sexta, 19 de abril de 2024
19/04/2024

Entidades querem restringir a importação de leite


Mobilização contra o aumento do volume de importação de leite subsidiado, principalmente da Argentina, está sendo estimulada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc).

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, diz que os transtornos que a cadeia produtiva do leite tem enfrentado – estiagens, enchentes e excesso de importação – recomendam a formulação de uma nova política pública para o desenvolvimento do setor, priorizando a matéria-prima local e o trabalho dos produtores brasileiros.

Nesse sentido, “é muito importante que cada Estado tome uma iniciativa para reduzir a compra do leite de outros países em uma atuação coordenada do setor em todo País”. Alguns Estados elevaram a alíquota de 0% para 12% aos importadores de leite em pó e de 2% para 18% na venda de produto fracionado. Em  outros, os lácteos importados foram excluídos da cesta básica, com aumento de ICMS sobre o leite importado.

Pedrozo informa que a CNA está elaborando um estudo para a aplicação de direitos antidumping à Argentina, com o objetivo de proteger o setor lácteo nacional. O dirigente lembra  que a excessiva importação de leite iniciada no primeiro semestre do ano passado achatou a remuneração do produtor nacional, impactando negativamente a competividade do pequeno e médio produtor de leite. As importações brasileiras de lácteos da Argentina e do Uruguai, em 2023, praticamente dobraram.

O presidente observa que grande parte dos produtores rurais atua na área de lácteos e que a crise no setor derruba a renda das famílias rurais. A forte presença de leite importado no mercado brasileiro provocou queda geral de preços, anulando a rentabilidade dos criadores de gado leiteiro.

            Pedrozo defende um debate do setor produtivo com o Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar para a definição de medidas de fortalecimento da pecuária leiteira no País com foco no aumento da produção e no fortalecimento do pequeno e do médio produtor de leite. Dessa forma será possível estimular, simultaneamente, a produção e o consumo, abrangendo a redução da tributação, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo, além da utilização de leite e derivados de origem nacional em programas sociais.

            “Não podemos deixar nenhum produtor desamparado, por isso a mobilização das  Federações estaduais de agricultura e união de todo o setor são fundamentais para mudar o cenário de baixos preços pagos pelo litro de leite e altos custos de produção”, defende.

Pedrozo alerta que a crise na cadeia do leite afeta diretamente a agricultura familiar, levando milhares de produtores a abandonar a atividade, que já registra forte concentração da produção em Santa Catarina. “Talvez uma das soluções seja regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes”, sugere.



Blog

Mais de 800 mil pessoas participaram de algum curso do Progrid em 2020

            O Ailos é um Sistema de Cooperativas de Crédito que conta com mais de 1 milhão de cooperados espalhados pelas 13 cooperativas que compõem o sistema atuante no Sul do Brasil. Mesmo sendo uma cooperativa voltada ao crédito, o Ailos tem como prioridade as iniciativas educacionais, que é justamente um dos princípios do cooperativismo, buscando sempre impactar de forma positiva a vida de seus cooperados e da comunidade em que está inserido.

            Desta forma, diversas ações sociais e educacionais são realizadas ao longo dos anos. Um dos projetos de grande sucesso é o Progrid, que possui atuação presencial e no EAD. A plataforma possui mais de 185 cursos que abordam desde educação financeira até idiomas, apoio educacional para pais, contação de história para crianças, entre outros. Em 2019, o Progrid contou com a participação de mais de 650 mil pessoas tanto presencial quanto on-line, já em 2020, com mais pessoas acessando o digital, esse número subiu para quase 800 mil pessoas se aperfeiçoando.

“2020 foi um ano atípico, quando quem já usava a internet, passou a usar ainda mais, e quem ainda não estava no digital, precisou se adaptar e aprender mais sobre este universo. O Progrid foi a prova de que mais pessoas buscaram conhecimento durante este período, o que nos deixa com sensação de dever cumprido, além disso, vimos nesses cursos a oportunidade de ajudar as pessoas a estarem preparadas e buscarem a retomada econômica”, comenta Sulana Mara da Silva Wan-zuit, coordenadora da área de Educação Corporativa e Relacionamento com o Cooperado da Central Ailos.

          Dentre os cursos mais procurados na plataforma estão o de inglês básico, excel, gestão de finanças pessoais, libras, Cooperativismo: um movimento colaborativo e CooperaEduca- Cooperar e poupar também é coisa de criança.

“Temos o objetivo de criar mais conteúdos sobre educação financeira para o público infanto-juvenil; criar uma plataforma única de educação, onde os cooperados possam encontrar todas as nossas soluções, tanto para as capacitações presenciais quanto para as que são a distância. Uma outra novidade é que já está disponível tanto para dispositivos IOS e Android o App do PROGRID EAD. Assim como a plataforma, o App é totalmente gratuito e traz diversos benefícios como a facilidade de acesso aos cursos”,  destaca Sulana. Neste ano, pelo menos 12 novos cursos devem ser lançados no Progrid para toda a comunidade e 30 novos cursos exclusivos para cooperados.

 

Parceria Progrid e Fiesc

            Através da plataforma, o Ailos ainda firmou uma parceria com a Fiesc, apoiando o Movimento Santa Catarina pela Educação. A plataforma se tornou um canal de comunicação para as pessoas que estão em busca de emprego e as empresas que estão com vagas em aberto, ou seja, além da oferta de diversos cursos, proporcionando qualificação, a plataforma ainda ajuda na recolocação no mercado de trabalho.

 

Feira de Oportunidades e Dia de Cooperar

Além do Progrid, o Ailos realizou durante o ano diversas ações. A grande novidade ficou por conta da Feira de Oportunidades Digital. A Feira já é bem conhecida e movimentava as cidades, porém, com o isolamento social, o evento foi levado para o on-line e se mostrou um verdadeiro sucesso com 14.673 participações e quase R$ 50 mil em doações convertidas em cestas básicas.

            O Dia C (Dia de Cooperar), contemplou eventos online e também ações com foco na comunidade local, através da entrega de máscaras, álcool em gel, equipamentos e cestas básicas para as instituições que fazem parte da área de atuação das cooperativas, beneficiando mais de 130 mil pessoas. “Ficamos muito felizes com os resultados positivos de 2020 e agora em 2021 queremos seguir crescendo, investindo no digital e apoiando ainda mais o desenvolvimento das comunidades onde estamos presentes”, finaliza Sulana.

 

Sobre o Ailos

Constituído em 2002, Ailos é um Sistema de Cooperativas de Crédito e conta com mais de 1 milhão de cooperados, 1 Cooperativa Central, 13 cooperativas singulares, mais de 200 postos de atendimento e R$ 11 bilhões em ativos. Com atuação nos três estados do Sul do país, possui cerca de 4 mil colaboradores contribuindo e promovendo o crescimento sustentável e desenvolvimento social das comunidades onde atua. As cooperativas singulares que compõem o Ailos são: Acentra, Acredicoop, Civia, Credcrea, Credelesc, Credicomin, Credifoz, Crevisc, Evolua, Transpocred, Únilos, Viacredi e Viacredi Alto Vale.

Novo marco legal do câmbio pode favorecer entrada do Brasil na OCDE, avalia CNI

A aprovação do novo marco legal do câmbio, que ocorreu na última semana na Câmara dos Deputados, facilitará a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A OCDE é uma organização que reúne as economias mais industrializadas do mundo. A CNI divulgou um estudo que avaliou o impacto da medida aprovada quanto à movimentação de capitais, o comércio de serviços e os investimentos estrangeiros no País. 

