A unidade Porto Alegre da Portos RS registrou o melhor mês de fevereiro de toda a sua história ao atingir a movimentação de 107.274 toneladas. O aumento contribuiu para também fazer deste o melhor primeiro bimestre de todos os tempos, com o total de 175.227 toneladas nos dois primeiros meses de 2024, um crescimento de 81.02% em relação ao mesmo período de 2022.
Nos primeiros 60 dias de 2024 passaram pelo cais comercial porto-alegrense 43 embarcações entre barcaças de navegação interior e navios de longo curso. Somente as cargas de trigo movimentaram 89.811 toneladas, sendo seguidas pelos fertilizantes (45.996t), pelo sebo bovino (20.879t), pela cevada (17.291t) e por cargas gerais (1.250t).
O Brasil lidera a lista dos países de origem das mercadorias desembarcadas na unidade durante o primeiro bimestre, com 89.721 toneladas, o equivalente a 58.64% do total. Na sequência, aparecem a Rússia (38.936t), Argentina (12.530t), Alemanha (7.060t) e o Uruguai (4.761t).
Já os embarques realizados no Porto de Porto Alegre tiveram, principalmente, os Estados Unidos como destino (21.559t) e também o mercado interno (570t). Em fevereiro, a Portos RS anunciou que planeja executar ainda em 2024 a obra de requalificação da pavimentação da área operacional da unidade, o que dará mais agilidade e segurança às operações.
Ao comentar os resultados obtidos pela unidade, o gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS, Fernando Estima, lembrou dos editais de novas áreas de arrendamento, da recuperação da sinalização náutica da hidrovia e das licenças operacionais obtidas junto à Fepam que colocam o Porto de Porto Alegre no caminho de um futuro ainda mais próspero.
“O mês de fevereiro é uma boa demonstração do quanto as empresas continuam apostando no Porto de Porto Alegre e do quanto a Portos RS continua apostando firmemente na hidrovia e no cais comercial de Porto Alegre”, afirmou Estima.
A unidade Porto Alegre da Portos RS registrou o melhor mês de fevereiro de toda a sua história ao atingir a movimentação de 107.274 toneladas. O aumento contribuiu para também fazer deste o melhor primeiro bimestre de todos os tempos, com o total de 175.227 toneladas nos dois primeiros meses de 2024, um crescimento de 81.02% em relação ao mesmo período de 2022.
Nos primeiros 60 dias de 2024 passaram pelo cais comercial porto-alegrense 43 embarcações entre barcaças de navegação interior e navios de longo curso. Somente as cargas de trigo movimentaram 89.811 toneladas, sendo seguidas pelos fertilizantes (45.996t), pelo sebo bovino (20.879t), pela cevada (17.291t) e por cargas gerais (1.250t).
O Brasil lidera a lista dos países de origem das mercadorias desembarcadas na unidade durante o primeiro bimestre, com 89.721 toneladas, o equivalente a 58.64% do total. Na sequência, aparecem a Rússia (38.936t), Argentina (12.530t), Alemanha (7.060t) e o Uruguai (4.761t).
Já os embarques realizados no Porto de Porto Alegre tiveram, principalmente, os Estados Unidos como destino (21.559t) e também o mercado interno (570t). Em fevereiro, a Portos RS anunciou que planeja executar ainda em 2024 a obra de requalificação da pavimentação da área operacional da unidade, o que dará mais agilidade e segurança às operações.
Ao comentar os resultados obtidos pela unidade, o gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS, Fernando Estima, lembrou dos editais de novas áreas de arrendamento, da recuperação da sinalização náutica da hidrovia e das licenças operacionais obtidas junto à Fepam que colocam o Porto de Porto Alegre no caminho de um futuro ainda mais próspero.
“O mês de fevereiro é uma boa demonstração do quanto as empresas continuam apostando no Porto de Porto Alegre e do quanto a Portos RS continua apostando firmemente na hidrovia e no cais comercial de Porto Alegre”, afirmou Estima.
A Logcomex, empresa que oferece tecnologia para o comércio exterior por meio de uma plataforma completa end-to-end, ajudando gestores a planejar, monitorar e automatizar o seu supply chain, tem uma série de vagas em aberto para profissionais de áreas diversas. Atualmente, a empresa conta com mais de 300 colaboradores e deseja aumentar o time.
