sexta, 19 de abril de 2024
04/05/2015 00:00

Reunião no Sincomércio vai discutir ação contra operadoras de cartão de crédito e débito


O Sindicato do Comércio Varejista de Balneário Camboriú e Camboriú (Sincomércio) promoverá no próximo dia 13 de maio, às 19h, no auditório da entidade, uma reunião com comerciantes dos dois municípios para tratar sobre a ação civil pública movida pela Fecomércio–SC contra as empresas operadoras de cartões de crédito e débito. A Federação atuará na ação, juntamente com seus sindicatos afiliados, como representante das empresas do comércio de bens, serviços e turismo.

Já os comerciantes do setor terciário entram no processo como consumidores dos serviços prestados pelas operadoras, por serem eles os usuários finais das máquinas e pagantes das taxas. Atualmente as operadoras de cartão cobram R$ 120 de mensalidade, mais 3,5% de comissão sobre cada venda. A  Fecomércio –SC  pede o fim do pagamento do aluguel e da manutenção das máquinas de cartão (POS) feito pelos comerciantes, bem como a revisão das taxas aplicadas pelas empresas Redecard, Cielo e Santander/GetNet em cada operação, entre elas, os valores de desconto e as taxas de comissão.

Para o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, a ação inicia uma importante discussão sobre o assunto. "Nesta ação, a Fecomércio cumpre um papel relevante para a sustentabilidade do setor que representa, ao colocar em pauta o questionamento acerca do monopólio destas empresas e suas cobranças indevidas e excessivas, que impactam negativamente os resultados do comércio", destaca.

Breithaupt também alerta que essas taxas são repassadas ao consumidor no preço final do produto. Desta forma, complementa o presidente da Fecomércio, “podemos visualizar, com a suspensão das cobranças, um cenário de preços e de condições de pagamento melhores, que poderá resultar no aquecimento das vendas do comércio", complementa o diretor-executivo da Fecomércio SC, Marcos Arzua.

Segundo Rodrigo Bornholdt, representante do Bornholdt Advogados, de Joinville, escritório responsável pela ação, o pedido de suspensão do aluguel e das taxas das máquinas de cartão está amparado na ilegalidade da duplicidade de cobrança e de venda casada. Além disso, a dificuldade de comprar a máquina, restando aos comerciantes apenas alugá-la, por valores entre R$ 40 e até R$ 200, caracterizaria abuso de posição dominante destas empresas, que monopolizam o serviço no país. "Cabe ressaltar, ainda, que estas cobranças, além de ilegais, excedem em muito o valor das próprias máquinas utilizadas para pagamento com cartões de crédito e débito. E que é quase impossível para o comerciante não aderir a esta forma de pagamento, já que 81% dos brasileiros usam cartões de crédito", explica Bornholdt.




Últimas Notícias

Notícias

© Copyright 2000-2014 Editora Bittencourt