sábado, 20 de abril de 2024
24/07/2012 00:00

A cabotagem como alternativa para o transporte de cargas será o tema de palestra na Fiesc


Durante reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que acontece na próxima quinta-feira (26), das 14h às 17h, a cabotagem estará em pauta por meio da especialista em logística e diretora da Pratical One, Clara Rejane Scholles. A cabotagem nada mais é do que a navegação entre portos marítimos de um mesmo país. Os principais temas abordados serão o cenário de concorrência na região sul em termos de terminais portuários e porque a cabotagem passa a ser interessante, além das implicações da unificação do ICMS para o Estado e o impacto da lei 12.619, que regulamenta a profissão do motorista na oferta e preço do transporte rodoviário. Clara é defensora da cabotagem e apontará em números algumas das vantagens do uso desse meio de transporte. Para ela a ‘BR marítima’ está pronta com 7.500 km de costa e 80% da população está concentrada a 200 km dela. “Em Santa Catarina, por exemplo, há uma frequência semanal com quatro operadores e cinco saídas em cinco terminais portuários”, aponta. Para a especialista, a cabotagem, em comparação ao transporte rodoviário, permite tempos de viagem competitivos, com custos mais acessíveis, menor risco a roubos e avarias e além da sustentabilidade com a redução de emissões de poluentes. Santa Catarina Santa Catarina possui cinco terminais portuários que são Itapóa e Imbituba, com condições de receber navios acima de 300 metros e são os novos concorrentes na região; São Francisco do Sul, hoje especializado em cargas em geral, granéis e contêineres com importante participação da cabotagem e, por fim, Itajaí e Navegantes que tem um duplo desafio para encarar: o primeiro, a provável queda da importação devido à unificação do ICMS por deter o maior volume de produtos importados de Santa Catarina e o segundo o aumento do tamanho dos navios, que já não manobram no rio Itajaí-Açú. “Acredito que a cabotagem tem boas chances de ser a ‘menina dos olhos’ de pelo menos alguns terminais marítimos nas regiões Sul e Sudeste do Brasil entre 2012 e 2015”, destaca. Para a especialista, o aumento do tamanho do navio no longo curso e a construção de terminais portuários modernos e equipados para receber grandes navios cria, numa visão macro, um cenário para a logística doméstica também. “Isto porque garante melhores condições para o crescimento da cabotagem que é mais econômica e altamente redutora de emissões de poluentes se comparada ao transporte rodoviário”, aponta. A Lei 12.619/12, que regulamenta e profissão de motorista, poderá ser um dos fatores para a maior procura pela cabotagem já que, segundo Clara, o aumento dos tempos de viagens gerará mais custos, cerca de 30%, e menor produtividade. Perfil A carência de ferramentas tecnológicas no mercado de cabotagem e de logística como um todo para viabilizar a interação entre os modais de transporte e seus usuários levou a criação da Pratical One. A empresa, incubada no Midi Tecnológico de Florianópolis, incubadora mantida pelo SEBRAE-SC e gerenciada pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), desenvolve tecnologia para armadores, transportadores rodoviários e embarcadores a fim de suprir a demanda por maior automação e visibilidade dos processos para a logística de cargas.



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