A manhã desta segunda-feira, 5, foi promissora para o comércio catarinense no quesito novos negócios internacionais. Dois executivos brasileiros do banco HSBC revelaram aos empresários que integram a Missão Empresarial Fecomércio SC à China que a instituição financeira irá garantir as operações entre o grupo e os chineses durante a visita à Pequim, capital da China, próxima parada da viagem. A aliança com o HSBC oferece possibilidades concretas de o empresariado de Santa Catarina fechar acordos e negócios nos próximos dias. A negociação foi firmada nesta segunda-feira durante reunião com oexecutivo sênior Brasil-Ásia, Rogles de Melo, e oexecutivo sênior da América Latina-Ásia, Henrique Vianna, que aconteceu no Hotel Harbour, em Hong Kong, cidade-estado onde o banco foi fundado. Durante o encontro, Vianna fez uma exposição sobre o cenário chinês no mercado internacional, que parece muito otimista. Sobre os consumidores, informou o que a previsão é de que a classe média do país passe dos 350 milhões de pessoas para 600 milhões até 2020, o que deve ter como consequência um aumento do consumo interno. Um dos motivos para esse aumento é que, do total de 1,3 bilhão de habitantes da China, 49% ainda vive no campo e a tendência é que haja migração em massa para as cidades nos próximos anos e, por isso, será preciso investir em infraestrutura. Para se ter ideia, a China tem mais de 50 cidades com população acima de 5 milhões de habitantes e 70% delas ainda não têm metrô. As reservas financeiras da China, que garantem as negociações internacionais e o controle do câmbio, também são fartas: são US$ 3,6 trilhões e o renminbi, que significa “moeda do povo”, deve rivalizar com o dólar até 2020. Por isso, é com otimismo, informações e ferramentas de negócios que a Missão Empresarial partirá nesta terça-feira (06) para encontros com entidades varejistas e visitas técnicas ao comércio em Pequim. Abertura de mercado proposta pela Fecomércio SC é elogiada pelos executivos O vice-presidente da Fecomércio, Célio Spagnoli, comentou a trajetória de negociação entre a federação e o banco e como essa negociação influenciará o empresário catarinense que ficou no Brasil.“Na verdade, a gente esteve reunido por uma agenda já pré-estabelecida por um primeiro contato que no ano passado. Somos efetivamente a entidade pioneira na busca desses instrumentos que possam facilitar a importação dos produtos oriundos da China aos nossos representados. Isso nos deixa satisfeitos porque os empresários que trouxemos saíram satisfeitos também. E é essa boa impressão que pretendemos levar a todo empresariado catarinense”. Melo reforça o pioneirismo da Fecomércio na inserção de Santa Catarina nos negócios com a China. “Não são muitas as federações brasileiras que estão vindo para cá entender o valor e as oportunidades da China, e achamos que esse é um passo importante. Nós do HSBC temos o maior prazer em apoiar a Fecomércio com seus participantes e empresas associadas”. Vianna enfatizou a importância da China e como o país segue em trajetória ascendente. “A China já é uma potência. Não há a menor dúvida de que, em alguns anos, ela terá com um PIB maior que o da economia americana. Esse desenvolvimento vai ter um reflexo na moeda chinesa, o remimbi, que já é a terceira mais negociada do mundo e está caminhando a passos largos para ser uma moeda conversível”. É importante lembrar que o HSBC se define como “o banco do importador brasileiro para a China”, segundo Rogles de Melo, além de ser a maior instituição bancária do mundo, fundada em Hong Kong, China. Não há em quem os chineses confiem mais para avalizar os seus negócios.