sexta, 19 de abril de 2024
13/10/2015 00:00

Aliança Láctea entre os três estados do sul é discutida em seminário

Evento discutiu a importância da iniciativa para fortalecer a cadeia leiteira

A Aliança Láctea entre Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul foi discutida no seminário Sulbrasileiro do Leite, em Chapecó, com lideranças do setor nos três estados. Durante o evento, foi colocada em pauta a importância da iniciativa para fortalecer a cadeia leiteira do sul do Brasil.

Os três estados produzem aproximadamente 10,8 milhões de toneladas de leite por ano e as previsões indicam que esse número deve chegar a 19 milhões até 2020. Pelos problemas e oportunidades comuns que têm no setor, os estados se uniram por meio da Aliança Láctea, que congrega produtores, governo e indústrias em busca de um desenvolvimento harmônico do setor.

Em Santa Catarina, a atividade leiteira é fonte de renda para mais de 50 mil famílias.O secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, destaca a parceria entre o governo do Estado e produtores para o desenvolvimento do setor. "Em cinco anos, o governo catarinense investiu quase R$ 163 milhões no desenvolvimento do setor leiteiro através dos programas da Secretaria da Agricultura, entre eles o Terra-Boa, Juro Zero e de Fomento à Produção Agropecuária". O Programa SC Rural também foi fundamental para o crescimento do setor, aplicando mais de R$ 10 milhões em projetos voltados para a produção e beneficiamento de leite. 

Os investimentos, combinados com o trabalho dos agricultores, fizeram de Santa Catarina o quinto maior produtor nacional de leite. Entre 2000 e 2013, o aumento na produção foi de 190%, muito a cima da média nacional. O estado, que antes respondia por 5% do leite produzido no país, passou a ser responsável por 8,5% de todo o leite brasileiro. Os números são ainda maiores se falarmos das regiões do Oeste e Sul catarinense, que cresceram 256% e 223% em produção no mesmo período. 

Segundo o secretário adjunto da Agricultura de SC e coordenador da Aliança Láctea, Airton Spies, o leite é a atividade do setor agropecuário que mais cresce e tem os maiores ganhos a incorporar com a utilização de tecnologia e organização da cadeia produtiva. “O leite é candidato a ser mais uma estrela do nosso agronegócio e nós precisamos preparar esse setor para ser competitivo no mercado, ou seja, ser capaz de produzir leite bom, a custo competitivo e com qualidade”, disse.

Entre os desafios da cadeia produtiva, está o investimento em infraestrutura, principalmente em estradas e energia elétrica. De acordo com o secretário Sopelsa, para que o leite produzido no sul do país seja competitivo tanto no Brasil quanto no mercado global, é preciso focar na qualidade e na logística, fatores importantes para atender às demandas dos mercados mais exigentes. 

Com a Aliança Láctea Sul Brasileira, os três estados querem fazer do leite mais uma estrela do agronegócio da região. O Oeste de Santa Catarina, Noroeste do Rio Grande do Sul e Sudoeste do Paraná são hoje a região que mais cresce em produtividade do leite no Brasil. Com cerca de 300 mil produtores distribuídos por quase todos os municípios, o Sul é responsável por 33% da produção brasileira de leite. A expectativa é de que em dez anos, a produção aumente 77%, chegando a 19,5 milhões de toneladas de leite por ano.




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