quinta, 18 de abril de 2024
04/04/2013 00:00

Faesc: Ferrovia do Frango terá efeitos econômicos e ambientais em SC


A decisão do Governo Federal de construir a Ferrovia da
Integração – também chamada de Ferrovia do Frango – ligando o oeste
ao litoral catarinense terá efeitos sociais, ambientais e econômicos
na avaliação do presidente da Federação da Agricultura do Estado de
Santa Catarina (Faesc), José Zeferino
Pedrozo
.

       
O projeto será elaborado pela Valec Engenharia, Construções e
Ferrovias e executado pelo 10o Batalhão de Engenharia de
Construções (BEC) do Exército Brasileiro, sediado em Lages. O
traçado da ferrovia será definido pelos estudos técnicos que
consubstanciarão o projeto e ligará Chapecó ao porto de
Itajaí.

       
Pedrozo realça que a estrada de ferro reforçará a integração
territorial, repetindo o papel que a rodovia BR-282 exerceu a partir
da década de 1970. Com o transporte de produtos e mercadorias aos
portos catarinenses, a ferrovia proporcionará a redução do número de
caminhões pesados no sistema rodoviário, diminuindo a poluição, os
acidentes e o custo da movimentação de cargas.

       
Por outro lado, aumentará a competitividade dos produtos
catarinenses exportáveis, que incluem carnes em geral, grãos,
manufaturados etc. Por isso, Pedrozo julga mais apropriada a
expressão “rodovia da integração” em lugar de “ferrovia do
frango”.

       
O presidente da Faesc lembra que a obra é cara, complexa e
demorada, mas,  realça
que o importante é iniciá-la o mais rapidamente possível. Destaca a
articulação do governador Raimundo Colombo com a presidente Dilma
Rousseff, o Ministério dos Transportes, a Valec e a Empresa
Brasileira de Logística (EBL) para a aprovação técnica e política do
empreendimento.

       
Pedrozo considera importante para a competitividade
internacional da economia catarinense a construção de um sistema
ferroviário, interligando as regiões produtoras com os portos.
Observa que tão ou mais importante que a linha férrea
intraterritorial catarinense é a ferrovia norte-sul, ligando Chapecó
ao Mato Grosso do Sul para o transporte de grãos que abastece o
parque agroindustrial catarinense. “São mais de 2,5 milhões de
toneladas de milho e soja que exigem 80 mil viagens de carretas”,
exemplifica.

       
Pedrozo lembra que nas décadas de 1950/1960 a estrada da
ferro Paraná-Santa Catarina fazia o transporte de calcáreo, adubos,
trigo,soja, areia e mercadoria entre os dois Estados, dinamizando a
economia regional. “Precisamos recuperar esse papel das ferrovias na
economia barriga-verde”, encerra.




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