sexta, 13 de junho de 2025
02/07/2025

Febraban alerta: cuidado com falsas promoções no Dia dos Namorados


O Dia dos Namorados, comemorado no dia 12 de junho, está chegando e os lojistas já estão divulgando suas promoções. Os consumidores recebem muitas ofertas neste período e criminosos aproveitam o momento para aplicar golpes. Em busca de praticidade e na tentativa de fugir das aglomerações de lojas e shoppings, muita gente opta por fazer compras pela internet. 
 
Nesta época do ano são comuns abordagens de criminosos. Eles criam páginas falsas que simulam e-commerce, promoções inexistentes que são enviadas por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp. Eles fazem até mídia paga para aparecerem em páginas de buscas.
 
Também há atualmente muitas opções de compras em perfis de redes sociais. É preciso ter muito cuidado. O cliente deve verificar se o perfil tem selo de autenticação, número de seguidores compatíveis e também ler comentários de outros consumidores sobre as compras e prazos de entregas. Além disso, é importante checar a reputação da empresa em sites de reclamações.
 
“Geralmente são perfis recém-criados, com ofertas muito vantajosas e com 100% de depoimentos positivos de compradores recomendando a venda. Os bandidos criam perfis falsos que investem em mídia para aparecer em páginas e stories de redes sociais, inclusive com depoimentos falsos de compradores”, afirma Ivo Mósca, diretor de Inovação, Produtos e Serviços da Febraban.
 
Mósca também alerta que os clientes devem tomar muito cuidado com produtos que estejam ofertados com o preço muito abaixo do que é vendido no comércio em geral. “A chance de ser um golpe é grande”, acrescenta.
 
Veja a seguir dicas para compras seguras no Dia dos Namorados
 
Para compras online:
 
- Sempre desconfie de links encaminhados via WhatsApp ou SMS
- Fique atento às ofertas, duvide de valores muito abaixo do mercado
- Acompanhe as compras realizadas pelo aplicativo do cartão, e caso desconheça alguma transação, bloqueie-a e entre em contato com a administradora
- Nunca clique nos links de promoções vantajosas demais. Para ver a oferta, acesse o site oficial da loja digitando o endereço dela diretamente na barra do navegador
- Nunca clique em “SIM” para gravar sua senha em sites, aplicativos ou em seu navegador
- Ao pagar com boleto, Pix ou transferências sempre confira se o nome do beneficiário é de quem realmente deve receber o valor
- Não selecione a opção “salvar dados do cartão” para utilizar em compras futuras
- Dê preferência para o uso do cartão virtual para as compras online
- Sempre pesquise a reputação de lojas e de vendedores e confira comentários feitos em vendas de outros compradores 
- O cadeado HTTPS atesta que determinado site é seguro. O ícone indica que as comunicações entre a página e o dispositivo do usuário estão protegidas por criptografia, o que garante segurança na troca de dados
- Caso receba uma ligação pedindo dados pessoais, desligue e procure o gerente de sua conta imediatamente, de preferência, em outro aparelho de telefone. Lembre-se de que o banco nunca pede seus dados por telefone.
 
Em lojas físicas: 
 
- Passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo para outra pessoa, sempre confira o valor antes de digitar a senha e proteja o código de segurança
- Sempre peça o comprovante impresso 
- Se o cartão não passar de primeira, redobre a atenção: não deixe que o levem para longe de você para passar em outra máquina e acompanhe de perto a 2ª tentativa 
- Ao terminar de realizar uma compra na maquininha, verifique o nome no cartão para ter certeza de que realmente é o seu. Bandidos podem se aproveitar de distrações para trocar o seu cartão
- Ao utilizar o QR Code para pagamento, confira se o destinatário da transação é o beneficiário correto.

 



Blog

FIESC alerta: medida provisória sobre energia impõe novos encargos à indústria

 A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) manifesta preocupação com os efeitos da Medida Provisória nº 1.300, publicada no dia 21 de maio, que introduz mudanças no setor elétrico nacional. A proposta onera de forma desproporcional o setor industrial, ao repassar custos significativos de um novo programa de caráter social para empresas que operam no mercado livre de energia.

A medida tem foco em ações sociais imediatas, mas impõe um fardo relevante sobre a indústria, sem oferecer benefícios estruturantes ou compensações proporcionais. Isso impacta diretamente a gestão financeira e o planejamento de longo prazo das empresas, prejudicando sua competitividade e sustentabilidade.

Um dos principais pontos de crítica recai sobre a previsão de que os consumidores do mercado livre – predominantemente industriais – absorvam grande parte dos subsídios e gratuidades criados pela MP. Estimativas indicam que os custos associados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) podem crescer de R$ 4 bilhões para até R$ 24 bilhões por ano, afetando diretamente o custo da energia.

Em Santa Catarina, a indústria foi responsável por 39,3% da energia elétrica consumida em 2024. O mercado livre de energia conta com 1.630 indústrias, que consomem 9.669 GWh. 

A Abrace, entidade que representa grandes consumidores de energia, projeta que essa mudança poderá gerar um aumento de até 20% nas tarifas para empresas do mercado livre. Tal elevação impactará toda a cadeia produtiva, refletindo no preço final dos produtos e comprometendo a posição da indústria nacional, especialmente das companhias exportadoras, diante da concorrência global – muitas vezes operando em países com tarifas energéticas mais competitivas.

Outro efeito negativo é o desestímulo a novos investimentos em geração de energia, sobretudo em fontes renováveis e em inovação tecnológica. Com o aumento de encargos sobre o mercado livre, perde-se atratividade econômica para projetos de longo prazo, criando incertezas regulatórias que afastam investidores e limitam o avanço da matriz energética limpa.

O texto da medida não propõe modernizações significativas no modelo de gestão do setor elétrico, tampouco contribui para aprimorar o planejamento ou ampliar a segurança energética no país. A proposta representa mais um fator de pressão sobre a indústria, ao invés de atuar na correção das deficiências estruturais do sistema elétrico.

Diante disso, a FIESC defende que eventuais mudanças no setor devem priorizar a previsibilidade, o equilíbrio regulatório e a sustentabilidade econômica, considerando os desafios já enfrentados pela indústria brasileira em um cenário de elevada carga tributária, câmbio volátil e infraestrutura deficiente.

Recomeço fora do RS: migração de gaúchos fortalece mercado imobiliário em estados vizinhos

Enchentes no RS parecem ter impactado o comportamento dos gaúchos que têm buscado por mais qualidade de vida em Santa Catarina. Em Tijucas, o bairro-cidade Flores de Sal, perto da capital, tem registrado alta procura desse público em busca de moradias horizontais em contato com a natureza e infraestrutura, além de valorização patrimonial. A nova fase de vendas conta com lotes a partir de R$ 287 mil e expectativa de valorização acima de 25% até 2026.

– A tragédia climática que atingiu mais de 2,3 milhões de pessoas no Rio Grande do Sul em 2024 parece ter provocado uma mudança de comportamento na população. Segundo relatos dos representantes da Urbani Cidades, responsáveis pelo Bairro Cidade Flores de Sal, que está sendo executado em Tijucas, no litoral de Santa Catarina, a procura por famílias gaúchas têm sido cada vez mais expressiva, para recomeçar a vida com qualidade de vida, segurança e infraestrutura moderna. No Flores de Sal, em Tijucas, o maior do gênero do Sul do Brasil, o número de compradores do Rio Grande do Sul aumentou 20% nos últimos três meses.

 

“Segundo projeções divulgadas na imprensa, cerca de 2 milhões de gaúchos devem migrar para SC nos próximos 10 anos, movimento este que já observamos no perfil dos compradores do Flores de Sal. Temos atendido um número crescente de famílias gaúchas que decidiram investir em Santa Catarina por diversos motivos, mas o que mais ouvimos é a busca por segurança, tranquilidade e uma nova vida próxima ao litoral. Muitas delas nos relatam que o Flores de Sal representa exatamente esse novo começo. Um lugar onde podem morar bem, com estrutura completa e longe das áreas de risco, além de um investimento seguro e com alto potencial de rentabilidade”, explica Rodrigo Walter, diretor jurídico do empreendimento.

 

Esse movimento migratório ganhou força após as enchentes de 2024. De acordo com uma pesquisa realizada pela startup Loft, em parceria com a Offerwise, e divulgada em junho do ano passado, 30% dos moradores do Rio Grande do Sul consideram mudar de residência em razão de fatores ambientais, como inundações e secas.

 

“Esse número impressiona e ao mesmo tempo confirma o que já estamos sentindo no dia a dia, uma movimentação forte de famílias em busca de lugares mais seguros, valorizados e com estrutura urbana de qualidade”, ressalta Walter.

 

“O que começou como um plano individual de mudança acaba se tornando uma decisão coletiva. Já tivemos casos de um comprador indicar e trazer conhecidos para adquirir lotes no mesmo entorno. Isso mostra como o Flores de Sal também está se tornando um ponto de reencontro e construção de novas comunidades”, complementa Luciana Pereira, diretora da Urbani Cidades.

 

Com 4,6 milhões de metros quadrados e 7 mil lotes planejados, o Flores de Sal é o maior bairro-cidade do Sul do Brasil. A primeira fase, com 500 mil m² e 623 lotes, está em obras e tem previsão de entrega para abril de 2027. O projeto se destaca pela infraestrutura integrada: 100 mil metros quadrados serão destinados a lazer, comércio e serviços, incluindo o Parque das Flores, com 70 mil metros quadrados de áreas verdes, trilhas, playgrounds e um lago de 25 mil metros quadrados.

 

A nova etapa de vendas foi lançada recentemente, com lotes a partir de 255 m² e preços que começam em R$ 287 mil. O parcelamento é facilitado, direto com a urbanizadora, com entrada de R$ 28.727 e pagamento em até 180 meses, com parcelas a partir de R$ 2.810. A expectativa da Urbani Cidades é de valorização superior a 25% até o próximo ano, impulsionada pelo aumento da demanda, localização estratégica e planejamento urbano sustentável.

 

Sobre a Urbani Cidades

Urbani Cidades é uma empresa do Grupo Petrasalis, que também inclui a Petrasalis Empreendimentos, construtora de Itajaí/SC, com obras na Praia Brava e região, e a Morton Capital, esta que atua no setor de condomínios de armazéns logísticos no litoral catarinense. O Grupo detém fábricas em outros setores como a Incotex, líder na produção de malhas em rolo e tinturaria do país, e a Refisa, uma das maiores refinadoras de sal do Brasil. Aliás, a história das empresas com gestão e fortes valores familiares teve início com o negócio de representação e fabricação de sal há mais de 35 anos, idealizado pelo casal Luiz e Rose Pereira que, na época, começaram a empreender em Itajaí. Com a posterior estruturação da fábrica de sal na cidade de Imbituba (por conta do porto) e do crescimento do negócio, a família começou a investir em terras, incluindo a Fazenda Santa Helena em Tijucas, onde está sendo construído o Flores de Sal. Ao longo do processo, membros da família se especializaram em negócios voltados à construção, condomínios logísticos e urbanização.

 

https://www.floresdesal.com.br/ 

 

INDUSTRIA - Confiança sobe em parte da indústria, mas pessimismo ainda predomina no setor

Os dados mais recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados nesta quarta-feira (28), mostram que o clima de confiança entre os industriais brasileiros segue instável. Em maio, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou em 21 dos 29 setores analisados. No entanto, o movimento ainda foi tímido — a maioria da indústria nacional continua operando sob um viés de cautela.

Três segmentos conseguiram reverter o pessimismo e passaram a operar acima da linha dos 50 pontos (limite que separa confiança de desconfiança no indicador):

  • Impressão e reprodução (+5,8 pontos, atingindo 52,6);
  • Produtos diversos (+2,5, chegando a 51,6);
  • Máquinas e materiais elétricos (+0,7, fechando em 50,2).

Na contramão, biocombustíveis, calçados e veículos automotores voltaram ao campo negativo, evidenciando um desaquecimento ou incertezas setoriais pontuais.

O quadro geral segue delicado: apenas 6 setores estão confiantes, enquanto 23 permanecem em estado de desconfiança — o mesmo patamar de abril.

"A confiança empresarial está diretamente ligada à propensão de investir, inovar e assumir riscos estratégicos. Quando esse sentimento esfria, o impacto se espalha para toda a cadeia produtiva e logística", alerta Cláudia Perdigão, economista da CNI.

Por porte e região: quem está mais confiante?

Houve avanço na confiança entre todos os portes de empresa. Pequenas indústrias puxaram a alta com +2 pontos, seguidas pelas grandes (+0,5) e médias (+0,4). Mesmo assim, só as grandes conseguiram ultrapassar o patamar de 50 pontos, sinalizando algum otimismo.

Geograficamente, a melhora foi concentrada no Sudeste (+1,8), Sul (+1,0) e Centro-Oeste (+0,7), ainda que insuficiente para mudar o panorama geral. Os empresários do Nordeste (51,7), Norte (51,3) e Centro-Oeste (50,9) mantêm-se otimistas. Já os do Sul (48,2) e Sudeste (47,7) permanecem pessimistas.


O que isso sinaliza para o comércio exterior?
Para quem atua na logística internacional, especialmente nos portos brasileiros, esse ambiente de confiança parcial exige atenção redobrada. As grandes indústrias — principais âncoras de projetos de exportação — começam a dar sinais de retomada, mas ainda há cautela. Isso afeta diretamente o volume de embarques, projeções de demanda externa e novos investimentos em infraestrutura logística.

Se a confiança não se consolidar nos próximos meses, o segundo semestre pode ser mais morno do que o esperado, com impactos na geração de carga, uso de capacidade portuária e fluxo de comércio exterior.

Reflexo no Comércio Exterior

Para quem atua na logística internacional, especialmente nos portos brasileiros, esse ambiente de confiança parcial exige atenção redobrada. As grandes indústrias — principais âncoras de projetos de exportação — começam a dar sinais de retomada, mas ainda há cautela. Isso afeta diretamente o volume de embarques, projeções de demanda externa e novos investimentos em infraestrutura logística.

“O termômetro da confiança industrial impacta diretamente os fluxos do comércio exterior. Quando as grandes empresas voltam a confiar, o reflexo aparece nos pedidos de cotação, no fechamento de cargas e na antecipação de operações logísticas. Mas o cenário ainda é de fragilidade, e quem está no setor portuário precisa operar com foco e eficiência para atravessar esse nevoeiro com competitividade.” André Queiróz, especialista em Comércio Exterior

 

Por: André Queiróz

Programa da ApexBrasil promove exportações via e-commerce para o mercado norte-americano

O comércio eletrônico tem se consolidado como uma porta de entrada acessível e estratégica para que pequenas e médias empresas brasileiras alcancem o mercado internacional. Segundo dados da Euromonitor, em 2024, o e-commerce de bens no Brasil movimentou US$ 56,3 bilhões. Em transações internacionais, o país alcançou US$ 12,6 bilhões. Nos últimos cinco anos, o crescimento médio anual foi de 26,3% e a expectativa é que esse movimento siga em ascensão. De 2024 a 2029, a projeção é que o crescimento médio anual do e-commerce transfronteiriço do Brasil seja de 8,5%. 
 
Acompanhando essa tendência e cumprindo o seu papel de promover as exportações do país, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) realizará, nos dias 2, 3 e 4 de junho, em Miami, nos Estados Unidos, uma edição do programa Jornada Exportadora específica para e-commerce no comércio norte-americano e com foco no setor de moda. 
 
“O e-commerce deixou de ser apenas uma tendência para se consolidar como um vetor estratégico da economia digital e da competitividade internacional. O Brasil, com sua robusta base de consumidores e infraestrutura digital em expansão, tem potencial para protagonizar esse movimento global”, afirma a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza. 
 
Segundo dados da Euromonitor, em 2024, cerca de 64% da população mundial esteve conectada à internet, o que representa mais de 5 bilhões de pessoas com acesso potencial a bens e serviços por canais digitais. 
 
Jornada Exportadora nos EUA 
 
Voltado para pequenas e médias empresas, o programa Jornada Exportadora é dedicado a marcas que ainda não exportam, mas estão prontas para começar, ou àquelas que estão no início da sua jornada no mercado internacional. Esta será a terceira edição do programa em 2025 – as outras duas edições foram voltadas para os setores de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos e para o setor de calçados, respectivamente. Desta vez, serão, ao todo, 19 empresas do setor de moda interessadas em vender produtos como bolsas, roupas, biquinis, acessórios e calçados via e-commerce para o mercado norte-americano. 
 
“A experiência do Jornada Exportadora é, para muitas dessas empresas, o primeiro passo delas no mercado internacional. É uma oportunidade muito única de aprender na prática como funciona o comércio exterior, conhecer o mercado-alvo de perto e fazer reuniões frente a frente com compradores. Esse contato direto gera confiança, abre portas e acelera o processo de internacionalização, especialmente para quem está começando”, explica a gerente de Competitividade da ApexBrasil, Clarissa Furtado. 
 
Todas as participantes já foram capacitadas pelo Programas de Qualificação para Exportação (PEIEX) da ApexBrasil e são iniciantes no processo de exportação. Do total, oito são da região Nordeste, uma do Norte, três do Distrito Federal, quatro do Sudeste e quatro da região Sul. O programa conta com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional), que está fornecendo passagens aéreas e hospedagens para 15 das empresas participantes. 
 
As 19 empresas que compõem a delegação têm liderança feminina, algo que ocorreu organicamente durante o processo de inscrição. “A ApexBrasil, por meio do programa Mulheres e Negócios Internacionais (MNI), aplica uma lente de gênero em todos os seus programas e projetos. Empresas lideradas por mulheres já têm, na maioria das ações da agência, pontuação extra no processo seletivo. No entanto, nessa ação específica, tivemos pela primeira vez, de forma orgânica, uma delegação composta em sua totalidade por empresas comandadas por mulheres, o que revela que empresárias brasileiras estão buscando cada vez mais conquistar espaço no comércio exterior e o potencial do e-commerce como porta de entrada para esse mercado”, avalia Ana Repezza, idealizadora do programa MNI da ApexBrasil. 
 
Em Miami, as empresárias terão a oportunidade de participar de workshops, fazer visitas técnicas e realizar reuniões de negócios com compradores estadunidenses. 
 
O mercado norte-americano de e-commerce 
 
Além de ser a maior economia global, os Estados Unidos são o segundo maior mercado de vendas eletrônicas do mundo, atrás somente da China. Em 2024, os dois países responderam juntos por US$ 2,6 trilhões em transações online — o equivalente a 61,2% de todo o e-commerce mundial. Individualmente, a China foi responsável por 30,7% desse volume (US$ 145 bilhões), enquanto os Estados Unidos contribuíram com 30,5% (US$ 113,1 bilhões). 
 
Entre as categorias mais populares de vendas eletrônicas nos Estados Unidos, vestuário ocupa o primeiro lugar, com 43%. Em seguida estão calçados (33%), comidas e bebidas (27%), cosméticos (24%) e produtos para pets (22%). Os principais marketplaces e plataformas de moda nos EUA são Shein (26%), Walmart (20,1%) e Amazon (13,4%). 
 
Diante do atual cenário de mudanças nas políticas tarifárias globais, o Brasil se destaca por manter uma estrutura estável e atrativa. Esse posicionamento cria uma janela estratégica de oportunidade para as marcas brasileiras ampliarem sua competitividade internacional. Com condições mais favoráveis em comparação a outros mercados, as empresas nacionais têm mais espaço para se destacar, sobretudo no comércio digital, onde a sensibilidade ao preço desempenha um papel decisivo no comportamento de compra. 
 
Do Brasil para o mundo via e-commerce 
 
Diretamente do Distrito Federal, a marca de bolsas artesanais Painer Brasil é uma das participantes dessa edição do Jornada Exportadora. A marca vende pelo comércio eletrônico há 10 anos para todo o Brasil e, há cerca de um ano, iniciou o seu processo de internacionalização. “Quando começamos a receber pedidos de fora do país, percebemos o potencial do nosso produto para o comércio exterior”, conta Anna Luiza Chaves, CEO da Painer Brasil. “Nossos produtos são bolsas artesanais com design inovador e exclusivas. A gente preza para que, preferencialmente, nossas bolsas sejam confeccionadas com matéria prima sustentável. Nossos produtos imprimem muito o DNA brasileiro. A gente faz questão de mostrar a brasilidade nas peças”, reforça. 
 
Depois de fazer pequenas vendas pontuais para fora do país, Anna Luiza conta que buscou o apoio da ApexBrasil para se preparar melhor para esse mercado. “Em um ano, fizemos o PEIEX, participamos de outras edições do programa Jornada Exportadora e de rodadas de negócios organizadas pela Apex, e nesse tempo já vendemos para Inglaterra, França e Japão”, afirma a CEO.  
 
No ano passado, Anna Luiza participou do E-Xport Meeting, evento da ApexBrasil voltado para o e-commerce internacional. Na ocasião, recebeu uma capacitação para atuar na plataforma Amazon - um dos principais marketplaces e plataformas de moda dos Estados Unidos. Por meio do programa E-Xport, a ApexBrasil realiza parcerias com as principais plataformas de e-commerce do mundo, como Alibaba, Mercado Livre e outras, além da Amazon, e capacita empresas brasileiras para utilizarem da melhor forma possível esses meios. 
 
Desde a capacitação, Anna Luiza conta que vem pensando em adaptar seus produtos para vender pela Amazon. “É um espaço muito competitivo”, comenta. Visitar, portanto, o mercado norte-americano neste momento será muito oportuno para a Painer. “As expectativas de participar dessa edição em Miami são as melhores. Vamos conhecer mais sobre esse mercado norte-americano, fazer network, e quem sabe em breve a gente comece a participar efetivamente das feiras de Miami e a exportar para os Estados Unidos”, destaca a CEO. “Desde o início eu soube que atuar no comércio eletrônico seria o caminho da Painer. Nunca tivemos loja física. Nossa ideia é seguir expandindo via e-commerce e nos adaptando para cada mercado”, afirma Anna Luiza que acaba de começar uma pós-graduação em gestão de comércio exterior. 
 