O projeto ainda precisa ser apreciado pelo Senado, para então ir para sanção presidencial. Entre outros pontos, o novo marco legal do câmbio facilita o uso do Real em transações internacionais e abre espaço para bancos e instituições financeiras brasileiras investirem no exterior recursos captados no Brasil ou em outros países.



Fonte: Brasil 61

3 principais tendências de tecnologia que devem se difundir no Brasil ainda em 2021

*Por Giovanni Pacífico, diretor de vendas da Zyxel Brasil

Pode parecer tarde comentar sobre tendências para um ano que já começou, mas certamente, você também tem se perguntando o que está por vir e, com um longo caminho a ser percorrido antes de chegarmos ao tão sonhado período ‘pós-pandemia’, é importante lembrarmos que, no Brasil, o ano realmente começou agora, com a população finalmente sendo vacinada contra o coronavírus. A verdade é que a pandemia trouxe mudanças irreversíveis e só agora temos, mesmo que minimamente, certa perspectiva sobre como será 2021, especialmente no mundo dos negócios.

 

Do ponto de vista de tecnologia, principalmente após um período em que grande parte das pessoas se viram trabalhando de suas casas num forte movimento de transformação digital para as empresas, a difusão do trabalho remoto se torna óbvia. Mas quais outras mudanças se aplicam à nossa realidade e impactarão, de fato, a rotina dos brasileiros? Como traçar estratégias para os negócios levando em conta o que vem por aí? Para isso, podemos considerar as três principais tendências que ditarão as regras não só em 2021, como nos próximos anos.

 

  1. Segurança de dados fim a fim

Atualmente, os dados são vistos pelas empresas do mundo todo como os ativos mais importantes para seus negócios. Essas informações valem ouro e, por isso, é preciso garantir que não haja margem para roubos ou vazamentos. Com a entrega em vigor da LGPD (Lei geral de proteção de dados), o aumento dos crimes cibernéticos e os recentes vazamentos ocorridos no Brasil, isso se tornou ainda mais importante. Existe uma falsa impressão de que a adoção, pelas empresas, de ferramentas como VPNs ou a simples instalação de softwares antivírus sejam capazes de proteger uma rede, mas é fundamental a adoção de um conjunto de processos para trazer maior segurança para trafegar esses dados e mitigar riscos, desde a infraestrutura de rede até os inúmeros dispositivos conectados a ela.

 

  1. IoB (Internet of Behavior)

Outra forte tendência que deve desembarcar por aqui é a Internet do Comportamento. Como um desdobramento da Internet das Coisas (IoT) e das automações, tanto sob o aspecto industrial quanto residencial, a IoB deve direcionar as ações e os conteúdos que impactarão o consumidor a partir de seus próprios gostos e hábitos, reunindo dados que abrangem os mundos digital e físico. De acordo com o Gartner, a IoB pode combinar e processar dados de muitas fontes, incluindo dados comerciais de clientes, dados do cidadão processados pelo setor público e agências governamentais, mídia social, implantações de reconhecimento facial em domínio público e rastreamento de localização, o que se conecta diretamente à questão da relevância dos investimentos em cibersegurança e também deve nortear os próximos passos da LGPD, uma vez que envolve também o uso ético dessas informações.

 

  1. Infraestrutura 5G

Com o mercado de banda larga fixa extremamente aquecido também como reflexo da pandemia, o mercado de internet deve sofrer uma reviravolta em 2021, impulsionando, inclusive, novas aplicações em IoT, Big Data e tecnologias em nuvem, com o 5G funcionando também para o acesso à internet fixa. Já difundida em diversos países, mas com expectativas de chegar ao Brasil apenas no segundo semestre, a nova era banda larga trará conectividade muito superior, mantendo as operações online estáveis e sem interrupções, além de maior capacidade em relação ao número de dispositivos que poderão ser conectados à mesma rede, o que é extremamente vantajoso pois ajudará empresas a implementarem arquiteturas de dados escaláveis e em tempo real. Apesar das expectativas de implementação de alto custo para provedores, a migração da tecnologia GPON para XGSPON deve possibilitar o alcance de velocidades de até 10 GB, o que também impactará na cadeia de rede wireless, que deverá ser completamente atualizada para o Wifi-6.

 

Independente de qual seja a tendência, o que podemos avaliar é como, de alguma forma, todas elas convergem para a digitalização e se complementam. Ficar de olho nessas movimentações e no rumo dessas tecnologias pode ser essencial para trazer escalabilidade e otimizar processos em qualquer negócio. E a principal pergunta que fica é: estamos preparados para trazer essas novidades para dentro de nossas empresas?  Fugir da digitalização, sem dúvida, não é mais uma opção para quem deseja prosperar em um futuro bem próximo.

 
Após impacto do novo Coronavírus, Brasil retoma negociações com China

As importações brasileiras iniciam o ano em alta, e janeiro já apresenta um aumento de 8,3% na entrada de produtos importados do país, alcançando a marca de 15,933 bilhões de dólares em mercadorias. E a China, mais uma vez, se mantém como um dos principais parceiros do Brasil, já que o continente asiático respondeu por 37,7% das compras do Brasil, sendo o vendedor de 21,7% desses produtos. Apesar dos números, a balança da relação entre os dois países se mantém equilibrada, com o Gigante Asiático recebendo 28,3% dos produtos exportados pelo país.

“O Brasil hoje exporta quase 30% de tudo que produz para a China. Muitas empresas daqui também estão sendo ofertadas para empresas chinesas que querem entrar em ramos no Brasil, ou seja, os negócios oferecem diversas oportunidades para quem quer entrar no mercado entre estes dois países. É um caminho sem volta”, explica Claus Malamud, o Mr.China, especialista em comércio exterior que trabalha há mais de 20 anos com importação do Gigante Asiático.

Vale lembrar que a China já era o líder de crescimento mundial, mas, devido à pandemia, a fabricação de vários itens foi afetada e milhares de negócios foram encerrados. Agora, com a parcial reabertura do mundo e um controle da população rigoroso, diversos ramos estão se recuperando. “ É necessário que as pessoas entendam que a China não é uma ameaça e sim uma oportunidade, com questões que vão desde a ciência até a parceria entre mercados”, destaca Claus.

O especialista em mercado chines cita, ainda, as vantagens que as empresas brasileiras têm ao exportar para a China. “Acesso ao maior mercado consumidor do mundo quase 10 vezes maior do que o Brasil é o ponto forte. Os chineses gostam de produtos inovadores de outros países, mas é importante que seja feito um estudo do mercado para não cometer gafes”, explica.

Especialista em investimentos com certificação CEA/Anbima, Rodolfo Marques cita empresas que podem crescer com a reabertura do mercado Brasil x China

Rodolfo Marques, especialista em investimentos há mais de quatro anos, e educador financeiro certificado pela CEA / Anbima, elaborou uma lista na qual cita 10 empresas brasileiras que se beneficiam com a expansão da China. Confira abaixo:

-Suzano e Klabin (Papel e Celulose)

-JBS, BRF e Minerva (Proteína animal - Frigorífico)

-CSN, Vale, Gerdau (Minério de Ferro)

-Iochpe Maxion (líder mundial na produção de rodas)

-Weg (Indústria de motores e geradores)

 

“O que torna estas empresas atrativas é que suas matérias primas são fundamentais para essa expansão econômica chinesa. É um investimento mais arriscado, por se tratar de renda variável e de setores que são cíclicos, ou seja, dependem da performance da economia da China”, explica Marques, fundador do curso ‘Vamos pra Bolsa” e autor do livro “Perguntas e Respostas sobre Fundos Imobiliários”.

