sexta, 19 de abril de 2024
07/06/2016 00:00

Pesca da tainha: armadores amargam prejuízo diário de quase R$ 2 milhões

Barcos estão parados por falta de licença e não há prazo para liberação

A safra da pesca da tainha é considerada o Natal dos pescadores. Contudo, um dos períodos mais prósperos para a classe industrial está ameaçado: não há previsão para a Secretaria de Pesca liberar as licenças para o início das atividades, que encerra em 31 de julho. Para cada dia em terra, os armadores perdem pelo menos R$ 1,5 milhão.

O período da pesca industrial da tainha iniciou em 1º de junho, quando o setor ainda negociava a liberação das licenças. O atraso é atribuído à má gestão do governo federal e está enfurecendo o setor produtivo. “A pesca da tainha é o Natal do pescador. Todo mundo espera a safra pra arrumar alguma coisa em casa, melhorar o padrão de vida. Aí as autoridades competentes fazem esse descaso. Estamos vivendo um desmando”, afirma Jorge Seif, armador de Itajaí.

Cada barco emprega 20 profissionais, sendo que envolve diretamente 800 pessoas e 3 mil indiretamente, considerando a descarga, a desova e o processo industrial. Para cada dia em alto mar, a captura industrial de tainha gira em torno de R$ 1,5 e R$ 2 milhões — o que poderia resultar numa safra de até R$ 50 milhões.

De acordo com o Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), toda a documentação para liberação das licenças de pesca já foram entregues na semana passada. Às vésperas do início da safra, a Secretaria de Pesca apontou irregularidades nos documentos entregues e pediu que fossem corrigidos. A categoria aguarda a manifestação do Ministério, o que não há previsão de quando irá ocorrer.

Segundo Seif, a safra deste ano para o setor já pode ser considerada comprometida. “As tainhas já estão indo embora. Não sabemos muito o que esperar. É revoltante”. 




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