Outra marca focada em vendas online que quer conquistar o mercado internacional, principalmente o norte-americano, com o apoio da ApexBrasil é a Flat at Least, do Rio Grande do Sul. Criada há três anos pela técnica em informática Andrea Biasuz, a marca produz calçados de couro com pegada sustentável. Com o slogan “leve para onde for”, Andrea explica que as sandálias “podem ser usadas tanto em reunião de trabalho como na praia”. Depois de fazer o PEIEX e participar do programa Elas Exportam - que compõe o escopo do MNI - Andrea afirma que muitas portas se abriram. "O mercado internacional será um grande reconhecimento, num espaço altamente competitivo, para mostrar que o Brasil sabe fazer produtos únicos e de qualidade. A minha jornada não existiria sem a Apex, ela mudou o rumo da minha empresa. O PEIEX me deu o overview de exportação, e o Elas Exportam me apresentou outros mercados", reconhece. Segundo Andrea, seu objetivo é levar a marca para o mercado norte-americano. “Quero chegar em 2026 com 30% das nossas vendas para os Estados Unidos”, reforça. 
 
Para Raíssa Barbosa, sócia-diretora da Fils to, empresa de sportwear de Natal (RN), a expectativa de começar a vender para fora do país via e-commerce com o apoio da ApexBrasil está nas alturas. “Toda nossa operação é focada nas vendas online. Vendemos super bem aqui no Nordeste e levar a empresa para outros canais digitais exportando vai ser muito bom”, destaca. “Fiz todo o treinamento do PEIEX para ser capacitada sobre todos os mecanismos e ferramentas para exportação e me sinto pronta para começar essa jornada”, afirma. A Fils to é uma marca autoral de fitwear feminina que nasceu no Rio Grande do Norte em 2022. “Temos o propósito muito claro de criar produtos que expressam a autenticidade de cada mulher, estimulando um estilo de vida ativo”, explica a sócia-diretora. “É uma expectativa muito alta que estou de imaginar nossas peças em outro cenário, em novos mercados”, conclui Raíssa. 
 
Confira aqui todas as empresas participantes. 
Sobre a ApexBrasil  
A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a Agência realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil. 

 

Itapema registra alta de 114% no metro quadrado em cinco anos e lidera valorização imobiliária no Brasil

Último relatório da FipeZap mostra que Itapema, cidade do litoral catarinense, teve o maior crescimento percentual no preço do metro quadrado entre os principais mercados imobiliários do país. A cidade está, inclusive, à frente da vizinha Balneário Camboriú, que lidera o ranking em valor absoluto do metro quadrado. Especialistas apontam que o ritmo acelerado de valorização em Itapema reflete a combinação entre localização privilegiada, expansão da infraestrutura urbana e consolidação de um modelo de negócios focado no mercado de alto padrão. Por conta disso, a cidade tem atraído grandes investimentos em empreendimentos imobiliários, como é o caso do Edify One, que deverá ser um dos edifícios mais luxuosos da região e tem Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 600 milhões.

Com valorização de 114% no preço médio do metro quadrado nos últimos cinco anos, Itapema (SC) alcançou o maior crescimento entre todos os principais mercados monitorados pela FipeZap no Brasil. O valor passou de R$ 6.547/m² em 2020 para R$ 14.026/m² em abril de 2025, inclusive, superando a vizinha Balneário Camboriú, que registrou alta de 99,5% no mesmo período. Esse desempenho consolidou Itapema como um novo polo de investimentos imobiliários de alto padrão, atraindo grandes investimentos em empreendimentos imobiliários, como o Edify One, um dos mais luxuosos da região, fruto da parceria com grandes especialistas na área e executivos de peso como Neymar Pai. 

 

O prédio possui um complexo wellness e ampla academia praticamente “pé na areia”, tem apartamentos que chegam a uma área de quase 1000 m2, está em construção, na área mais nobre da cidade, e possui Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 600 milhões. As unidades, cobiçadas por moradores e investidores pelo alto potencial de rentabilidade, têm preço inicial de R$ 13 milhões, podendo atingir R$ 49 milhões, e impressionam pela amplitude, alto padrão de acabamento e localização privilegiada à beira-mar, em Meia Praia.

 

Especialistas apontam que o ritmo acelerado de valorização em Itapema reflete a combinação de localização privilegiada, expansão urbana da infraestrutura e atrativos, além da consolidação do modelo de negócios de alto padrão, impulsionado por acordos feitos diretamente com construtoras, que garantem taxas atrativas, segurança patrimonial em razão das oscilações econômicas e alta rentabilidade, acima da Selic, especialmente para bens de alto valor. O desenvolvimento do município também está atrelado aos novos  empreendimentos que trazem inovações e elevam o patamar construtivo da cidade, como o Edify One, em frente ao mar do bairro nobre de Meia Praia. 

 

Segundo Luiz Feitosa, sócio da empresa com mais de 30 anos de experiência no setor, o momento é de atenção redobrada para quem busca retorno com segurança. “Com mais de três décadas acompanhando ciclos de valorização no mercado imobiliário, posso afirmar que Itapema vive um momento singular. O investidor que busca retorno consistente precisa considerar não apenas o desempenho passado, mas os vetores que apontam para o crescimento futuro — e poucos destinos hoje reúnem tantas variáveis favoráveis quanto Itapema: infraestrutura pública e privada em franca expansão, pressão crescente sobre a oferta de terrenos qualificados frente-mar, turismo com alta capacidade de consumo e uma demanda sofisticada em plena consolidação. Trata-se de um mercado que entrega valor, com perspectivas concretas de valorização sustentada no médio e longo prazo. Além de tudo isso, este é o momento ideal para esse tipo de investimento porque protege os ativos e o poder de compra futuro”, explica.

 

No acumulado de 2025, a cidade já registra alta de 3,91%, segundo a FipeZap — mantendo a curva positiva que atrai compradores de diferentes estados e também estrangeiros. Para Manoela Legarrea, sócia e diretora da Edify, entender o comportamento desse público é essencial para entregar produtos alinhados às expectativas do mercado. “O perfil do comprador mudou. Ele busca não apenas uma boa localização, mas um imóvel com liquidez, exclusividade, segurança e potencial de valorização real. O Edify One é reflexo disso: um projeto que combina arquitetura diferenciada, tecnologia e localização privilegiada em uma das áreas mais valorizadas do litoral catarinense”, comenta.

 

Sobre o Edify One  

A Construtora e Incorporadora Edify nasceu da união de experientes empresários do ramo da construção civil e imobiliário com o objetivo de trazer inovações ao mercado catarinense, além de oportunidades de investimentos de alto potencial de rentabilidade e produtos de excelência que aliem conforto, tecnologia e sustentabilidade. Por meio da sociedade de empresas, entre elas a NR Sports (dona do terreno e sócia), a construtora apresenta o empreendimento Edify One na categoria de alto padrão, em frente ao mar, na cidade catarinense de Itapema, que está no topo do ranking de valorização imobiliária no Brasil.  

 

Mais informações:https://edifyone.com.br

Empresas podem ser multadas ou perder prazos com nova sistemática de citações judiciais, alerta advogado
Com a entrada em vigor da nova sistemática de citações e intimações eletrônicas no dia 16 de maio, empresas que não adaptarem suas rotinas ao uso do Domicílio Judicial Eletrônico (DJE) podem enfrentar consequências sérias, como multas, perda de prazos processuais e até revelia. As mudanças foram implementadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por meio da Resolução nº 455/22, atualizada pela Resolução nº 569/24, dentro do Programa Justiça 4.0.
 
“A criação do DJE trouxe uma nova responsabilidade à atividade empresarial. Não ter uma rotina estruturada de verificação pode levar à perda de prazos e à aplicação de multa logo no início do processo”, alerta Osmar Golegã, pós-graduado em Direito Digital e Compliance, coordenador do Contencioso Cível do Natal & Manssur Advogados.
 
Segundo o especialista, as empresas precisam tratar o novo sistema com a mesma diligência que antes era dada à correspondência física. “É como se a carta tivesse virado um e-mail com endereço certo. A cautela deve ser dobrada, porque a simples abertura do aviso já pode é considerada ciência do ato, iniciando a contagem dos novos prazos”, explica.
 
Além disso, as mudanças exigem uma nova rotina de checagem diária por parte dos departamentos jurídicos. “Quem integrar essa rotina rapidamente não terá grandes problemas. O que muda é o formato: a citação agora chega por meio digital, diretamente no portal”, complementa.
 
Para Osmar, a mudança representa um avanço para o Judiciário. “A citação por meio eletrônico confere mais celeridade ao processo. Não se trata de transferir ônus às empresas, mas de uma atualização tecnológica inevitável.”
 
O DJE é obrigatório para todas as pessoas jurídicas de direito público e privado, com exceção das micro e pequenas empresas cadastradas na Redesim, que estão dispensadas do registro direto no sistema. Já os advogados devem acompanhar as intimações por meio do novo Diário da Justiça Eletrônico Nacional (DJEN), que unifica as comunicações dos tribunais do país, da mesma forma que antes acompanhavam as intimações em cada um dos tribunais.
 
Fonte: Osmar Golegã, especialista em Direito Civil, pós-graduado em Direito, Processo do Consumidor, Direito Digital e Compliance. É coordenador do Contencioso Cível do Escritório Natal & Manssur Advogados.
Dia Livre de Impostos: 20 estabelecimentos de BC vendem produtos e serviços sem impostos nesta quinta (29)
Consumidores de Balneário Camboriú terão a chance de adquirir produtos e serviços sem impostos em 20 estabelecimentos comerciais em diferentes pontos da cidade nesta quinta-feira, 29 de maio. No Posto Apolo do bairro da Barra, por exemplo, motoristas poderão abastecer seus veículos com gasolina pagando apenas R$ 4,89 o litro, limitado a 20 litros por cliente. A venda especial faz parte do Dia Livre de Impostos (DLI), ação liderada pela CDL Jovem de Balneário Camboriú, que busca conscientizar a população sobre o impacto da alta carga tributária no valor final de produtos e serviços.
 
O Dia Livre de Impostos (DLI) é uma ação promovida anualmente pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelas Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) em diversas cidades do Brasil. Ele ocorre geralmente entre o fim de maio e início de junho, data simbólica que representa o momento do ano até o qual os brasileiros trabalharam apenas para pagar impostos — ou seja, em média, cerca de 5 meses de trabalho são destinados ao pagamento de tributos.
 
De acordo com o coordenador da CDL Jovem de Balneário Camboriú, Jader Schweitzerr, o objetivo da campanha é chamar a atenção da população para o peso dos impostos embutidos nos preços e ainda oportunizar geração de fluxo e vendas para as empresas participantes. “A iniciativa se torna um marco importante na luta por um sistema fiscal mais justo e transparente. Com uma das maiores cargas tributárias do mundo, o Brasil impõe altos custos aos consumidores em praticamente todos os setores. O DLI pretende, justamente, abrir os olhos da população para o quanto se paga em impostos e incentivar o debate público sobre a necessidade de uma reforma tributária”, destaca.
 
O presidente da CDL de Balneário Camboriú, Vilton Santos, reforça a importância do engajamento da sociedade e do comércio local na campanha. “O Dia Livre de Impostos é uma oportunidade concreta de mostrar ao consumidor o impacto real da carga tributária no seu bolso. Quando retiramos os impostos, os preços caem significativamente, e isso evidencia o quanto o sistema atual pesa sobre todos nós. É um chamado à reflexão e à ação por mudanças estruturais no país”, afirma.
 
Oportunidades e descontos
 
Vinte empresas de diferentes setores (confira lista abaixo) estão com descontos especiais neste dia 29 de maio em Balneário Camboriú, a exemplo do Sato Sushi, quando o festival livre do restaurante sairá de R$ 189,90 por R$ 129 para quem realizar reserva para o primeiro horário (19h) do dia 29. Já a Ótica Preuss comercializará lentes visão simples prime com filtro luz azul e antirreflexo de R$ 559 por apenas R$370, enquanto o Refúgio Boutique Jardim estará com seus cristais de murano com 35% de desconto e vasos de cerâmica com 30% off.
 
No Posto Apolo do bairro da Barra, localizado na Rua Maria Mansoto, 925, a venda de gasolina a R$ 4,89 começará às 8h, com limite de 20 litros por cliente. Para participar, será necessário retirar uma senha, entregue por ordem de chegada, até o esgotamento do volume disponível. Cada senha dará direito ao abastecimento de um único veículo, sendo permitida apenas uma senha por pessoa.
 
Empresas participantes do DLI em Balneário Camboriú:
 
• Hospital Veterinário LaPet (Diretoria)
• Eurovip Nobile (Diretoria)
• Pré-Requisito (Diretoria)
• Tamoyo
• Rossi Materiais Elétricos e Iluminação (Diretoria)
• Ótica Preuss
• Segmed
• Elite Lavação
• Posto Apolo
• We Care
• Dana Jalecos
• Mensageiro dos Sonhos
• Mente Sã – Biocosméticos
• Mente Sã – Esoterismo
• Sato Sushi
• Refúgio Boutique Jardim
• Corrêa Materiais Elétricos
• Sea Shape Praia & Fitness
• Koerich
• Berlanda
Licenciamento Ambiental Justo e Sustentável

JOSÉ ZEFERINO PEDROZO
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc)
e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC)
 
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) manifesta seu pleno e enfático apoio ao Projeto de Lei nº 2159/2021, recentemente aprovado pelo plenário do Senado Federal, que institui a nova Lei Geral de Licenciamento Ambiental. Esta legislação representa um avanço crucial para a modernização do ordenamento jurídico ambiental brasileiro, promovendo segurança jurídica, racionalidade e eficiência administrativa sem comprometer os princípios da sustentabilidade e da proteção ambiental.
O campo brasileiro, representado pelos produtores rurais, empresários do agronegócio e profissionais do setor, sempre foi defensor do uso racional dos recursos naturais. O agricultor, por essência, é um guardião do solo, da água e do meio ambiente. Afinal, sua atividade depende diretamente da preservação desses recursos. Sustentar o contrário é ignorar a realidade de quem produz com responsabilidade e compromisso com as futuras gerações.
A aprovação do PL 2159/2021 atende a uma demanda histórica do setor agropecuário, que clama por regras claras, proporcionais e coerentes com a realidade das atividades produtivas. A atual legislação ambiental, excessivamente burocrática e heterogênea, impõe entraves ao desenvolvimento sustentável e compromete a viabilidade econômica de inúmeros empreendimentos agropecuários e extrativistas. A simplificação dos procedimentos de licenciamento ambiental — respeitando-se a competência dos entes federados e observando-se os impactos efetivamente identificados nos estudos — representa um avanço democrático e técnico que equilibra proteção ambiental com progresso social e econômico.
A nova lei traz inovações importantes, como a criação da Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC) e a Licença Ambiental Especial (monofásica), que simplifica o processo para atividades estratégicas, a ampliação das hipóteses de licenciamento por procedimento simplificado para projetos de segurança energética e de saneamento, além da dispensa de licenciamento para atividades de baixo impacto, como distribuição elétrica de baixa tensão e manutenção de infraestrutura preexistente. Esses dispositivos são essenciais para destravar investimentos e garantir a continuidade de serviços essenciais à população e à cadeia produtiva nacional.
Importa destacar que o texto aprovado mantém o rigor na proteção ambiental, sem descuidar dos princípios de razoabilidade e proporcionalidade. A vinculação das condicionantes aos impactos efetivamente verificados nos estudos ambientais e o estabelecimento de prazos para a análise dos pedidos de licença conferem previsibilidade aos empreendedores e fortalecem a segurança jurídica. Essa racionalidade é vital para fomentar investimentos públicos e privados, especialmente em obras estruturantes de infraestrutura, logística e energia — setores indissociáveis da competitividade agropecuária brasileira.
A FAESC também saúda a alteração na tipificação penal prevista na Lei de Crimes Ambientais, que passa a exigir dolo comprovado para a responsabilização de agentes públicos. Trata-se de medida justa e equilibrada, que protege os bons servidores contra perseguições injustas e contribui para um ambiente institucional mais seguro e eficiente.
Esta nova legislação representa, portanto, não um retrocesso ambiental, como injustamente afirmam alguns setores, mas um avanço no aprimoramento das políticas públicas. Fortalece-se o papel do Estado como regulador eficiente e não como entrave ao progresso. Garante-se que o empreendedorismo responsável, que respeita o meio ambiente e gera emprego e renda, possa florescer com respaldo legal e administrativo.
A FAESC reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, a proteção do meio ambiente e a valorização dos produtores rurais brasileiros. Apoiamos o PL 2159/2021 por compreender que ele representa uma oportunidade histórica de conciliar crescimento econômico, inclusão produtiva e conservação ambiental.
A perpetuação das atividades agrícolas, pecuárias, extrativistas e de pesca depende diretamente da existência de regras claras, processos eficientes e legislação realista. O Brasil precisa caminhar com segurança rumo a um modelo de licenciamento que respeite o meio ambiente, mas que também reconheça o valor do produtor rural como agente do desenvolvimento nacional.
 

 

Ex-MEIs podem enfrentar multas e restrições por não entregar declaração obrigatória após encerrar CNPJ

Embora encerrar um CNPJ como microempreendedor individual (MEI) seja um processo simples e rápido, a maioria dos ex-MEIs acaba ignorando um passo final fundamental: a entrega da chamada “Declaração de Extinção”. Segundo uma pesquisa realizada pela plataforma MaisMei, 80% dos empreendedores que deram baixa no CNPJ não entregaram essa declaração, também conhecida como versão final da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI).

O descuido pode sair caro. De acordo com o advogado João Victor Duarte Salgado, integrante do escritório Celso Cândido de Souza Advogados e especialista em Direito Empresarial, a não entrega da declaração de extinção pode gerar multa automática. “Quando o microempreendedor individual realiza a baixa do CNPJ sem enviar a declaração de extinção dentro do prazo, uma multa é cobrada no momento em que a declaração, enfim, for feita. O valor pode chegar a 20% do total de tributos devidos”, afirma. Mesmo em casos em que a empresa não gerou receita ou não emitiu nota fiscal, a entrega continua sendo obrigatória.

Além da multa, o descumprimento da obrigação pode ter consequências mais sérias. “O CPF do titular pode ficar irregular junto à Receita Federal, dificultando a obtenção de empréstimos, certidões negativas e até a participação em licitações públicas”, alerta Salgado. E o problema pode se agravar: as obrigações fiscais, e eventuais dívidas do CNPJ encerrado sem a declaração, podem ser transferidas diretamente para o CPF do responsável, com acréscimo de correção monetária e juros.

A exigência da Receita Federal, segundo o advogado, tem fundamentos jurídicos claros: “Mesmo sendo simples de preencher, a declaração de extinção é necessária para informar a baixa do MEI e evitar fraudes. Ela confirma à Receita que o encerramento do CNPJ foi legítimo, impedindo o uso indevido do cadastro por terceiros”.

Para quem perdeu o prazo, não há como contestar ou reduzir a multa com base em desconhecimento da regra. “A multa é automática e não cabe contestação, mesmo que o empreendedor não tenha sido informado adequadamente sobre essa obrigação”, conclui o advogado.

A orientação é que todo MEI que optar por encerrar suas atividades acesse o Portal do Empreendedor, siga o passo a passo para a baixa do CNPJ e, em seguida, realize a Declaração de Extinção no Portal do Simples Nacional, garantindo o encerramento fiscal completo da empresa e evitando dores de cabeça futuras.

Indústria do aço acende o alerta: é hora de fortalecer nossa competitividade do portão para fora

*Por Ricardo Martins, presidente da Abimetal-Sicetel


Fortalecer a indústria não é apenas uma estratégia econômica: é uma decisão sobre o futuro do país. Quando deixamos de investir na produção nacional, perdemos mais do que competitividade: comprometemos empregos qualificados, inovação tecnológica, arrecadação e a capacidade de sustentar uma economia forte e resiliente.

E nesse momento, a indústria brasileira processadora do aço atravessa um momento decisivo. Em um cenário global de excesso de capacidade e práticas desleais de comércio, países como Estados Unidos, México, Colômbia, Índia e membros da União Europeia vêm adotando medidas firmes para preservar suas cadeias produtivas e manter a competitividade interna. Em nosso país, no entanto, a ausência de uma reação proporcional expõe o setor a uma concorrência desequilibrada, com impactos diretos no desenvolvimento econômico e sustentável. 

O setor do aço está sob pressão, e há motivos claros para que ele exija tanta atenção neste momento. A entrada crescente de produtos importados a preços artificialmente baixos, impulsionados por subsídios em países com excesso de produção, ameaça a operação de centenas de empresas que transformam aço em soluções para inúmeros setores essenciais. Trata-se de um risco concreto para a indústria nacional, especialmente para pequenas e médias empresas e, por consequência, para a geração de empregos de qualidade e de valor agregado.

O avanço das importações de produtos do segundo elo da cadeia do aço, o de processamento, ocorre em um contexto especialmente preocupante: entre janeiro e abril deste ano, o Brasil registrou um crescimento de mais de 30% do volume importado, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo um levantamento da Abimetal-Sicetel, com base em dados oficiais do Comex Stat (ferramenta do governo brasileiro que disponibiliza dados oficiais sobre o comércio exterior do país).

Esse aumento expressivo se dá justamente quando o país conta com capacidade ociosa, qualificação técnica e estrutura produtiva apta a atender grande parte dessa demanda internamente. Grande parte das importações tem origem na China, onde os preços praticados, muitas vezes abaixo do valor de mercado, distorcem a concorrência e colocam em risco a soberania da indústria nacional.

 

Mas frente a tudo isso: o que foi feito no Brasil e por que ainda é pouco?

Como resposta inicial ao desequilíbrio competitivo, o governo elevou para 25% a alíquota de importação de seis produtos fabricados pelas indústrias representadas pela Abimetal-Sicetel, sendo eles: arames galvanizados, arames de alto carbono, arames de outras ligas, materiais para andaimes, telas soldadas e pregos. Embora represente um passo na direção correta, a medida ainda é insuficiente diante da urgência de garantir previsibilidade e condições equânimes para o setor. Além disso, permanece a incerteza quanto à sua renovação, o que fragiliza sua efetividade como instrumento de proteção à indústria nacional. Temos muita confiança de que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) trabalhará para que a alíquota de 25% seja renovada.