Setor de serviços de SC tem desempenho acima da média nacional em dezembro

O segmento de serviços em Santa Catarina teve crescimento acima da média nacional em dezembro. O volume subiu 4,3%, quando comparado ao mesmo período de 2019, segundo Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentada nesta quinta-feira, 11. 

Entre os 12 maiores estados, Santa Catarina ficou em primeiro lugar, sendo que no cômputo geral teve o sexto melhor resultado. Além disso, 16 estados e o DF apresentaram recuo nesta comparação. A média nacional ficou em -3,3% para o período.

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, embora SC tenha apresentado o sexto maior crescimento entre os estados em dezembro de 2020, quando comparado com dezembro de 2019, foi o estado que mais contribuiu positivamente para o resultado do mês seguido por Minas Gerais, em razão de seu peso (3,2%) na economia do país.

“Apesar do recuo nos índices nacionais, Santa Catarina apresenta dados positivos, resultado de ações de fortalecimento da economia e do trabalho em conjunto com o setor produtivo. O Governo de Santa Catarina vem fazendo um esforço grande no sentido de manter o estado com os melhores índices de empregabilidade e produção industrial, conforme mostram os números e que trazem a certeza de que seguimos trabalhando no caminho certo”, avalia o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon 

Diferentemente do comércio, que fechou o acumulado de 2020 com resultado positivo, o setor de serviços foi mais impactado pela pandemia por sua característica de maior interação pessoal. Estão inseridos os serviços de alojamento e alimentação, transportes, atividades de lazer, eventos, entre outras, todos impactados pelo distanciamento social. Ainda assim, apesar de uma melhora contínua desde maio, o volume de serviços do estado fechou o ano com um recuo de 4% em 2020, na comparação com 2019. Na média do país, a queda foi ainda maior, de 7,8%.

Das cinco atividades que compõem os indicadores de volume de serviços, a de profissionais, administrativos e complementares, que são os serviços prestados às empresas, foi a única que encerrou o ano com crescimento - variou 11%. Enquanto outros serviços ficaram praticamente estável (0,1%).

Tiveram desempenho negativo serviços prestados a famílias (-26,6%), de informação e comunicação (-6,1%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,7%).

A pesquisa traz, além dos indicadores do volume, os da receita nominal dos serviços. Também nesse caso Santa Catarina teve queda, embora menor (-3,2%), no acumulado de 2020.

Atividades turísticas sentem impactos da pandemia 

A pesquisa traz ainda indicadores de volume e da receita nominal das atividades turísticas de 11 estados e do Distrito Federal. Apesar de uma queda expressiva, (-30,6%) no volume dessas atividades, Santa Catarina apresentou o menor recuo entre todos os outros estados analisados. No Ceará, em São Paulo, no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, a queda superou 40%; no país foi de 36,7%.

Outro indicador do efeito da pandemia do novo coronavírus é que Santa Catarina teve, em dezembro de 2020, um recuo de 31,8% no volume de atividades turísticas. 

Caixa paga abono salarial para nascidos de março a junho

A Caixa Econômica Federal paga hoje (9) o abono salarial 2020/2021 – ano-base 2019 - para os trabalhadores nascidos no período de março a junho. Mais de 7,5 milhões de trabalhadores terão direito ao saque do benefício nessa etapa do calendário, totalizando mais de R$ 5,9 bilhões em recursos disponibilizados.

Clientes da Caixa recebem o dinheiro na conta. Para quem não é cliente do banco, foi aberta uma conta poupança digital, gratuitamente, a mesma usada para pagar o auxílio emergencial. As poupanças digitais podem ser movimentadas pelo aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), boletos bancários, compras com cartão de débito virtual pela internet e compras com código QR (versão avançada do código de barras) em estabelecimentos parceiros.

Nos casos em que o valor do abono não possa ser creditado em conta existente ou na poupança digital, o trabalhador poderá realizar o saque com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e nos Correspondentes Caixa Aqui, bem como nas agências. Nesse caso, os recursos estarão disponíveis na quinta-feira (11).

O saque pode ser realizado até 30 de junho. Em todo o calendário de pagamentos do exercício 2020/2021 do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS), a Caixa disponibilizará R$ 17 bilhões para 22,2 milhões de trabalhadores.

Antecipação

Na semana passada, o governo federal antecipou o pagamento do abono para os nascidos em maio e junho, que receberiam os valores somente a partir do dia 17 de março. Com a antecipação do calendário, esses beneficiários receberão com os nascidos em março e abril.

A antecipação também vale para os funcionários públicos ou trabalhadores de empresas estatais e, nesse caso, o calendário é de acordo com o dígito final do número de inscrição do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A partir de 11 de fevereiro, o crédito ficará disponível para saque para inscritos com final 6 e 7, como no calendário original, e para aqueles com final 8 e 9, que serão antecipados. O Pasep é pago pelo Banco do Brasil e quem é correntista da instituição também já recebe os recursos nesta terça-feira (9).

Quem tem direito

Tem direito ao abono salarial 2020/2021 o trabalhador inscrito no PIS há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2019, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou e-Social, conforme categoria da empresa. Recebem o benefício na Caixa os trabalhadores vinculados a entidades e empresas privadas.

As pessoas que trabalham no setor público têm inscrição no Pasep e recebem o benefício no Banco do Brasil. Nesse caso, o beneficiário pode optar por realizar transferência para conta de mesma titularidade em outras instituições financeiras, nos terminais de autoatendimento do BB ou no portal www.bb.com.br/pasep, ou ainda efetuar o saque nos caixas das agências. Para o exercício atual, o banco identificou abono salarial para 2,7 milhões de trabalhadores vinculados ao Pasep, totalizando R$ 2,57 bilhões.

Abono 2019/2020

Os trabalhadores que não sacaram o abono salarial do calendário anterior, de 2019/2020 – ano-base 2018, finalizado em 29 de maio do ano passado, ainda podem retirar os valores. O prazo vai até 30 de junho deste ano e o saque pode ser feito nos canais de atendimento com cartão e senha Cidadão, ou nas agências da Caixa.

A consulta sobre o direito ao benefício, bem como ao valor à disposição, pode ser feita por meio do aplicativo Caixa Trabalhador, pelo atendimento Caixa ao Cidadão (0800-726-0207) e no site www.caixa.gov.br/abonosalarial.

No caso do Pasep, os recursos ficam disponíveis para saque por cinco anos, contados do encerramento do exercício, de acordo com decisão do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Os abonos não sacados são transferidos automaticamente para o próximo exercício, sem necessidade de solicitação do trabalhador.

 

Pagamentos com cartões movimentam R$ 2 trilhões em 2020, diz Abecs

Os pagamentos feitos pelos brasileiros com cartões de crédito, débito e pré-pagos chegaram aos R$ 2 trilhões em 2020, o que corresponde a um crescimento de 8,2% na comparação com o ano anterior, segundo balanço divulgado hoje (9) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Entre as modalidades de pagamento, o uso do cartão de débito teve desempenho acima da média em 2020, chegando a R$ 762,4 bilhões, com crescimento de 14,8%. O cartão de crédito registrou R$ 1,18 trilhão em transações, com alta de 2,6%. Já o cartão pré-pago movimentou R$ 45,3 bilhões e cresceu 107,4% no ano passado.

