quinta, 18 de abril de 2024
12/11/2012 00:00

Missão oficial no Japão apresenta a empresários do setor privado de importação de alimentos a qualidade da carne suína catarinense


O governador Raimundo Colombo e comitiva catarinense que está missão no Japão se reuniu, na última sexta-feira, 9, com cerca de 40 empresários japoneses de diversas empresas importadoras de alimentos - a maior parte do setor específico da carne suína - para apresentar as medidas de defesa sanitária que o Estado toma para garantir a qualidade do produto catarinense. Na última quinta-feira, 8, o ministério da Agricultura Floresta e Pesca do Japão pediu agilidade no processo de liberação da exportação de carne suína catarinense ao país. “Iniciar as exportações para o seu país é mais do que um fator econômico importante para nosso Estado. Será uma grande melhoria social. Nós temos 50 mil famílias criando suínos em Santa Catarina”, disse o governador Raimundo Colombo aos empresários. Equipes da Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, do Ministério da Agricultura e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) apresentaram os números da produção catarinense. Em resumo, as estimativas para 2012 preveem: um rebanho efetivo de 7,9 milhões de cabeças, um abate anual de 9,6 milhões, que levam a uma produção anual de 780 mil toneladas. Serão 150 mil toneladas para o consumo estadual, 450 mil comercializadas com outras partes do Brasil e 180 mil exportadas neste ano. A maior parte dos embarques para a Rússia e Ucrânia. Entre os principais desafios do Estado, está a conquista de novos mercados para a carne suína. O objetivo é recuperar, em 2013, expectativas de em níveis superiores a 200 mil toneladas para exportação. Em meados da década passada, Santa Catarina chegou a exportar 280 mil toneladas. Após uma queda, os números têm crescido gradativamente e seguem essa tendência nesse ano, com previsão de aumento de 3% no volume exportado. Para tanto, Santa Catarina investe há décadas em procedimentos que garantam a saúde dos rebanhos animais catarinenses e a qualidade da carne que produzem. Na fronteira com a Argentina e nos limites com os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, o Estado mantém 67 barreiras de fiscalização sanitária, que funcionam durante 24 horas. Cada animal de todo o rebanho de suínos estadual tem identificação individual e rastreabilidade garantida. “São 20 anos sem um foco de febre aftosa no Estado”, explicou Roni Barbosa, diretor de Defesa Agropecuária da secretaria de Estado da Agricultura. A rastreabilidade permite identificar, por exemplo, de qual frigorífico e onde foi criado o animal da carne que a pessoa consome em casa. Esse é importante ponto para o mercado japonês, que exige que toda carne suína que venha a ser exportada para o país venha de animais nascidos, criados e abatidos dentro do estado de Santa Catarina. “Esperamos voltar ao Japão a negócios em breve”, contou o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, aos japoneses. A associação estima que, se liberada a importação em 2013, Santa Catarina pode conquistar, no mesmo ano, 15% do mercado japonês. O Japão é o país que é o mais importa esse tipo de carne no mundo: 1,2 milhão de toneladas. Números nacionais A China, próximo destino da comitiva catarinense na viagem internacional, é o maior produtor mundial de carne suína, com 48,9%. O Brasil é o quarto maior produtor (3,2%), atrás também da União Europeia (22,3%) e Estados Unidos (10,2%). Apesar de estar distante do terceiro colocado em volume de produção, o Brasil tem aumentado seus números de forma acelerada. De 2004 a 2012, a produção de carne suína no país cresceu 148%. Esse processo foi capitaneado por Santa Catarina, o maior produtor e exportador desse tipo de carne no país.



Últimas Notícias

Notícias

© Copyright 2000-2014 Editora Bittencourt