Ajudado pelo aumento das vendas no Dia da Criança, o movimento do comércio no mês de outubro apresentou expressiva melhora em relação a outubro do ano passado, segundo balanço do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) de Santa Catarina. Os números de janeiro a outubro de 2012 continuam negativos em relação ao mesmo período de 2011 (- 0,48%), mas a diferença é substancialmente menor do que verificada no mês passado (- 1,06%) e a marcha da recuperação no sentido de tornar esse índice positivo sofreu ligeira aceleração. O presidente da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC), Sergio Medeiros, disse que o resultado de outubro vem confirmar a expectativa de crescimento de 3% para o comércio até o final do ano. O presidente da entidade não espera que o índice de crescimento seja mantido em novembro, porque essa é, historicamente, a época em que os consumidores procuram quitar seus débitos, para voltar a comprar em dezembro. “Novembro é um mês típico de recuperação de crédito, mas creio que o índice ainda continuará positivo”, disse. De qualquer forma, o movimento nas lojas está dentro das previsões que ele fez no mês anterior – quando o crescimento havia registrado um índice bem menor – de que “outubro, novembro e dezembro serão os meses de salvação da pátria”. A inadimplência manteve a tendência de crescimento que havia apresentado no mês passado: atingiu 2,53%, contra os 1,92% a que tinha chegado em setembro. Este é o terceiro mês consecutivo em que a inadimplência acusa alta, invertendo uma tendência decrescente que se verificara de abril a julho. Para Sergio Medeiros, porém, essa constância não chega a preocupar, porque o índice ainda é inferior a 3%. Inadimplência Com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), a FCDL apresentou levantamento indicando os números da recuperação dos inadimplentes nos últimos 13 meses. O estudo aponta que, depois de apresentar, em agosto, um índice de 83,42% – só inferior ao recorde de 94,92% verificado em dezembro de 2011 – setembro e outubro registraram números menos animadores: 77,32% e 62,24%, respectivamente. Mas isso também, para o presidente da FCDL, está “dentro da média histórica”.