Para a entidade, apesar da pandemia da covid-19 e de seus efeitos para o país, o resultado superou as expectativas de desempenho do setor, mostrando forte recuperação no segundo semestre.

“Tivemos um ano atípico, como a maioria dos segmentos, mas conseguimos encerrar o período com alta de mais de 8%. Apesar dos desafios, o setor mostrou sua capacidade de inovação e inclusão, ajudando consumidores e lojistas a viabilizarem suas transações com a conveniência e a segurança dos pagamentos digitais, via e-commerce, carteiras digitais, aplicativos, transações sem contato, entre outras modalidades”, analisou o presidente da Abecs, Pedro Coutinho.

O balanço mostrou que ao todo foram feitas 23,3 bilhões de pagamentos com cartões ao longo do ano, 3,6% a mais do que no ano anterior. Os gastos de brasileiros no exterior caíram 60% e registraram o menor resultado em 16 anos, de US$ 3,46 bilhões (R$ 16,8 bilhões). Já as compras feitas por estrangeiros no Brasil caíram 48,3%, somando US$ 2,16 bilhões (R$ 10,6 bilhões).

De acordo com os dados, com o a adesão maior dos consumidores ao comércio online por causa da pandemia e do isolamento, houve aumento de 32,2% no ano, um movimento de R$ 435,6 bilhões no uso dos cartões na internet, em aplicativos e outros tipos de compras não presenciais.

Os pagamentos por aproximação, modalidade que permite o pagamento sem contato físico com a máquina de cartão, aumentou 469,6% na comparação com 2019, atingindo R$ 41 bilhões em transações. O mais usado nessa função foi o cartão de débito, com R$ 19,5 bilhões, seguido pelo cartão de crédito, com R$ 18,8 bilhões, e pelo cartão pré-pago, com R$ 2,7 bilhões.

Localiza oferece 30 mil bolsas gratuitas para formação de desenvolvedores em todo Brasil

A Localiza avança em mais uma iniciativa para capacitação de profissionais de tecnologia no Brasil, o #MeuFuturoÉTech, que oferece 30 mil bolsas gratuitas para formação online de desenvolvedores no Brasil. Qualquer pessoa acima de 16 anos pode participar das capacitações, que serão realizadas online em três frentes - cada uma direcionada uma linguagem de programação específica. Os alunos que mais se destacarem terão, ainda, a oportunidade de fazer parte do Localiza Labs, laboratório de tecnologia da Localiza. A primeira fase irá abordar a linguagem .NET e tem carga horária 90 horas. As inscrições poderão ser feitas até 28 de fevereiro no link https://orbi.co/techboost e os alunos podem iniciar as aulas assim que finalizarem seu cadastro.

#MeuFuturoÉTech integra o Órbi Academy Techboost, programa realizado pelo Órbi Conecta, startup de inovação. Em parceria com Localiza, MRV e Banco Inter, busca ampliar a oferta de profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho. Juntas, as três empresas oferecem, até o final de 2021, 100 mil bolsas gratuitas de formação de desenvolvedores.

Reforçando seu papel de empresa cidadã e que tem na diversidade uma estratégia de negócio, a Companhia está divulgando de forma proativa o programa em universidades, organizações sociais parceiras da Companhia e de instituições representativas de grupos minoritários, como negros, mulheres, pessoas com deficiência, migrantes, LGBTI+ e profissionais com mais de 50 anos.

A iniciativa contribui, dessa forma, no fomento à diversidade no mercado de Tecnologia e na democratização do acesso à educação para futuros desenvolvedores. "Temos no Localiza Labs um time colaborativo, que trabalha com as mais novas tecnologias do mercado, e que tem crescido exponencialmente nos últimos anos", afirma André Petenussi, CTO da Localiza. Para o executivo, ainda mais relevante é o esforço de semear novas habilidades em milhares de pessoas para que se sintam estimuladas a se desenvolver profissionalmente no mercado de tecnologia, que ainda vai evoluir bastante no país.

Formação

Os cursos serão ministrados pela DIO, startup de formação de desenvolvedores de São Paulo, e têm duração entre três e quatro meses. Cada bootcamp terá um nível de dificuldade estabelecido de acordo com a sua carga horária e trabalhará uma habilidade específica - NET, Mobile e React. As trilhas de aprendizado, os desafios e os projetos ao longo do programa são personalizadas para cada ciclo.

Todo percurso do aluno durante o Programa será acompanhado de perto pelas lideranças do Localiza Labs, que farão lives e outras ações de engajamento e mentoria das turmas. Além das disciplinas técnicas, serão evidenciadas também pílulas de aprendizado sobre o negócio da Localiza, o mercado de mobilidade e como a tecnologia é fundamental para os resultados de uma empresa. "Estaremos juntos dos alunos a todo momento para que eles tenham uma formação completa e conheçam o incrível mundo da mobilidade", completa Petenussi.

Como se inscrever

Os interessados em participar do Programa da Localiza do Órbi Academy Techboost devem entrar no link do programa, clicar em "Inscrições" e, em seguida, no Bootcamp Localiza. O candidato deve fazer seu cadastro e, então, está pronto para começar seu curso.

Conheça mais o programa

Com um time em amplo crescimento, o Localiza Labs enxerga na iniciativa uma oportunidade de atrair novos talentos que ampliem a diversidade das equipes, contribuindo para a construção de soluções de mobilidade cada vez mais aderentes às atuais demandas da sociedade. Para apresentação do programa, foi realizada uma live com a participação de lideranças de tecnologia da Localiza, que pode ser acessada no link: https://yaniyangetexege.i-mpr.com/1=EWNzAzY5ojci5SbvNmLhJ3b0lGZlRnYAN3bsJXYjpzN2MTOwkDMyIjON1mawhUZBBVZttGRzUidGNTJoNGdhdnRyUSbvNmLlJWd0V3b55yd3dnRyUiRyUSQzUycwRHdopTO

Petrobras aumenta preço da gasolina em cerca de 8% nas refinarias

A Petrobras anunciou hoje (8) um aumento de cerca de 8% no preço da gasolina a ser vendido pelas refinarias para as distribuidoras. Com isso, o preço médio do litro do combustível subiu R$ 0,17 e passará a ser de R$ 2,25 a partir de amanhã (9).

Já o óleo diesel aumentou cerca de 6% (R$ 0,13 por litro) e passará a custar R$ 2,24 também a partir de amanhã (9).

O GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de botijão, também terá aumento no preço: cerca de 5% (R$ 0,14 por kg). Com o reajuste do preço, o gás de botijão passará a custar 2,91 por kg (ou R$ 37,79 por 13 kg).

“Importante ressaltar que os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, informa nota divulgada pela empresa.

GRUPO GR anuncia novo Diretor de Operações

O Grupo GR promoveu Vinicius Freitas ao cargo de Diretor de Operações. O profissional foi contratado, em 2018, como Gerente Regional. No ano seguinte, foi promovido a Superintendente de Operações e agora passa a ocupar a diretoria de operações da empresa.

Freitas já havia trabalhado no grupo previamente, de 2013 a 2017, como Gerente de Filiais e, depois, como Gerente de Planejamento e Controle Operacional. O profissional também tem passagens pela Liq, Teleperformance Brasil e G4S Brasil.

A promoção do executivo reforça a oportunidade de crescimento que o GRUPO GR proporciona a seus 11 mil funcionários, num ambiente de trabalho cada vez mais digital e integrado.

