sexta, 19 de abril de 2024
21/02/2017 11:57

Varejo de SC mostra início de recuperação após fechar mais de 5.4 mil lojas em 2016

Tombo foi o maior dos últimos 15 anos; números apontam ventos melhores em 2017

O comércio catarinense amargou o pior resultado dos últimos 15 anos em 2016. Além da forte queda nas vendas (-5,1%), Santa Catarina fechou 5.440 estabelecimentos comerciais, 3.701 no primeiro semestre e 1.739 no segundo semestre. O número é um pouco menor do que o observado em 2015, ano em que 5.621 lojas fecharam as portas. 
Somando os últimos dois anos, a retração econômica já provocou o fechamento de mais de 11 mil lojas em Santa Catarina, refletindo na taxa de desemprego em um estado considerado referência em geração de postos de trabalho. O saldo líquido entre admissões e desligamentos de trabalhadores com carteira assinada ficou negativo: 1.737 em 2016 e 9.830 em 2015, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.  

“A forte restrição ao crédito no ano passado, a deterioração da qualidade do emprego e a queda da renda real impactaram diretamente no volume de vendas. Contribuíram para a retração do consumo a instabilidade política que permeou grande parte do ano passado e a inflação, prejudicando especialmente o segmento de supermercado, já que a escalada no preço dos alimentos pesou no bolso das famílias”, pontua o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova.

Os segmentos mais dependentes das compras a prazo foram os mais afetados. Com exceção dos hiper e supermercados (-7,3%), que sofreram com a alta dos preços já no atacado, os demais foram atingidos pelo encarecimento do crédito tanto para consumidores quanto para os empresários. 

Entre os setores, o ano foi difícil para a venda de livros, jornais, revistas e papelarias (-16,6%), o pior resultado entre os avaliados. Em seguida aparecem equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-14,1%) e eletrodomésticos (-12,7%). Os melhores desempenhos foram registrados nos outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,4%); móveis (3,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1%); e Tecidos, vestuário e calçados (-0,9%).




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