sexta, 19 de abril de 2024
15/04/2016 00:00

Produtores terão incentivos para plantio de milho em Santa Catarina


Santa Catarina tem um déficit de quase 4 milhões de toneladas de milho. Para atender a demanda do agronegócio catarinense e tornar atrativa a produção do grão no Estado, foi elaborado o Programa de Incentivo ao Plantio de Milho em Santa Catarina. A iniciativa, em fase de conclusão, é da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, Fecoagro, Cooperativas e Agroindústrias.

O programa entrará em operação no início de maio. Entre os objetivos da iniciativa estão: ampliar em 100 mil hectares a área plantada em Santa Catarina; garantir um preço remunerador ao plantador; oferecer os insumos necessários em um pacote tecnológico com prazo de safra; assegurar a compra do milho com margem ao agricultor, em volume mínimo para pagar os insumos e confirmar a venda do grão à agroindústria em preço compatível com os custos de produção.

“Urgentemente, precisamos, ampliar a produção ou a produtividade do milho para reduzir a dependência de importação de outros Estados. O levantamento revela que o Governo de Santa Cantarina perde 8,4% do valor do milho comprado em outros Estados. Então, apenas com o cálculo de ampliação do programa que deve proporcionar ampliação de 840 mil/toneladas, a perda de ICMS seria de aproximadamente R$ 45 milhões”, explica o diretor executivo da Fecoagro, Ivan Ramos.

Para o presidente da Fecoagro, João Carlos Di Domenico, o novo programa é muito bom por possibilitar o atendimento da demanda do agronegócio.

“Esta iniciativa requer uma grande estrutura logística que viabilizará benefícios ao setor produtivo e segurança ao consumidor final. O que nos preocupa é a redução da área plantada de milho no Estado nos últimos anos, em 2010/11 eram 548 hectares e caiu para 367 na safra 2015/16”, argumenta.

O programa prevê uma produtividade mínima de 8.400 Kg/ha com preço de garantia pago ao produtor por saca. O custo de produção no momento estimado está em R$ 25,83 por saca para pagamento a prazo ou R$ 24,83 para pagamento em até 30 de maio de 2016, com seguro incluso. Pelo contrato o produtor terá obrigatoriedade de entregar a produção para a cooperativa, contudo permite a venda do excedente.

“O que falta definir é o seguro da produção e o valor de subsídio pelo Governo do Estado por meio do ICMS”, comenta o diretor de cooperativismo e agronegócio da Secretaria da Agricultura, Athos de Almeida Lopes Filho.

CENÁRIO DE GRÃOS

Os principais produtores mundiais de milho são: Estados Unidos com 35% (34,55 milhões/toneladas), China 23% (224,6), Brasil 9% (89,3), Europa 6% (57,8), Argentina 3% (27) e Ucrânia 2% (23,3).

Na safra 2014/2015 os principais exportadores foram: Estados Unidos 41,9 milhões/toneladas, Brasil 35 milhões/toneladas, Argentina 17 milhões/toneladas e Paraguai 2,5 milhões/toneladas.

No Brasil, a produção anual é de 89,9 milhões/toneladas para um consumo de 59,8 milhões/toneladas.

Dos Estados da região Sul, o Paraná tem uma produção de 17,87 milhões/toneladas para um consumo de 11,51 milhões/toneladas. Santa Catarina produz 3,26 milhões/toneladas para um consumo de 7,17 milhões, o que representa um déficit de 3,94 milhões/toneladas. Rio Grande do Sul produz 5,33 milhões/toneladas para um consumo de 6,64 milhões/toneladas, o que remete a um déficit de 1,81 milhão/tonelada.




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