2° Prêmio de Inovação da Acibalc reconhece empresas e órgãos públicos da região

Na última quinta-feira, 4, a Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc), realizou a entrega do 2° Prêmio de Inovação da Acibalc. A premiação tem como objetivo incentivar e reconhecer os esforços bem sucedidos de inovação das empresas e órgãos públicos que atuam na região da Amfri e contou com cinco categorias. O evento restrito aos finalistas, aconteceu no Marina Beach Towers seguindo os protocolos de segurança da Covid-19.

Os vencedores foram reconhecidos nas categorias de Gestão e Processos, Produtos ou Serviços, Modelo de Negócio, Gestão Pública e Combate ao Covid-19. Cada vencedor recebeu um troféu exclusivo, idealizado pelo Vice-Presidente de Inovação e Criatividade, Marcos Aurélio Petrelli, além de um ano de isenção na mensalidade da Acibalc, 36 horas de capacitação em cursos de curta duração, divulgação do case durante o período de 12 meses e 20 horas de consultorias grátis a serem escolhidas dentre as expertises do Núcleo de Consultores da Acibalc.

De acordo com o Presidente da Acibalc, Héderson Cassimiro, o prêmio propaga o conceito de inovação como uma estratégia competitiva para as empresas e os órgãos públicos de onze municípios da região. “Temos por hábito entender a inovação como algo grandioso e de outro mundo, mas nada mais é do que você fazer de um jeito diferente, algo que precisa ser feito de forma mais eficiente e transformadora dentro da empresa”, ressalta.

O Prêmio de Inovação é uma iniciativa da vice-presidência de Inovação da Acibalc e conta com o apoio da Amfri, Conjel Contabilidade, Credifoz, Sibara Flat Hotel & Convenções, UniAvan, RZ Mídias, Sicoob MaxiCrédito, Grupo Preze, Clínica São Lucas e dos coletivos BC Criativo, Costa Valley, PoloTech, Centro Regional de Inovação e Fapesc.

Conheça os vencedores de cada categoria:


Gestão Pública - Prefeitura de Itajaí
Modelo de Negócio – Onexo
Combate ao Covid-19 – UniAvan
Gestão e Processos - Linkmesh
Produtos ou Serviços - Uniinova

Governo antecipa abono salarial para nascidos em maio e junho

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) antecipou o pagamento do abono salarial 2020/2021, ano-base 2019, para os trabalhadores da iniciativa privada nascidos em maio e junho. Os recursos, que estariam disponíveis apenas em 17 de março, serão transferidos em 11 de fevereiro, junto com o pagamento daqueles nascidos em março e abril.

A resolução com o novo calendário foi publicada hoje (5) no Diário Oficial da União.

A Caixa Econômica Federal depositará o dinheiro na conta corrente informada pelo trabalhador ou na conta poupança digital, usada para pagar o auxílio emergencial, para quem não é cliente do banco. As poupanças digitais podem ser movimentadas pelo aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), boletos bancários, compras com cartão de débito virtual pela internet e compras com código QR (versão avançada do código de barras) em estabelecimentos parceiros.

A resolução desta sexta-feira também antecipa o pagamento do abono salarial para os funcionários públicos ou trabalhadores de empresas estatais, nesse caso, o calendário é de acordo com o dígito final do número de inscrição do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A partir de 11 de fevereiro, fica disponível o crédito para inscritos com final 6 e 7, como no calendário original, e para aqueles com final 8 e 9, que serão antecipados. O Pasep é pago pelo Banco do Brasil.

Para os trabalhadores que são correntista da Caixa, no caso do PIS, ou do Banco do Brasil para o Pasep, o crédito em conta será feito a partir de 9 de fevereiro.

Os trabalhadores que nasceram entre julho e dezembro receberam o abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) em 2020. Os nascidos em janeiro e fevereiro tiveram o recurso disponível para saque no mês passado.

Os servidores públicos com final de inscrição do Pasep entre 0 e 4 também receberam em 2020 e com final 5 em janeiro deste ano. O fechamento do calendário de pagamento do exercício 2020/2021 acontece em 30 de junho.

Quem tem direito

Tem direito ao abono salarial 2020/2021 o trabalhador inscrito no PIS há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2019, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou e-Social, conforme categoria da empresa.

Recebem o benefício na Caixa os trabalhadores vinculados a entidades e empresas privadas. Em todo o calendário 2020/2021, a Caixa deve disponibilizar R$ 15,8 bilhões para 20,5 milhões trabalhadores.

As pessoas que trabalham no setor público têm inscrição no Pasep e recebem o benefício no Banco do Brasil. Nesse caso, o beneficiário pode optar por realizar transferência para conta de mesma titularidade em outras instituições financeiras, nos terminais de autoatendimento do BB ou no portal www.bb.com.br/pasep, ou ainda efetuar o saque nos caixas das agências. Para o exercício atual, o banco identificou abono salarial para 2,7 milhões de trabalhadores vinculados ao Pasep, totalizando R$ 2,57 bilhões.

Abono 2019/2020

Os trabalhadores que não sacaram o abono salarial do calendário anterior, de 2019/2020, finalizado em 29 de maio do ano passado, ainda podem retirar os valores. O prazo vai até 30 de junho deste ano e o saque pode ser feito nos canais de atendimento com cartão e senha Cidadão, ou nas agências da Caixa.

A consulta sobre o direito ao benefício, bem como ao valor à disposição, pode ser feita por meio do aplicativo Caixa Trabalhador, pelo atendimento Caixa ao Cidadão (0800-726-0207) e no site.

No caso do Pasep, os recursos ficam disponíveis para saque por cinco anos, contados do encerramento do exercício, de acordo com decisão do Codefat. Os abonos não sacados são transferidos automaticamente para o próximo exercício, sem necessidade de solicitação do trabalhador.

Governo enviará ao Congresso projeto que fixa ICMS sobre combustíveis

Publicado em 05/02/2021 - 14:36 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (5) que deve enviar ao Congresso um projeto de lei complementar para fixar a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual, sobre o valor do combustível aos consumidores. De acordo com ele, outra proposta é que o ICMS seja cobrado sobre o preço dos combustíveis na refinaria, e não no preço médio nas bombas, como é feito atualmente.

“Nós pretendemos ultimar um estudo e, caso seja juridicamente possível, apresentaremos [o projeto] ainda na próxima semana, fazendo com que o ICMS venha a incidir sobre os preços dos combustíveis nas refinarias ou que tenha um valor fixo para o álcool, a gasolina e o diesel. E quem vai definir esse percentual ou valor fixo serão as respectivas assembleias legislativas [de cada estados]”, explicou o presidente.

Bolsonaro reuniu-se, na manhã desta sexta-feira, com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e diversos ministros para discutir preço dos combustíveis e formas de reduzi-lo ao consumidor, em especial em decorrência dos impactos no transporte de cargas, que afetam os caminhoneiros. Desde o início do ano, a Petrobras reajustou duas vezes o preço da gasolina e uma vez o preço do diesel. No caso da gasolina, a alta acumulada nas refinarias foi de cerca de 13%, enquanto o óleo diesel teve aumento de 4,4%.

Desde 2016, a Petrobras segue uma política de variação do preço dos combustíveis que acompanha a valorização do dólar e a cotação do petróleo no mercado internacional. Os reajustes são realizados de forma periódica e, de acordo com Castello Branco, essa é a melhor forma de manter a estabilidade econômica. “Fazer diferente disso foi desastroso no passado. A Petrobras perdeu US$ 40 bilhões e os efeitos se espalhou para o restante da economia, contribuiu para piorar a percepção de risco do Brasil, o que tem reflexo nas taxas de câmbio, juros e inflação e desestimula os investimentos”, disse.