De acordo com Helmuth Hofstatter, CEO e fundador da Logcomex, contar com uma equipe comprometida e talentosa é fundamental para o crescimento da empresa. “Sabemos também que, para inovar, ter uma cultura forte que possibilite um ambiente transparente e colaborativo é muito importante. Estamos recrutando profissionais que se encaixem nessa nossa forma de pensar e possam somar aqui dentro”, afirma.
Além de salários competitivos, a Logcomex oferece diversos benefícios, como auxílio home office, inglês in company, vale cultura, gympass e outros. “Também proporcionamos horário flexível, massagem in company, day off de aniversário e várias outras coisas para nossos colaboradores”, conta Hofstatter.
A Logcomex fica em Curitiba e a maioria das vagas é para trabalho híbrido na sede da empresa, entretanto, também há oportunidades para trabalho em home office ou híbrido em algumas posições.
Confira algumas das vagas disponibilizadas pela Logcomex:
Para ter acesso a todas as vagas e saber mais detalhes acesse: logcomex.gupy.io
Sobre a Logcomex
Criada em 2016, a Logcomex desenvolve soluções de tecnologia e oferece uma plataforma que auxilia as empresas no planejamento, monitoramento e automatização do supply chain global. A maior startup de comércio exterior do Brasil conta com aproximadamente 300 colaboradores, e está presente em mais de 11 países espalhados por cinco continentes.
A empresa oferece soluções como visibilidade em tempo real, eficiência na gestão de ponta a ponta da operação e informações estratégicas para negócios que atuam no comércio exterior. Para saber mais, acesse o site logcomex.com.
Sobre Helmuth Hofstatter
Empreendedor Endeavor, co-fundador e CEO da Logcomex, estudou administração e comércio internacional, possui mais de 20 anos de experiência no segmento de logística internacional, tecnologia e comércio exterior. É especialista em gestão de produtos e apaixonado por desenvolver soluções voltadas ao universo do comércio exterior. Desde 2016 lidera a empresa e é diretamente responsável pelos times de Tecnologia.
Um dos motores da economia catarinense, a indústria de proteína animal bateu novos recordes de produção de carne de frango e de suínos in natura em 2023. Os dados são da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais do IBGE, divulgados nesta quinta-feira (14) e levam em conta os abates de animais no estado no acumulado do ano passado.
Santa Catarina ampliou sua liderança no abate de suínos em 2023, com 29,5% do abate nacional. Foram abatidas mais de 16,9 milhões de cabeças, um aumento de 3,9% no comparativo com o ano anterior. O segundo lugar na produção de carne suína é do Paraná, com 21,2% do total produzido no Brasil, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 17%.
Para o presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, os números confirmam a força do parque agroindustrial catarinense e reforçam a necessidade de melhorias nas condições logísticas para o escoamento da produção e acesso aos insumos, especialmente na região Oeste. “Sem investimentos, corremos o risco de perder competitividade e ver esses números recuando. Não podemos deixar que SC perca a relevância mundial que tem no setor. A agroindústria é um grande patrimônio catarinense”, afirmou.
Nas exportações de carne suína, o estado também ampliou a liderança do ranking, com aumento de 8,5% no volume exportado no acumulado do ano passado. Em 2023, Santa Catarina foi responsável por 55,5% das vendas brasileiras do produto ao exterior, o equivalente a 603,7 mil toneladas. China, Filipinas e Chile foram os principais destinos das exportações de carne suína in natura.
Frango
A produção de carne de frango in natura em Santa Catarina em 2023 correspondeu a 13,4% do total nacional, com abates alcançando 841,5 milhões de cabeças. O aumento na produção foi de 5,1% no ano passado.
O volume das exportações cresceu 8,9%, para 966,85 mil toneladas e atingiu 20,4% do volume total de carne de frango in natura vendido ao exterior pelo Brasil. O Paraná liderou o ranking das exportações, com 42,5% do volume total e o Rio Grande do Sul ficou em terceiro, com 14,7% das vendas externas de carne de frango in natura em 2023.
Brasil
Os dados do IBGE mostram que em 2023 foram abatidas 57,17 milhões de cabeças de suínos, um aumento de 1,3% em relação ao ano de 2022. O montante representa um novo recorde desde 1997, quando a série histórica começou. Também bateram recorde histórico as exportações de carne suína, com pouco mais de 1 milhão de toneladas vendidas ao exterior. China, Hong Kong e Filipinas foram os principais destinos das exportações brasileiras.
