sábado, 20 de abril de 2024
06/10/2014 00:00

Sete passos para se planejar e não passar aperto em 2015


Por Luis Henrique Stockler*

O mercado precisa ficar atento aos próximos meses, não só pelo período pré-eleição, mas, também, por conta de uma conclusão feita por grande parte dos empresários e economistas: 2015 não será um bom ano para a economia nacional. A inflação está afastando grande parte do público comprador.

Independente de quem vença a disputa eleitoral, será necessário iniciar reformas severas para conter a crise prevista. Por exemplo, caso a oposição vença as eleições, o país deve enfrentar uma retração que vai de três a quatro trimestres, por conta da grave crise financeira decorrente do mandato atual e anteriores. Com isso, o governo irá cortar gastos, fazendo com que toda a cadeia, que dependa dessa injeção de dinheiro, sinta o abalo.

Os setores de saúde e alimentação estão menos propensos a sentirem esta crise. O hábito de comer fora de casa está crescendo entre os brasileiros, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o consumo em bares e restaurantes aumentou 15% no período da Copa. Além disso, a ascensão da classe C impulsionou os gastos com serviços na área da saúde, as pessoas não se preocupam mais em poupar.

As áreas que serão mais afetadas são as que necessitam de obras de infraestrutura e as que dependem de financiamentos, pois o poder de compra da população, em função desses novos gastos, será menor. Para tentar driblar essa situação, é recomendado que os lojistas comecem, desde já, um planejamento, com foco em fazer caixa e vender.

Na prática, é recomendado ter um objetivo alinhado com a alta gestão da empresa, que dará um norte para o desenvolvimento de um plano de ação eficaz. De todo modo, esses são os sete passos para um bom planejamento para 2015:

1 - Definir os objetivos dos sócios

A equipe deve se reunir para estabelecer as metas e objetivos da empresa para 2015, quanto às vendas e faturamento, traçando os caminhos e nomeando os responsáveis pelo levantamento de cada um deles.

2 - Fazer um alinhamento estratégico da diretoria

Para um planejamento de sucesso, é necessário que todos os níveis e áreas da empresa tenham conhecimento do objetivo traçado, para que todos possam incorporá-lo. Levando em conta o ano fiscal brasileiro, o ideal é que se faça, no máximo, até outubro, garantindo uma melhor absorção da equipe, que iniciará o próximo ano focado no resultado.

3 - Desdobrar os objetivos, com aplicação prática destes em ações

Para começar a colher bons resultados, é necessário transformar esse planejamento em algo mais palpável. Para isso, é fundamental aperfeiçoar os processos internos, reduzir os gastos, melhorar o atendimento ao cliente e a margem de produtos vendidos.

4 - Traduzir as ações planejadas em números, levantamentos econômicos e financeiros

A lição de casa clássica: gastar com mais qualidade. É primordial realizar uma análise para mensurar se os custos condizem com as projeções de vendas estabelecidas para um retorno do capital, tornando possível a tomada de ações corretivas.

5 - Rodar o modelo e realizar os ajustes

Se a conta do retorno do capital x custos não bater, será necessário recalcular as ações, para que os números fiquem alinhados, garantindo o objetivo traçado inicialmente.

6 - Fechar e aprovar o plano junto à Diretoria e aos sócios

Após todas as medidas acima terem sido tomadas, a alta gestão e o departamento financeiro darão o aval para o início da execução do planejamento.

7 - Partir para a execução

Com todos os membros da empresa engajados sobre as metas pré-estabelecidas pela diretoria, o objetivo fica mais claro e dinâmico dentro da corporação.

É essencial lembrar que, mesmo com o planejamento, o risco existirá sempre, mas a tomada da ação é importantíssima e fundamental. Planejar é sempre o melhor caminho.

 

 


Luis Henrique Stockler é graduado em administração de empresas pela FGV, especializado em Marketing pela ESPM e MBA%u2019s de gestão pelo ITA/ESPM e pela FIA/USP, iniciou sua carreira corporativa na construção civil, comercializando materiais de construção, implementando e gerenciando projetos imobiliários. Em 1994, ingressou na indústria de varejo e franquias, trabalhando como diretor comercial em várias redes varejistas como: Hering, TNG, Victor Hugo, Wall Street Institute e Multicoisas. Em 2002, iniciou seu trabalho como consultor em diversos projetos relacionados ao varejo e franquias e, em 2008, abriu sua própria empresa de consultoria especializada em estratégias para varejo e distribuição. Luis é mentor da Endeavor, palestrante credenciado na ABF e, na área acadêmica, ministra aulas de gerenciamento de franquias e marketing na FIA/PROVAR e gerenciamento imobiliário para varejo na FGV-SP. Como sócio-fundador da ba} é responsável pela elaboração de estratégias empresariais e coaching de gestão aos clientes.

 



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