Depois da definição dos preços nas refinarias, na composição final do diesel, por exemplo, cerca de 9% são impostos federais (PIS e Cofins) e 14% são de ICMS. Os demais custos, segundo dados da própria Petrobras, são distribuição e revenda (16%), custo do biodiesel (14%) e realização da estatal (47%). Com isso, o valor final ao consumidor chega a ser o dobro do das refinarias.

Por outro lado, quando a Petrobras reduz o preço, nem sempre este é repassado ao consumidor, diz Castello Branco. Segundo ele, de janeiro a maio do ano passado, a empresa reduziu em 40% os preços dos combustíveis na refinaria, mas, nos postos a redução foi só de 14%.

De acordo com Bolsonaro, o projeto em estudo visa dar transparência e previsibilidade ao consumidor sobre o preço final dos combustíveis, como é feito com o PIS/Confins, que tem o valor fixo de R$ 0,35 sobre o diesel, enquanto o ICMS é variável, e cada estado decide o seu valor. A média nacional da alíquota de ICMS sobre o diesel é em torno de 16%, com variação de 12% a 25% entre os estados.

Além disso, se a opção for a cobrança de ICMS sobre o valor nas refinarias, isso evitaria a bitributação e reduziria o preço final aos consumidores, já que o valor que chega nas bombas tem o peso dos impostos federais e demais custos, acrescentou Bolsonaro. “Se o ICMS incide no preço da bomba, estão cobrando ICMS de PIS/Confins também, imposto em cima imposto, uma bitributação.”

Redução do PIS/Cofins

O governo federal também estuda a redução do PIS/Confins sobre combustíveis como compensação ao aumento da arrecadação. A previsão da equipe econômica é de crescimento do PIB em torno de 3,5% neste ano, o que, de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, pode ser repassado à população em forma de desoneração de impostos, gradualmente.

“Como o Brasil começa a retomar o crescimento, os parâmetros fiscais mostram uma arrecadação crescente, e realmente tem acontecido isso. Então, em vez disso se transformar em aumento de arrecadação para o governo federal, podemos desonerar cada vez mais esse impostos”, disse Guedes. “Ele [Bolsonaro] gostaria de zerar esse imposto federal [PIS/Cofins], hoje em R$ 0,35 por litro de diesel, só que cada centavo são R$ 575 milhões [a menos em arrecadação]. Então, isso exige uma compensação pelo compromisso de responsabilidade fiscal”, completou.

Ainda de acordo com Guedes, o governo não vai esperar a reforma tributária, que deve levar em torno de seis meses para ser aprovada no Congresso. A decisão, segundo ele, sairá em até duas semanas. “Não vai dar para esperar a reforma. Vamos rever os parâmetros de crescimento da economia deste ano e, se tiver um aumento substancial, nós podemos atuar em uma ou duas semanas nessa direção. Esses são os estudos que estão sendo conduzidos”, disse.

 

SIDERÚRGICAS BRASILEIRAS AUMENTARAM OS PREÇOS DO AÇO 30% EM 2021 E ABIMAQ CONSIDERA ABUSIVO O REAJUSTE

A disparada no preço do aço cobrado pelas siderúrgicas brasileiras se assemelha a um cartel muito bem organizado. Os aumentos sucessivos e em conjunto nos preços do aço parecem uma roda de jamanta na banguela. Ninguém segura. A construção civil é a maior consumidora de aço do Brasil. A indústria de petróleo e gás é outra grande compradora do insumo. Ambas estão sofrendo muito. Já a indústria de máquinas, segunda maior consumidora de aços do país, nem se fala. Ela adquire quase 28% da produção das siderúrgicas. Para lembrar, existem quase 320 tipos de aços diferentes, longos, planos, chapas, laminados a frio e a quente, forjado, fundido, inox, entre outros. Por isso não é simples identificar quanto e que tipo de aço teve essa ou aquela variação. Mas por uma média pode se chegar a um termo.

Além de todos estes aspectos, o mercado do aço no Brasil tem uma característica. Nem todo consumidor compra o produto diretamente das grandes siderúrgicas brasileiras, como ArcelorMittal, Ternium, Usiminas, Gerdau, CSN etc. As siderúrgicas vendem apenas para os grandes compradores. Os distribuidores vendem para os pequenos e médios consumidores. O Petronotícias conversou sobre o problema que o mercado está vivenciando com Presidente-Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas (ABIMAQ), José Velloso (foto): “Se nós fizermos uma média no aumento dos preços de dezembro de 2019 a dezembro de 2020, as siderúrgicas aumentaram o preço, em média, de 45% a 65%, dependendo do tipo de produto e das próprias siderúrgicas. Já nas distribuidoras, o aumento foi 85% a 105% em apenas um ano. Agora em 2021, as siderúrgicas aumentaram em média 30%. Isso é um baque. Pegou a todos nós de surpresa. Vejam o aumento no acumulado de dezembro de 2019 até o início de fevereiro. A maior parte da indústria de máquina é de pequenos e médios. Eles não têm para onde correr. São aumentos abusivos. Isto é um absurdo”, declarou.

 

O presidente da associação relembra que os aumentos sucessivos no preço do aço começaram um pouco após a pandemia do coronavírus chegar ao Brasil. “As siderúrgicas desligaram os altos fornos pouco antes da pandemia, prevendo uma queda no consumo. Efetivamente, houve uma pequena queda em março de 2020 e uma queda maior em abril. Mas já em maio, o mercado começou a retomar. As siderúrgicas aproveitaram uma oportunidade, com muita demanda e pouco produção. Daí os aumentos sucessivos”, lembrou.

Diante desse cenário, Velloso afirma que a ABIMAQ já procurou as siderúrgicas para discutir a atual situação. “Em setembro do ano passado fizemos uma grande reunião muito produtiva, também com a participação das grandes distribuidoras. Ficou acertado que os 13 altos fornos que foram desligados seriam religados. E também nos foi prometido que, em fevereiro deste ano, o mercado já estaria normalizado. Mesmo assim, os preços continuaram subindo e agora levamos esta pancada. Somente este ano, vimos um aumento médio de 30% nas siderúrgicas”, lamentou.

O Ministério da Economia foi consultado para comentar e apontar as razões desse descontrole total nos preços. Mas, apesar da promessa, não nos enviou explicações. No fundo, o empresariado brasileiro está conhecendo na prática o que significa a expressão “comendo o pão que o diabo amassou”. Os projetos estão indo embora do país. A Vale já fechou pacotes enormes diretamente com empresas na China; as plataformas P-78 e P-79 da Petrobrás irão direto para a Coreia do Sul e, pelo andar da carruagem, as coisas não vão parar por aí. Além disso, o câmbio favorável, que poderia beneficiar as exportações, está sendo neutralizado com esse preço do aço. Não tem saída.

Procuramos também ouvir o CADE, mas o órgão tirou o corpo fora: ” Não é atribuição legal do Cade fiscalizar os preços praticados em qualquer setor da economia nacional, uma vez que a liberdade de preços é a regra no Brasil conforme os princípios constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência. O Cade pode passar a monitorar o comportamento de determinado mercado a partir da existência de indícios de infração à ordem econômica.”  Em uma situação como esta, o governo deveria atacar o imposto de importação do aço tendo como contraposição à importação de bens prontos sem o imposto ou com imposto menor. As siderúrgicas geram muitos empregos, claro, mas as metalúrgicas e caldeirarias geram muito mais e, se elas morrerem, serão outros milhares de empregos destruídos. Esses aumentos desenfreados não são uma questão apenas de competitividade, mas de condições desiguais.