Quando falamos sobre a importância do segmento na geração de empregos, é preciso destacar que contamos com cerca de 30 mil postos de trabalho diretos, segundo os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Somos uma cadeira que emprega mão-de-obra qualificada, movimenta economias locais, contribui com a arrecadação de tributos e fortalece o parque industrial brasileiro. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), ainda, os empregos industriais pagam, em média, 10% mais do que os demais setores e concentram 69% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Portanto, proteger os trabalhadores é também defender a capacidade produtiva nacional.

Mais do que preservar, trata-se de fortalecer a indústria brasileira, ou seja, o que é realmente nosso. E nesse sentido, é importante frisar, aqui, que a indústria brasileira do aço não teme a concorrência internacional, mas busca a criação de um ambiente de isonomia competitiva, com regras claras e estáveis. Renovar o atual sistema de fortalecimento comercial e avançar em políticas públicas mais eficazes são as duas medidas urgentes que a Abimetal-Sicetel defende para o restabelecimento da competitividade do setor, que tem capacidade instalada, qualidade técnica e compromisso. O que falta, muitas vezes, são as condições adequadas para competir em pé de igualdade.

Esse cenário nos convida à reflexão: quando temos um contexto interno favorável, faz sentido priorizar fornecedores estrangeiros em detrimento de empresas brasileiras que empregam, pagam impostos e investem em inovação no Brasil?

A indústria do aço é parte de um elo vital para a movimentação da economia nacional. Conforme aponta a CNI, cada R$ 1,00 produzido pela indústria de transformação gera R$ 2,43 na economia como um todo — o maior efeito multiplicador entre todos os setores. Portanto, valorizar essa capacidade é fundamental para construirmos um futuro com mais oportunidades. É hora de rever regras, repensar prioridades e apoiar quem produz aqui, com responsabilidade e compromisso com o país.


*Ricardo Martins é presidente da ABIMETAL-SICETEL desde 2019, com mandato até 2027. Engenheiro e fundador da Grampofix, atua no setor metalúrgico desde 1994. Foi diretor de Comércio Exterior da FIESP e CIESP por mais de uma década, liderando missões internacionais. É diretor da FIESP e FIEMG e preside o Conselho de Metalurgia do SENAI-SP.

 

 

Sobre a Abimetal — Sicetel:

A Abimetal — Sicetel surgiu da união entre a ABIMETAL e o SICETEL, representando a indústria processadora de aço no Brasil. Sua atuação conjunta representa cerca de 400 indústrias de pequeno, médio e grande portes, de capital nacional e estrangeiro, que integram o segundo elo da cadeia produtiva do aço no país. A organização promove a competitividade, a inovação e o crescimento sustentável do setor, além de atuar em defesa de políticas públicas que incentivem o desenvolvimento econômico e a integração da indústria nacional.

O Sicetel:

O Sicetal (Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos) é uma entidade de classe patronal sem fins lucrativos, fundada em setembro de 1934. Desde 1979, representa exclusivamente as empresas processadoras de aço, sendo responsável pela defesa de seus interesses e pelo fortalecimento do setor.


A Abimetal:

A Abimetal (Associação Brasileira da Indústria Processadora de Aço) surgiu no final de 2018 para atender às necessidades de suas representadas por um modelo moderno de atuação associativa. Seu objetivo é focado no fortalecimento e desenvolvimento do setor, promovendo a defesa dos interesses das empresas associadas.

Tesla perde o trono: BYD acelera e domina o mercado europeu! Disputa pelo domínio do setor ganha força com crescimento acelerado e novas fábricas na região

A montadora chinesa BYD vendeu mais veículos totalmente elétricos na Europa do que a americana Tesla pela primeira vez, mesmo enfrentando tarifas mais altas impostas pela União Europeia (UE). Segundo relatório da JATO Dynamics, essa é uma “virada de jogo” para o mercado automotivo europeu.

Dados da consultoria especializada mostram que as vendas da BYD na Europa cresceram 359% em abril na comparação anual.

Já a Tesla registrou queda de 49% no mesmo período, afetada também por protestos na região contra seu CEO, Elon Musk. A análise da JATO cobre 28 países do continente.

O avanço da BYD ocorre apesar da UE ter aplicado, em outubro do ano passado, tarifas punitivas sobre veículos elétricos chineses, citando práticas comerciais injustas.

Tesla foi beneficiada por uma tarifa menor, de 7,8%, para seus carros produzidos na China, enquanto a BYD teve 17%. Outras montadoras chinesas chegaram a enfrentar tarifas de até 35%. A UE mantém ainda uma tarifa padrão de 10% para importação de carros.

Em entrevista à CNBC, Felipe Munoz, analista da JATO, diz que a diferença entre as vendas da BYD e da Tesla em abril foi pequena, mas o significado do resultado é enorme. A BYD também superou marcas tradicionais europeias, vendendo mais que Fiat e Seat na França, por exemplo.

“A BYD só começou a atuar oficialmente fora da Noruega e Holanda no fim de 2022, enquanto a Tesla lidera o mercado europeu de veículos 100% elétricos há anos. Isso marca um momento decisivo no mercado europeu de carros”, afirmou Munoz.

O crescimento da BYD acontece antes mesmo do início da produção em sua nova fábrica na Hungria, que deverá se tornar seu centro operacional no continente.

A Europa surge como um campo de batalha estratégico entre BYD e Tesla, segundo a consultoria Counterpoint Research. A expectativa é que o mercado europeu de veículos elétricos cresça mais em 2025 do que o chinês, que já tem alta penetração.

As tarifas europeias incentivam montadoras chinesas a localizarem sua produção na região. A Tesla também planeja expandir sua fábrica na Alemanha.

Segundo a JATO, as tarifas impactaram inicialmente as vendas chinesas, mas as empresas reagiram ampliando e diversificando suas linhas com modelos híbridos plug-in — veículos que combinam motor elétrico com motor a combustão e que não são alvo das tarifas.

As vendas de veículos 100% elétricos e híbridos plug-in na Europa subiram 28% e 31%, respectivamente, mesmo com queda nos carros a combustão. As vendas totais de elétricos chineses cresceram 59% em abril, chegando a quase 15,3 mil unidades.

Em março, dados mostraram que a Tesla, que só vende carros 100% elétricos, ficou atrás da BYD em número total de vendas anuais no mundo.

Por: André Queiróz

 

82% dos bares e restaurantes esperam faturar mais no Dia dos Namorados em comparação com o ano passado

O otimismo tomou conta dos bares e restaurantes diante da proximidade do Dia dos Namorados. De acordo com pesquisa da Abrasel, 82% dos estabelecimentos esperam faturar mais do que no ano passado — e a maioria projeta um crescimento de até 20%. A adesão à data é quase unânime: 95% vão abrir as portas, sendo que 1% fará isso exclusivamente para a ocasião. Outros 5% não vão funcionar ou ainda não decidiram. 
 
Para aproveitar melhor o potencial da data, a Abrasel lançou a campanha Semana dos Namorados, incentivando os estabelecimentos a ampliarem a programação além do tradicional jantar romântico do dia 12 de junho. A iniciativa inclui uma cartilha com orientações para aumentar o faturamento, com foco em ações como capacitação de funcionários e ambientação. O material está disponível no site materiais.abrasel.com.br/cartilha-semana-dos-namorados. 
 
“O Dia dos Namorados é, historicamente, o dia de maior movimento nos bares e restaurantes, marcado por filas e casas lotadas. Ao incentivar comemorações ao longo de toda a semana, queremos oferecer aos casais uma experiência mais tranquila e prazerosa, com conforto, privacidade e um atendimento ainda mais dedicado por parte das equipes", afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel. 
 
Abril traz boas notícias para a rentabilidade dos negócios 
 
O cenário que antecede o Dia dos Namorados já mostra sinais de recuperação. Em abril, 40% das empresas do setor registraram lucro, enquanto outros 40% conseguiram equilibrar suas contas e 19% registraram prejuízo. Os dados apontam para um segmento que, embora ainda pressionado por custos e instabilidade econômica, está mais fortalecido do que em anos anteriores. 
 
Uma das estratégias para preservar a clientela tem sido reajustar os preços de forma moderada. Segundo a pesquisa, nos últimos 12 meses, 60% dos bares e restaurantes ajustaram os cardápios dentro ou abaixo da inflação, enquanto 34% não fizeram qualquer reajuste. Apenas 6% aplicaram aumentos superiores ao índice oficial. 
 
“Há uma preocupação constante em manter o negócio viável sem afastar o consumidor. O setor está mais atento à necessidade de equilibrar rentabilidade e competitividade”, avalia Solmucci. “O Dia dos Namorados funciona como um termômetro desse equilíbrio: quando bem planejada, a data pode impulsionar o faturamento e ajudar a reduzir o impacto de desafios econômicos, como a inflação, no caixa dos estabelecimentos”, conclui. 

 

Fabiano destaca que Porto de Itajaí volta a ser competitivo e adverte Estado para concorrência com Paraná

O deputado Fabiano da Luz fez uma visita ao Porto de Itajaí e comprovou que desde que o governo federal assumiu o porto ele voltou a funcionar e a ser competitivo.

“Também pude comprovar o que se tornou o Porto de Itajaí no mandato passado do Bolsonaro. O Bolsonaro fez pelo Porto de Itajaí a mesma coisa que ele fez por Santa Catarina: nada. Não fez nada. Deixou ele morrer, fechar, virar um porto fantasma. Não renovou contrato com as empresas e a tristeza tomou conta”, lamentou.

Somente após ser federalizado e o presidente Lula renovar contratos com as empresas que o porto voltou a operar. “Nesses primeiros quatro primeiros meses do ano movimentou R$ 64 milhões. Gerou emprego, renda, girou a economia do município, inclusive para a Prefeitura de Itajaí, que voltou a ter recolhimento de ISS”, disse.

O deputado disse que na próxima semana, um navio construído especialmente para o transporte de veículos fará sua primeira viagem com 7.500 carros da BYD, o maior carregamento de veículos do mundo a ser desembarcado em Itajaí.

“Além disso, o presidente Lula deve vir para Santa Catarina nos próximos dias e vai trazer mais R$ 600 milhões de investimentos do governo Federal para torná-lo um dos principais pontos de escoamento e recebimento de mercadorias do Brasil”, antecipou.

 

Foto: Bruno Collaço/Agência AL

Federação de Hotéis e Restaurantes defende autonomia do setor sobre escala de trabalho de mulheres

A fim de impedir uma onda de demissões nos setores em que opera, a Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) defende que a escala de trabalho pode ser objeto de negociação coletiva entre os sindicatos da categoria (profissional e patronal). Ocorre que, em alguns casos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem feito imposições para a concessão de duas folgas por mês, incluindo fins de semana. Entretanto, a entidade afirma que, em áreas como Hospitalidade, Turismo e Alimentação, o ponto forte é, justamente, os sábados e os domingos, quando há maior demanda em detrimento de dias úteis.

Para jogar luzes ao tema, a Fhoresp promove na segunda-feira (26/5), das 14 às 17h, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), o seminário “Escala de Trabalho – Dupla Folga Dominical para Mulheres no Setor de Hospedagem & Alimentação”. Nomes de peso do Direito Trabalhista e do setor de Turismo darão tom ao evento, destinado a profissionais e a empresários do trade turístico e da seara jurídica. Presencial, o encontro tem vagas limitadas. As inscrições devem ser firmadas com antecedência no link https://fhoresp.com.br/fhoresp-juridicos/).

Entre os expositores estarão a ministra Morgana de Almeida Richa, da 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST); o desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira, da Seção de Dissídios Coletivos e da 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2); e a advogada Maíra Recchia, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-SP.

O assunto está em evidência em razão de recentes decisões do STF sobre as convenções coletivas entre sindicatos e empresas. O artigo 386 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) estabelece que as empresas devem se organizar de forma que as mulheres tenham a folga semanal aos domingos a cada 15 dias, diferentemente dos homens, que têm assegurado a folga aos domingos a cada três trabalhados. Entretanto, os Tribunais sempre acolheram as negociações entre o setor patronal e os sindicatos, que ofereciam outras contrapartidas em benefício das trabalhadoras.

O diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, reconhece que o tema é sensível, mas precisa ser abordado para garantir a contratação feminina. A entidade representa cerca de 500 mil estabelecimentos no estado, que têm a maior parcela de vagas ocupadas por mulheres. De acordo com levantamento do Núcleo de Pesquisas da Federação, são 956,3 mil homens, ante pouco mais de 1,2 milhão de mulheres atuando no setor:

“O melhor momento para hotéis, bares e restaurantes é o fim de semana, e com pico maior de trabalho aos domingos. Conceder mais uma folga às mulheres justamente neste dia pode impactar o setor e pender para o lado da preferência da vaga, sendo que, até o momento, com autonomia, as negociações entre empregador e empregado deram muito certo. Outra característica do segmento é que ele é porta de entrada de muitos trabalhadores que chegam sem qualificação. Resumindo: queremos encontrar um caminho alternativo para não gerar demissões e preferências por homens em vez de mulheres na hora de preencher o posto de trabalho”, analisa o representante da Federação.

A sede da OAB-SP, onde será abrigado o seminário, fica na rua Maria Paula, 35, 3º andar - centro de São Paulo-SP.

Aplicação de prescrição intercorrente a infrações aduaneiras

Por Juliana Amaro, Bruno Ferreira e Lucas Orlandi 

A 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, nos Recursos Especiais (REsps) nº 2147578/SP e nº 2147583/SP (Tema 1293), que a prescrição intercorrente – ou seja, o arquivamento do processo administrativo por paralisação superior a três anos – se aplica também às infrações aduaneiras de natureza não tributária. A decisão, relatada pelo ministro Paulo Sérgio Domingues, consolidou o entendimento de que esses créditos punitivos são administrativos, distintos dos tributários.

O cerne da controvérsia era a aplicação do art. 1º, §1º, da Lei 9.873/1999, que prevê a prescrição intercorrente para processos administrativos paralisados por mais de três anos, às infrações aduaneiras. O Fisco argumentava que essas penalidades deveriam ser tratadas como de natureza fiscal, ficando excluídas desse regime.

A tese fixada pelo STJ estabeleceu, que:

1.      Incide a prescrição intercorrente prevista no artigo 1º, §1º da Lei 9.873/1999, quando paralisado o processo administrativo de apuração de infrações aduaneiras de natureza não tributária por mais de três anos.

2.      A natureza jurídica do crédito correspondente à sanção pela infração à legislação aduaneira é de direito administrativo, não tributário, se a norma infringida visa primordialmente ao controle do trânsito internacional de mercadorias ou à regularidade do serviço aduaneiro, ainda que reflexamente possa colaborar para a fiscalização do recolhimento dos tributos incidentes sobre a operação.

3.      Não incidirá o artigo 1º, §1º, da Lei 9.873/1999 apenas se a obrigação descumprida, embora inserida em ambiente aduaneiro, destinava-se direta e imediatamente à arrecadação ou fiscalização dos tributos incidentes sobre o negócio jurídico realizado.

Assim, ficou claro que infrações aduaneiras "não tributárias" são disciplinadas pelos princípios do direito administrativo sancionador, incluindo a prescrição intercorrente. O debate girou em torno da distinção entre sanções administrativas e tributárias. As multas administrativas decorrem do descumprimento de normas voltadas à regularidade das operações de comércio exterior, enquanto as tributárias têm por finalidade principal a arrecadação fiscal.

Por exemplo, uma multa por importação sem Licença de Importação (LI) tem caráter administrativo, pois busca regular o fluxo de mercadorias e garantir o cumprimento de requisitos burocráticos. Em contrapartida, uma multa por falta de recolhimento do imposto de importação é tributária, pois sua finalidade é coibir a sonegação e garantir o pagamento devido ao Fisco.

O procurador da Fazenda Nacional alegou que, por integrarem um "procedimento fiscal", as multas aduaneiras deveriam ser tratadas como tributárias, sem prescrição intercorrente. Contudo, a defesa argumentou que, ainda que inseridas no contexto aduaneiro, as infrações em questão eram meramente administrativas e tinham por objetivo regular a circulação internacional de mercadorias, não a arrecadação de tributos.

Outro ponto debatido foi a interrupção do prazo prescricional. De acordo com os Tribunais Regionais Federais, apenas decisões, atos de instrução ou de comunicação ao infrator são capazes de interromper a prescrição intercorrente. Medidas meramente burocráticas, sem avanço efetivo do processo, não são suficientes para interromper o prazo.

A decisão do STJ beneficia os contribuintes ao impor um limite temporal para a conclusão de processos punitivos, reforçando a segurança jurídica e evitando sanções indefinidas por inércia estatal. Apesar de a decisão vincular instâncias inferiores e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), há discussão sobre a necessidade de trânsito em julgado para sua aplicação. O Regimento Interno do Carf prevê que apenas decisões transitadas em julgado têm aplicação obrigatória.

Além disso, a decisão pode impactar a Súmula 11 do Carf, que atualmente exclui a prescrição intercorrente do processo administrativo fiscal. O entendimento do STJ pode levar a uma revisão dessa interpretação para multas de natureza administrativa.

Por fim, o terceiro item pode trazer controvérsia quanto à aplicação da prescrição intercorrente em processos de natureza mista (tributária e administrativa), podendo ser considerado que não se aplicaria nestes casos, embora o texto não seja claro neste sentido, o que poderá gerar discussões futuras.

De todo modo, a uniformização desse entendimento pelo STJ trará maior previsibilidade às relações entre Fisco e contribuintes, em alinhamento com os princípios da duração razoável do processo e da eficiência administrativa. A decisão representa um importante precedente para a prática do direito administrativo, delimitando com precisão a diferença entre sanções tributárias e administrativas, além de reforçar a necessidade de conclusão tempestiva dos processos punitivos.

*Juliana Amaro é sócia do Tributário Contencioso do escritório Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

*Bruno Ferreira é líder da área Aduaneira Contenciosa do escritório Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

* Lucas Orlandi Lemos é trainee da área aduaneira do escritório Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados.

Indústrias de SC já sentem efeitos do incremento das tarifas

O segundo dia da imersão Tarifaço Trump, promovida pela Federação das Indústrias de SC por meio da Academia FIESC de Negócios, trouxe a experiência do Grupo Rohden e da Portobello America. Confira os principais destaques dos cases:

O CEO da Rohden, Jorge Luís Rohden, explicou que a empresa é a maior exportadora de portas do país para os Estados Unidos. Em 2024, a Rohden despachou para os Estados Unidos 1.383 contêineres, o que faz da empresa a primeira no ranking dos maiores exportadores de portas por via marítima ao mercado norte-americano.

Ele destacou que o ritmo dos pedidos vem caindo, com os clientes em compasso de espera, diante da incerteza. Mas não é só a falta de clareza que motiva a redução dos pedidos. Por conta de gargalos logísticos no segundo semestre de 2024, e com a normalização das viagens marítimas de novembro em diante, os estoques dos clientes estão em nível elevado.

Com o apoio do Observatório FIESC, a empresa acompanha de perto o impacto das tarifas sobre os negócios. Isso se dá pelo monitoramento de diversos indicadores econômicos e de inteligência de mercado de seu principal parceiro externo.

“Para a Rohden, a informação rápida e de qualidade é essencial para a tomada de decisão. O relacionamento muito próximo com nossos principais clientes nos Estados Unidos também tem nos permitido entender as mudanças na perspectiva deles, e assim ajustarmos a nossa atuação”, afirmou.

Informação estratégica é especialmente relevante para a companhia, já que o principal produto da pauta exportadora da empresa está na lista da investigação sobre o impacto das importações de madeira e seus derivados sobre a segurança dos EUA – um dispositivo criado para defender a segurança nacional norte-americana, a chamada seção 232 e que resultado em tarifas ainda mais altas, a exemplo do aço.

Para o CEO da Portobello Americahttps://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/cadeia-florestal-acompanha-desdobramento-do-pacote-tarifario, João Oliveira, embora exista um movimento de busca por fornecedores nos Estados Unidos para substituir em parte as importações, o processo até a formalização de negócios é lento. A empresa já foi abordada por um cliente que busca uma opção local para substituir produtos atualmente comprados da Espanha. De acordo com ele, apenas 30% do consumo norte-americano de porcelanato e revestimentos cerâmicos é produzido localmente. Os demais 70% têm origem na Índia e em países europeus, como Espanha e Itália.

“A tendência de valorização e do aumento da produção interna nos EUA deve prevalecer no longo prazo. Já há um grande movimento de valorização dos produtos Made in USA, com a bandeira americana em lugar de grande destaque no marketing das empresas com fabricação local.”

Durante o segundo dia da imersão, a FIESC apresentou também um estudo exclusivo da área de desenvolvimento industrial que traça os possíveis cenários decorrentes dos efeitos do tarifaço do governo norte-americano. O documento apontou os destinos possíveis e prováveis do excedente de exportações chinesas, considerando os custos de importação para esse novo destino, o potencial de mercado e também se já existem vendas chinesas daquele produto para o novo país.

