Apesar da alta mensal no Índice de Preços ao Consumidor Amplo e no Índice Nacional de Preços ao Consumidor, divulgados hoje pelo IBGE, a inflação segue o ritmo de desaceleração. Em fevereiro, os índices variaram 0,45% e 0,39%, respectivamente. O IPCA variou menos do que no mês anterior (0,56%) e é bastante inferior ao registro do mesmo período do ano passado (0,80%). Alimentação e bebidas tiveram a maior queda na inflação. De 0,86% em janeiro para 0,19% em fevereiro. A inflação nos transportes também caiu: de 0,69% para -0,33%. Assim, a inflação acumulada dos últimos 12 meses chegou aos 5,84% em fevereiro. O valor vem caindo nas comparações mensal e acumulada. Nos últimos 12 meses fechados em janeiro, por exemplo, ela era de 6,22%. Já o INPC variou 0,39% em fevereiro. O valor também é inferior ao resultado de janeiro (0,51%). Nos últimos 12 meses a variação foi de 5,47%, também menor que os últimos doze meses fechados em janeiro (5,63%). Outro dado lançado ontem foi o preço da cesta básica nas capitais do país, fruto de pesquisa do Dieese. Nele Florianópolis aparece como a capital com a maior redução no preço da cesta básica dentre todas as capitais brasileiras. Em fevereiro o morador da cidade gastou R$ 255,88 com os alimentos essenciais. Ou seja, 5,8% a menos do que no mês de janeiro. Para a Fecomércio, a inflação brasileira, que já no final de 2011 apresentava uma tendência de aproximação ao centro da meta do Banco Central (4,5%), continua caindo. Assim, ao que tudo indica 2012 será um ano de manutenção desse movimento, que está baseado fortemente na queda dos preços internacionais em virtude da crise mundial. Também foi este cenário de queda da inflação o que abriu espaço para a aceleração dos cortes na taxa básica de juros da economia brasileira. A previsão é de a Selic, que atualmente se encontra no patamar de 9,75%, continue passando por novos cortes no futuro, transformando-se num fator importante para dar novo dinamismo ao investimento das empresas no país, gerando crescimento, empregos e renda.