Em relação ao abate de frangos, o Brasil registrou aumento de 2,8% em 2023 em relação ao ano anterior. A produção de carne de frango in natura alcançou 6,28 bilhões de cabeças. As exportações cresceram 8,4%, para 4,37 milhões de toneladas, recorde histórico.
A partir desta sexta-feira (15), aqueles que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023 deverão fazer a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2024. O prazo termina às 23h59 do dia 31 de maio.
Ao declarar o IRPF, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Mário Cezar de Aguiar, comenta que o contribuinte tem a oportunidade de destinar parte do imposto a fundos de apoio a crianças, adolescentes e idosos de Santa Catarina. “A destinação é um ato de cidadania. Você não pagará mais imposto, nem terá sua restituição diminuída e ainda ajudará a promover a transformação social em nosso Estado”, frisa, em vídeo compartilhado pelas redes sociais.
Até 3% do imposto devido podem ser destinados aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, e outros 3% aos Fundos dos Direitos da Pessoa Idosa. Eles financiam projetos que promovem e protegem os direitos de crianças, adolescentes e pessoas idosas. Existem em quase todos os municípios catarinenses.
Além do IRPF, a FIESC também incentiva o direcionamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) a projetos sociais desenvolvidos no Estado. Empresas que tributam por lucro real podem direcionar até 10% do imposto devido a projetos sociais de saúde, infância e adolescência, esporte, cultura, assistência a idosos e pessoas com deficiência.
No ano passado, projetos recomendados pela FIESC captaram R$ 16,7 milhões do IRPJ, um aumento de 64% frente aos R$ 10,2 milhões captados em 2022. A cada ano, se todas as empresas de Santa Catarina habilitadas fizessem a destinação, cerca de R$ 250 milhões poderiam ser aplicados em projetos sociais do Estado.
A pesquisa de intenção de compra para a Páscoa de 2024 apontou avanço na intenção de gasto médio dos consumidores de 34,5% frente ao ano anterior. Assim, a expectativa de gasto dos catarinenses será de R$ 228,42, o maior valor da série histórica. Em termos reais, ou seja, considerando a inflação acumulada nos últimos doze meses, essa intenção de gasto é 28,7% superior a de 2023, indicando que, de fato, os consumidores desejam comemorar a data comprando mais do que no ano passado.
As famílias catarinenses vêm com a melhor percepção de situação financeira da série histórica. 42,7% dos entrevistados declararam estar em situação financeira melhor do que no ano passado, 41,7% em igual situação e 15,5% indicaram estar em situação pior. A rigor, tal indicativo reforça a boa perspectiva para a data.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12) projeto de lei que viabiliza a isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) de valores até dois salários mínimos (R$ 2.842,00). A medida consta do Projeto de Lei 81/24, que será enviado ao Senado.
De autoria do líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), o projeto incorpora o texto da Medida Provisória 1206/24 sobre o mesmo tema.
O texto aprovado em Plenário é um substitutivo do relator, deputado Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT), que exclui trecho não constante na MP sobre permissão dada ao Poder Executivo para atualizar por decreto a tabela progressiva mensal do IRPF a partir de 2025 a fim de manter a faixa com alíquota zero igual a dois salários mínimos.
O projeto segue assim a redação igual à constante da MP, que tem força de lei e já está em vigor, prevendo isenção para rendimentos de até R$ 2.259,20 após a dedução do desconto simplificado de R$ 564,80 do valor de dois salários (R$ 2.824,00 menos R$ 564,80).
Embora o objetivo seja a isenção para essa faixa de rendimentos, a correção da primeira faixa também influencia os descontos no cálculo do imposto nas demais faixas de rendimento em função da progressividade da tabela. "Todo mundo que paga Imposto de Renda no Brasil será beneficiado por essa medida", disse o deputado Alencar Santana (PT-SP), vice-líder do governo, que relatou as mudanças do projeto no Plenário.
O reajuste da tabela passou a valer pela MP a partir de fevereiro deste ano e tem impacto orçamentário calculado em R$ 3,03 bilhões em 2024, de R$ 3,53 bilhões em 2025 e de R$ 3,77 bilhões em 2026.