Fonte: FIESC

 

Por: André Queiróz

 

BNT Mercosul acontece na próxima semana, em Balneário Camboriú: confira a programação completa

A edição de 31 anos da BNT Mercosul acontece na próxima semana, nos dias 30 e 31 de maio (sexta-feira e sábado), no Expocentro Balneário Camboriú Júlio Tedesco, com a expectativa de reunir agentes e operadores de viagens do Brasil e Mercosul e os principais destinos brasileiros. Com programação diversificada, que inclui feira, capacitações e rodadas de negócios, a BNT ainda oferece a oportunidade de os profissionais e imprensa visitarem os principais atrativos turísticos de Balneário Camboriú, cidade que é considerada um dos destaques no turismo do Sul do Brasil.
O CEO da BNT Mercosul, Geninho Goes, explica que o grande diferencial do evento é justamente porque ele é o único onde os destinos são 100% nacionais - são cidades, estados, parques, hotéis e receptivos somente do Brasil. “Isso é muito forte porque nós deixamos os nossos recursos aqui no Brasil. Ao passo que, se você vai num evento que está vendendo [destino] internacional, nós estamos pegando o dinheiro do Brasil e mandando para fora. Então aqui nós geramos empregos direta e indiretamente. A BNT Mercosul é um cenário onde os negócios se multiplicam ao longo do ano”, diz.
Visitantes e imprensa também poderão conhecer os atrativos turísticos
Geninho comenta ainda que o agente de viagens que vem para acompanhar a BNT Mercosul ainda poderá conhecer a região e uma cidade maravilhosa - quem é Balneário Camboriú. “Pois os atrativos estarão disponíveis para os participantes do evento. Ou seja, ao mesmo tempo em que ele vai desfrutar, ele também estará trabalhando", acrescenta.
Quem estiver credenciado na BNT terá acesso livre para passeios somente nos dias 30, 31 de maio e 01 de junho em horários fora da programação da feira (Barco Pirata - 31/05, das 9h às 12h e 01/06 o dia inteiro; Cristo Luz - 30/05 a 01/06 das 20h às 00h; FG Big Wheel - 31/05 das 9h às 12h e 01/06 das 9h às 21h; BC Summit - 31/05 das 10h às 12h e 01/06 das 10h às 19h; Multiparque - 01/06 das 9h às 18h; Zoo Balneário Camboriú - 31/05 das 8h30 às 12h e 01/06 das 8h30 às 17h30). Será indispensável apresentação da credencial e documento com foto e o deslocamento é por conta de cada participante em toda a programação. 
Confira abaixo a programação completa da BNT Mercosul - Edição 31 anos
- 1º DIA DA BNT MERCOSUL - 30 DE MAIO DE 2025 – SEXTA-FEIRA
Manhã - chegada dos participantes;
12h -  Retirada das credenciais | Expocentro Balneário Camboriú Júlio Tedesco;
14h - Abertura da BNT Mercosul | Expocentro Balneário Camboriú Júlio Tedesco;
14h às 20h - Feira de negócios;
19h - Happy hour nos estandes; 

- PROGRAMAÇÃO DAS CAPACITAÇÕES DO DIA 30/05
SALA 01
Unipraias, Barco Pirata, Multiparque e Costão do Santinho: 15h30
Pará: 16h15
Maranhão: 17h

SALA 02
Sergipe: 15h30
Santa Catarina: 16h15
Rio  Grande do Sul: 17h

SALA 03
Pará: 15h30
Maranhão: 16h15
Unipraias, Barco Pirata, Multiparque e Costão do Santinho: 17h 

SALA 04
Santa Catarina: 15h30
Rio Grande do Sul: 16h15
Sergipe: 17h

- 2º DIA DA BNT MERCOSUL - 31 DE MAIO DE 2025 - SÁBADO
08h30 às 12h - Rodada de negócios (o evento é FECHADO para operadores e expositores previamente inscritos e com estandes na feira BNT Mercosul);
AVISO: Para os demais participantes, a MANHÃ É LIVRE para visitas aos atrativos parceiros do evento;
14h às 19h - Feira de negócios | Capacitações no Expocentro Balneário Camboriú Júlio Tedesco;
16h30 - Coletiva de Imprensa
18h - Happy hour nos estandes;
18h30 - Sorteio das malas no estande do Parque Unipraias | Multiparque | Barco Pirata | Costão do Santinho;

- PROGRAMAÇÃO DAS CAPACITAÇÕES DO DIA 31/05
SALA 01
Maranhão: 15h30
Rio Grande do Sul: 16h15
Pará: 17h

SALA 02
Rio Grande do Sul: 15h30
Sergipe: 16h15
Maranhão: 17h

SALA 03
Pará: 15h30
Santa Catarina: 16h15
Unipraias, Barco Pirata, Multiparque e Costão do Santinho: 17h

SALA 04
Sergipe: 15h30
Unipraias, Barco Pirata, Multiparque e Costão do Santinho: 16h15
Santa Catarina: 17h.

Sobre a BNT Mercosul
A BNT Mercosul tem organização do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau. Esta edição conta com as Participações Especiais: 
Ministério do Turismo, Governo Federal Brasil, Secretaria de Estado do Turismo de Santa Catarina, Balneario Camboriú, Barco Pirata, Costão do Santinho, Maranhão, Multiparque, Pará, Rio Grande do Sul e Sergipe.
Siga a BNT Mercosul no Instagram @bntmercosul. Para saber mais, visite o site bntmercosul.com.br.

Prazo de 28 dias para Brasil ficar livre da gripe aviária começa hoje

No fim desse prazo, se não houver novas ocorrências, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região e retomar gradualmente as exportações que ainda estão restritas.

Durante o vazio sanitário, a granja deve permanecer sem a presença de aves ou atividades avícolas. O protocolo prevê dois períodos de incubação de 14 dias. A medida está prevista no Plano Nacional de Contingência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e segue protocolos internacionais.

Nesta quarta-feira (21), o serviço veterinário oficial concluiu o processo de limpeza e desinfecção dos galpões, máquinas e outras estruturas e equipamentos da granja, incluindo escritório, almoxarifado, vestiários e lavanderia. 

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Segundo o Mapa, no raio de 10 quilômetros da granja afetada, foram identificados 540 estabelecimentos rurais, e todos já foram vistoriados. Desses, além da granja do foco, mais dois atuam com avicultura comercial. 

Doença 
A influenza aviária, comumente conhecida como gripe aviária, afeta principalmente aves, mas também foi detectada em mamíferos, incluindo bovinos. 

A transmissão ocorre pelo contato com aves doentes e também por meio da água e de materiais contaminados. A doença raramente afeta humanos, e a orientação é que as pessoas se mantenham informadas e adotem as medidas preventivas recomendadas.

Segundo o Ministério da Agricultura, carnes e ovos podem ser consumidos com segurança, desde que preparados adequadamente.

Empreende Brazil Conference pretende injetar cerca de R$ 30 milhões na economia em Santa Catarina

A 11ª edição do Empreende Brazil Conference, que ocorre nesta sexta-feira (23) e sábado (24/5), a partir das 8h, na arena Opus, em São José, na Grande Florianópolis, deve injetar mais de R$ 30 milhões na economia de Santa Catarina.

A estimativa é baseada nos dados mais recentes da Fundação Getúlio Vargas sobre o gasto médio diário do turista de eventos e negócios. Com a expectativa de 6 mil participantes, o evento movimenta a área produtiva do setor de eventos, hotelaria, restaurantes, fornecedores, serviços, produtos, comércio, entre outros. “Certamente o valor gerado é bem maior, pois alguns cálculos não conseguimos estimar, como a geração de novos negócios a partir de parcerias e ideias consolidadas no evento”, explica o idealizador da conferência e CEO da LS Holding, Lucas Schweitzer.

Na última edição, o evento reuniu empreendedores com faturamento anual de R$ 200 bilhões e cerca de 190 mil postos de trabalho formais. Historicamente, a maior participação é do setor de serviços, com quase metade do público nas últimas edições, seguida por varejo, indústria, educação e bens de consumo.

O evento também reúne profissionais liberais que empreendem em suas carreiras, como médicos, dentistas e advogados, por exemplo, e profissionais que ocupam cargos de liderança e desempenham funções de gestão e como tomadores de decisões. “Empreendedor não é só quem tem empresa com CNPJ, mas todos os profissionais que buscam alta performance, incluindo colaboradores e servidores públicos com comportamento empreendedor. Por isso, nosso conteúdo é pensado numa visão 360°, que atende a todas as necessidades de um empreendedor e de profissionais com diferentes perfis”, destaca Schweitzer.

Serão dois dias de programação intensa, com mais de 12 horas diárias de conteúdo para potenciais empreendedores, para donos de negócios de todo o porte e para intraempreendedores. As palestras abordarão temas voltados à tecnologia, inovação, marketing e vendas, inteligência artificial, alta performance e gestão, entre outros, além de abranger diferentes nichos de mercado para o empreendedorismo. Serão mais de 80 palestras, mentorias e oficinas práticas, workshops, espaço para networking e feira de negócios com mais de 100 marcas, com a participação de cerca de 100 patrocinadores e entidades empresariais.

As inscrições e ingressos para o evento estão disponíveis inclusive durante o evento, pelo site www.empreendebrazil.com.br.

Com menor taxa de desemprego do país, Santa Catarina se destaca na contratação de estrangeiros e jovens aprendizes

Mercado de trabalho está aquecido em Santa Catarina com geração de oportunidades e contratação em diversos setores – Foto: Roberto Zacarias/SecomGOVSC

Santa Catarina possui a menor taxa de desemprego do país, com apenas 3%, conforme dados do IBGE divulgados na última sexta-feira, 16. O percentual catarinense se consolida bem abaixo da média nacional, que está em 7%. Além disso, o estado tem os melhores índices de formalidade no mercado de trabalho, bem como se destaca na contratação de estrangeiros e de jovens aprendizes.

“Santa Catarina é um estado empreendedor, onde o trabalho e a produtividade são parte da nossa identidade. Não à toa nossos índices superam a média do país. O Governo do Estado é um parceiro do setor produtivo e incentiva quem impulsiona a economia. Com investimentos históricos em infraestrutura, segurança e energia, estamos criando as condições ideais para atrair novos investimentos e ampliar a oferta de empregos”, afirma o governador Jorginho Mello.

Além de ter a menor taxa de desemprego do país, Santa Catarina também tem a menor taxa de informalidade, com apenas 25,3%, ante a média brasileira de 38%. A alta empregabilidade com carteira assinada faz de Santa Catarina o estado brasileiro com menor participação no Programa Bolsa Família, do Governo Federal. Enquanto a média brasileira aponta que 18,7% dos domicílios brasileiros têm beneficiários do programa, no estado este percentual é de apenas 4,4%.

Destaque na contratação de trabalhadores estrangeiros
Santa Catarina é o segundo estado que mais contratou estrangeiros durante o primeiro trimestre de 2025, conforme o Caged. O estado acumula saldo positivo de 5.429 contratações de trabalhadores de outras nacionalidades, o que representa cerca de 25% dos 21,8 mil estrangeiros contratados em todo o país no mesmo período. Ou seja, a cada quatro estrangeiros contratados no Brasil em 2025, um trabalha em Santa Catarina. O estado ficou à frente de Paraná (5.221) e São Paulo (2.957) e atrás do Rio Grande do Sul (saldo de 5.454).

“Santa Catarina é um estado muito procurado devido ao grande número de oportunidades disponíveis. A economia aquecida, os incentivos ao empreendedorismo e a simplificação do ambiente de negócios são alguns dos nossos atrativos. É por isso que o Sine tem mais de 8 mil vagas de trabalho abertas em todo o estado e realiza seguidos feirões para atrair mão de obra”, destaca o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck.   

Dos 5.429 trabalhadores estrangeiros contratados em Santa Catarina em 2025, são 3.177 venezuelanos, 845 cubanos, 637 haitianos, 297 paraguaios e 262 argentinos. O dado apurado pelo Caged considera apenas aqueles que têm carteira de trabalho assinada. A maior parte desses estrangeiros atua em plantas industriais de fabricação de alimentos, principalmente na cadeia de produção de carnes e outros itens da agropecuária.


Oportunidades de contratação para jovens aprendizes
No primeiro trimestre de 2025, Santa Catarina registrou a contratação de 8,8 mil jovens aprendizes, sendo que a maioria tem menos de 18 anos. Este tipo de contratação serve como aprendizado, abrindo as portas do mercado de trabalho para as novas gerações – inclusive para adolescentes que estão cursando o ensino médio.

Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o saldo positivo de 8,8 mil jovens contratados como aprendizes em Santa Catarina representa 18,6% do total brasileiro de 47,5 mil contratações. Ou seja, a cada seis jovens atuando como aprendizes no Brasil, um é catarinense. O estado é o segundo que mais abriu vagas no país, atrás apenas de São Paulo (14,6 mil). A maior parte dos aprendizes catarinenses atua na área de serviços administrativos.

“A abertura de vagas para os jovens aprendizes é um diferencial de Santa Catarina porque dá ao adolescente a oportunidade de ganhar experiência no mercado de trabalho desde cedo. Essa é uma cultura que valoriza o trabalho. Assim, o jovem poderá seguir a carreira profissional e sua formação com maior capacidade de aprender e realizar”, acrescenta o secretário Silvio Dreveck. 

Zen inaugura unidade fabril com aporte de R$ 150 milhões

A ZEN, indústria brasileira especializada em produtos metalmecânicos e elétricos para o setor da mobilidade, inaugurou nesta terça-feira, dia 20, uma nova unidade fabril em Brusque. A planta foi construída no mesmo endereço da sede atual da companhia e integra um ciclo de investimentos de R$ 150 milhões, destinado à ampliação da estrutura e aquisição de equipamentos industriais.

A cerimônia de inauguração marcou a conclusão de um projeto com dois anos de planejamento e um ano de execução. Durante o evento, convidados conheceram a nova fábrica, que foi projetada para otimizar processos e reforçar o compromisso da empresa com inovação e eficiência.

Para o diretor-presidente da ZEN, Wilson Bricio, a expansão representa mais do que o crescimento físico da empresa. “Celebramos com orgulho os 65 anos da nossa história e a inauguração de uma nova unidade fabril – um marco estratégico que reforça nosso compromisso com a excelência e nos posiciona de forma ainda mais competitiva para o futuro. Esse momento é fruto do mesmo espírito empreendedor que inspirou nossos fundadores e que continua presente em cada passo que damos. Investimos no futuro porque acreditamos na força do nosso time e na perenidade do nosso negócio”, afirmou.

A nova unidade incorpora etapas como jateamento, compactador, fosfatização, trefila e recozimento, além de contar com recursos que aumentam a agilidade, segurança e controle de qualidade. “Este projeto foi concebido para fortalecer nosso processo produtivo com mais integração, velocidade e controle de qualidade. A nova fábrica nos permite ampliar a capacidade de resposta ao mercado. Tudo isso com inovação técnica e foco no cliente, pilares que norteiam nossas decisões industriais”, disse o diretor de operações, Eduardo Bertolini.

Entre os destaques tecnológicos da unidade estão a utilização de processos sustentáveis – como o reaproveitamento de água no enxágue – e a eliminação do uso de ácido na etapa de fosfatização. Segundo a empresa, essa configuração torna a fábrica uma das poucas no mundo a adotar essa tecnologia.

Tecnologia e inovação
A estrutura também recebeu melhorias voltadas ao bem-estar dos trabalhadores e à convivência com a comunidade, com sistemas de ventilação forçada, isolamento térmico e acústico. Segundo Bertolini, a nova fábrica da ZEN é “exemplo de inovação sustentável”, com uma das trefilas mais modernas da América Latina, processo de fosfatização sem uso de ácido — “uma das poucas instalações no mundo” com essa tecnologia — e reaproveitamento da água de enxágue, o que reduz consumo e resíduos industriais.

Ainda neste ano, a fábrica deve receber uma conformadora de 1.200 toneladas e uma linha de forjamento a quente, com o objetivo de ampliar o portfólio de produtos voltados à mobilidade.

Fundada em 1960, a ZEN exporta para mais de 70 países e atende empresas como Petrobras e Embraer, além de atuar nos segmentos de equipamentos originais (OEM) e de reposição (aftermarket). A produção anual supera 15 milhões de componentes, e a empresa emprega cerca de mil pessoas.

Com informações da Zen.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

“As oportunidades de SC fizeram o interesse comercial brotar no olhar de cada um”, comemora o governador após missão com investidores nos EUA

Visitas a Nova York e Washington serviram para busca de investimentos para o estado – Foto: Divulgação / SECOM

Depois de uma semana intensa de trabalho nos Estados Unidos, o governador Jorginho Mello voltou a Santa Catarina com a bagagem cheia de notícias boas. Em Nova York e Washington, a comitiva catarinense se reuniu com empresários e investidores mostrando os números positivos do estado e as potenciais oportunidades de negócios. No Banco Mundial, foram apresentados projetos para futuros financiamentos nas áreas de infraestrutura, transporte rodoviário, ferroviário e marítimo, além de proteção e defesa civil.

“Foram encontros de alto nível, mostrando os números e as oportunidades de Santa Catarina, fazendo o interesse comercial brotar no olhar de cada um. Depois das reuniões eles vinham pedir um endereço e os contatos de quem poderia falar sobre determinado assunto. Tratamos também com fundos de investimentos, que têm interesse em aplicar. Com essa mexida que os Estados Unidos deram no mundo sobre taxação, tem muito investidor pensando em mudar os seus negócios, ou parte dos seus negócios, dos seus investimentos. E a gente apresentou Santa Catarina como um estado sólido, com segurança jurídica, com segurança ambiental, com segurança pública. Foi  uma viagem de negócios e de colher futuros negócios, futuros investimentos”, resumiu o governador Jorginho Mello.

Quem também esteve na missão nos Estados Unidos foi o secretário de Executivo de Estado de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos, Paulo Bornhausen. Ele destacou a saúde financeira que o Estado alcançou na gestão do governador Jorginho Mello, o que permite obter financiamentos em termos vantajosos sem pesar no orçamento público.

“Esses financiamentos do Banco Mundial, primeiro, são extremamente positivos para o Estado. Porque eles têm carência longa para se pagar a partir do momento do contrato, e depois têm muitos anos para pagar. Nós estamos falando de três décadas, pelo menos. E depois a taxa de juros é originária do Banco Mundial. É um investimento que quando começar a pagar, ele já está encaminhado para se auto pagar. Esse é aquele empréstimo que alavanca a economia, que vai para a área produtiva e tem resultado. Manter o jovem no campo é um grande ganho para o estado, ter estradas boas também. Então eu diria que o governador Jorginho Mello tem isso na cabeça: não endividar o Estado. Mas buscar financiamentos que a curto, médio e  longo prazo vão trazer resultados fantásticos. Mesmo antes de começar, o investidor vem, as pessoas se animam a fazer, porque sabem que vão ter isso ao longo do tempo”, explicou o secretário.

No primeiro dia, a missão liderada pelo governador Jorginho Mello, participou do SC Day, em Nova York. O grupo apresentou com destaque os dados de crescimento, incentivos fiscais, infraestrutura logística, aeroportos e portos e oportunidades de parcerias público‑privadas (PPPs). Entre os ativos ofertados estavam o Mirante da Serra do Rio do Rastro, a Zona Portuária de Imbituba e a Rodovia ViaMar, que ligará Joinville ao contorno da Grande Florianópolis. O encontro reuniu cerca de 50 empresários, entre americanos e brasileiros, com operações no mundo todo. O SC Day é realizado pela InvestSC e a Secretaria de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos (SAI), com apoio do BT.

A comitiva catarinense também esteve em  Washington para uma rodada de conversas técnicas com a International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial especializado em estruturar concessões e parcerias público-privadas. O governador apresentou diversas iniciativas e três obras consideradas estratégicas para destravar a logística do estado: a rodovia ViaMar, o primeiro Plano Ferroviário de Santa Catarina e o Transporte Marítimo. Ao todo, os projetos discutidos somam mais de US$ 500 milhões em investimentos com sinalização favorável da instituição internacional.

O secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, que também integrou a comitiva, avaliou o impacto econômico da agenda. “O governador Jorginho Mello tem clareza de que a responsabilidade fiscal é fundamental para o futuro do nosso Estado e de que vamos avançar com recursos de terceiros. Eles podem vir de investidores, como buscamos em Nova York, ou com o financiamento de bancos de fomento, como fizemos em Washington, com o Banco Mundial”, declarou.

A comitiva catarinense nos Estados Unidos também contou com a participação outras autoridades catarinenses: secretário de Estado da Comunicação, Bruno Oliveira, e o secretário adjunto da Comunicação, Nathan Neumann; Beto Martins, secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias; coronel Fabiano de Souza, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar e Rodrigo Prisco, diretor da InvestSC.

Das entidades representativas do estado, parlamento e municípios, fazem parte da comitiva o Presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar; o presidente da ACATE, Diego Brittes Ramos; o deputado Estadual Mário Motta; o presidente do Grupo SCC, Roberto Amaral; os prefeitos de Florianópolis, Topázio Neto; de Itajaí, Robison Coelho e de Balneário Piçarras, Tiago Baltt. Também viajam o consultor de Desenvolvimento Regional da AMFRI, João Luiz Demantova, e o diretor-presidente da Itajaí Participações S/A, Níkolas Reis.

Galípolo defende manutenção de juros altos por mais tempo diante de incertezas

Durante participação na Annual Brazil Macro Conference, promovida pelo banco Goldman Sachs nesta segunda-feira (19), o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que a política monetária brasileira deve manter os juros em um patamar restritivo por mais tempo do que o habitual. Segundo ele, o cenário atual de incertezas, com expectativas de inflação ainda desancoradas, exige cautela.

“Faz sentido permanecer com os juros em um nível restritivo por mais tempo do que costumamos praticar”, afirmou Galípolo. De acordo com o presidente do BC, os riscos tanto internos quanto externos obrigam a uma calibragem cuidadosa da política monetária. “Queremos manter essa capacidade de reagir conforme os fatos se desenrolarem”, acrescentou.

Galípolo também comentou o desempenho da economia, que deve encerrar o quarto ano consecutivo com crescimento acima de 3%, mesmo em um contexto de juros nominais elevados. No entanto, ele observou que, diferentemente de anos anteriores, as projeções econômicas não vêm sendo revisadas para cima, o que demonstra, segundo ele, que a política monetária está surtindo efeito.

Ao ser questionado sobre possíveis cortes na taxa Selic, Galípolo descartou essa possibilidade no curto prazo. “Ainda não há espaço para essa discussão no Comitê de Política Monetária (Copom)”, disse. O foco, segundo ele, segue sendo a convergência da inflação para a meta estipulada.

O BC prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seguirá acima do teto da meta em junho. Em abril, a inflação acumulada em 12 meses foi de 5,53%, o que, na avaliação do Copom, exige a manutenção de medidas restritivas. A taxa básica de juros foi recentemente elevada de 14,25% para 14,75% ao ano.