Vejam o exemplo do resultado financeiro da Gerdau no terceiro trimestre de 2020, em plena pandemia: a empresa alcançou lucro líquido de R$ 795 milhões. Por sua vez, a receita líquida da companhia somou R$ 12,2 bilhões nesse período, 23% a mais em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, com as vendas físicas de aço totalizando 3,2 milhões de toneladas, uma alta de 4%. Isso em plena pandemia. Apesar desta realidade, as entidades que representam as pequenas, médias e grandes indústrias são as mesmas que representam também as grandes siderúrgicas. Talvez por isso, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), que foram provocadas para emitir uma opinião sobre o tema, abriram mão de defender seus associados.

Faturamento da indústria sobe em dezembro, diz CNI

Os Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que o faturamento da indústria de transformação subiu 1,6% em dezembro de 2020 na comparação com novembro. Mesmo com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), as vendas reais encerraram o ano com alta de 0,8% em relação a 2019. 

A pesquisa, divulgada hoje (4), identificou ainda que o emprego aumentou 0,2% em dezembro em relação ao mês anterior, o quinto mês consecutivo com alta nas contratações no setor industrial.

De acordo com os dados, a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria alcançou 80,6% em dezembro, acima da média no ano de 2020, de 76,4%. Esse indicador trata do percentual de máquinas comprometidas na produção, o que, segundo a CNI, em dezembro, aponta para atividade bastante aquecida.

Para a entidade, o resultado aponta a continuidade da recuperação da indústria, que teve início logo após as fortes quedas de maio e abril e durou todo o segundo semestre do ano passado. De acordo com a CNI, entretanto, os dados não apontam para um setor sem problemas no pós-crise, mas mostram que a indústria conseguiu reagir à pandemia, ainda que a recuperação econômica não esteja consolidada.

O índice de horas trabalhadas na produção registrou alta de 2,5% em dezembro de 2020 na comparação com novembro. É a oitava alta consecutiva do índice, que acumula crescimento de 38% no período.

Rendimento do trabalhador

Por outro lado, a massa salarial paga pela indústria caiu 0,8% em dezembro do ano passado, frente ao mês anterior. O rendimento médio pago aos trabalhadores da indústria também recuou 3,4% em dezembro de 2020 na comparação com novembro.

De acordo com a CNI, a queda na massa salarial e na renda em dezembro são resultado do que ocorreu nos meses mais críticos da pandemia, quando houve antecipação de férias, férias coletivas e pagamento de 13º salário. “Em anos típicos, normalmente há o pagamento de 13º salário e um maior número de férias em dezembro de cada ano, o que aumenta a massa salarial e os rendimentos pagos aos trabalhadores”, explicou a entidade.

Poupança tem retirada recorde de recursos em janeiro

Depois da captação recorde de recursos em 2020, a aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros iniciou 2021 com forte retirada. Em janeiro, os investidores retiraram R$ 18,15 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, informou hoje (4) o Banco Central (BC).

O resultado é o maior registrado para todos os meses desde o início da série histórica, em 1995. Em janeiro do ano passado, os brasileiros tinham sacado R$ 12,36 bilhões a mais do que tinham depositado.

Tradicionalmente, o primeiro mês do ano é marcado por retiradas expressivas de recursos da caderneta de poupança. O pagamento de impostos e despesas como material escolar e parcelamentos das compras de Natal impactam as contas dos brasileiros no início de cada ano.

No ano passado, a poupança tinha captado R$ 166,31 bilhões em recursos, o maior valor anual da série histórica. O pagamento do auxílio emergencial e as instabilidades no mercado de títulos públicos nas fases mais agudas da pandemia de covid-19 atraíram o interesse na poupança, mesmo com a aplicação rendendo menos que a inflação.

Rendimento

Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança rendeu apenas 1,97% nos 12 meses terminados em janeiro, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado prévia da inflação, atingiu 4,23%. O IPCA cheio de janeiro será divulgado na próxima terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A perda de rendimento da poupança está atrelada a dois fatores. O primeiro foram as recentes reduções da taxa Selic (juros básicos da economia) para o menor nível da história. Atualmente a taxa está em 2% ao ano. O segundo foi a alta nos preços dos alimentos, que impactou a inflação no segundo semestre do ano passado.

Para este ano, o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, prevê inflação oficial de 3,53% pelo IPCA. Com a atual fórmula, a poupança renderá 1,4% este ano, caso a Selic de 2% ao ano fique em vigor durante todo o ano. O rendimento pode ser um pouco maior caso o Banco Central aumente a taxa Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Indústria de SC lidera geração de empregos em 2020

Em 2020, a indústria de Santa Catarina liderou a geração de empregos no país, com saldo positivo de 27,5 mil vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados pelo Observatório FIESC. “A notícia vem corroborar com o que vínhamos falando ao longo do ano, que Santa Catarina teria um saldo de empregos positivo. E a indústria de transformação catarinense registrou o maior saldo do Brasil. A razão disso é que somos um estado industrializado, com um setor forte, que está empregando, investindo e se desenvolvendo”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, durante reunião de diretoria da entidade, nesta sexta-feira, dia 29. 

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Entre os setores que se destacaram na abertura de vagas estão alimentos e bebidas (10.943 vagas), produtos químicos e plásticos (5.094 vagas), madeira e móveis (5.026 vagas), máquinas e equipamentos (3 mil vagas), equipamentos elétricos (2.053 vagas), metalmecânica e metalurgia (2.049 vagas), cerâmica (1.299 vagas) e automotiva (878 vagas).

Ainda na reunião, o consultor econômico da Federação, Pablo Bittencourt, apresentou um panorama das perspectivas da economia brasileira para o ano e destacou que o PIB deve crescer no terceiro e no quarto trimestre. Mas o desempenho econômico será mais positivo quanto melhor for a eficácia do plano de vacinação. Ele observou ainda que a segunda onda do coronavírus adicionou um forte componente de incerteza à economia mundial e chamou a atenção para o crescimento da dívida pública brasileira, que é a segunda maior entre os países emergentes. 

“O Brasil tem uma enorme dívida bruta e isso vai impactar na nossa capacidade de financiamento para o futuro. Temos uma dívida alta, com um déficit primário corrente projetado, pelo menos, para mais cinco anos. É uma situação ruim”, explicou Pablo, ressaltando que diante desse cenário, a taxa de juros deve aumentar nos próximos meses. 

Clima no Congresso faz Ibovespa subir pelo terceiro dia seguido

Ibovespa sobe pelo terceiro dia seguido e, nesta quarta-feira (3), retomou os 119 mil pontos, com investidores e especialistas avaliando como positivo e prospectivo o compromisso do Congresso brasileiro com a pauta econômica.

Já o sinal misto das bolsas internacionais entra como limitador do ganho na B3, mas sem forças para empurrá-lo para o negativo. Apesar de dados mais fortes do que o esperado de emprego no setor privado em janeiro nos EUA, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, avaliou que a retomada econômica deve ser “lenta” até que a pandemia da Covid-19 seja controlada.

