quinta, 18 de abril de 2024
07/03/2012 00:00

Mulheres superam barreiras e ganham força no mercado de trabalho


Única mulher entre os 48 alunos do curso técnico em mecânica do SENAI em Concórdia, Taís Regina Bitencourt, 19 anos, conhece bem a dificuldade de se inserir numa profissão tradicionalmente masculina. "No início era até difícil compor um grupo para um trabalho coletivo". As barreiras também eram encontradas em casa. "A família queria que eu fizesse um curso na área de humanas", salienta. Mas Taís foi persistente e, pela sua competência, conquistou o respeito dos colegas e familiares: ela venceu a etapa estadual e representará Santa Catarina na etapa nacional da Olimpíada do Conhecimento, na ocupação de refrigeração. Taís adquiriu a simpatia pelo curso de mecânica de maneira muito peculiar. Seu irmão fazia o curso e trabalhava, não tendo muito tempo para concluir as tarefas de aula. Assim, ele manuscrevia os trabalhos de aula que Taís depois digitava. Ele não imaginava que estava incutindo na irmã o gosto pelo tema. Já no curso, Taís saiu-se bem também nas atividades práticas, embora eventualmente tenha alguma dificuldade quando precisa usar força física. Para ela, a inserção da mulher no mercado de trabalho representa "uma conquista enorme, pois temos que superar mais dificuldades que uma pessoa do sexo masculino". Hoje, Taís observa com felicidade que o curso técnico em mecânica do SENAI em Concórdia conta com mais duas alunas matriculadas. A conquista de profissões `masculinas' Em Xanxerê, as mulheres entraram com força em ambientes antes dominados pelos homens, como os cursos de aprendizagem industrial em eletricidade, no qual são 11 matriculadas, e em usinagem, com 12 meninas. No âmbito dos cursos do Pronatec, outras 20 jovens matricularam-se no curso técnico em eletromecânica. Maisa Reise, 16 anos, fez eletricidade em aprendizagem industrial e agora voltou para fazer o curso de mecânica de usinagem. Ela encontrou diversas motivações para realizar cursos no segmento eletrometalmecânico. "Meu vô, meus tios trabalham nessa área, vejo a possibilidade também de trabalhar e, além disso, pretendo fazer faculdade em engenharia ou física", afirma Maisa, que na infância sonhava em fazer medicina veterinária. Ex-agricultora conquista primeira promoção Aos 18 anos e há seis meses no emprego, a filha de agricultores, Ana Cláudia Lauxen acaba de receber a primeira promoção. Ela participou de processo seletivo interno para o cargo de Cronoanalista no Grupo Dass, unidade de Saudades, onde trabalha. Ana Cláudia foi aluna da 1ª turma da Aprendizagem Industrial em Produção do Vestuário, realizada pelo SENAI em Chapecó em parceria com o Grupo Dass, curso que escolheu exatamente pela perspectiva de atuar na empresa. Um semestre depois de estar trabalhando, Ana Cláudia viu num panfleto e nos murais da empresa a oportunidade de participar do processo seletivo para cronoanalista. O processo teve 16 concorrentes. Da primeira fase (prova teórica e questionários sobre atitudes e comportamento) restaram três candidatos. A seleção final veio numa entrevista. A principal atividade em sua nova função é fazer a cronometragem do tempo, dos tecidos, verificar o custo dos produtos e sugerir melhoria nos processos de fabricação da empresa.



Últimas Notícias

Notícias

© Copyright 2000-2014 Editora Bittencourt