“Deixamos claro que não há flexibilização em relação ao nosso compromisso com a meta de inflação”, afirmou Galípolo, reafirmando o compromisso da autoridade monetária com a estabilidade econômica do país.

Reginaldo Regino conta em livro como trouxe a BMW para o Brasil

Pioneiro na importação de automóveis, o engenheiro civil e empresário Reginaldo Regino transformou o mercado automobilístico brasileiro ao viabilizar a chegada da primeira BMW ao país em 1990. Em seu livro O primeiro carro importa, lançado pela Matrix Editora, Regino compartilha os bastidores dessa trajetória marcada pela coragem, inovação e resiliência. 

A narrativa revela a jornada de um brasileiro multifacetado que nunca teve medo de experimentar. Regino traz o empreendedorismo em seu DNA: abriu o primeiro negócio aos 21 anos e, anos depois, revolucionou a indústria automotiva nacional. 

No início da década de 1990, uma abertura econômica foi promovida pelo governo de Fernando Collor, que criticava os veículos nacionais e os identificava com a alcunha de "carroças", em alusão ao atraso do segmento automotivo local em relação a de outras partes do mundo. Foi nesse contexto que Regino vislumbrou uma oportunidade única. À frente da Regino Veículos, ele iniciou negociações com a BMW e, em 15 de junho de 1990, concretizou a importação do modelo BMW 520i, o primeiro da marca a desembarcar oficialmente no Brasil.  

Esse acontecimento não apenas colocou a Regino Veículos em destaque, mas também provocou uma reconfiguração no mercado automotivo nacional, que precisou se adaptar às novas exigências dos consumidores. As ruas brasileiras passaram a exibir uma diversidade de marcas e modelos internacionais, cenário que perdura até hoje.  

Ao entrelaçar as paixões nacionais por carros e empreendedorismo, Regino compartilha lições valiosas sobre os desafios de gerir um negócio em um ambiente de instabilidade jurídica e mudanças tributárias inesperadas. Ele também detalha estratégias inovadoras que implementou para atrair e fidelizar clientes, como a "RegiNotícias" - uma mala-direta com informações automotivas e dicas úteis - e o serviço "Leva e Traz", que oferecia transporte confortável aos clientes até a oficina.  

A trajetória de Regino reflete desafios e oportunidades que permanecem atuais. Nos anos 1990, a abertura econômica permitiu a importação de veículos, transformando o mercado nacional. Hoje, o cenário global é marcado por novas disputas comerciais e políticas protecionistas que afetam a economia brasileira. A experiência do empresário ressalta a importância da adaptabilidade e visão estratégica para enfrentar barreiras comerciais e aproveitar oportunidades.  

Nesse sentido, O primeiro carro importa oferece uma visão privilegiada da mente visionária de Reginaldo Regino, figura central na modernização da frota brasileira. Com relatos instigantes dos acontecimentos por trás das cortinas do setor automotivo, esta obra é leitura indispensável para entusiastas de carros e para aqueles interessados nas histórias que levaram ao presente da indústria nacional. 

 

Sobre o autor 

Reginaldo Regino é empresário, engenheiro civil e pioneiro na importação de automóveis no Brasil. Descendente de imigrantes italianos, cresceu em um ambiente familiar que valorizava o trabalho e a iniciativa. Estudou nos EUA durante a infância, o que lhe proporcionou uma visão internacional dos negócios. De volta ao país de origem, se formou em Engenharia Civil pela Universidade Mackenzie, e encontrou seu verdadeiro caminho no setor automotivo. 

Sobre a editora 

Apostar em novos talentos, formatos e leitores. Essa é a marca da Matrix Editora, desde a sua fundação em 1999. A Matrix é hoje uma das mais respeitadas editoras do país, com mais de 1.000 títulos publicados e oito novos lançamentos todos os meses. A editora se especializou em livros de não-ficção, como biografias e livros-reportagem, além de obras de negócios, motivacionais e livros infantis. Os títulos editados pela Matrix são distribuídos para livrarias de todo o Brasil e também são comercializados no site www.matrixeditora.com.br

Redes sociais da editora: Instagram | Facebook 

ICEI registra leve alta em maio, mas empresários da indústria seguem pessimistas, aponta CNI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu de 48 pontos para 48,9 pontos em maio. Apesar da alta de 0,9 ponto, o indicador continua abaixo da linha divisória de 50 pontos, demonstrando que a indústria segue pessimista, cenário que se repete há cinco meses. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (15). 

Para o gerente de Análise Econômica da CNI, o resultado é positivo, mas exige cautela.

“É cedo para dizer se esse aumento vai se repetir nos próximos meses, especialmente a ponto de reverter esse cenário de falta de confiança do empresário”, avalia. 

A falta de confiança impacta as decisões de negócio nas empresas. “Essa persistência da falta de confiança se traduz em adiamento de decisões de produção, de emprego e de investimento, uma vez que o empresário tende a ser mais cauteloso”, analisa o economista.

De acordo com o levantamento, os dois componentes do ICEI melhoraram em maio. O índice de condições atuais cresceu 1,3 ponto, passando de 42,7 pontos para 44 pontos. Isso significa que a avaliação dos empresários sobre o momento das empresas e da economia é de piora na comparação com o que era há seis meses, embora seja menos negativa do que em abril. Dessa vez, a percepção sobre a economia brasileira foi o componente que mais influenciou a alta do indicador. 

Já o índice de expectativas, que compara o presente com seis meses à frente, avançou 0,6 ponto, para 51,3 pontos. A alta representa melhores perspectivas dos empresários, explicadas, em maio, em especial com relação à economia do país. 

Mais sobre o ICEI
O ICEI é uma pesquisa mensal da CNI que mede a confiança dos empresários da indústria. Para esta edição, foram consultadas 1.175 empresas: 443 de pequeno porte; 451 de médio porte; e 281 de grande porte, entre os dias 5 e 9 de maio de 2025.

Por: Felipe Moura
Da Agência de Notícias da Indústria

Brasil precisa priorizar a manufatura na relação com a China

O estreitamento da relação comercial entre o Brasil e a China precisa vir acompanhado de um protagonismo da nossa indústria de transformação, que hoje está em enorme desvantagem na balança comercial com o país asiático. A chamada indústria manufatureira – que engloba as atividades de transformar matérias-primas e insumos em produtos intermediários ou finais – é a responsável por desenvolver e disseminar tecnologia no país e pelos maiores investimentos e salários. Embora represente apenas 14,4% do PIB nacional, a manufatura responde por 47,6% das exportações de bens e serviços do país, por 62,4% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento, e por 25,6% da arrecadação de tributos federais.

Esses dados ilustram a importância da indústria de transformação para o desenvolvimento do país e mostram que a agropecuária não pode ser a única protagonista na relação com a China. Esse setor tem fundamental importância para o Brasil. Não se trata de reduzir a participação do agro, mas de ampliar o leque de atração de investimentos para a indústria da manufatura e de buscar espaço para que o nosso produto entre no mercado chinês.

A China foi o principal destino das exportações brasileiras em 2024, com US$ 94,4 bilhões, o que significa 28% do que exportamos no ano passado. O país asiático foi também a principal origem das nossas importações, com US$ 63,6 bilhões, o equivalente a 24,2% do que importamos. No entanto, quando falamos da indústria de transformação, a balança está longe, muito longe do equilíbrio: temos um déficit de R$ 45 bilhões entre o que vendemos e o que compramos de bens industriais.

O crescimento sustentado da China aumenta a demanda por produtos agropecuários, minerais e insumos industriais, favorecendo especialmente os setores de commodities no Brasil, mas também há espaço para o produto manufaturado. Precisamos de uma estratégia consistente e arrojada para abrir mais espaço para o produto de maior valor agregado da indústria brasileira na China.

Reafirmo. A indústria brasileira precisa ganhar espaço na relação bilateral com a China. As oportunidades estão surgindo, mas é imprescindível que o governo brasileiro impulsione políticas industriais e priorize a manufatura para equilibrar a balança comercial de produtos manufaturados, hoje muito desfavorável ao país.

Uma estratégia é focar em inovação, qualidade e diferenciação de produtos, em vez de competir apenas pelo preço. Precisamos investir em design, branding e atendimento especializado para agregar valor e criar nichos de mercado onde a simples vantagem de custo não é determinante. Além disso, a adoção de tecnologias avançadas de automação e gestão da produção, bem como a busca de parcerias comerciais mais amplas, fortalecerão a nossa competitividade.

Precisamos atrair investimentos produtivos da China, de forma que a presença asiática não se baseie apenas em exploração do nosso mercado para consumo de bens, mas em encadeamento produtivo, de forma que a parceria contribua para a neoindustrialização do Brasil e para a integração das nossas empresas a cadeias mais complexas e tecnológicas.  

Recentemente, atraímos empresas chinesas do setor automotivo e de eletrônicos na Bahia, em Goiás e no Amazonas. Esse movimento é essencial, mas ainda mais importante é garantir o encadeamento produtivo de forma que peças e equipamentos sejam fabricados no Brasil. A instalação de polos de pesquisa e desenvolvimento e a criação de novos parques fabris com parceiros chineses no país, como anunciados durante a visita do presidente Lula à China recentemente, precisam ganhar escala e integrar, irrevogavelmente, a agenda de negociações entre os países.

Outro exemplo do que o Brasil precisa nessa relação bilateral é o acordo que prevê a instalação do grupo Windey Energy Technology Group Co. no campus do SENAI CIMATEC, na Bahia. A parceria busca soluções em energia eólica, hidrogênio verde e sistemas de armazenamento de energia em baterias, com inovação aplicada e investimento para a instalação de fábricas de turbinas eólicas e sistemas para armazenamento de energia em baterias. Essa é mais uma medida que pode fortalecer a cadeia produtiva nacional e contribuir para a geração de empregos.

Podemos e devemos fabricar máquinas agrícolas em vez de importar esses equipamentos na China, como também precisamos explorar cada vez mais o nosso potencial para atender a elevada demanda mundial por minerais críticos, especialmente no contexto da transição energética.

A atração de Data Centers também é uma outra oportunidade que bate a nossa porta. Temos enorme disponibilidade de energias renováveis e podemos desenvolver em conjunto com parceiros comerciais tecnologias como super baterias para serem usadas em polos tecnológicos. Muitos países, como a China e os EUA, usam pequenas termelétricas para abastecer os Data Centers, enquanto nós temos condições de fazer centros de dados realmente verdes com energia totalmente renovável.

A ampliação do uso de políticas industriais ativas pós-pandemia e a recente guerra tarifária provocada pelos Estados Unidos mostraram ao mundo a extrema necessidade de os países protegerem e fortalecerem suas indústrias, sob o risco de perderem espaço e serem engolidos pelas tecnologias e investimentos de outras economias. Nesse cenário, precisamos manter diálogo aberto com países que querem acordos e relações de ganha-ganha.

O anúncio esta semana de acordos de cooperação entre Brasil e China, assinados durante visita do presidente Lula a Pequim, preocupa setores da indústria brasileira. Os investimentos chineses em infraestrutura são bem-vindos, mas não podemos abrir mão de produzir e exportar para a China, em detrimento de comprar produtos manufaturados chineses – o que enfraquece a indústria brasileira.

A baixa capacidade de agregação de valor no Brasil pode ser evidenciada pela realidade de que vamos exportar etanol para a China transformar em combustível da aviação e revender para o mundo. Esse não é o caminho. Precisamos ter capacidade e tecnologia para produzir e vender o produto final.

Os empresários industriais brasileiros entendem que o Brasil corre o risco de deixar a indústria da manufatura em segundo plano diante das oportunidades de estreitamento do comércio com a China. Precisamos aproveitar essa onda. Caso contrário, quem perderá será a indústria nacional.

*Ricardo Alban é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O artigo foi publicado na CNN Brasil, no dia 19 de maio. 

REPRODUÇÃO DO ARTIGO - Os artigos publicados pela Agência de Notícias da Indústria têm entre 4 e 5 mil caracteres e podem ser reproduzidos na íntegra ou parcialmente, desde que a fonte seja citada. Possíveis alterações para veiculação devem ser consultadas, previamente.

Por: Ricardo Alban

Da Agência de Notícias da Indústria

Inadimplência de Empresas no Brasil Atinge Novo Recorde Histórico, Aponta Serasa Experian

O número de empresas inadimplentes no Brasil alcançou um novo patamar recorde em março deste ano, atingindo a marca de 7,3 milhões de negócios com dívidas em atraso. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (15) pela Serasa Experian, revela que este é o maior número já registrado desde o início da série histórica, representando 31,9% do total de empresas ativas no país.

O volume total das dívidas também atingiu um recorde, somando R$ 169,8 bilhões. Em média, cada empresa inadimplente possuía 7,3 contas negativadas, com um valor médio por dívida de R$ 3.186,80.

O setor de Serviços lidera o ranking de empresas com débitos, concentrando 53% do total de negócios negativados. Em seguida, aparecem o Comércio, com 34,8%, a Indústria, com 8,0%, e a categoria “Outros” (que engloba negócios do setor Financeiro e do Terceiro Setor), com 3,3%. O Setor Primário representa a menor parcela, com 1,0% das empresas inadimplentes.

No que se refere à origem das dívidas, a maior parte dos débitos foi contraída no setor de Serviços (31,6%), seguido por Bancos e Cartões de Crédito (20,7%).

Entre os estados com a maior proporção de empresas inadimplentes, o Distrito Federal lidera com 40,9%, seguido por Alagoas (40,3%) e Pará (39,8%).

Para a economista Camila Abdelmalack, da Serasa Experian, o cenário de inadimplência recorde é um reflexo direto dos elevados juros praticados no país e das dificuldades de acesso ao crédito, especialmente para os pequenos negócios. “O cenário de inadimplência recorde entre as empresas reflete os efeitos prolongados de juros altos, além das dificuldades de acesso ao crédito — especialmente para os pequenos negócios. Esses são os mais afetados porque, em geral, têm menor capital de giro, maior dependência do crédito bancário e menos margem para absorver oscilações do mercado”, explica a economista.

Mais de 1 milhão de aposentados pedem reembolso ao INSS por valores roubados

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou, nesta quinta-feira (15), um balanço sobre o segundo dia de funcionamento da nova funcionalidade de consulta e pedido de ressarcimento de descontos nos pagamentos de aposentados e pensionistas. Desde o lançamento da ferramenta, na quarta-feira (14), mais de 23,5 milhões de acessos foram registrados na plataforma Meu INSS, sendo 4,3 milhões apenas na área de consulta de descontos.

Até as 17h, 1.069.201 segurados realizaram consultas sobre cobranças feitas por entidades associativas. Do total, 1.051.238 pessoas relataram que não autorizaram os descontos e pediram o reembolso, enquanto 17.963 usuários confirmaram ter dado autorização prévia para as cobranças.

A maioria dos atendimentos — 92,7% — foi realizada de forma digital, por meio do aplicativo e do site do Meu INSS, somando 991.130 acessos. A central telefônica 135 respondeu por 78.071 atendimentos.

Até o momento, o INSS também recebeu contestações contra 41 entidades associativas suspeitas de realizar os descontos indevidos. A ação faz parte de uma ofensiva do governo para ampliar o controle dos beneficiários sobre suas folhas de pagamento. A medida foi adotada após a revelação de um esquema de fraudes envolvendo sindicatos e associações, investigado em operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) no mês passado.

Desemprego Cresce em 12 Estados Brasileiros no 1º Trimestre de 2025, Aponta IBGE

A taxa de desemprego aumentou em 12 estados brasileiros no primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pela PNAD Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nas outras 15 unidades da federação, o índice ficou estável, refletindo uma desaceleração no mercado de trabalho nacional.

A taxa média de desocupação no país subiu de 6,2%, registrada no último trimestre de 2024, para 7% nos três primeiros meses deste ano. Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) lideram o ranking do desemprego. Já as menores taxas foram observadas em Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%).

A desigualdade também aparece nos recortes por gênero, raça e escolaridade. A taxa de desemprego entre mulheres chegou a 8,7%, enquanto entre homens foi de 5,7%. Pessoas pretas (8,4%) e pardas (8,0%) apresentaram índices acima da média nacional, enquanto entre os brancos o percentual ficou em 5,6%.

O nível de escolaridade teve forte influência nos números: pessoas com ensino médio incompleto tiveram taxa de desocupação de 11,4%, enquanto o desemprego entre os que possuem ensino superior completo foi de apenas 3,9%.

A informalidade segue alta: 38% dos trabalhadores atuam sem carteira assinada ou CNPJ. Os estados com maior taxa de informalidade são Maranhão (58,4%), Pará (57,5%) e Piauí (54,6%). Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%) registraram os menores percentuais.

Apesar do cenário de desaceleração, o número de trabalhadores do setor privado com carteira assinada segue elevado em algumas regiões. Santa Catarina lidera com 87,8%, seguida por São Paulo (83,4%) e Rio Grande do Sul (81,5%).

O levantamento também aponta que 25,3% dos trabalhadores brasileiros atuam por conta própria. Rondônia (35,6%) e Maranhão (32,7%) concentram os maiores percentuais de autônomos no país.

Nova Nota Fiscal entra em teste em julho: entenda o que muda com a Reforma Tributária

A partir de 1º de julho, entra em fase de testes o novo modelo da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em todo o país devido a Reforma Tributária e foi oficializada por meio da Nota Técnica 2025.002-RTC. A mudança exigirá adequações importantes por parte das empresas, especialmente no leiaute para a geração do xml.
Para Thais Borges, diretora comercial e de marketing da Systax, uma das maiores empresas de tecnologia fiscal e tributária do Brasil, com o início dos testes do modelo, é urgente que as empresas entendam profundamente as mudanças. “Quanto antes forem realizadas as adequações na nota fiscal, mais claro ficarão os impactos nas operações das companhias e o que ainda será necessário para se adequar completamente até a vigência total do novo formato”, explica a executiva. 
A principal novidade está na unificação de cinco tributos em uma cobrança única. A partir da nova versão, os documentos precisarão constar os tributos CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) que serão responsáveis por substituir o PIS, COFINS, IPI (parcialmente), ICMS e ISS. Os novos tributos serão divididos entre os nível federal (CBS), bem como estadual e municipal (IBS), ambos serão tributos sobre o valor adicionado (IVA), visando eliminar a cumulatividade e a cobrança em cascata do sistema tributário brasileiro. 
A partir de julho, a inserção das informações relativas ao IBS, CBS e IS será opcional e não estará sujeita à validação. Porém, de janeiro de 2026 em diante as regras de validação para a tributação do IBS e da CBS entrarão em vigor, tornando o preenchimento correto desses campos obrigatório para todos os emissores de NF-e e NFC-e. 
“Empresas que não se adequarem rapidamente enfrentarão dificuldades na emissão de documentos fiscais ao longo prazo, comprometendo o faturamento, o cumprimento das obrigações com o fisco e podendo até mesmo levar a interrupção das operações”, avalia Thais. Ela destaca ainda que devido à complexidade das atualizações e dos próprios cálculos considerando os novos tributos, especialmente durante o período de transição, é fundamental que organizações contem com tecnologias de inteligência fiscal como motores de cálculo durante o processo. 
Sendo assim, diante da principal mudança trazida pela Reforma, a nova versão da NF-e conta com alterações significativas na estruturação do documento visando a adaptação aos novos tributos. Dentre as novidades estão:
 
Inclusão de novos campos: foram adicionados campos específicos para informar os valores de IBS, CBS e do Imposto Seletivo (IS), além de códigos de situação tributária e classificação tributária para cada item da nota fiscal.
Criação de eventos específicos: novos eventos foram criados para apuração e controle dos tributos, incluindo eventos de cancelamento genérico e de manifestação do fisco sobre pedidos de transferência de crédito.
Alterações no layout: o layout da NF-e foi modificado para acomodar os novos campos e eventos, exigindo atualização dos sistemas emissores de notas fiscais.
 
Mesmo com todas as alterações, muitas empresas brasileiras ainda nem mesmo iniciaram adequações relacionadas à Reforma Tributária. Com mais de 27 milhões de CNPJs ativos no Brasil, a falta de preparação pode resultar em falhas operacionais e interrupções nos processos internos.
Outro aspecto agravante a ser considerado neste cenário será o período de transição, considerando que as empresas deverão continuar acompanhando as atuais alterações nas legislações tributárias de âmbito federal, estadual e municipal, bem como as novas regulamentações relacionadas à Reforma Tributária. Isso exigirá adequações e uso de novas tecnologias, especialmente no que tange à informação e ao cálculo dos tributos por meio do uso de motor de cálculo.
Logo, com o prazo para testes se aproximando, é crucial que as empresas compreendam as mudanças, avaliem o impacto em suas operações e iniciem imediatamente o processo de adequação, explica a diretora da Systax. “A preparação antecipada será fundamental para garantir a continuidade dos negócios e o correto cálculo dos tributos. Além disso, empresas que iniciarem as mudanças o quanto antes terão vantagens operacionais e estratégicas quando a nova nota passar a ser obrigatória”, conclui Thais. 
 
Sobre a Systax  
A Systax combina a tecnologia global da Vertex com expertise local para oferecer automação e eficiência na gestão tributária. Com uma base de mais de 29 milhões de regras fiscais, a companhia monitora e atualiza diariamente os parâmetros nos principais ERPs, garantindo conformidade com a legislação. Suas soluções incluem o Motor de Cálculo O’ Series para automação de tributos, além do Content as a Service para atualização contínua de dados fiscais e a integração com SAP, como a renovação automática da J1BTAX permitindo mais precisão e redução de custos operacionais. . Mais informações em http://www.systax.com.br/

 

Por que os brasileiros estão liderando os investimentos imobiliários de alto padrão na Flórida?

