quinta, 18 de abril de 2024
16/09/2016 17:45

ENTREVISTA: Empresa fatura vendendo ar enlatado de Balneário Camboriú e Florianópolis

Lata de Ar existe desde 2013 e rende mais de R$ 120 mil ao mês graças aos souvenires fabricados em Itajaí

Revista Portuária | setembro 2016

Marjorie Basso


Se você é daqueles que vive sonhando ter uma grande ideia para ficar milionário, pode invejar o paranaense Alessandro Catenaci. Ele é dono da empresa Lata de Ar, que nasceu em 2013 com a estranha ideia de
vender ar enlatado. A peculiaridade deu tão certo que a empresa lançou novos produtos, latas de ar de Balneário Camboriú e Florianópolis, e já planeja entrar no mercado internacional.

O “ar enlatado” de Balneário Camboriú e Florianópolis já está disponível no site da empresa, onde custa R$ 12, e em lojas de lembranças nas duas cidades. De acordo com o fabricante, o “ar enlatado” da Maravilha do Atlântico, por exemplo, traz em sua composição um misto dos lugares mais renomados da região: 10% praia de Laranjeiras, 10% Estaleiro, 10% Praia Brava, 10% Praia do Pinho, 10% Avenida Brasil, 10% Avenida
Atlântica, 10% camelódromo, 10% Ilha das Cabras, 10% Morro do Careca e 10% Cristo Luz.

O mesmo acontece com Floripa, a famosa Ilha da Magia. Na composição do ar, o turista encontra 10% praia da Joaquina, 10% praia de Canasvieiras, 10% Ingleses, 10% Lagoa da Conceição, 10% Praia Mole, 10%
Jurerê, 10% praia do Campeche, 10% ponte Hercílio Luz, 10% Santo Antonio de Lisboa e 10% figueira centenária.

O ar contido na lata, claro, não é necessariamente extraído desses lugares, tampouco é para que a lata seja aberta. A empresa reforça aos clientes que o recipiente não deve ser aberto justamente para o ar não escapar e evitar que a lembrança daquela cidade se perca. Uma brincadeira lúdica que começou com latas de Curitiba e deu muito certo.

Hoje, com um faturamento mensal que ultrapassa R$ 120 mil, a empresa expandiu sua produção e passou a vender o “ar enlatado” de Nova Iorque, uma das cidades mais visitadas do mundo, com preço sugerido
de US$ 5.

ENTREVISTA >>> Saiba um pouco mais sobre essa loucura muito rentável do ar em latas

 

Como surgiu a ideia de vender as latas de ar?

Alessandro Catenaci - Sempre trabalhei com turismo, tenho agência há bastante tempo. Em uma viagem a Paris há cerca de 20 anos encontrei um souvenir parecido e trouxe de presente para amigos. Era uma lata
parecida com as latas de achocolatado, mas contendo ar. Era uma lata com um papel que se soltou com o tempo, não tinha uma estampa criativa, mas a ideia ficou. Houve então um projeto do Sebrae em Curitiba para lançamento de novas ideias na época da Copa do Mundo e lancei a lata de Curitiba, que foi um sucesso. Vieram primeiro também as latas do Brasil, Rio de Janeiro, São Paulo e Foz do Iguaçu.

 

Quando você procurou um fabricante não estranharam ter apenas ar na lata?

Alessandro Catenaci - Muito. É um produto inusitado e o começo foi mais difícil porque produzimos só 3 mil latas de Curitiba. Hoje produzimos entre 8 mil e 10 mil latas por mês. Por sorte encontramos pessoas que
apostaram na ideia.

 

Hoje como ocorre a produção das latas?

Alessandro Catenaci - A criação é feita aqui em Curitiba, com as ilustrações inclusive assinadas. O material é impresso diretamente na chapa de aço para ficar bonito e durável. As latas são fabricadas em Itajaí. A ideia surgiu do souvenir de Paris, mas nas nossas latas trabalhamos muito a questão do humor, com a brasilidade das cores. Hoje as latas também são ímãs de geladeira.

 

Quais as próximas metas da marca?

Alessandro Catenaci - Santa Catarina é um dos estados que está surpreendendo com um volume grande de pedidos. Já há solicitações para fazermos também latas de ar de Bombinhas e Garopada e estamos estudando, podem ser as próximas. Fizemos também agora a lata de Nova Iorque porque recebemos uma encomenda e caminhamos para esse processo de internacionalização. Vamos ver como nos saímos.

 




Últimas Notícias

Notícias

© Copyright 2000-2014 Editora Bittencourt