O Complexo Portuário do Itajaí encerrou o primeiro mês do ano com recuo de 6% na movimentação de cargas. Em janeiro foram registrados ao todo 87 atracações, sendo 23 escalas na APM Terminals, 58 atracações no terminal de uso privado (TUP) Portonave, em Navegantes, e seis atracações nos terminais a montante e no píer da Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí.
A movimentação de cargas somou 943.631 toneladas, sendo 152,27 mil toneladas na margem direita, com retração de 14%, e 770,58 mil toneladas na Portonave. O recuo verificado na margem esquerda foi de 7%. Em TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o Complexo operou 85,34 mil, com retração de 6%. A APM Terminals movimentou 13,88 mil TEUs na margem direita, 17% abaixo dos números registrados em janeiro do ano passado; e, em Navegantes, o TUP embarcou e desembarcou 71,45 mil TEUs, com retração de 4%.
Os resultados de janeiro, abaixo das mais conservadoras projeções, foi impacto do bloqueio na compra de carnes de frango congelado e de suínos feito pela Rússia, desde novembro de 2017. As importações por esses mercados continuam paradas, o que resultou numa queda nos embarques das cargas frigorificadas (Reefer). A expectativa é de que embate seja resolvido em breve, pois se trata de procedimentos comerciais entre países quanto a questões de valores nas compras dos produtos. No entanto, o número de escalas vem sendo mantido mediante o último semestre e início deste ano e oscila entre 80 a 90 atracações/mês.
Otimismo - Para o Superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Marcelo Werner Salles, apesar dos pouco animadores resultados verificados em janeiro, há uma boa expectativa de crescimento nas operações a partir de fevereiro e março, principalmente na margem direita. O otimismo de Salles é justificado pelo início de três novos serviços operados pela APM Terminals na margem direita, em fevereiro, o que deve dobrar a movimentação. Outro serviço, com destino à Ásia - que é um grande mercado para a produção brasileira, principalmente de carnes – também teve início no TUP Portonave, o que deve alavancar as operações da margem esquerda. Salles espera operar em março nos mesmos patamares de três anos atrás, 2015, quando a APMT movimentava 20 mil contêineres por mês.