sexta, 19 de abril de 2024
13/03/2012 00:00

Corrente de comércio de SC tem alta acima da média nacional


Tanto as exportações quanto as importações catarinenses do primeiro bimestre de 2012 cresceram acima da média nacional em relação ao mesmo período em 2011. Os embarques do Estado registraram alta de 17% enquanto a média do Brasil foi 7%. De outro lado, as compras de Santa Catarina no exterior também aumentaram 17%, quando o resultado nacional foi de 11,2%. Os dados foram divulgados pela Federação das Indústrias (FIESC), nesta terça-feira (13). No acumulado do ano, as exportações do Estado somaram US$ 1,34 bilhão. Já as importações fecharam em US$ 2,45 bilhões, resultando em saldo negativo na balança comercial de US$ 1,10 bilhão. A carne de frango segue na liderança dos embarques do Estado. No período, as vendas do produto ao mercado internacional somaram US$ 340,3 milhões, valor é 10,1% superior ao registrado em 2011. A carne suína, sexto item da pauta, somou US$ 71,2 milhões. Juntas, as carnes de frango e suína representam 30,5% dos embarques de Santa Catarina. O diretor executivo do Sindicato da Indústria da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo de Gouvea, afirma que as exportações de frango cresceram menos que o esperado por que houve queda no volume dos embarques para importantes destinos, como Irã, Iraque e Japão. "Infelizmente tivemos três mercados que são importantes e reduziram a média de compras, mas nossa expectativa é de retomada para que tenhamos um ano de boa exportação de frango e de suínos", diz. Apesar da carne de frango ser o destaque na pauta de exportação, Gouvea afirma que a expectativa é que 2012 seja o ano da carne suína. A China habilitou o Brasil para a exportação e as primeiras cargas do produto foram embarcadas no início do ano. "Temos a expectativa que comece a engrenar em termos de volume e de determinados cortes. Há grande expectativa com a possível abertura do mercado japonês e com a Coreia do Sul. São mercados que têm valor um pouco melhor em termos de produto. Também está fechando nos próximos dias o certificado de exportação para os Estados Unidos. Apesar de o país ser um grande produtor, ainda assim esperamos ter um mercado para os suínos", afirma Gouvea. O Brasil já foi habilitado pelos Estados Unidos. Agora, o governo dos dois países estão discutindo um certificado que contempla os requisitos que a carne e seus derivados devem ter para serem exportados. "Está bem avançado. O documento já foi encaminhado para Washington. Estamos aguardando o retorno", ressalta o presidente do Sindicarnes. Caso se confirme a abertura dos novos mercados, no momento, não há como mensurar os impactos, no entanto, Gouvea afirma que o Brasil e Santa Catarina conseguiriam uma posição de destaque em termos de exportação de carne suína para o mundo. Apesar do crescimento nos embarques, o diretor afirma que o câmbio tira os ganhos de produtividade que os exportadores conseguem dentro da fábrica. "Ainda tem os mercados europeu e americano que estão com queda no consumo e isso faz com que não haja possibilidade de negociar preço. O câmbio está tirando muita competitividade do Brasil. Na carne é bem sensível essa questão", salienta. Outros produtos da pauta de exportação também cresceram. Entre eles, o fumo (38,4%), motores e geradores elétricos (28,5), motocompressores herméticos (15,6%) e blocos fundidos (37%). Pela primeira vez nos últimos quatro anos, a energia elétrica aparece na lista dos embarques. Em relação aos principais destinos dos produtos catarinenses, os Estados Unidos ocupam a primeira posição, com crescimento de 20,7% no primeiro bimestre no ano. Em seguida, aparecem a Argentina, com alta de 33,2%, os Países Baixos com crescimento de 15% e a China, com elevação de 192,8%. O salto nas vendas ao país asiático se deve ao crescimento dos embarques de soja e seus derivados. Em relação às importações, dos dez países de quem Santa Catarina mais compra, sete registraram aumento, com destaque para a China (29,4%), Estados Unidos (8,3%), Alemanha (38,6%) e Itália (70%). Os decréscimos foram registrados nas importações do Chile (-9,2%), Argentina (-13,2%) e Peru (-9,2%). Os valores exportados pelo Estado no bimestre corresponderam a 3,9% das exportações brasileiras. Santa Catarina ocupou a nona posição no ranking nacional.



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