O Brasil assumiu um papel de protagonismo no mercado imobiliário internacional. Dados da Florida Realtors revelam que os brasileiros lideram a compra de imóveis de alto padrão na Flórida, com um investimento médio de US$ 489.519 por propriedade, o mais alto entre os cinco países que mais compram imóveis no estado. Em 2023, o volume total investido por brasileiros chegou a US$ 1,451 bilhão. 
Mas o que explica esse movimento crescente? A resposta passa por uma combinação de fatores econômicos, culturais e estratégicos. A Flórida reúne características que conversam diretamente com o perfil do investidor brasileiro: clima semelhante ao do Brasil, proximidade cultural, localização estratégica, segurança jurídica e oportunidades reais de retorno financeiro. 
As regiões favoritas são Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach, que concentram 41% das compras, e Orlando-Kissimmee-Sanford, com 36%. Os tipos de imóveis mais buscados incluem casas unifamiliares (44%), condomínios (33%) e townhouses (15%). 
Outro diferencial é o perfil de uso: 32% compram como casa de férias, 29% como residência principal (maior índice entre os países investidores) e 23% com foco em locação residencial. Mais da metade (55%) dos compradores brasileiros paga à vista, e 40% utilizam financiamento via hipotecas nos Estados Unidos. 
Para Daniel Ickowicz, CEO e diretor de vendas da Elite International Realty, consultoria imobiliária consultoria especializada no atendimento a brasileiros no mercado norte-americano, esse interesse não é passageiro, mas sim parte de um movimento estruturado de diversificação patrimonial. 
“O brasileiro que investe na Flórida está em busca de proteção, estabilidade, diversificação de patrimônio, alta valorização e baixos impostos. O estado oferece um ecossistema imobiliário sólido e os imóveis na cidade têm registrado uma alta consistente de preço devido à crescente procura. Isso torna o mercado imobiliário local altamente atrativo, especialmente para investidores brasileiros que buscam um ambiente seguro e promissor para investir”, analisa Daniel, que atua há mais de 30 anos no mercado americano. “Miami, em especial, se destaca por oferecer um estilo de vida sofisticado, clima favorável, alto retorno e uma infraestrutura de capitais globais.” 
O destaque brasileiro não se limita à região de Miami. Em Orlando, brasileiros representaram 20% do volume total de investimentos internacionais na cidade, superando os venezuelanos (13%) e canadenses (11%). Cidades menores e emergentes também vêm atraindo investidores que buscam oportunidades com maior potencial de valorização. 
A perspectiva para os próximos anos é positiva. A expectativa de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve, somada à crescente demanda por imóveis para aluguel de curta duração e por empreendimentos multifamiliares, deve continuar impulsionando o apetite brasileiro pelo mercado americano. 

 

Cooperativismo: pujança e contribuição

VANIR ZANATTA
Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
 
Santa Catarina distingue-se no cenário nacional e internacional por um conjunto de atributos notáveis que moldam sua identidade sociocultural e econômica: a índole pacífica de seu povo, a dedicação ao labor, a valorização da família, o apreço pelas tradições, o respeito à diversidade e a notável capacidade de empreender e inovar. Tais virtudes, que permeiam a formação histórica e social do Estado, encontram consonância plena nos princípios do cooperativismo, doutrina econômica e filosófica trazida pelos imigrantes pioneiros e perpetuada por sucessivas gerações.
O cooperativismo, em sua essência, transcende a simples organização empresarial: representa um modelo de desenvolvimento socioeconômico inclusivo, democrático e sustentável. Em Santa Catarina, essa filosofia encontrou terreno fértil para florescer e consolidar-se como pilar estruturante da economia estadual, estando presente em todos os ramos produtivos — da agricultura ao crédito, da saúde ao consumo, da infraestrutura ao transporte.
Atualmente, o movimento cooperativista abrange mais de 4,7 milhões de catarinenses, movimentando anualmente R$ 91,2 bilhões. Trata-se de uma verdadeira força propulsora do progresso, que articula a produção, eleva a eficiência econômica e fortalece a competitividade de pequenos e médios agentes, que de outra forma teriam dificuldades em sobreviver aos rigores do mercado. Essa pujança foi meticulosamente mensurada pela Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), a partir dos dados das 235 cooperativas a ela filiadas, revelando uma realidade de expressiva relevância social e econômica.
Em 2024, o setor cooperativista catarinense registrou um crescimento de 7% em sua receita, superando de forma significativa a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) nacional no mesmo período, que foi de 3,4%. Um dos indicadores mais emblemáticos desse avanço é o aumento do número de cooperados, que cresceu 9,8% no último ano, com a adesão de mais de 419 mil novos associados. Com isso, 58% da população do Estado integra hoje o sistema cooperativo, revelando seu enraizamento na sociedade barriga-verde.
Destacam-se, nesse panorama, as cooperativas de crédito, que congregam 3,6 milhões de cooperados, seguidas pelas de infraestrutura (464.114 associados), consumo (430.339), agropecuária (84.069), saúde (15.280) e transporte (2.901).
O ramo agropecuário se impõe como o mais robusto, sendo responsável por 62,5% dos empregos diretos gerados pelas cooperativas e por 63,2% da receita operacional bruta do setor. Esse desempenho repercute não apenas internamente, mas também no cenário internacional: as exportações das cooperativas catarinenses atingiram R$ 11,63 bilhões em 2024, crescimento de 17% em relação ao ano anterior, impulsionadas majoritariamente pela comercialização de cereais in natura (54,13%) e proteínas animais (43,13%). As projeções para 2025 são igualmente promissoras, com expectativa de incremento de 12% nas exportações, alcançando R$ 13 bilhões em divisas.
Apesar da elevada contribuição ao desenvolvimento, as cooperativas não estão imunes à carga tributária. Em 2024, recolheram R$ 4 bilhões em tributos sobre a receita bruta, o que representa um aumento de 32,6% frente ao exercício anterior.
O protagonismo das cooperativas é inegável: elas respondem por aproximadamente 30% do PIB estadual e por 70% das exportações catarinenses. Essa capilaridade decorre de sua presença marcante nas cadeias produtivas de grãos, leite, suínos e aves, setores fundamentais para a economia do Estado.
O horizonte que se descortina é de otimismo e confiança. Estão previstos investimentos de R$ 2,03 bilhões em 2025, R$ 2,18 bilhões em 2026 e R$ 2,26 bilhões em 2027, destinados à ampliação de estruturas e à elevação da capacidade produtiva. Esses aportes sinalizam não apenas a vitalidade do sistema, mas também sua disposição em continuar liderando o desenvolvimento sustentável e equitativo de Santa Catarina.
Em suma, o cooperativismo catarinense é muito mais do que um modelo de negócios: é uma expressão viva da alma coletiva de um povo que aprendeu a prosperar com solidariedade, eficiência e visão de futuro.

 

Produção industrial de Santa Catarina cresce 8,5% no primeiro trimestre e tem a maior alta do país

Crescimento ficou bem acima da média nacional de 1,9% – Foto: Roberto Zacarias/SECOM

A produção industrial catarinense registrou crescimento de 8,5% no primeiro trimestre de 2025 na comparação com o mesmo período do ano passado. A forte elevação consolidou Santa Catarina com a maior alta entre todos os estados pesquisados e bem acima da média nacional de 1,9%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 14, pelo IBGE e revelam um cenário positivo de aquecimento da economia estadual. 

Todos os 14 segmentos da indústria pesquisados em Santa Catarina registraram aumento no primeiro trimestre, com destaque para a indústria metalmecânica. Conforme o IBGE, a fabricação de produtos de metal cresceu 23,8% no primeiro trimestre, enquanto a fabricação de máquinas e equipamentos teve elevação de 21,4%. A fabricação de veículos (14,7%), de produtos minerais (14%) bem como de móveis (13,2%) também puxaram o crescimento catarinense.

“A indústria é o motor da nossa economia e o Estado é parceiro do setor com incentivos que estimulam o crescimento. A indústria aquecida gera emprego e renda para os catarinenses o que faz a nossa economia crescer cada vez mais”, destaca o governador Jorginho Mello.

Segmentos relevantes da indústria de Santa Catarina, a fabricação de produtos têxteis (7,9%) e de produtos alimentícios (5,7%) somaram alta. O desempenho também foi positivo na fabricação de produtos químicos (6,2%), de produtos de madeira (3,7%), bem como de celulose, papel e produtos de papel (2,1%). 

“O setor, de forma geral, está produzindo mais, investindo na ampliação de plantas industriais e gerando mais empregos. É um ciclo positivo para Santa Catarina. O Governo do Estado tem feito sua parte ao estimular a economia por meio de programas de incentivo ao investimento e linhas de crédito subsidiadas. Estamos otimistas quanto ao ano de 2025”, afirma o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck.

Santa Catarina lidera crescimento no setor industrial
Conforme os dados do IBGE, Santa Catarina teve o maior crescimento do país no setor industrial no primeiro trimestre de 2025. A forte alta de 8,5% garantiu o estado na liderança, à frente do Paraná (7,1%), Pará (5,1%), Bahia (2,4%), São Paulo (1,1%), Rio Grande do Sul (0,8%) bem como Minas Gerais (0,3%) e demais estados. A média nacional é de 1,9%.

“Santa Catarina tem uma produção diversificada e de alto valor agregado, com reconhecimento internacional. As exportações, por exemplo, também estão em alta, com crescimento até aqui de 7,5% em 2025. Isso garante mais solidez para nossa indústria e gera mais emprego e renda, fortalecendo ainda mais o mercado interno”, acrescenta o secretário Silvio Dreveck.

Conforme dados da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), a intenção de investir do empresário industrial catarinense segue em patamar elevado, com 63,4 pontos na escala de 0 a 100. O desempenho mostra otimismo para ampliar e contratar. Já a utilização de capacidade instalada está em 74%, revelando menor ociosidade das plantas industriais catarinenses em relação à nacional (69%). 

Atratividade de Santa Catarina para investimentos internacionais é reforçada por monitoramentos da Seplan

Foto: Jonatã Rocha / SECOM

A missão internacional liderada pelo governador Jorginho Mello aos EUA apresentou a robustez da atratividade catarinense para os investimentos internacionais. Entre os dados demonstrados a investidores internacionais estão números consolidados e analisados pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan/SC). Por meio da Diretoria de Políticas Públicas, o órgão disponibiliza informativos, boletins e plataforma interativa de dados socioeconômicos.

As análises envolvem os principais parâmetros das atividades econômicas. As projeções são atualizadas com base em um painel de 28 indicadores da economia estadual. Gestores, investidores, jornalistas e população em geral têm livre acesso ao conteúdo, que zela pela apresentação em linguagem simples.

O secretário de Estado do Planejamento, Edgard Usuy, avalia que o momento é propício aos investimentos nacionais e estrangeiros. “O nosso estado atingiu, em 2024, o segundo maior PIB dos últimos 10 anos. Analisando dados econômicos, podemos afirmar que o estado se destaca no cenário nacional mesmo diante das incertezas globais. Em 2024, mesmo com o aumento da taxa básica de juros brasileira, que chegou a 12,25% ao ano, Santa Catarina registrou um crescimento estimado de 5,3% no PIB, superando a média estimada de 3,4% do país”, afirmou Usuy. 

“Como o governador Jorginho Mello sempre enfatiza, Santa Catarina ocupa apenas 1% do território nacional. Porém, apresenta o sexto melhor PIB do país e o quinto melhor PIB per capita (IBGE/22). A Seplan trabalha para que o Governo do Estado esteja estrategicamente planejado e preparado para receber investimentos e mostrar ao mundo que somos um Estado competitivo, confiável e com visão de futuro”, afirmou Usuy.

Robustez das evidências
O economista da Seplan, Paulo Zoldan, salienta que, entre os anos de 2002 a 2022, Santa Catarina registrou um aumento nominal de aproximadamente 756% no valor do PIB. Ele afirma que, “nessas duas décadas, Santa Catarina registrou o segundo maior patamar de crescimento na participação do PIB, entre todas as Unidades Federativas do país”.

Paulo Zoldan constata que houve uma aceleração do crescimento em 2024. Os resultados foram puxados pelo desempenho robusto na indústria de transformação e em boa parte pelos serviços e pelo comércio. E com base nos  dados atualizados no primeiro trimestre de 2025, Zoldan afirma que “a economia estadual continua aquecida, em pleno emprego, e passa por um momento bastante favorável para a atração e maturação de investimentos”.

A indústria de transformação catarinense teve o maior crescimento do Centro-Sul em 2024, com uma alta de 7,7%, o terceiro maior crescimento no país. No período, a indústria brasileira cresceu 3,7%. As atividades de Serviços também mostraram crescimento. O volume das atividades turísticas no estado cresceu 9% em 2024, quase o triplo da média brasileira, enquanto o segmento de transportes cresceu 8,3%.

O comércio, o maior segmento de serviços, teve alta de 7,2%, enquanto à média de crescimento nacional foi 4,1%. A maior expansão de vendas no estado foi no segmento de veículos, motocicletas, partes e peças, que teve alta de 17,2% em 2024. Também houve destaque na evolução do comércio varejista de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; de móveis e eletrodomésticos.

Cruzamento de dados
O monitoramento da Seplan identifica, ainda, avanços em áreas estruturais estratégicas. Em 2024, as exportações se mantiveram nas máximas históricas e atingiram US$ 11,677 bilhões ou 3,5% do total nacional. A localização estratégica e competitividade tarifária e portuária posicionam SC como o segundo maior estado importador, com 12,9% do total.

O saldo de empregos em Santa Catarina, por sua vez, é o terceiro melhor do país. A taxa de desemprego no Estado está em 2,7%, a segunda menor do país, registrada no primeiro trimestre de 2025, diante de uma média de desemprego nacional de 6,2%.

De acordo com os dados da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), SC fechou o ano de 2024 com o saldo de 123.410 novas empresas constituídas, número que superou o saldo de 2023. Outro indicador relevante foi o aumento da participação catarinense na corrente de comércio nacional, que passou de 6,9% para 7,6% em 2024. 

A Seplan analisa e divulga os dados sobre o PIB e demais indicadores econômicos, indicadores do trabalho,  ranking de competitividade, demografia, qualidade de vida, diversidade da base produtiva em Santa Catarina, dentre outros assuntos.Acesse os indicadores e boletins econômicos divulgados pela Seplan: https://www.seplan.sc.gov.br/indicadores-e-boletins-economicos/

JBS avança na auditoria do TAC da carne e supera 98% de conformidade

A JBS conquistou mais um avanço expressivo na auditoria dos compromissos da pecuária na Amazônia Legal. Os dados do 2º Ciclo do Protocolo de Monitoramento Boi na Linha, divulgados nesta quarta, 14, pelo Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, apontam para 100% de conformidade em volume de animais na próxima rodada de informações. Nesta edição, a Companhia alcançou 98,23%, 4,4 pontos percentuais mais que na estreia.

O MPF consolidou pela segunda vez os resultados de Pará, Rondônia, Acre, Mato Grosso e Tocantins, que estreou neste ano. Também foi divulgado o desempenho no Amazonas, estado em que a JBS não conta com fábricas de processamento de bovinos. A auditoria foi realizada pela consultoria Grant Thornton de 20 de setembro do ano passado até 15 de março. O levantamento abrangeu as compras do período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022.

Estes foram os despenhos da JBS por estado: Rondônia – 99,23% (mais 11,22 pontos percentuais em relação ao ciclo anterior); Mato Grosso – 98,19% (+0,34 ponto percentual); Acre – 98,14% (+8,28 pp); Tocantins – 98,03% (estreia do estado, não há comparação com a edição passada); e Pará – 97,01% (+3,01 pp).

Não fossem questões relacionadas a documentação, o percentual de não conformidade da JBS de 1,77% teria se reduzido a 0,27%. “Esse desempenho mostra que estamos muito próximos da meta de 100% de conformidade, número que vai refletir todo o empenho da Companhia para a produção sustentável na Amazônia. A evolução comprovada neste ciclo comprovou o que dissemos na edição anterior, de que temos clareza sobre como alcançar esse objetivo”, afirmou Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil.

A Companhia prossegue no aprimoramento da gestão documental, que inclui somente aceitar protocolos de projetos de regularização ambiental (PRA) com termo de compromisso assinado (em vigor desde novembro de 2021), além de melhorias nos registros ligados ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Todo o processo de auditoria foi conduzido com base no Protocolo de Auditoria do Boi na Linha, que estabelece as premissas e orientações. As avaliações foram amostrais, com exceção dos contratos de arrendamentos e da lista do Trabalho Escravo, avaliados para toda a base de GTAs (Guias de Trânsito Animal) recebidas pela equipe de auditoria.

A JBS utiliza há 15 anos um sistema de monitoramento geoespacial para garantir o cumprimento de seus critérios socioambientais no país. Os fornecedores da JBS não podem atuar em áreas de desmatamento, terras indígenas, unidades de conservação ambiental ou territórios quilombolas; não utilizem mão de obra análoga à escravidão, nem possuam embargos ambientais.

A Companhia apoia o trabalho de harmonização da auditoria empreendido pelo Ministério Público Federal para os estados do bioma Amazônia e concorda com que todas as empresas que tenham assinado o TAC da Carne sejam auditadas e para que as indústrias de fora desse acordo setorial também sejam acompanhados.

Nenhuma empresa, sozinha, vai resolver as questões socioambientais na Amazônia. Se as milhares de fazendas eventualmente bloqueadas continuarem a vender animais para quem não está no acordo, haverá uma lacuna importante. É preciso que o setor tenha regras universais de atuação”, enfatiza a diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil.
 

Sobre a JBS
A JBS é uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Com uma plataforma diversificada por tipos de produtos (aves, suínos, bovinos e ovinos, além de plant-based), a Companhia conta com mais de 280 mil colaboradores, em unidades de produção e escritórios em países como Brasil, EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, China, entre outros. No Brasil, a JBS é uma das maiores empregadoras do país, com 158 mil colaboradores. No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação: Friboi, Seara, Swift, Pilgrim’s Pride, Moy Park, Primo, Just Bare, entre muitas outras, que chegam todos os dias às mesas de consumidores em 180 países. A empresa investe em negócios correlacionados, como couros, biodiesel, colágeno, higiene pessoal e limpeza, envoltórios naturais, soluções em gestão de resíduos sólidos, reciclagem e transportes, com foco na economia circular. A JBS conduz suas operações priorizando a alta qualidade e a segurança dos alimentos e adota as melhores práticas de sustentabilidade e bem-estar animal em toda sua cadeia de valor, com o propósito de alimentar pessoas ao redor do mundo de maneira cada vez mais sustentável.
 

Correios anunciam corte de jornada, suspensão de férias e retorno ao presencial após prejuízo de R$ 2,6 bilhões

Após registrar um prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024 — quatro vezes maior que o do ano anterior —, os Correios divulgaram nesta segunda-feira (12) um plano estratégico de recuperação financeira. A estatal espera economizar até R$ 1,5 bilhão em 2025 com medidas que incluem redução de jornada e salários, suspensão de férias e estímulo ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV).

Entre os principais pontos do plano, está o incentivo à redução da carga horária dos trabalhadores de 44 para 34 horas semanais, com impacto direto no salário dos cerca de 86 mil empregados da empresa. Também está prevista a suspensão temporária das férias adquiridas em 2024, que só poderão ser usufruídas a partir de janeiro de 2026.

A empresa ainda determinou o retorno obrigatório ao regime presencial a partir de 23 de junho de 2025, com exceção dos funcionários com decisões judiciais favoráveis. Além disso, está prevista uma revisão na estrutura administrativa com redução de 20% nos cargos comissionados, lançamento de um marketplace próprio e mudanças nos planos de saúde com economia estimada de 30%.

O plano inclui a busca por R$ 3,8 bilhões junto ao New Development Bank (NDB) para investimentos internos. Segundo os Correios, o prejuízo decorre principalmente da queda nas receitas com encomendas internacionais e do aumento de R$ 716 milhões nos custos operacionais em comparação com 2023. Os gastos com pessoal saltaram de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,3 bilhões, impulsionados pelo Acordo Coletivo de Trabalho e reajustes em benefícios como o vale-alimentação.

“Estamos diante de um desafio importante: a necessidade de reduzir despesas”, afirma o documento. A estatal apela para a colaboração dos funcionários: “A contribuição de cada empregado, por menor que pareça, é valiosa”, afirma o texto.

Economia & Negócios: Efeito cascata

Augusto César Diegoli (acdiegoli@gmail.com)

Efeito cascata 
A criação de 18 novas vagas de deputado federal, se confirmada pelo Senado, provocará um efeito cascata nos Estados. Nas nove unidades federativas que terão aumento em suas bancadas na Câmara, haverá crescimento automático do número de deputados estaduais, resultando em 30 novas vagas nas assembleias legislativas. Em SC, passaria de 16 para 20. De acordo com a Constituição, o número de deputados estaduais corresponderá ao triplo da bancada federal, até o limite de 36. Assim, em SC o número de deputados estaduais passaria dos atuais 40 para 44. 


Cidades desenvolvidas 1
Saiu o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) destacando as cidades mais e menos desenvolvidas do país. A surpresa é a inexistência de nenhuma de SC entre as 10 mais, ao contrário dos IFDMs anteriores. Desta vez cidades do interior de São Paulo e do Paraná lideraram, na última década, como as mais desenvolvidas do país. No topo está Águas de São Pedro (SP), com menos de 3 mil habitantes. Quanto a SC o IFDM revela que 11,2% das suas cidades atingiram um desenvolvimento socioeconômico alto, frente a 4,6% no Brasil. De acordo com o estudo, em SC 2,3 milhões de pessoas (36%) vivem em cidades com desenvolvimento alto e 4,9 milhões (62,7%) habitam em municípios com grau de desenvolvimento moderado. No entanto, 91 mil habitantes (1,1%) ainda vivem em condições de desenvolvimento baixo. SC não tem nenhuma cidade com desenvolvimento crítico. 


