06/05/2008 00:00
Escoamento da safra de soja movimenta terminais graneleiros
A chegada de caminhões carregados com soja em grãos já é constante em terminais graneleiros do Porto do Rio Grande. O escoamento da safra gaúcha começou no final de março e vem aumentando. No terminal Tergrasa, sábado, pela manhã, vários caminhões faziam fila para descarregar. Conforme o diretor-superintendente da Termasa-Tergrasa, Guillermo Dawson Jr., as cargas vêm de todo o Estado, de acordo com a programação de navios para exportação do produto. Os dois terminais receberam, em abril, 35 mil toneladas por dia. Até agora, já exportaram 580 mil toneladas e devem movimentar 3,8 milhões de toneladas do grão, até outubro ou novembro.
Dawson Jr. relatou que a qualidade do produto desta safra é muito boa. O volume total da soja gaúcha, da qual ainda tem uma pequena parte sendo colhida, teve quebra de 19%, por isso deve ficar em 7,4 milhões de toneladas. Se a estiagem não tivesse promovido essa quebra, chegaria a 9 milhões de toneladas. Além do Complexo Termasa/Tergrasa, os terminais da Bunge e da Bianchini também recebem parte da soja produzida no Estado. De acordo com a Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG), a previsão é de que o porto rio-grandino exporte 4,5 milhões de soja em grão este ano, considerando a quebra. Em 2007, o porto embarcou 5,3 milhões.
"As exportações estão ocorrendo tranqüilamente. Neste momento, estamos com 415 mil toneladas programadas", informou Dawson Jr. Segundo ele, atualmente, com o sistema de gerenciamento de cargas on line (Sistema Pampa), o movimento de caminhões na região do Superporto diminuiu bastante, pois o produto vem de acordo com a programação de navios. "A fila verificada sábado deveria ser para descarregamento no turno do meio-dia. O terminal tem quatro turnos de recebimento e as longas esperas de caminhões para descarga já não ocorrem. Quando não há navios para recebimento, o produto é armazenado", afirmou.
Os dois terminais têm capacidade para armazenar 502 mil toneladas. Um dos pontos positivos para a exportação desta safra, destacado por Dawson Jr., é o bom funcionamento do canal de acesso ao porto, que está desassoreado. A dragagem tem que ser feita a cada dois anos. A última foi realizada em 2006. "Até abril de 2009, tem que ocorrer outra dragagem, para que essas condições também se verifiquem na próxima safra", salientou.
Fonte: Jornal Agora