31/01/2012 00:00
Nações emergentes têm mais poder de fogo fiscal e monetário, diz Economist
Apesar do bom desempenho frente aos países ricos, Brasil aparece com menos espaço para manobras em relação a outras economias em desenvolvimento, destaca a publicação
Ao mesmo tempo em que a maioria dos países ricos não possui espaço para reduzir a taxa básica de juros para estimular a economia ou elevar a dívida pública para incentivar o crescimento, as nações emergentes detêm a sua disposição poder de fogo fiscal e monetário, destaca levantamento feito pela revista britânica The Economist e que avaliou a performance de 27 países, incluindo o Brasil.
A constatação surge diante da possibilidade de agravamento da crise de dívida na Europa, e avalia o quanto cada nação poderia flexibilizar sua política monetária e fiscal para conter os efeitos negativos procedentes da turbulência que afeta a região.
O ranking da Economist utilizou cinco indicadores para avaliar a capacidade de cada país em alterar as políticas monetária e fiscal. São eles: inflação, concessão de crédito (o crescimento dos empréstimos bancários menos o avanço do PIB nominal), a taxa de juros real, as movimentações nas cotações da moeda local e os balanços de conta corrente.
As pontuações obtidas por cada uma das 27 economias analisadas foram somadas, produzindo uma média geral de capacidade de manobra monetária. Em seguida, a equipe de pesquisa da Economist elaborou o índice de flexibilidade monetária, combinando a dívida pública de cada nação com o déficit orçamental.
O gráfico abaixo mostra o resultado do estudo, onde os países em “verde” possuem mais espaço para alterar a política monetária, enquanto as nações em “vermelho” possuem pouca abertura para a realização de manobras.