Cidades desenvolvidas 2
SC conta com 75 municípios entre os 500 melhores do país, dos quais nove figuram entre os 100 primeiros colocados. Essas nove cidades, juntamente com Pomerode, que ocupa a 10ª posição no Estado, compõem o Top 10 estadual. São Bento do Sul, Joaçaba, São Miguel do Oeste, Jaraguá do Sul e Brusque ocupam as cinco primeiras posições do ranking estadual. No lado oposto, Vargem, Balneário Arroio do Silva, Timbé do Sul, Cerro Negro e Entre Rios estão nas últimas colocações. Chama atenção a trajetória de Florianópolis. A capital que, em 2013 ocupava a 5ª posição, atualmente está em 69º lugar do Estado. Apresentou queda nas vertentes de Educação (-6.9%) e Emprego e Renda (-3,3%) e teve uma leve melhora em Saúde (3,3%). Também no ranking entre as capitais brasileiras, Florianópolis caiu da 2ª posição para o 10º lugar. 


Hotelaria em alta 
São esperados mais de 650 compradores de todo o Brasil para a 70ª edição da Pronegócio entre os dias 13 e 16 deste mês de maio. O presidente da AmpeBr destaca que há cerca de um mês da rodada, 90% da rede hoteleira da região já estava ocupada para os dias do evento. Até o início da primeira rodada da Pronegócio, é esperado 100% de ocupação por parte dos compradores em hotéis de Brusque, Itajaí e Balneário Camboriú. 


Dia Nacional da Indústria
Neste 25 de maio celebramos o Dia Nacional da Indústria, uma data que nos convida à reflexão e ao reconhecimento do papel vital que o setor industrial exerce no desenvolvimento econômico e social do Brasil. No Vale do Itajaí-Mirim, essa homenagem ganha um significado ainda mais profundo, pois aqui que bate o coração de uma das regiões mais produtivas e inovadoras de SC. São pequenas, médias e grandes empresas que movimentam a economia com a geração de emprego, inovação tecnológica, exportações e compromisso com a sustentabilidade. O cenário atual é promissor, estamos em uma região com vocação industrial histórica que soube se adaptar às transformações globais sem perder suas origens. O setor têxtil, por exemplo, se reinventa constantemente com design, tecnologia e sustentabilidade. O setor metalmecânico tem investido em automação e novos processos produtivos. A indústria de alimentos, cada vez mais conectada com as exigências dos consumidores.


Cidades desmembradas 
Passados quase 165 anos da sua fundação (1860-2025), após diversas divisões territoriais do extenso território que formava, a partir de 1962 restou apenas um pequeno território que forma a Brusque que conhecemos hoje, com área de 284,6 km2. De Brusque tiveram origem os municípios de Nova Trento (1892), Vidal Ramos (1957), Presidente Nereu (1961), Botuverá (1962) e Guabiruba (1962). As áreas do Sul de Gaspar também foram desmembradas de Brusque. Das cidades mencionadas, abordamos apenas as cidades consideradas colônias italianas pioneiras: Botuverá, Gaspar, Guabiruba e Nova Trento. 


Mão de obra 
Hoje, a falta de mão de obra é a principal demanda dos empresários catarinenses. A economia de SC tem crescido praticamente o dobro da média nacional e não há trabalhadores suficientes para atender a toda a necessidade. O que aconteceu é uma grande atração de trabalhadores de outros lugares, como de estados do Norte brasileiro e de outros países (principalmente Venezuela). Conforme dados do IBGE, o mercado de trabalho de SC ganhou 330 mil pessoas entre 2021 e 2023. Porém, o número de desempregados no estado caiu apenas 60 mil. Ou seja, muito provavelmente essa diferença de 270 mil é referente a trabalhadores que vieram de fora de Santa Catarina. O estado foi o que mais contrataria estrangeiros no país em 2024, por exemplo. 


FIESC 
A Federação das Indústrias de SC (Fiesc) está atenta ao pagamento de mão de obra no estado e tem atuado de forma estratégica para enfrentar o problema. Para se ter uma ideia, somente a indústria catarinense precisará qualificar ou requalificar 953 mil trabalhadores nos próximos três anos, segundo o Mapa do Trabalho Industrial. Entre 2018 e 2025, os investimentos da Fiesc, por meio do Sesi e do Senai, totalizam R$ 1,4 bilhão, valor que deve chegar a R$ 2,6 bilhões até 2030. A maior parte desses transportes é na área educacional, por meio do projeto Educação 20-30. Tão importante quanto o investimento em infraestrutura. A qualificação começa na educação básica, já conectada com as demandas da indústria. 


Perfil do catarinense 
O Lide SC (grupo de líderes empresariais que reúne executivos dos mais variados setores de atuação), está anunciando uma parceria com a Critério – Resultado em Opinião Pública para a realização da inédita pesquisa “Catarinenses: valores, hábitos e ideias”, que tem a pretensão de revelar, de forma regionalizada, o que pensa, sente e projeta a população do Estado. A coleta de dados começa neste mês e os resultados serão divulgados em agosto. 


Cenário econômico incerto 
A última semana foi de decisões sobre juros no Brasil, Estados Unidos e novidades tarifárias anunciadas pelo presidente americano, que trouxeram mais esperanças no cenário internacional. Apesar disso, alguns setores mais globalizados começam a sentir efeitos da retração. Os setores mais internacionalizados da economia de SC já sentem alguns efeitos das tarifas dos EUA. O setor têxtil de cama, mesa e banho, por exemplo, está sendo mais sondado por importadores norte-americanos. O setor de aço reclama da entrada do produto chinês e cobra medidas do governo brasileiro para sobreviver. 


Valorização imobiliária
Quais cidades brasileiras têm os metros quadrados mais valorizados? Quem respondeu a essa pergunta foi um estudo do DataZap. O estudo avaliou somente 22 capitais e o Distrito Federal. Dos 10 bairros mais valorizados do país, dois são de Florianópolis: Jurerê Internacional e Jurerê. Além de Florianópolis, somente São Paulo e Rio de Janeiro tiveram bairros entre os 10 mais valorizados do Brasil. Entre as características comuns estão bairros com imóveis de alto padrão, boa infraestrutura e proximidades com centros comerciais. No caso de Florianópolis, isso é diferente. Para uma economista da DataZap a capital tem registrado valorização expressiva nos últimos anos e ganhou força com a pandemia. 


Consequências 
Aposentado não tem memória curta quando pensa na miséria que ganha. É bom que alguns deputados e senadores de SC pensem nisso ao negar apoio ou se calar covardemente como agora à CPI para investigar o roubo bilionário de que são vítimas. 


Speak English 
Pela primeira vez na história da educação pública de SC os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental passaram a ter, desde o início deste ano, a oportunidade de aprender inglês. Ao todo, mais de 100 mil estudantes receberam material didático novo para acompanhar as aulas. São aulas semanais, ministradas por professores específicos da disciplina, com auxílio de plataforma online. 


Vírus do Pix 
Um novo golpe digital tem utilizado jogos falsos de celular para acessar dados bancários. O mecanismo instala um vírus capaz de entrar nos aplicativos bancários, realizar transações automáticas e desviar valores sem que o usuário perceba. A fraude tem sido chamada de “mão fantasma”. Especialistas em cibersegurança explicam que o malware é uma nova versão do golpe “mão fantasma” e atua de forma automática no celular da vítima. O vírus se esconde em aplicativos falsos que imitam jogos populares e prometem prêmios aos usuários. Assim que o aplicativo é instalado, ele solicita permissões de acessibilidade, uma ferramenta do sistema Android e, com a autorização da própria vítima, ganha acesso total ao aparelho, podendo operar até mesmo com o celular desligado. O golpe é especialmente perigoso porque consegue burlar os sistemas de segurança dos bancos, como a biometria e o reconhecimento facial. Quando o Pix é feito, o malware ATS bloqueia a tela na etapa “processando a transferência”. Enquanto a pessoa espera, o vírus altera o destinatário e o valor da transferência. Essa troca ocorre rapidamente, visto que todo o processo foi automatizado. Quando a tela retorna para o correntista colocar a senha, a troca foi feita. Por isso a sensação de que há o redirecionamento. A Febraban alerta que o criminoso pode se passar por um funcionário do banco, alegando movimentações suspeitas e sugerindo que o cliente instale um aplicativo. Ao fazer isso, o fraudador consegue acessar todos os dados do celular. 


Furos 
Área em que quase 30 prefeitos de SC acabaram presos ultimamente, a de licitação de obras públicas municipais parece um queijo suíço. O Tribunal de Contas do Estado identificou 3.300 irregularidades na leitura de editais somente de janeiro a março deste ano, usando ferramenta de inteligência artificial. 

No limite 
Não há pânico, mas algo próximo entre as autoridades de saúde de SC com o quadro do momento: 91% dos leitos de UTIs na rede hospitalar estão ocupados. Preocupação porque o Estado ainda não atingiu o pico das doenças respiratórias. 

Educação integral 
Novos dados do Censo Escolar 2024, divulgados pelo Ministério da Educação, indicam que SC ampliou o acesso à educação integral tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental da rede pública. O percentual de matrículas em jornada ampliada em creches passou de 66,8% para 69,9% entre 2022 e 2024. Na pré-escola, os indicadores saltaram de 16% em 2022 para 18% em 2024.  

Caged: março 2025
O Brasil gerou 71.576 novos empregos no Brasil no mês de março deste ano. Com destaques para São Paulo (+34.864), Minas Gerais (+18.169), Santa Catarina (+9.841), Rio Grande do Sul (+8.960) e Goiás (+6.340). Em SC os municípios em destaque no mês de março foram: Joinville (+1.054), Florianópolis (+715), São José (+683), Itajaí (+682) e Criciúma (+665). 

Tiro livre 
Só depende da sanção do governador para virar lei projeto aprovado na Assembleia Legislativa que dispõe sobre o funcionamento de estabelecimentos de tiro desportivo, que são mais de uma centena em SC. O projeto impede que haja restrições de dia e horário ao funcionamento desses estabelecimentos, e que também não precisam de ter uma distância mínima entre eles e outras atividades comerciais, desde que não haja comprometimento da segurança pública. 

Mulheres na indústria 
A indústria catarinense emprega 301,8 mil mulheres, o equivalente a 33,31% dos trabalhadores do setor em Santa Catarina. O percentual faz do estado o maior empregador de mulheres no setor industrial do país, onde a média é de 25%. Considerando todas as trabalhadoras de SC, 23,9% estão na indústria. Segundo dados do Observatório Fiesc, com base nos últimos dados disponíveis, os segmentos que mais empregam mulheres em SC são: têxtil, confecção e calçados, com 62% do total de empregados formacos com 53,25%, indústria diversa com 46,36% e alimentos e bebidas com 44,82%. 

Zero imposto 
O governador de SC decidiu zerar o único imposto estadual (ICMS) que incide sobre o arroz, o feijão e as farinhas de trigo, milho, mandioca e de arroz, os seis da cesta básica, e que era de 7%. Obteve de entidades representativas do setor produtivo catarinense o compromisso de orientar seus associados para que repassem o desconto ao preço de venda dos produtos. O governo vai abrir mão de quase R$ 600 milhões por ano. Quanto ao repasse, vamos ver. 

MEIs
Ao contrário do que alguns divulgaram, o limite de faturamento para microempreendedores individuais (MEIs) não mudou neste ano e permanece com o valor de R$ 81 mil. Estão em tramitação vários projetos de lei para que mude. O mais recente tem como autora a senadora catarinense, que visa aumentar o limite para R$ 140 mil. 

Exceção 
Consta que o ministro de STF, André Mendonça, que esteve em Florianópolis para fazer uma palestra no Congresso Estadual do Programa Qualifica, na Assembleia Legislativa, deslocou-se até SC em voo aéreo comercial e na classe econômica. É uma exceção. A quase totalidade dos demais prefere as caras mordomias dos jatinhos da FAB por um motivo maior e que nunca vão dizer: não dar de cara, dentro dos aviões, com gente de bem que não tem nenhuma simpatia por eles. 

Guerra ideológica
Quem vê com certa equidistância a polêmica em torno da prática do naturismo na praia da Galheta, tradicional praia do leste da Ilha de SC, observa que até nisso há uma polarização política: a direita é contra a prática de relações sexuais ao ar livre no local, e a esquerda a favor, porque o que ocorre lá agora vem desde os anos 1980, sem maiores tensões entre liberais e conservadores.

Doenças respiratórias crescem 
Dados da Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica apontam para um quadro preocupante de aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em SC. Conforme o boletim divulgado em abril, são mais de 2,3 mil ocorrências registradas e 48 óbitos. O cenário piora com a chegada do frio e exige atenção tanto de autoridades em Saúde, quanto de pais e responsáveis. O aumento de casos pressiona as unidades de saúde, sobrecarregando o sistema. Idosos e crianças são os mais afetados. As regiões do estado que mais apresentam registros por vírus respiratórios são Florianópolis, Itajaí e Joinville. O alerta obriga atenção especial de prefeituras e do governo do estado das unidades de saúde, a fim de garantir respostas rápidas para a sociedade. 

Exemplo 
Está aí um exemplo para muitos municípios onde pessoas ou famílias são donas de diferentes tipos de patrimônio, desde imóveis históricos a coleções diversas, incluindo pequenos museus, de manutenção cada vez mais cara. Em Tubarão um projeto de lei em tramitação declara a vida e a obra de seu maior artista, Willy Zumblick, como patrimônio imaterial, cultural e intangível do município. Assim poderá ter acesso a recursos e apoios para sua proteção e valorização. 

Escolas cívico-militares em SC 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação está questionando a validade do programa que instituiu escolas cívico-militares em SC. A Ação Direta de Inconstitucionalidade 7809 foi distribuída ao ministro Dias Toffoli, que decidiu submeter o caso diretamente ao Plenário e pediu informações ao governador de SC. Apesar do presidente Lula ter determinado, em julho de 2023, o encerramento do programa, o governador de SC decidiu ignorar. E vai ampliá-lo com mais cinco unidades a partir deste ano, adicionando-se às nove já atuando no modelo. Serão instaladas em Araranguá, Curitibanos, Ibirama, Itajaí e Mafra. 

Guarra fraterna 
Desde tempos imemoriais, quando controladas por tradicionais famílias, os frigoríficos catarinenses Sadia e Seara tinham uma relação fraterna. Agora os tempos são outros, e seus donos também. A diferença entre ambas no momento envolve um anúncio de nuggets. A primeira foi ao Conselho de Auto-regulamentação Publicitária contestar uma peça da concorrente, por suposta imitação em elementos visuais e na embalagem, além da frase “Só a Seara tem”. A outra alega ser uma cópia da sua, “Só a Sadia tem”. Tentou-se uma conciliação. Não deu certo. 

 

Construtora de Itapema participa do maior evento da Fórmula 1 do mundo, em Miami
A CNA Construtora, referência na construção civil de alto luxo no litoral de Santa Catarina, deu a largada em uma nova fase da empresa, a expansão para o mercado internacional. Para apresentar a marca a todo o mundo, a empresa escolheu o GP de Miami da Fórmula 1, considerado o mais importante da temporada, realizado de 02 a 04 de maio.
 
Durante o evento, a CNA divulgou sua marca dentro da Grid House, o camarote mais exclusivo da F1 Miami, onde evidenciou os motivos e vantagens de investir em Itapema, no litoral norte catarinense. Além das belezas naturais, da infraestrutura completa, a cidade é a oportunidade perfeita para os clientes e investidores de todas as partes do mundo realizarem uma reserva de mercado, adquirindo um imóvel em uma das localizações mais valorizadas e disputadas do Brasil, e em empreendimentos exclusivos e luxuosos, como os da CNA Construtora.
 
A CNA tem o Fino Acabamento no DNA, marca registrada nos empreendimentos, que representa a dedicação e o cuidado em cada etapa da obra, desde a concepção do projeto até o mais minucioso detalhe, aliados à utilização dos materiais mais nobres, mão de obra qualificada e tecnologia avançada, o que resulta em um produto superior ao alto padrão existente no mercado. Hoje, a CNA é referência na construção civil de alto luxo, com localização privilegiada, na frente para o mar e em frente à principal avenida da cidade.
 
Com empreendimentos que se assemelham a hotéis de luxo pelo conforto, privacidade e requinte e a resorts exclusivos pela qualidade e sofisticação dos ambientes da Área de Lazer, a excelência dos empreendimentos CNA levou a outro patamar o mercado imobiliário de Itapema, município que registra o segundo metro quadrado mais valorizado do Brasil, conforme o Índice FipeZAP.
 
A valorização dos imóveis e o luxo e acabamento dos empreendimentos CNA atraem clientes de todas as partes do país e do mundo. Mas agora, a empresa acelera rumo a uma nova fase. Para isso, deu início à expansão internacional no GP de Miami, visando, especialmente, clientes americanos.
 
“A CNA Construtora entra num novo ciclo. Ao expandir a marca para fora do país, apresentamos não apenas a CNA , mas a potência de Itapema e região, o que evidencia ao mundo os motivos de morar e investir neste paraíso. E, assim, ao despertar o interesse de clientes e investidores internacionais, estamos mais uma vez alçando o mercado a um outro nível”, destaca Candido Norberto Antonioli, presidente da CNA Construtora.
 
Sobre a CNA
Com 15 anos de existência, a CNA contribuiu com inovação e posicionamento no mercado imobiliário do litoral norte catarinense, implementando em cada empreendimento o Fino Acabamento, marca registrada da empresa.
 
A CNA possui 12 empreendimentos entregues, 8 em construção e 3 lançamentos e tem como missão construir empreendimentos com Fino Acabamento que proporcionam aos clientes uma experiência de vida exclusiva, sofisticada e mais do que merecida.
Inflação do aluguel acelera na primeira prévia de maio, aponta FGV

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma aceleração na sua primeira prévia de maio, atingindo 0,18%. O resultado representa um aumento em relação à mesma leitura de abril, quando o índice havia variado positivamente em 0,05%, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (12) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A análise dos componentes do IGP-M revela que o Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado (IPA-M) inverteu a tendência de queda observada na primeira prévia de abril (-0,07%), apresentando uma alta de 0,08% nesta leitura de maio. Da mesma forma, o Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M) também mostrou aceleração, passando de 0,28% em abril para 0,42% em maio.

Em contrapartida, o Índice Nacional da Construção Civil – Mercado (INCC-M) apresentou uma desaceleração na sua taxa de variação. O índice, que havia registrado alta de 0,50% na primeira prévia de abril, avançou 0,38% nesta nova leitura.

Logística brasileira avança, mas ainda enfrenta desafios estruturais

A logística brasileira desempenha um papel estratégico no desenvolvimento econômico do país e na sua integração ao mercado global. Desde a construção das primeiras rodovias e ferrovias até a adoção de tecnologias avançadas nos centros de distribuição e portos, o setor tem buscado se modernizar para lidar com uma demanda crescente, cada vez mais complexa, e manter-se competitivo.
 
O Brasil conta com uma das maiores malhas rodoviárias do mundo, com mais de 1,7 milhão de quilômetros de estradas — sendo apenas 12,3% pavimentada. Esse modal ainda é responsável por cerca de 60% do transporte de cargas no país. No entanto, especialistas apontam a necessidade urgente de diversificação e maior integração entre os diversos modais de transporte.
 
A malha ferroviária ainda está muito aquém do ideal, enquanto portos e aeroportos ganham protagonismo. O Brasil opera mais de 36 portos públicos e terminais privados, que juntos movimentam cerca de 1,1 bilhão de toneladas de cargas por ano. Investimentos recentes em automação, ampliação de terminais e melhorias operacionais têm impulsionado a competitividade brasileira no comércio internacional.
 
Já o transporte aéreo representa apenas 1% do volume total de cargas, mas é responsável por 10% do valor das mercadorias transportadas, especialmente em segmentos de alto valor agregado. Com mais de 100 aeroportos com operações regulares de carga, o país vem ampliando sua conectividade com os principais mercados globais.
 
Desafios persistem
 
Apesar dos avanços, os desafios persistem. A precariedade da malha rodoviária, especialmente em regiões remotas, continua elevando os custos logísticos — que hoje representam cerca de 12% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Esse índice é superior ao observado em países desenvolvidos, comprometendo a competitividade das empresas nacionais.
 
Além disso, a burocracia e a lentidão nos processos aduaneiros dificultam tanto o fluxo interno quanto as operações de importação e exportação. A falta de integração entre os modais também gera gargalos operacionais e perdas econômicas. Para especialistas, o futuro da logística no Brasil passa por investimentos sustentados em infraestrutura, ampliação do transporte ferroviário e hidroviário, digitalização de processos e incentivos à intermodalidade. A eficiência logística é considerada peça-chave para a redução de custos, aumento da produtividade e conquista de novos mercados.
 
“Um estado com infraestrutura logística eficiente atrai investimentos, reduz os custos operacionais das empresas, melhora a competitividade de seus produtos e impulsiona setores como indústria, agronegócio, comércio e serviços. A logística também é vetor de geração de empregos, inovação tecnológica e desenvolvimento regional”, destaca o CEO da Logistique 2025, Leonardo Rinaldi.
 
Rumos da logística em debate
 
Nesse contexto, o Logistique Summit assume papel determinante nas discussões sobre o futuro da logística brasileira. O evento ocorre em paralelo à Logistique 2025, de 12 a 14 de agosto, no Expocentro Júlio Tedesco, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Consolidada como uma das principais feiras e congressos do setor no país, a Logistique reúne grandes nomes para debater também comércio exterior, relações internacionais, macroeconomia e geopolítica. O Summit já tem confirmadas as presenças de importantes nomes do mercado, entre eles, o ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Marcos Troyjo.
 
“Mais do que uma feira, a Logistique é uma plataforma de articulação entre o poder público, a iniciativa privada, a inovação e o conhecimento técnico. Reúne os principais players da cadeia logística para debater soluções, apresentar tecnologias, formar parcerias e criar oportunidades reais de negócios”, acrescenta Rinaldi.
 
Estado de excelência
 
O fato do evento ser realizado em Santa Catarina, um dos estados mais produtivos do Brasil, também reforça seu papel catalisador no avanço da logística nacional de forma mais integrada e eficiente. Com crescimento de 12% em 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor logístico catarinense vive um momento de expansão e consolidação. O Estado se destaca não apenas por sua localização estratégica — que facilita a conexão com os principais mercados nacionais e internacionais —, mas também por sua capacidade de inovação e investimentos contínuos em infraestrutura e tecnologia.
 
