sexta, 19 de abril de 2024
09/12/2011 00:00

Volvo Ocean Race: Regata define mudanças no percurso para evitar ações de piratas


A Volvo Ocean Race adotou novos procedimentos para evitar a ação de embarcações piratas na costa da Somália na segunda perna, que terá início neste domingo (11) na Cidade do Cabo (África do Sul). A posição dos veleiros no GPS será pouco divulgada pela organização, principalmente no Oceano Índico, e a flotilha pegará carona com um navio patrulha repleto de guardas armados no trecho mais perigoso. No meio da regata haverá um cargueiro equipado com medidas especiais de segurança, que irá transportar os seis Volvo Open 70 para Sharjah no Golfo Pérsico, cerca de 75 milhas náuticas a nordeste de Abu Dhabi. A partir daí uma nova prova e a pontuação também sofrerá alterações. Até o porto seguro valerá 80% dos pontos e o novo percurso valerá os 20% restantes. Na etapa seguinte, até China, a operação será retomada. "A solução garante um final de perna seguro até Abu Dhabi evitando riscos nas águas mais perigosas da costa leste africana", conclui Knut Frostad, CEO da VOR. O problema é recorrente nas águas da Somália. De acordo com os dados da Dryad Maritime Intelligence, 1.181 navios foram sequestrados por piratas em 2010. Outros números indicam que mais de U$ 150 milhões tenham sido pagos em resgates. Regata do Porto e largada - Depois da primeira aventura da Espanha até a África do Sul, os seis barcos da Volvo Ocean Race estão prontos para o início da segunda perna. O primeiro desafio da flotilha é a Regata do Porto, que será disputada neste sábado (10) na Cidade do Cabo. A largada para as 5.430 milhas náuticas - 10.060 km até Abu Dhabi (Emirados Árabes) será no dia seguinte, no domingo (11). Tanto a In-port Race quanto a partida da flotilha para o Oriente Médio serão transmitidos ao vivo para todo País pelo canal BandSports a partir das 10h45 (horário de Brasília). Três veleiros tentam ‘voltar’ ao campeonato após problemas no trecho inicial e reduzir a vantagem do Telefónica, que lidera a VOR. O primeiro a abandonar foi Abu Dhabi Ocean Racing, vencedor da Regata do Porto em Alicante, no mês de outubro. O time de Ian Walker perdeu o mastro e não conseguiu pontuar. A solução foi levar a embarcação de cargueiro para a Cidade do Cabo. "Depois do susto e de quase afundar, a gente está confiante e vamos chegar seguros em Abu Dhabi, minha terra natal. É uma emoção voltar para casa na véspera do ano novo'', relata Adil Khalid do Abu Dhabi. O Sanya foi o segundo a desistir ainda no Mediterrâneo e a tripulação de Mike Sanderson faz os últimos testes para saber se o veleiro está pronto para voltar ao desafio. "O barco sofreu um reparo estrutural importante e ainda não estamos prontos para enfrentar a perna, uma das mais difíceis da regata. Ainda estou preocupado com o andamento do Volvo Open 70", conta Mike Sanderson. Já o Puma, apontado como um dos favoritos, desistiu do duelo após a quebra do mastro no Atlântico Sul. O barco estava em segundo, rivalizando com o Telefónica, que venceu a primeira perna. "O trabalho da tripulação é importante para ajustar as velas, bastante danificadas com a quebra do mastro. Precisamos fazer testes durante a regata e não há como prever se seremos ou não competitivos", acrescenta Ken Read, líder do Puma. A embarcação dos norte-americanos chegou nesta terça-feira (6) a África do Sul e a equipe de terra trabalha em três turnos para deixar tudo pronto para a Regata do Porto. Os outros três veleiros (Telefónica, Camper e Groupama) tiveram mais tempo de ajustar a embarcação para a segunda perna. A In-port Race vale seis pontos para o vencedor. A sequência é mantida até o último na regata que somará apenas um. A previsão inicial é de ventos com variação de 30 a 35 nós. Classificação da VOR: 1° - Telefónica - 31 pontos 2° - Camper - 29 pontos 3° - Groupama - 22 pontos 4° - Abu Dhabi - 6 pontos 5° - Puma - 5 pontos 6° - Sanya - 3 pontos Itajaí se prepara - As obras da Vila da Regata da Volvo Ocean Race em Itajaí estão dentro do cronograma e o objetivo do Comitê Organizador é liberar a área no início de março, um mês antes da chegada dos barcos, programada para abril. O investimento estimado é de R$ 7 milhões, sendo que R$ 4.5 milhões são do Porto e R$ 2.5 da Prefeitura. A área onde as embarcações ficarão atracadas também passa por um processo de limpeza (-5,5 metros) para afundar leito do Rio Itajaí. Clique aqui e veja o vídeo em 3D da Vila da Regata em Itajaí O local será aberto ao público no dia 4 de abril e terá atrações como o Cinema 3D, simulador, teste de força, iniciação à vela para crianças e as áreas das seis equipes. O trecho mais longo - A quinta perna, entre Auckland (Nova Zelândia) e a cidade catarinense, é um dos pontos mais sensíveis e estratégicos da Volvo Ocean Race. As equipes velejarão 6.705 milhas náuticas (12.424 km) - o maior trecho da competição - pelos temidos mares do sul e tendo de contornar o Cabo Horn, considerado um dos locais mais perigosos para navegação do planeta. Clique aqui e veja o vídeo do resumo da Parada de Alicante Mais informações: www.volvooceanraceitajai.com



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