Comitiva de
empresários do polo têxtil de Faisalabad, no Paquistão, esteve na tarde de
segunda-feira (24) na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Eles foram recebidos pelo presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria
da Moda da Federação, Sérgio Luis Pires, e pelo presidente do Sindicato das
Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), Ulrich
Kuhn. No encontro foram apresentados os setores industriais e buscadas formas
de estreitar as relações entre os dois países.
Em sua apresentação, Pires destacou a força da indústria
têxtil catarinense, que soube valorizar seu produto através da moda e hoje se
mantém como um dos mais importantes polos do segmento industrial no País.
Segundo o empresário, o segmento responde, no Brasil, por 6,8% do PIB e por
16,5% dos empregos.
"Temos um mercado competitivo e desafiador. São
diferentes culturas dentro do Brasil, e isto se reflete na moda",
ressaltou Pires, ao destacar o estágio de desenvolvimento da indústria local,
que sabe identificar e atender os variados segmentos do mercado nacional.
Para Kuhn, que já visitou o Paquistão com um grupo de
empresários brasileiros, o potencial de negócios entre os países é subestimado.
Como exemplo, ele destacou que, atualmente, a indústria catarinense compra parte
de seus insumos de grandes corporações internacionais, que têm como
fornecedores principais as indústrias chinesas. O Paquistão, no entanto, tem
potencial para assumir uma parte deste mercado vendendo seus suprimentos
diretamente para as indústrias do Estado.
O cônsul Comercial da Embaixada do Paquistão no Brasil,
Syed Tajammal Hussain, destacou a pouca burocracia imposta aos negócios no
Paquistão. "Após se conhecerem, empresários dos dois países vão trabalhar
para construírem negócios onde os dois lados ganhem. Esta é a nossa visão de
como devem ser os negócios", afirmou Syed.