No Brasil, nesta manhã, na solenidade de abertura dos trabalhos legislativos, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do Senado, fizeram declaração conjunta. Ambos reiteraram o comprometimento com a reforma tributária, que tramita em duas propostas na Câmara e querem acelerar a reforma administrativa. À tarde, eles se encontrarão com o presidente Jair Bolsonaro para entrega desta declaração conjunta.

Dentre outros compromissos, o Congresso Nacional fez a promessa de tornar o processo de vacinas mais rápido no Brasil e de respeitar o teto de gastos, apesar de afirmar que avalia alternativas para retomar o auxílio emergencial. Lira falou em pauta para estabelecer o clima de tranquilidade no país. Também presente à solenidade, Bolsonaro disse que a “harmonia imperará” entre o Executivo e o Legislativo. À noite, Lira e Pacheco conversarão sobre a instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

– Se tudo isso for aprovado, não tem como deixar de gostar, de ficar otimista. É um começo. Se aprovar uma delas, será um marco, algo histórico. Será benéfico para o país, para atratividade de investidores voltados à produção, [e] pode estabilizar o capital, os juros em nível baixo e promover estabilização do câmbio – estima Bruno Musa, sócio da Acqua Investimentos.

Apesar do otimismo, Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, avalia que o mercado pode adotar alguma cautela no sentido de esperar para ver primeiro como essas ações prometidas pelo Congresso vão se tornar realidade.

– Tem de ver como serão os primeiros passos do Congresso. Fala-se em aprovar o Orçamento e a PEC Emergencial em breve. Tem ainda a [reforma] administrativa. Torcemos para que realmente seja aprovada. Porém, a agenda de reformas deve andar devagar. O mercado quer ver se, de fato, [isto] irá se concretizar – afirma Cruz.

O gestor Bruno Takeo, da Ouro Preto Investimentos, também prefere avaliar o atual cenário com cuidado.

– Por mais que o Lira e o Pacheco Rodrigo Pacheco tenham afirmado o compromisso com as contas públicas, é difícil ficar 100% otimista, dado que temos o centrão, que sempre tende a exercer pressão para aumentar despesa, o que pode colocar em riso o teto de gastos – avalia Bruno Takeo, gestor da Ouro Preto Investimentos.

OUTROS FATORES DE VALORIZAÇÃO
A valorização do Ibovespa ainda é reforçado pelo crescimento de 1,4% no lucro líquido gerencial do Santander Brasil no quarto trimestre em relação ao terceiro, e de 6,22% em relação ao quarto trimestre de 2019. As Units do banco subiam 2,20% às 11h44.

Apesar da alta de mais 1,5% nas cotações do petróleo no exterior, os papéis da Petrobrás avançavam entre 0,38% (PN) e 0,31% (ON). Investidores equilibram a valorização da commodity e os dados recordes de produção da estatal em 2020, com queda na produção de óleo no quarto trimestre. Além disso, a valorização de 1,90% na cotação do minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao impulsiona as ações de mineradoras (Vale On subia 1,30%) e siderúrgicas (CSN ON tinha alta de 2,06%). O Ibovespa subia 0,96%, aos 119.405,97 pontos.

– O exterior também contribui para a alta do Ibovespa. Saíram balanços fortes como os da Amazon e da Alphabet. São sinais importantes de que a economia americana está andando. Além disso, [contribuiu] a indicação de Mario Draghi para ser primeiro-ministro da Itália. [Ele] É um profissional super respeitado. Mais um motivo para alta das bolsas – diz Cruz, da RB.

O ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) aceitou o pedido do presidente da Itália, Sergio Mattarella, para que ele forme um novo governo. O economista, agora, iniciará a etapa de negociações com partidos e lideranças políticas, com o objetivo de tentar costurar uma coalizão majoritária no Parlamento. A Bolsa de Madri subiu 2,13% às 11h48.

*Estadão

Uma política urgente para o milho

José Zeferino Pedrozo

Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc)

e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC)

 

                 

        Santa Catarina possui o mais avançado parque agroindustrial do Brasil, representado pelas avançadas cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura. Essa fabulosa estrutura gera uma riqueza econômica de mais de 1 bilhão de aves e 12 milhões de suínos por ano, sustenta mais de 150 mil empregos diretos e indiretos e gera bilhões de reais em movimento econômico.

        O principal insumo que fomenta essa megaestrutura é o milho. De tempo em tempos as agroindústrias e os criadores de aves e suínos são abalados pela escassez e milho, ou por questões climáticas, ou sanitárias ou mercadológicas. Em razão dos gigantescos volumes necessários e dos preços que o grão atinge, muitas operações são inviabilizadas no campo e na cidade, e muitas indústrias vão à bancarrota.

        Nesse momento, todos esses fatores se associaram para criar uma situação de escassez e de preços altos. Santa Catarina necessita pelo menos de 7 milhões de toneladas para alimentar sua agroindústria e a produção interna seria de 2,7 milhões de toneladas. Seria, porque seca, excesso de chuvas e praga baixaram essa previsão para 1,7 milhão de toneladas.

        Dessa forma, o grão ficou caro e escasso, portanto, com preço em contínua ascensão: mais de R$ 85,00 a saca de 60 kg. A situação somente irá melhorar no segundo semestre, com a entrada da safrinha.

Embora seja tão essencial, a cultura do milho está encolhendo em território catarinense. Em 2005, 106 mil produtores rurais cultivavam 800 mil hectares com milho. Nesses 15 anos, a área plantada foi se reduzindo paulatinamente e, em 2020, foram cultivados 330 mil hectares de lavouras.

A safra nacional de milho que já está sendo colhida deve render 20 milhões de toneladas. Isso indica que faltará milho já neste primeiro semestre no mercado brasileiro e essa situação deve se manter até a entrada da safrinha que ainda não foi plantada e que deve (pode) gerar 80 milhões de toneladas a partir de julho/agosto.

Parece que tudo conspira para a escassez de milho no mercado doméstico. Várias usinas de etanol de milho entram em funcionamento do Brasil central, este ano, enxugando mais de 5 milhões de toneladas. O câmbio estimula as exportações. A produção global prevista em 1,1 bilhão de toneladas deve cair 30 milhões. O consumo é crescente em todos os continentes.

A indústria e os criadores enfrentaram com sucesso esse quadro, no ano passado, somente porque as exportações sustentaram excelentes preços, mas essa situação não se perpetuará. Quando as exportações recuarem em volume ou em preços, o câmbio mudar e a Selic subir, ficará insustentável transformar proteína vegetal em proteína animal com os atuais preços do milho e do farelo de soja.

A FAESC defende o equilíbrio da cadeia produtiva de forma que PRODUTOR e INDÚSTRIA tenham ganhos compatíveis e que o CONSUMIDOR possa comprar os alimentos, obtendo sustentabilidade econômica e perenidade social.  

Insumo escasso representa encarecimento para os produtores rurais e para as agroindústrias e gera um “efeito dominó” porque, por via de consequência, os alimentos (especialmente a carne) tornam-se mais caros para o consumidor.

È preciso perseverar na busca da autossuficiência catarinense, mas isso exige uma robusta política de apoio ao setor com várias frentes. Uma delas é a criação de uma linha de crédito para que os consumidores de milho (sejam criadores de aves e suínos ou agroindústrias) se abasteçam do produto. Da mesma forma, é necessário criar uma linha de crédito de longo prazo para financiar a construção de armazéns dotados de secadores e, também, a irrigação das lavouras. Só então teremos produtividade e estoques reguladores, podendo, assim, prevenir essas cíclicas e devastadoras crises de encarecimento do cereal-rei.

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