Após o fim do Ministério da Pesca, no mês de outubro, empresários do ramo que atuam em Itajaí começaram a buscar apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que ficou responsável pela categoria. Na quarta-feira (28), em uma reunião na sede do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), sindicatos da região sul e sudeste discutiram as dúvidas e as demandas da categoria de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Eles elaboraram um documento para protocolar nesta quinta-feira (29) no novo ministério responsável pela pesca.
O presidente interino do Sindipi, Jorge Neves, ressalta que o documento pontua demandas que precisam ser finalizadas e outras que necessitam de um direcionamento para que a atividade pesqueira não seja prejudicada.
Entre as demandas estão as renovações de licenças de pesca, licença complementar para a frota do cerco, certificado de exportações para as indústrias e subvenção do óleo diesel. O presidente interino destaque que essas questões ainda precisam ser resolvidas, mas isso ainda não foi possível por falta de clareza na estrutura do atendimento do novo ministério. “Não sabemos quem devemos procurar. Durante 10 anos contamos com o ministério da Pesca e de repente ficamos sem rumo”.
A secretária do Sindicato dos Armadores de Pesca de Rio Grande, Pelotas e São José do Norte, no Rio Grande do Sul, Miriam Bozzetto, lembra que no estado gaúcho existem 40 casos de armadores aguardando licenças de pesca. Outra dificuldade é a falta de um departamento para receber os mapas de bordo das embarcações, que precisam ser apresentados em um prazo mínimo de 15 dias após o desembarque. “Os problemas no nosso estado estão se acumulando. Nós temos uma pilha de mapas e não sabemos para quem entregar. Na semana que vem vamos até Porto Alegre, onde funcionava o escritório do Ministério da Pesca, na tentativa de que eles recebam o documento, já que o escritório de Rio Grande fechou”.
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