sexta, 19 de abril de 2024
22/11/2012 00:00

Integração entre modais foi o foco das palestras do segundo dia do VII Seminário SEP de Logística


Fortaleza – A integração do governo e empresas na matriz brasileiras dos transportes foi o tema das discussões da manhã do segundo dia da VIIª edição do Seminário SEP de Logística, realizado de 21 a 24 de novembro, em Fortaleza, Ceará. Investimentos que não estão limitados às infraestruturas terrestre e aquaviária dos portos, mas também à matriz dos transportes no Brasil. Os debatedores são unânimes em afirmar que já ocorreu uma grande evolução, mas que muito ainda precisa ser feito. E a iniciativa privada tem grande papel nesse contexto, com investimentos também nos segmentos ferroviário e aquaviário. “O Brasil está mudando, as operações portuárias estão crescendo significativamente e os usuários dos portos brasileiros não podem ficar a mercê apenas do transporte rodoviário. A matriz dos transportes brasileira precisa mudar, é premente a necessidade de se utilizar o trem e o transporte dutoviário, porém, para isso há necessidade de investimentos nesses modais. Não podemos depender apenas das rodovias, que não tem condições de acompanhar o crescimento da demanda”, disse o diretor presidente da Companhia Docas de São Paulo (Codesp), Renato Ferreira Gomes. “Hoje 90% das cargas exportadas pelo Brasil saem pelos portos. Mas não adianta os portos estarem equipados e modernizados se os acessos são precários. Precisamos adequar urgentemente a matriz dos transportes a essa nova realidade dos portos”, disse o representante da Associação Brasileira dos Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), Antônio Carlos Cristino. Segundo o especialista, até os anos 20 o Brasil tende a movimentar mais de 9 milhões de contêineres e a plataforma logística precisa estar atenta a esse crescimento. “Sempre que registramos aumento no Produto Interno Bruto (PIB), a movimentação de contêineres nos portos brasileiros cresce de 2 a 3 pontos percentuais acima do indicador. Isso serve para nós como um alerta do merca do, para que melhoremos nossos acessos e realizemos investimentos nos demais modais”, afirmou. Eliane Barbosa, representando o presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Mello, concorda com a necessidade de maiores investimentos em outros modais, que contribuirão, inclusive, para a uma melhor integração porto/cidade. Já o presidente da Companhia Docas do Ceará, Paulo Andre Holanda, diz que a integração modal dos transportes, ou seja, a ligação entre rodovias, ferrovias e portos deve proporcionar aos portos uma maior importância na dinâmica da economia brasileira. “90% daquilo que o Brasil importa e exporta passa pelos portos e por isso temos que investir. Mais do que isso, temos que olhar para os três meios de transporte. Agora, chegou o momento de uma remodelagem no esqueleto de nossa matriz de transportes”, explica. O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior, diz que essa integração intermodal é fundamental para garantir a competitividade dos portos brasileiros. “O país tem grande potencial de explorar, além dos n ferroviária, as hidrovias. Isso agilizará significativamente a movimentação das cargas, enxugará custos e retirará caminhões das estradas e cidades”, enfatiza Ayres. IV Feira de Tendências Logísticas do Norte e Nordeste – Iniciou na noite de ontem, quarta-feira, e prossegue até a sexta-feira, 23, a IV Feira de Tendências Logísticas do Norte e Nordeste. O Complexo Portuário do Itajaí participa com estande, que agrega o Porto Público, APM Terminals Itajaí e Portonave S/A. O evento é direcionado a players da logística, transporte internacional, navegação, além de gestores de portos e terminais de cargas.



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