Valor da isenção
Parlamentares da oposição criticaram o que classificaram como "estelionato eleitoral" da proposta, pois o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu isenção até R$ 5 mil durante a campanha para a Presidência de 2022. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) ressaltou, no entanto, que até o final do governo haverá isenção de R$ 5 mil.
Segundo o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), vice-líder da oposição, o governo traz uma “medida pífia” ao conceder a isenção abaixo da promessa eleitoral. Parlamentares da oposição chegaram a apresentar uma sugestão de mudança no projeto para ampliar a isenção, mas o texto foi mantido.
Já o deputado Bohn Gass (PT-RS) lembrou que, na campanha de 2018, o ex-presidente Jair Bolsonaro prometeu cinco salários mínimos de isenção no Imposto de Renda (o equivalente a atuais R$ 7.060) e não cumpriu a promessa.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
A partir de abril, Florianópolis passará a contar com uma rota aérea de carga para a Europa. O anúncio foi feito pela Latam Cargo e pelo Floripa Airport na Intermodal South América 2024, evento realizado em São Paulo até esta quinta (07). A rota será operada duas vezes por semana em aeronaves cargueiras Boeing 767-300F, com capacidade para mais de 50 toneladas.
O anúncio não especificou o aeroporto de destino no continente europeu, pois ainda depende da confirmação de slots.
Segundo a Latam Cargo, a nova rota irá agilizar o transporte de fármacos, cargas gerais, automotivas e peças de reposição em voos diretos entre as duas regiões.
Com a nova operação, o aeroporto de Florianópolis chegará a seis rotas internacionais de carga por semana. Além desta nova linha, a Latam Cargo já conta com três voos semanais para Miami, mesmo destino que é operado pela Avianca Cargo com um voo semanal.
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores de Santa Catarina (Fenabrave-SC), representante de 554 concessionárias no estado, divulgou o desempenho do setor automotivo em fevereiro de 2024.
Em fevereiro, foram licenciadas 15.704 unidades, contra 14.960 em janeiro, um crescimento de 4,97%.
Comparando o 1º bimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, observa-se um aumento de 26,74% nas vendas.
Em relação a fevereiro de 2023, o crescimento foi de 30,80%.
Máquinas agrícolas
Os dados de Tratores e Máquinas Agrícolas apresentam defasagem de um mês, pois dependem de levantamento junto aos fabricantes.
Em janeiro de 2024, houve uma queda de 42,94% em relação a dezembro de 2023 e 42,63% em relação a janeiro de 2023.
Segundo o diretor regional da Fenabrave-SC, Alfredo Breitkopf, o aumento de vendas em fevereiro foi expressivo, especialmente considerando os 19 dias úteis contra 22 em janeiro.
Se computadas as vendas por dias úteis, o incremento em fevereiro foi de quase 22%.
Ainda segundo Breitkopf, há expectativa de melhora no ambiente de oferta de crédito, projetando um ano positivo de vendas.
Os dados do primeiro bimestre, com aumento de 26,74% sobre 2023, demonstram essa perspectiva.
Hoje, segundo Detran SC, a frota circulante em Santa Catarina é de 5.987.436 veículos, sendo a maioria automóveis (3.261.241).
Fonte: Noticenter
A produção agropecuária bate recordes no Brasil, com o crescimento de 15,1% em 2023, o maior desde 1995, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária. O escoamento da produção, no entanto, ainda é um problema para o país. O transporte centrado no modal rodoviário, com carência de ferrovias e hidrovias, e a dificuldade de acesso aos portos, especialmente na metade norte do país, dificultam o escoamento e as exportações.
Dados da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que a soja e o milho, dois destaques na produção nacional, somaram, juntos, 286,5 milhões de toneladas em 2023. Grande parte da produção é proveniente das novas fronteiras agrícolas, acima do paralelo 16°S, que atravessa, na horizontal, do sul de Mato Grosso ao sul da Bahia. Para o agronegócio essa é a linha divisória de preferência de escoamento da safra de grãos.
Segundo a CNA, do total da safra de soja e milho, 197 milhões de toneladas foram produzidas na parte ao norte do paralelo, e 89 milhões na parte ao sul dessa linha. Quando se consideram as exportações, no entanto, a parte norte é responsável por 61,7 milhões de toneladas, contra 119,7 milhões de toneladas exportadas em portos da região ao sul.
