Os leilões de venda e concessão de ativos públicos à iniciativa privada realizados na Bolsa de Valores (B3) movimentaram R$ 85 bilhões no ano passado, com a negociação de 84 ativos.
Os destaques das operações realizadas na bolsa em 2022 foram a sétima rodada de leilões da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que ofertou a concessão de 15 aeroportos, entre eles o de Congonhas, em São Paulo, e a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), a primeira do setor de saneamento.
Segundo a B3, os processos licitatórios no ano passado foram responsáveis pela concessão de 2,9 mil quilômetros de rodovias à iniciativa privada. No setor de energia, que contou com R$ 19 bilhões em investimentos, os leilões garantiram a construção de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia elétrica e um desconto médio de 58% nos valores a serem pagos pelos municípios em iluminação pública.
Na área de saneamento, cerca de 34 municípios foram beneficiados, com R$ 8 bilhões em investimento. Além disso, seis parques, que recebem mais de 4 milhões de visitantes por ano, e duas linhas de metrô, que transportam mais de 1 milhão de passageiros por dia, foram concedidos.
“A B3 tem o compromisso de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país e atua, há mais de três décadas, no sentido de unir investidores do setor privado a bons projetos de infraestrutura”, disse Guilherme Peixoto, superintendente de processos licitatórios da B3. “Buscamos oferecer qualidade técnica, isenção e transparência para, ao lado de grandes parceiros, promover um ambiente de negócios qualificado”, complementou.
O volume financeiro do ano passado ficou abaixo do movimentado em 2021, quando 102 ativos públicos foram alienados ou concedidos à iniciativa privada e geraram mais de R$ 90 bilhões em investimentos.