O consumo das famílias brasileiras teve a maior queda desde 1997 nos dados divulgados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2015. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve queda de 2,7% em relação ao mesmo trimestre de 2014.
De acordo com a análise, o desempenho só não é pior que o do último trimestre de 1997, sendo que a série histórica começou em 1996. Fatores como a inflação, o crescimento do crédito abaixo da inflação, níveis piores de emprego e renda na comparação com o ano anterior foram alguns responsáveis pelo resultado do segundo trimestre. “Essa conjuntura fez com que o consumo das famílias caísse, em especial na parte dos bens duráveis”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque Palis, à Agência Brasil.
Ainda conforme as informações, a queda da demanda interna teve, também, reflexo nas importações e no câmbio, que desvalorizou 38% entre o segundo trimestre do ano anterior e o deste ano. No mesmo período, as importações caíram 11,7%, enquanto as exportações subiram 7,5%. Eletrônicos, automotores, máquinas e equipamentos, viagens e transportes foram os setores que mais sentiram a queda das importações no Brasil. Já as exportações cresceram com o desempenho dos setores de petróleo e carvão, siderurgia, metalurgia e veículos automotores.
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Fonte: Agência Brasil