércio Exterior (ABECE) e Gescomex, da Secretaria de estado da Fazenda. O Superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres, o prefeito Jandir Bellini e o vice-presidente regional da FIESC em Itajaí, Maurício Cezar Pereira, também foram convidados para abrir o evento. O diretor do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a gestora de projetos especiais da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX) também visitaram a feira, consolidando-a na agenda de eventos do setor. Sobre o ITS 2011 A quarta edição do Itajaí Trade Summit já pode ser considerada a maior de todas as edições do evento anual, que ocorre em Itajaí (2011). Crescimento que não se registra apenas em quantidade, mas também em qualidade. Profissionais dos setores de importação, exportação e logística de várias regiões brasileiras e de outros países participaram do evento, conhecendo inovações em produtos, serviços e equipamentos de segmentos variados, como tecnologia, transporte aéreo, cabotagem e segurança de empresas do Brasil e Mercosul. Outro atrativo da feira foi o relacionamento comercial e o networking entre profissionais do setor. Cerca de 80 expositores apresentaram suas soluções nesta edição. A partir do próximo ano o evento ganha novo formato e passará a ser Sul Trade Summit. O motivo é reforçar a dimensão territorial e marcar com maior qualificação dos visitantes e expositores o novo momento do evento, já considerado o principal do segmento no Sul do Brasil. Focado nos segmentos de comércio internacional, logística e transportes, o STS, que será em 19 e 20 de julho de 2012, terá como diferencial a qualificação de seus participantes e a geração de negócios. O formato da feira será modificado: passará a ser octogonal para facilitar o contato e o relacionamento entre expositores e visitantes.



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