sábado, 20 de abril de 2024
24/02/2015 00:00

GNV ganha competitividade com aumento da gasolina e etanol


O mês de janeiro marcou o aumento no preço dos combustíveis líquidos. Com o reajuste de impostos como o PIS e Cofins, a gasolina e o etanol já subiram R$0,22 desde o dia 1º de fevereiro. O momento e o histórico apresentam o GNV (Gás Natural Veicular) como opção mais viável para os consumidores, tanto por seu preço quanto pela sua vantagem ambiental.

O GNV ampliou sua competitividade em julho de 2014, quando a SCGÁS resolveu impulsionar as vendas e consolidar o produto no mercado praticando a política comercial que diminuiu a tarifa do produto em R$0,13 por metro cúbico - ação que segue em vigor. Com a medida, a companhia registrou crescimento de 3,5% no volume de vendas entre julho e dezembro do ano passado.

Para o Coordenador Automotivo da SCGÁS, Ronaldo Lopes, o aumento de competitividade do GNV em relação aos outros combustíveis deve ser refletido nas vendas do início de ano. “A expectativa é que o volume médio comercializado cresça entre 5% e 10% em relação ao orçado para o primeiro semestre de 2015”, afirma.

Vantagem econômica

 A principal vantagem ao consumidor de GNV é a economia. Segundo o site da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – o preço médio da gasolina em Santa Catarina atualmente é R$3,32, enquanto o etanol está em R$2,73 e o GNV em R$2,06. O gás natural veicular também tem rendimento melhor comparado aos demais combustíveis. Enquanto o veículo com GNV rende 12 km/m³, a gasolina faz 10 km/l e o etanol 8 km/l, em escala proporcional.

Quanto mais quilometragem o veículo realizar, maior o benefício do GNV. No caso de um carro que rode 1.200 quilômetros por mês, média de 40 km por dia, a economia mensal em relação à gasolina é de R$192,40 e ao etanol é de R$203,50. Ou seja, hoje a vantagem do GNV comparado à gasolina e ao etanol ultrapassa os 50%.

Vantagem do GNV com abastecimento de R$30:

 

Combustível

Valor unitário

Rendimento médio

Quantidade Abastecida

Autonomia

Custo por km (R$)

Gasolina

3,32/l

10 km/l

9,0 l

90 km

0,33

Etanol

2,73/l

8 km/l

10,9 l

88 km

0,34

GNV

2,06/m³

12 km/m³

14,5 m³

174 km

0,17

 

 

 

 

 

 

 

Para utilizar o produto, o usuário precisa fazer investimentos na instalação do cilindro. O kit de 5ª geração, o mais moderno do mercado, custa a partir de R$3,5 mil. Utilizando os valores acima, o consumidor leva pouco mais de um ano para recuperar todo o investimento. No caso de veículos que percorram longas distâncias, o investimento será compensado em menos de 12 meses. Em Santa Catarina há 62 instaladoras credenciadas pelo Inmetro, em todas as regiões do estado, disponíveis para realizar o procedimento.

 

Alternativa limpa

O gás natural é um combustível de origem fóssil, composto principalmente por metano, presente na decomposição de matéria orgânica ao longo de milhões de anos. Sua queima resulta na liberação de vapor de água e gás carbônico, reduzindo em até 90% a emissão de gases poluentes.

Por ser um combustível seco, o GNV não gera resíduos de carbono na parte interna do motor, aumentando também a vida útil e o intervalo de trocas de óleo. Além disso, o veículo segue compatível com os combustíveis. O GNV não implica em exclusividade, é apenas mais uma opção para o motorista.

Segundo estudo de emissões veiculares, elaborado pelo Estado de São Paulo em 2013, a conversão do veículo para o kit GNV reduz a emissão de monóxido de carbono (CO) e gás carbônico (CO2) em menos da metade. Comparado à gasolina e ao etanol, o gás natural também emite menor quantidade de enxofre, arsênico, cádmio, cobre, mercúrio, chumbo, zinco, entre outros poluentes.

O Coordenador de Suporte Técnico da SCGÁS, Willian Anderson Lehmkuhl, destaca a importância do kit de 5ª geração para manter o gás natural como a opção menos nociva ao meio ambiente. “O GNV já é a alternativa mais limpa, pois tem poucos carbonos em sua estrutura, emitindo pouco CO2. No entanto, com a tecnologia adequada, a emissão de poluentes como SOx e NOx pode ser muito menor comparada à gasolina e ao etanol. O kit de 5ª geração regula e potencializa o uso do GNV”.

Segurança

O GNV também é reconhecido por ser seguro. O sistema de armazenamento e compressão possui válvulas de segurança que se fecham no caso de algum rompimento na tubulação.

O Gerente de Mercado Urbano e Veicular da Companhia, André Zim Zapelini, considera o GNV mais seguro que os combustíveis líquidos. “Ao contrário da gasolina e do etanol, o gás não entra em contato com o ar quando o veículo precisa abastecer. Isso evita qualquer tipo de combustão ou possibilidade de erro do próprio frentista”, explica.

O cilindro colocado no veículo é regulamentado pelo Inmetro, e passa por vários testes de segurança antes de ser comercializado. Além disso, o GNV não pode ser adulterado e seu uso não diminui a potência do veículo. “Os kits de 5ª geração têm um moderno sistema de injeção, fazendo com que a perda de potência não seja perceptível”, completa Zapelini.

Mercado atendido

Atualmente Santa Catarina possui 92.386 veículos adequados ao uso do GNV, segundo dados do Denatran. Para atendê-los, há 136 postos com GNV distribuídos pelo estado, permitindo que o motorista rode por Santa Catarina sem a necessidade de abastecer com outros combustíveis. O estado está em terceiro lugar na lista dos maiores mercados de GNV do Brasil.

A expectativa da SCGÁS é que 1.200 novos veículos sejam equipados com o kit GNV no primeiro semestre de 2015, representando o dobro do crescimento atual. Para potencializar esse número, há previsão de seis novos postos serem atendidos com GNV nesse ano. Rodeio, Apiúna e Balneário Camboriú receberão pela primeira vez o insumo, enquanto Araquari, Navegantes e Joinville terão novas opções de abastecimento.

A Companhia está focando os seus investimentos em projetos que levarão o gás natural a novas regiões e cidades do Estado. “O GNV é um produto que possui uma clara missão social, pois atende a usuários que na sua maioria utilizam os veículos como instrumento de trabalho, o que exige da Companhia um posicionamento de forte competividade em relação aos combustíveis concorrentes”, conclui o presidente da SCGÁS, Cósme Polêse.




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