— As regiões de novas fronteiras agrícolas envolvem o estado do Mato Grosso e o "Matopiba" [região formada pelo estado do Tocantins e parte dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia], que têm tido um grande destaque como produtores. Nessas novas fronteiras agrícolas, que ficam no mapa acima do paralelo 16, são produzidos 69% de toda a soja e o milho, mas escoamos pelos portos do Arco Norte, que vão do Amazonas até a Bahia, somente 34% — disse a assessora técnica da CNA Elisangela Pereira Lopes.
A assessora da CNA foi uma das participantes de audiência pública feita pela Comissão de Agricultura (CRA) na quarta-feira (6) para discutir os desafios para o escoamento da safra brasileira nos próximos anos. O debate foi requerido pelo senador Jaime Bagattoli (PL-RO), vice-presidente da comissão.
— Se nada for feito nos próximos dez anos, o Brasil já entrará em colapso porque nós não temos condições. (...) É muito difícil para nós produtores, porque além de nós estarmos preocupados "da porteira para dentro", temos que estar preocupados "da porteira para fora" — disse o senador.
Portos
Em 2013, o Congresso aprovou a medida provisória que deu origem à Lei dos Portos (Lei 12.815, de 2013). A principal mudança da lei foi a possibilidade de concorrência entre portos públicos e terminais privados. Dois anos depois, em 2015, começaram os leilões, que, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), somaram 48 até 2023.
A agência é responsável por regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de prestação de serviços de transporte aquaviário e de exploração da infraestrutura portuária e aquaviária no país.
Para o diretor da Antaq Alber Vasconcelos, não há gargalo logístico em relação ao número de portos no país. Ele afirmou que atualmente existem 162 instalações portuárias ao longo da costa brasileira.
— Foi muito feliz o legislador com o aperfeiçoamento da Lei 12.815, ao abrir a possibilidade de o setor privado — o empresário — investir no seu porto. Nós só conseguimos dar vazão a essa movimentação com as nossas autorizações nos portos privados, principalmente ali na região do Arco Norte, acima do paralelo 16, onde, em 2010, houve a movimentação de 11 milhões [de toneladas] e passamos para 100 milhões em 2023 — disse o diretor.
Outro aperfeiçoamento feito pelo Congresso em 2023 foi a ampliação, até 2028, do prazo do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto), previsto na Lei 14.787, de 2023. O Reporto prevê incentivos fiscais para investimentos em portos, como compra de máquinas e equipamentos. Esse regime especial permite que os beneficiados comprem equipamentos com desoneração de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS e Cofins e Imposto de Importação (II).
Hidrovias
A dificuldade de escoamento de parte da produção do país também é resultado de problemas com as vias de acesso aos portos. Foi o que ocorreu neste verão, com a seca severa que assolou os principais rios da região amazônica. O problema climático interrompeu o tráfego nos rios e parte da carga teve que ser desviada para o Sul e o Sudeste, gerando insegurança para produtores e investidores.
— A gente tem que olhar também, ter essa visão, de que a logística não significa simplesmente o porto. Eu tenho que chegar até o porto, então tem que ter os acessos. E não é só o rodoviário e o ferroviário, é o acesso aquaviário. Se você pegar os grandes países, os desenvolvidos, a matriz é basicamente 30-30-30, então você tem 30% na rodovia, 30% na ferrovia e 30% nas hidrovias. Hoje, aqui no Brasil, a parte hidroviária não ultrapassa 10% — disse o diretor da Antaq, segundo o qual já está em estudos a implantação de novos de trechos de hidrovias no país.
A gerente técnica da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Ana Paula Gadotti, afirma que é preciso investir em infraestrutura aquaviária, com levantamentos hidrográficos periódicos, gestão do tráfego, manutenção e sinalização náutica, além de implantação de estruturas de primeira resposta para incidentes ambientais, especialmente a Barra Norte do Rio Amazonas.
— Uma outorga hidroviária na região faria muito bem e poderia dar conta de todas essas obras e investimentos no local, para maior segurança da navegação dos navios que acessam nossos portos, das instalações portuárias e da carga do agronegócio principalmente — disse a representante dos portos privados.
Rodovias
Os problemas das rodovias que deveriam garantir o acesso aos portos também contribuem para a dificuldade do escoamento da safra. Um exemplo do entrave é a BR 163, que corta o Brasil de Norte a Sul e é um dos principais corredores logísticos do Arco Norte, responsável pelo escoamento de mais de 20 milhões de toneladas por ano, segundo a ATP.
