sexta, 19 de abril de 2024
19/02/2020 14:29

Em janeiro, número de inadimplentes no Brasil chegou a 61,3 milhões

Volume representa 40% da população adulta do país. Crescimento de devedores no período foi de 1,3%

Uma pesquisa nacional revelou que o número de brasileiros inadimplentes cresceu 1,3% entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020. Com a alta, o volume absoluto de consumidores com nome sujo chegou a 61,3 milhões, o que representa 40% da população adulta do país. 

Apesar do crescimento, a inadimplência cresceu menos do que em anos anteriores. Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que compilou os dados, esta foi a segunda menor variação para o período em dez anos. 

A tendência apontada no estudo é de aumento do número de devedores idosos e redução entre jovens. Na faixa etária de 18 a 24 anos, houve queda de -20,1%; e na faixa de 25 a 29 anos, o recuo foi de -10%. Já entre aqueles que têm entre 65 e 84 anos, o aumento foi de 5,3%; e na faixa de 50 a 64 anos a variação foi de 3,4%. 

"Um dos fatores que impulsiona a inadimplência dos idosos é o empréstimo de nome. Com o desemprego elevado, em muitas famílias o idoso que recebe a aposentadoria é a única fonte de renda e a facilidade de acesso ao crédito consignado é uma razão que estimula o empréstimo de nome a terceiros", afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Na variação por região, o Norte lidera com crescimento de 5,4%. Em seguida estão Centro-Oeste (2,9%), Sudeste (1,6%), Sul (1,2%) e Nordeste (-0%). Em números absolutos, o Sudeste tem aproximadamente 25,3 milhões de consumidores endividados. Na sequência estão o Nordeste (16,8 milhões), Sul (8,2 milhões), Norte (5,9 milhões), e Centro-Oeste (5,1 milhões).

"Por ora, não há indícios de que haverá uma nova tendência de alta da inadimplência do consumidor nos moldes do que foi visto até recentemente. Pelo contrário, os dados econômicos têm se mostrado benéficos para a trajetória da inadimplência", disse Pellizzaro. 

"Ainda que o cenário seja otimista, parte relevante das famílias tem lidado com dificuldades para quitar dívidas que já estavam em atraso, tanto é que há um estoque elevado de pessoas com contas sem pagar", afirmou. 

 




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