terça, 16 de abril de 2024
07/07/2016 00:00

Governador Colombo lidera missão internacional para Espanha e Coreia do Sul


O governador Raimundo Colombo lidera, a partir desta sexta-feira, 8, comitiva do Governo do Estado em viagem oficial à Espanha, para ampliação de parcerias comerciais, e à Coreia do Sul, para negociar a abertura do mercado sul-coreano para a carne suína catarinense. A missão internacional será realizada até o dia 13 de julho.

A programação tem início em Madri, na Espanha, no dia 8, onde os integrantes da comitiva participam de encontro na Câmara de Comércio Brasil-Espanha. Em seguida, viajam para a Coreia do Sul, onde participam de audiências em órgãos como Vigilância Sanitária e Ministério da Agricultura daquele país. O retorno a Florianópolis ocorre no dia 13.

“O aumento e a qualificação de nossas exportações fazem parte de um processo essencial para o enfrentamento à crise do mercado interno brasileiro. Precisamos exportar mais e alcançar os mercados que pagam melhor, como é o caso da Coreia do Sul em relação à carne suína. Já abrimos o mercado japonês em 2013 e, agora, estamos muito perto de consolidar mais essa conquista, que vai trazer importantes ganhos para os produtores catarinenses e para toda a cadeia produtiva da suinocultura”, explica o governador Colombo.

O Estado de Santa Catarina é o maior produtor e exportador nacional de carne suína do Brasil. São cerca de dez mil criadores integrados às agroindústrias e independentes, que produzem anualmente cerca de 850 mil toneladas de carne suína. Entre os atuais principais países de destinos da carne suína catarinense, estão Rússia, China, Angola, Cingapura, Chile, Japão, Uruguai e Argentina.

Em janeiro deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou que o Governo da Coreia do Sul autorizou a exportação para aquele país da carne suína in natura produzida em Santa Catarina. A autorização contempla exclusivamente Santa Catarina entre todos os estados brasileiros, nos mesmos moldes que a negociação feita com o Japão em 2013.

Diante do status diferenciado de Santa Catarina, os governos japonês e sul-coreano optaram por abrir seus mercados apenas para os produtos catarinenses. Santa Catarina é o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação e também livre de peste suína clássica, com certificados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). 

Roteiro

Na missão deste mês, o governador Colombo lidera a comitiva catarinense para avançar com as negociações para dar início às exportações. O primeiro encontro será na próxima segunda-feira, 11, em Sejong, a três horas de Seul, na sede do órgão de controle sanitário da Coréia do Sul. Em seguida, a comitiva será recebida pelo diretor-geral do escritório de Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura, Kim Duk-ho.

Paralelamente, empresas de Santa Catarina serão visitadas nas próximas semanas por equipes do governo sul-coreano. E em agosto, será a vez do Ministério da Agricultura promover uma missão brasileira até a Coreia do Sul para assinatura oficial do certificado sanitário que autoriza os embarques.

Aumento nas exportações

Segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), em 2013, ano de abertura do mercado japonês, a exportação de carne suína catarinense somou 144 mil toneladas, o equivalente a US$ 400 milhões. Em 2014, foram 159 mil toneladas exportadas, que representaram US$ 548 milhões. Em 2015, a quantidade exportada voltou a subir, para 169 mil toneladas, mas o valor apresentou queda, para US$ 412,7 milhões. É para ajudar a aumentar novamente esse valor que ganha importância a abertura de novos mercados como a Coreia do Sul.

Santa Catarina vende em quantidade para a China, por exemplo, mas os chineses compram cortes mais populares. Já o Japão compra em menor quantidade, mas compra cortes nobres, mais caros. E a tendência é de que Coreia do Sul siga na mesma linha do Japão. “A Coreia do Sul é o terceiro maior mercado mundial, atrás apenas do Japão e da Rússia. Eles compram 400 mil toneladas por ano, cortes nobres, com alto valor agregado. E o pagamento em dólar ajudaria muito a aumentar o preço pago ao produtor catarinense”, explica o presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc), Enori Barbieri. A retração no mercado interno brasileiro tem afetado o preço pago aos produtores. Em 2013, a média era de R$ 2,59 o quilo pago ao produtor. Em, 2014, subiu para R$ 3,10 e, em 2105, para R$ 3,15. Neste ano, a média até maio está em R$ 2,82. Os dados também são da ACCS.




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