sábado, 20 de abril de 2024
01/08/2012 00:00

Indústria do Sul fará seminário internacional sobre carvão


As três federações de indústria do Sul (FIESC, FIERGS e FIEP) decidiram, na sexta-feira, dia 27, durante reunião do Fórum Industrial Sul, em Porto Alegre, realizar um seminário internacional sobre o uso do carvão para geração de energia. A proposta, feita pelo presidente da FIESC, Glauco José Côrte, foi aprovada pelos presidentes da FIERGS, Heitor Müller, e da FIEP, Edson Campagnolo. O evento será realizado em Brasília, com data a ser marcada ainda. O objetivo é trazer especialistas internacionais para esclarecer autoridades e formadores de opinião sobre o potencial do uso do energético com tecnologias limpas, para que o carvão, que é abundante no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, seja considerado na política para a área no País. "A reunião em Porto Alegre selou o pacto das três federações, que intensificarão a atuação conjunta nas questões estratégicas que são comuns aos três Estados, como energia e infraestrutura", disse Côrte ao final da reunião. Durante o encontro também foi apresentando o Projeto Sul Competitivo, que mostra as necessidades de infraestrutura de transportes para os três Estados. Participaram do encontro presidentes, diretores e equipe técnica das entidades. Côrte afirmou que as entidades estão alinhadas e a união dará força aos pleitos encaminhados. "Atuando juntas, as federações se fortalecem na defesa dos assuntos de interesse regional", afirmou. A ideia de atuação conjunta foi ainda defendida pelo presidente da FIEP, Edson Campagnolo. "Pelos nossos dados e estudos fica claro que os interesses dos três Estados são comuns. Temos muito para reivindicar e devemos alinhar nossas ações", disse. "Os custos de logística no Brasil são de 17% e no Rio Grande do Sul chegam a 18%. Acredito que esse valor é a média da Região Sul, ou seja, na corrida pelos mercados já largamos com um peso maior, o que nos retira a competitividade", destacou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller. Sobre a energia, Müller destacou que é necessária uma definição governamental quanto ao uso do carvão mineral como fonte para a geração de energia elétrica firme. "Temos que retomar o movimento para a realização de leilões A-5 e que os projetos de usinas a carvão sejam autorizados a participar pelo Ministério de Minas e Energia", afirmou. O presidente da FIERGS destacou ainda que a medida anunciada pelo governo federal de uma redução dos custos de energia elétrica precisa ser avaliada na sua eficácia real para o setor industrial e pelo acompanhamento dos governos estaduais, visto que o ICMS tem grande peso na conta de luz. "A soma do custo da energia, da margem das distribuidoras e a carga dos impostos faz com que a luz tenha um acréscimo de 100% para a indústria", avaliou. Questões energéticas como o uso do gás natural e do carvão mineral na região Sul também foram detalhados. De acordo com dados divulgados, até 2019, os três Estados utilizarão 30,9 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Para suprir essa demanda, algumas das alternativas apontadas são a recapacitação do Gasoduto Brasil-Bolívia e a construção de terminais de GNL. Outro empecilho é o alto custo do gás natural brasileiro - 30% maior que o italiano, por exemplo. Com uma grande jazida de carvão mineral disponível no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a liberação do uso dessa fonte por parte do governo federal seria uma alternativa importante para a região.



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