Com um novo corte de 0,5 pontos percentuais, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) estabeleceu a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) no inédito patamar de 8% ao ano. A série de reduções teve início em agosto de 2011 e esta foi a oitava reunião do Copom em que houve queda seguida na taxa Selic. A decisão pelo menor patamar histórico da Selic se deu pela desaceleração da atividade econômica no mundo – gerada pela crise internacional, que aliada à redução do preço das commodities, tende a dissipar as possíveis pressões inflacionárias da queda dos juros. Além do esgotamento do dinamismo da economia brasileira, que acabou por resultar nos fracos registros do PIB no final de 2011 e neste início de 2012. Na avaliação da Fecomércio, tanto a queda de 0,5% na taxa de juros, quanto o ciclo de reduções são acertados e atendem as necessidades da economia brasileira atual. Mais do que isso, a queda dos juros diminui o custo de captação de recursos por parte das empresas e reduz o peso do pagamento da dívida pública, liberando verbas do orçamento federal e incentivando novos investimentos públicos e privados. Apesar do bom momento, a Fecomércio lembra que o receio empresarial ao investir, leva em consideração uma série de problemas ainda sem medidas de impacto pelo governo brasileiro. Mesmo com juros mais baixos ainda persistem os elevados custos de trabalho, logística e tributação. Assim, tão importante quanto uma política monetária acertada, são as reformas econômicas necessárias à manutenção do crescimento do país e à competitividade das empresas nos cenários interno e externo.