Ana Paula Gadotti explica que a concessionária Via Brasil, responsável pela rodovia na parte que liga Mato Grosso ao Pará, tem como obrigação, por contrato, executar os acessos até as regiões dos terminais portuários às margens do Rio Tapajós. A concessionária, no entanto, não apresentou um cronograma detalhado para a execução dos acessos a dois portos. Apenas o acesso ao terminal de Mirituba está em andamento pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
— Os dois acessos para Santarenzinho e para Itapacurá ainda estão indefinidos, e a gente precisa de uma definição para poder ter essa segurança e essa previsibilidade no escoamento da carga. O que a gente sabe, de última informação, é que a concessionária ainda não apresentou o cronograma detalhado que tenha previsão de investimento nesses dois últimos trechos — disse.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), "houve uma melhora significativa nas rodovias brasileiras". No Arco Norte, as principais ações foram a melhoria da malha rodoviária e a intensificação e conclusão de obras estruturantes.
— Se levarmos em consideração só os corredores do agro, os principais investimentos, chegamos, em 2023, a um investimento de R$ 3,6 bilhões liquidados, contra R$ 1,98 bilhão em 2022. Nossa perspectiva para 2024 é alcançar R$ 4,7 bilhões nesses corredores — disse o diretor-geral do Dnit, Fabricio Galvão.
Outro resultado apresentado pelo órgão é a melhora do ICM, índice que mede a conservação e a manutenção das rodovias. O índice é calculado a partir de levantamento de campo, feito mensalmente pelo Dnit, e leva em conta aspectos da pavimentação e da conservação. De acordo com o diretor, no Arco Norte, o índice de rodovias com qualidade boa subiu de 52% em 2022 para 80% em 2023, um aumento de 2 mil quilômetros.
Ferrovias
Para o senador Wellington Fagundes (PL-MT), grande parte da produção ainda se perde nas rodovias não só por ineficiência na manutenção, mas também pela quantidade de acidentes. O senador defendeu o desenvolvimento do modal ferroviário e destacou a construção da primeira ferrovia estadual, em Mato Grosso.
— É a primeira ferrovia por autorização estadual do Brasil, e tudo isso só foi possível porque nós aqui aprovamos o marco regulatório das ferrovias, do qual todos nós participamos. Essa ferrovia está avançando de Rondonópolis rumo a Cuiabá, e também com outro ramal chegando até Lucas do Rio Verde — comemorou.
O Marco Legal das Ferrovias, citado pelo senador, foi aprovado pelo Congresso em 2021, para permitir à União autorizar a exploração de serviços de transporte ferroviário pelo setor privado em vez de usar concessão ou permissão. Alguns trechos vetados pelo então presidente Jair Bolsonaro foram retomados pelo Congresso em 2023, após a derrubada dos vetos.
A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) afirmou que é preciso ter todos os modais funcionando para que o agronegócio tenha condições de trabalhar. Ela criticou a suspensão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do projeto da Ferrogrão, ferrovia que ligará Sinop (MT) ao distrito de Miritituba (PA). A ferrovia é considerada uma importante via para escoar a produção agrícola do Centro-Oeste até os portos do Norte.
— Eu não quero que este país não dê certo, mas, às vezes, a gente fica até com dificuldade de acreditar quando vê esse tipo de coisa: o STF impedindo o estudo da Ferrogrão. Nós vamos ver outros entraves aí, mas temos que, com garra, com determinação, enfrentar — disse a senadora.
A decisão sobre a continuidade do projeto é esperada para o fim de março.
Felipe Fioravanti Kaufmann, 40 anos, é formado em Logística pela Univali (Universidade do Vale do Itajaí) e tem pós-graduação em Gestão Empresarial pela FGV. Atuou 20 anos no Grupo Maersk, sendo 10 anos na APM Terminals, na área comercial e de atendimento aos clientes em Itajaí (SC) e Pecém (CE).
“Meu propósito é consolidar e reforçar a cultura, a proposta de valor e a missão da empresa aproveitando esse momento favorável de investimentos. Vim para apoiar a alta direção e todo o time do Porto Itapoá buscando resultados e o crescimento sustentável para o Terminal”, afirma Kaufmann.