sexta, 19 de abril de 2024
03/11/2015 00:00

Prejuízos com fechamentos do canal de acesso chegam aos R$ 60 milhões à cadeia logística em outubro

Complexo Portuário de Itajaí passou mais de 20 dias sem operar ou com as manobras restritas

Outubro resultou em grandes prejuízos ao Complexo Portuário de Itajaí e todos os setores ligados a ele. O mau tempo bloqueou a entrada de embarcações no canal de acesso aos terminais por 13 dias do mês. Nenhum  navio saía ou entrava na APM Terminals, Portonave e estaleiros da região. Em outros dias,as manobras foram feitas com restrições, o que também levou a perdas na economia. Segundo a superintendência do Porto de Itajaí, tudo isso gerou cerca de R$ 60 milhões de prejuízos somente à cadeia logística durante o período.

O cálculo é feito com case na média de movimentação do complexo, que é de 2,2 mil contêineres/dia com o custo operacional – que envolve toda a cadeia – de R$ 1,6 mil por unidade. Nos dias que o complexo portuário opera com restrições, a movimentação tem uma redução de 60%. As perdas diretas apenas da cadeia logística são de R$ 3,53 milhões por dia de paralisação total e R$ 2,112 milhões por dia quando as operações estão restritas.

Conforme o Porto de Itajaí, cerca de 30 navios deixaram de atracar no complexo em outubro, o que representa perdas irreparáveis também aos armadores e importadores/exportadores. Cada embarcação parada gera aproximadamente US$ 35 mil de prejuízos aos armadores por dia, o que significou milhões de reais ao setor durante outubro.

Para amenizar a situação, a draga Catarina, que estava parada há dois meses por falta de recursos da autoridade portuária para a dragagem da manutenção, voltou à ativa no dia 2 de novembro. A embarcação, segundo a superintendência, não tem capacidade para aliviar todo o sedimento que se depositou na foz do rio Itajaí-Açu durante o período de chuvas, mas está sendo usada para evitar que a situação se agrave.

A Autoridade Portuária explica que trabalha com a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) para realizar uma dragagem emergencial no valor de R$ 40 milhões no canal, onde mais de três milhões de metros cúbicos precisam ser retirados, já que o complexo portuário está instalado na foz da Bacia Hidrográfica do Itajaí-Açu e todos os sedimentos acumulados nela são carreados para a foz. Durante outubro, o calado operacional do complexo caiu de 12,5 metros para nove metros. A expectativa é que a contratação da dragagem emergencial seja feita no início deste mês (o fechamento da edição ocorreu no dia 3 de novembro).

“Não estamos medindo esforços para resolver os problemas que estão sendo gerados pelas cheias. Já nos reunimos com o ministro Helder Barbalho, que foi muito receptivo à nossa demanda e determinou imediatamente que o Instituto Nacional de Pesquisas Hidrográfica (INPH) iniciasse os estudos para que a dragagem seja contratada com a maior brevidade possível”, afirma o engenheiro Antonio Ayres dos Santos Junior, superintendente do Porto de Itajaí.

Foto: Carla Superti




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