Em 2024, Santa Catarina movimentou mais de US$ 11,6 bilhões em exportações e US$ 33,7 bilhões em importações, consolidando-se como o segundo maior importador do país. A modernização dos portos e aeroportos, somada ao bom desempenho da indústria — que cresceu 6,3% até setembro, segundo a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) —, reforça o papel do estado como um dos principais hubs logísticos do Brasil.
 
O crescimento da produção industrial, puxado por setores como metalurgia, alimentos e tecnologia, eleva ainda mais a demanda por soluções logísticas eficientes. Cidades como Joinville, Itajaí e Chapecó atraem investimentos produtivos; enquanto polos como Balneário Camboriú, Blumenau e novamente Joinville vivem um varejo aquecido, ampliando a necessidade por transporte e armazenagem qualificados.
 
A combinação entre localização estratégica, infraestrutura moderna, base industrial diversificada e capacidade de adaptação às demandas globais posiciona Santa Catarina como referência nacional em logística.

 

Em Nova York, governador apresenta potenciais de Santa Catarina para atrair novos investimentos e parcerias ao estado
Fotos: Nathan Neumann
 
Liderada pelo governador Jorginho Mello, a comitiva catarinense que está nos Estados Unidos iniciou nesta segunda-feira, 12, a maratona de compromissos com líderes e empresários americanos para divulgar os potenciais de Santa Catarina e atrair investimentos ao estado. No SC Day, em Nova York, Jorginho Mello destacou dados de crescimento, incentivos fiscais, infraestrutura logística, aeroportos e portos e oportunidades de parcerias público‑privadas (PPPs).
 
Entre os ativos ofertados estão o Mirante da Serra do Rio do Rastro, a Zona Portuária de Imbituba e a Rodovia ViaMar, que ligará Joinville ao contorno da Grande Florianópolis. Para o governador Jorginho Mello, o objetivo é ampliar a presença internacional. É a primeira vez que o governador de Santa Catarina participa do evento nos Estados Unidos.
 
“Além de parcerias com o setor público, queremos atrair novos investimentos privados para gerar empregos. A segurança, a qualidade da educação e a mão de obra catarinense são diferenciais que encantam quem conhece o Estado”, disse Jorginho Mello.
 
Balança comercial
 
Atualmente, os Estados Unidos é o destino da maior parte das exportações catarinenses. De acordo com o Governo do Estado, a agenda procura ampliar os números da balança comercial.
 
Diante das mudanças no cenário econômico mundial, em especial envolvendo os Estados Unidos, o governador Jorginho Mello lidera a missão ao país americano com o objetivo de apresentar as potencialidades e oportunidades de Santa Catarina a investidores estrangeiros.
 
Durante o SC Day, em Nova York, o governador afirmou que o estado está preparado para receber capital estrangeiro e que está disposto a firmar novas parcerias.
 
“Nosso estado pula o Brasil e dá conta do recado. Sabemos que o novo momento da economia mundial pedirá alternativas de parceiras. Enquanto uns choram, outros vendem lenços. Viemos aqui para afirmar que o Estado se transformou na terra das oportunidades e que Santa Catarina é a bola da vez”, disse Jorginho Mello.
 
 
SC Day em Nova York
 
O encontro reuniu cerca de 50 empresários, entre americanos e brasileiros com operações no mundo todo. O SC Day é realizado pela InvestSC e a Secretaria de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos (SAI-SC), com apoio do BTG.
 
O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Aguiar, e o presidente da ACATE, Diego Ramos, reforçaram o potencial industrial e tecnológico catarinense. “Hoje, a movimentação portuária de Santa Catarina supera a da própria Argentina”, destacou Aguiar.
 
Também participou do evento, Alberto Kuba, presidente da WEG — uma das maiores multinacionais catarinenses. Ele ressaltou o crescimento pós‑pandemia: “Santa Catarina é o grande foco dos nossos investimentos.”
 
O presidente da Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina (FECAM) e prefeito da capital Florianópolis, Topázio Neto, reforçou que Santa Catarina é um estado de oportunidades em seus 295 municípios.
 
“Nós temos oportunidade em cada uma das regiões. Cada uma delas pode mostrar um pouco do que o nosso estado é, pelo ambiente de negócios, pelo potencial turístico, pelo grande mercado com pessoas com alto nível educacional, um bom índice de desenvolvimento humano e, sobretudo, credibilidade para receber capital externo”, assinala.
 
Empresários e gestores de fundos brasileiros e estrangeiros lotaram o auditório do encontro em Nova York. “Foi uma mescla de investidores locais e globais, num ambiente qualificado para discutir Santa Catarina. Nesta semana, os grandes players que olham para o Brasil estão em Nova York, e nosso Estado, pela primeira vez, marca presença”, afirmou Paulo Bornhausen, secretário de Articulação Internacional.
 
 
Comitiva catarinense
 
A comitiva catarinense nos Estados Unidos, liderada pelo governador Jorginho Mello, também conta com a participação das autoridades catarinenses:
 
Paulo Bornhausen, secretário Executivo de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos; Cleverson Siewert, secretário de Estado da Fazenda; secretário de Estado da Comunicação, Bruno Oliveira, e o secretário adjunto da Comunicação, Nathan Neumann; Beto Martins, secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias; coronel Fabiano de Souza, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar e Rodrigo Prisco, diretor da InvestSC.
 
Das entidades representativas do estado, parlamento e municípios, fazem parte da comitiva o Presidente da FIESC, Mario Cezar Aguiar; o presidente da ACATE, Diego Brittes Ramos; o deputado Estadual Mário Motta; o presidente do Grupo SCC, Roberto Amaral; os prefeitos de Florianópolis, Topázio Neto; de Itajaí, Robison Coelho e de Balneário Piçarras, Tiago Baltt. Também viajam o consultor de Desenvolvimento Regional da AMFRI, João Luiz Demantova, e o diretor-presidente da Itajaí Participações S/A, Níkolas Reis.
FIESC traz Tatiana Prazeres para debater rumos do comércio exterior

A Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, participa de reunião na Federação das Indústrias de SC (FIESC), no próximo dia 16 de maio, na sede da entidade.

O evento, promovido pela Câmara de Comércio Exterior, vai debater os Novos Rumos do Comércio Internacional, trazendo uma visão estratégica sobre o cenário atual e as perspectivas para o comércio exterior brasileiro. O encontro, que ocorre apenas na modalidade presencial, vai contar também com a participação da presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante.

As inscrições são gratuitas e estão limitadas à disponibilidade de vagas no auditório. 

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC

Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

Exportações de SC crescem 7,52% de janeiro a abril

O comércio exterior catarinense está em um bom momento, com importações e exportações crescendo nos quatro primeiros meses de 2025. De janeiro a abril, as exportações avançaram 7,52% e atingiram US$ 3,85 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e foram compilados pelo Observatório FIESC.

Os principais produtos vendidos por Santa Catarina ao exterior foram carnes de aves, com US$ 682,73 milhões exportados de janeiro a abril. A carne suína foi o segundo principal item da pauta exportadora do estado, com US$ 544,3 milhões no período. “Observamos um aumento expressivo de exportações de proteína animal para o Japão e China, que já são parceiros tradicionais, mas também o incremento de vendas de carnes de aves e suína para países como Chile e México”, explica o presidente da Federação das Indústrias de SC, Mario Cezar de Aguiar.

As vendas de motores elétricos, terceiro produto na lista dos mais vendidos, somaram US$ 178,45 milhões. As exportações de partes de motor atingiram US$ 134,73 milhões, enquanto as de madeira serrada alcançaram US$ 128,43 milhões. “As exportações do setor madeireiro também ganharam espaço, especialmente com incremento de vendas para países como China e Europa”, avalia Aguiar.

Os principais destinos das exportações de SC seguem sendo os Estados Unidos. De janeiro a abril, os embarques para os EUA somaram US$ 542,06 milhões. A China mantém-se como segundo destino, com US$ 372,31 milhões. Ocupando o terceiro lugar, as vendas para a Argentina atingiram US$ 294,92 milhões.

Importações
Do lado das importações, SC elevou suas compras no exterior em 8,45% no ano até abril, em relação a igual período de 2024, para US$ 11,4 bilhões.

Destacam-se as importações de cobre refinado, com US$ 440,9 milhões; de partes e acessórios para veículos, que somaram US$ 300,15 milhões; de polímeros de etileno, com US$ 230,17 milhões; semicondutores, somando US$ 206,42 milhões, e fertilizantes nitrogenados, com importações de US$ 192,34 milhões.

A China segue como a principal origem das compras externas catarinenses, e foi responsável por US$ 5,02 bilhões de janeiro a abril. Os Estados Unidos são o segundo país no ranking das importações, com
US$ 716,03 milhões, seguido pelo Chile, com US$ 687,24 milhões.


Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

Santa Catarina celebra um ano do registro da primeira carne na lata inspecionada pelo Estado

Foto: Guilherme Bento/Secom

Santa Catarina resgatou há um ano uma tradição que remonta aos tempos em que a conservação de alimentos ainda não contava com geladeiras: a produção da carne na lata. A iguaria típica do interior catarinense foi oficialmente registrada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), por meio do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), marcando um novo capítulo para a valorização da cultura alimentar regional.

A agroindústria familiar Carnes Arvoredo Ltda., sediada em Xanxerê e registrada sob o SIE n.º 416, foi pioneira ao obter o registro da carne na lata – carne suína temperada, cozida e conservada em gordura. O produto, que faz parte da memória afetiva de muitas famílias, agora está sendo comercializado com o aval técnico e a garantia de segurança da inspeção sanitária assegurada pela Cidasc. Para obter a liberação do produto, contou com a análise técnica da Coordenação de Produtos Cárneos do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Deinp) da Cidasc. 

Roberto Carlos Meneguzzi, sócio da Carnes Arvoredo, destaca que o registro do produto foi motivo de orgulho para os proprietários da agroindústria. “Este produto faz parte da nossa história. Quando criança, a carne na lata era sempre servida em casa. Resgatá-la é uma forma de homenagear meus pais e levar ao consumidor um sabor que remete à infância, com praticidade e qualidade”, afirma Meneguzzi.

A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, destaca que o reconhecimento da carne na lata com o selo do Serviço de Inspeção Estadual representa um avanço na valorização dos saberes tradicionais aliados à ciência. “A Cidasc tem um papel essencial na promoção da agroindústria familiar catarinense. Ao garantir que produtos como a carne na lata cheguem ao consumidor com qualidade e segurança, fortalecemos não apenas a economia local, mas também a identidade cultural do nosso Estado”, afirma Celles.

Carne na lata: tradição, sabor e conservação natural

A carne na lata é um tipo de carne suína conservada por um método ancestral, semelhante ao confit – técnica francesa cujo nome significa “cristalizado”. Esse termo remete ao aspecto brilhante que os alimentos adquirem ao serem envolvidos pela própria gordura, formando uma camada protetora natural. No Brasil, essa prática tornou-se comum especialmente nas zonas rurais dos estados de Minas Gerais e São Paulo, como forma de conservar carne por longos períodos antes da popularização das geladeiras.

Na agroindústria Carnes Arvoredo Ltda., de Xanxerê (SC), o corte escolhido para esse preparo é o pernil suíno desossado. A carne é frita lentamente em sua própria gordura até atingir o ponto ideal e, em seguida, é armazenada em latas metálicas, coberta com a gordura ainda quente. Esse processo reduz significativamente o teor de umidade e confere ao produto uma validade, sem necessidade de refrigeração.

A técnica de conservação da carne na gordura chegou ao Brasil com os colonizadores europeus, que trouxeram também os primeiros suínos e a necessidade de preservar alimentos durante longas viagens. No entanto, registros históricos indicam que a prática possui paralelos com tradições indígenas, como a mixira, alimento típico de algumas regiões da Amazônia, em que carnes são igualmente preservadas em gordura.

Mais do que um método de conservação, a carne na lata representa um elo entre gerações, resgatando memórias afetivas e fortalecendo a identidade alimentar brasileira.

Mais sobre a inspeção de produtos de origem animal

Para proteger a saúde da população, é fundamental que o consumidor esteja atento ao adquirir alimentos de origem animal. Um dos principais cuidados é verificar se o produto possui o Selo de Inspeção, que pode ser emitido por três esferas: Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Serviço de Inspeção Estadual (SIE) ou Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Esse selo é a garantia de que o alimento passou por rigorosa inspeção industrial e sanitária, seguindo os critérios estabelecidos pela legislação vigente. Produtos com selo de inspeção asseguram qualidade, procedência e segurança para o consumo.

Apenados em SC constroem iates de luxo em iniciativa de ressocialização que é referência nacional

Foto: MFX/GOVSC

Santa Catarina vem se consolidando como referência nacional em políticas de ressocialização por meio do trabalho no sistema prisional. Um dos exemplos dessa iniciativa está na Colônia Agrícola de Palhoça, na Grande Florianópolis, onde 70 detentos atuam diretamente na fabricação de iates de luxo. São produzidas, em média, 10 embarcações por mês — todas com alto padrão de qualidade e atenção aos mínimos detalhes.

Hoje em Santa Catarina a atividade garante ocupação laboral para três em cada 10 presos catarinenses. São 8.392 detentos em atividades remuneradas, o que representa 30% da população carcerária — índice superior à média nacional, que é de 23,8%. Só em 2024, o trabalho carcerário movimentou R$ 28 milhões em Santa Catarina.


Foto: MFX/GOVSC
O valor arrecadado é repartido em três partes: metade do salário vai para a família do apenado; 25% ajudam a custear a própria permanência dele no sistema prisional; e os 25% restantes são depositados em uma poupança, que só pode ser acessada após o cumprimento da pena. A medida garante mais dignidade e um suporte financeiro no momento da retomada da vida em liberdade.

Com 53 unidades prisionais em funcionamento, o estado conta hoje com parcerias ativas com empresas privadas ou órgãos públicos em 51 delas. A Colônia Agrícola de Palhoça é uma das 32 unidades em que os presos exercem atividades externas — neste caso, dentro de uma indústria naval da região. Além da construção de embarcações, os detentos em Santa Catarina atuam nas áreas de montagem de eletrônicos, produção de móveis, confecção de uniformes, entre outras frentes industriais.

Mais do que contribuir para a manutenção do sistema, a iniciativa representa um caminho efetivo para a reintegração social, com impacto direto na redução da reincidência criminal. O trabalho oferece qualificação profissional, geração de renda e dignidade para quem busca recomeçar.

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Santa Catarina é o estado com menor participação no Programa Bolsa Família

Pesquisa mostra que 18,7% dos domicílios brasileiros têm beneficiários do Bolsa Família, enquanto em Santa Catarina percentual é de apenas 4,4% – Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Arquivo/Secom

Santa Catarina é o estado brasileiro com menor participação no Programa Bolsa Família, do Governo Federal. Enquanto a média brasileira aponta que 18,7% dos domicílios brasileiros têm beneficiários do programa, em Santa Catarina este percentual é de apenas 4,4%. A divulgação dos dados ocorreu nesta quinta-feira, 8, pelo IBGE e mostra um raio-x do rendimento domiciliar brasileiro.

Conforme a pesquisa, o estado catarinense possui 2,8 milhões de domicílios, sendo que cerca de 123 mil (4,4%) registram recebimento de valores do Bolsa Família. Já no Brasil são 79,1 milhões de domicílios, sendo que 14,8 milhões (18,7%) possuem beneficiários do programa. Os dados são referentes ao rendimento médio domiciliar obtido ao longo de 2024.

O governador Jorginho Mello avalia o desempenho catarinense de forma positiva. “Santa Catarina está fazendo o dever de casa, atraindo investimentos, apostando no empreendedorismo, investindo na infraestrutura, na educação e em tantas áreas. Isso tudo para estimular a nossa economia e garantir a geração de melhores oportunidades para as pessoas. Não é por acaso que temos o menor grau de pobreza e de extrema pobreza do país”, afirma.

Em 2024, Santa Catarina registrou uma leve retração na participação do programa. O percentual caiu de 4,5%, calculado em 2023, para 4,4% no ano passado. No âmbito nacional também houve queda, sendo que a participação de domicílios no Programa Bolsa Família caiu de 19% em 2023 para 18,7% na mesma comparação.

“Os programas sociais são importantes para garantir o sustento das famílias mais carentes. No entanto, a geração de emprego ainda é a melhor política para inclusão social. Por isso o Governo de Santa Catarina tem apostado no estímulo à economia e na formação profissionalizante. E tem dado resultado. Geramos mais de 60 mil empregos formais em 2025 e somente o Sine tem mais de 7 mil vagas em aberto”, afirma o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck.  

Santa Catarina é o estado com menor participação de programas sociais na renda dos domicílios
Santa Catarina é o estado com a menor participação percentual de programas sociais do governo na renda média do domicílio. Enquanto na média brasileira a participação dos programas sociais na renda é de 3,8%, em Santa Catarina o percentual é de apenas 1%. 

O estado catarinense lidera e na sequência estão São Paulo (1,7%), Distrito Federal (1,8%) e Paraná (1,9%). Na outra ponta da lista estão Maranhão (10,8%), Ceará (10,2%), Pará e Piauí (ambos com 9,7%).

Conforme o IBGE, a renda domiciliar em Santa Catarina (2024) é formada por:

Rendimento do trabalho: 79,3%
Outras fontes: 20,7%
Aposentadoria e pensão: 15,4%
Programas sociais do governo: 1%
Rendimento médio em Santa Catarina cresceu 12% em um ano
A pesquisa do IBGE também avaliou a variação do rendimento médio domiciliar per capita. O estado registrou uma alta de 12%, pulando de R$ 3.203 para R$ 3.590 na passagem de 2023 para 2024. O acréscimo é de, portanto, R$ 387.

Santa Catarina tem o quarto maior rendimento do país. O primeiro lugar é do Distrito Federal, com R$ 5.147. São Paulo aparece em segundo, com R$ 3.785, e Rio de Janeiro em terceiro com R$ 3.618. Vizinhos da região Sul, Paraná e Rio Grande do Sul (ambos com R$ 3.571) têm o quinto maior rendimento médio. A média brasileira é de R$ 3.057.

Os dados desta notícia compõem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Rendimento de Todas as Fontes 2024, do IBGE.

Sebrae/SC avança no processo de reconhecimento da IG do Aipim da Terra Preta de Itajaí
 
O Sebrae/SC atua há algum tempo no processo de reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) do Aipim da Terra Preta de Itajaí. A iniciativa busca valorizar um produto tradicional, com forte identidade territorial e importante para a agricultura familiar da região, além de facilitar o acesso a mercados nacionais e internacionais. Atualmente, 15 produtores da região participam do projeto. Com o objetivo de dar visibilidade ao produto e à Terra Preta — um solo turfoso e fértil que caracteriza essa produção — foi realizada a Abertura Oficial da Safra do Aipim da Terra Preta. 
A solenidade marcou simbolicamente o início da colheita e representou um importante passo na consolidação da imagem do aipim como símbolo de qualidade, tradição e origem. O evento também teve como propósito fortalecer o sentimento de pertencimento entre os agricultores, promover a união territorial e ampliar o reconhecimento institucional e popular do processo de Indicação Geográfica em andamento.
Realizada na última quarta-feira (7), a cerimônia reuniu representantes da Cooperar de Itajaí, Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Agricultura, Epagri, Univali, Sebrae/SC e outras instituições parceiras, que reforçaram seu apoio à continuidade do trabalho. Estiveram presentes também produtores, imprensa e autoridades locais.
A gestora de Projetos do Agronegócio na Regional Foz do Sebrae/SC, Onilia Manentti, destaca que ações como essa são fundamentais para fortalecer cadeias produtivas locais, valorizar produtos com diferencial de origem e contribuir para o desenvolvimento sustentável dos territórios. “As IGs protegem a identidade e o patrimônio cultural da região, agregam valor aos produtos e estimulam a inovação. Além disso, atraem investimentos, impulsionam o turismo e movimentam a economia local”, completa. 
 
Indicação Geográfica (IG)
O Sebrae/SC desenvolve projetos para reconhecimento de produtos com Indicação Geográfica (IG). Consultores credenciados a entidade realizam um diagnóstico inicial para identificar se a região possui potencial para Indicação Geográfica, verificando se os produtores atendem aos requisitos e se a iniciativa está alinhada com suas estratégias de futuro. 
• Valorização do produto:
A IG destaca a qualidade e a origem do produto, agregando valor ao produto 
• Acesso a mercados:
A IG facilita o acesso a mercados mais amplos, tanto nacionais quanto internacionais 
• Desenvolvimento regional:
A IG pode impulsionar o desenvolvimento econômico e social de uma região, gerando renda e oportunidades. 
MSC Cruzeiros anuncia Balneário Camboriú como porto de embarque da temporada 2025/2026 na América do Sul
A MSC Cruzeiros acaba de anunciar Balneário Camboriú como novo porto de embarque para roteiros pela América do Sul na temporada 2025/2026. Com isso, a Companhia oferecerá seis portos de embarque no Brasil na próxima temporada.
 
A inclusão de Balneário Camboriú como novo porto de embarque traz mais opções aos hóspedes, que poderão embarcar na cidade catarinense, a bordo do MSC Preziosa, para roteiros de 7 noites, com escalas em Punta del Este (Uruguai), Buenos Aires (Argentina) e Santos.
 
Temporada 2025/2026 na América do Sul
 
A Companhia será a única a oferecer itinerários pelo Nordeste, além de roteiros exclusivos de 7 noites pelo Sudeste brasileiro.
 
De outubro de 2025 até abril de 2026, os navios MSC Armonia, MSC Lirica, MSC Preziosa e MSC Seaview vão realizar viagens incríveis com embarques no Brasil, visitando destinos nacionais, argentinos e uruguaios. Além disso, o MSC Fantasia terá embarques dedicados na Argentina e escalas por diversas cidades brasileiras.
 
 
MSC Preziosa
O MSC Preziosa realizará embarques em Santos, com opções de minicruzeiros de 3 e 4 noites, visitando alternadamente Angra dos Reis, Búzios e Ilha Grande. Para os itinerários de 6 a 8 noites, o navio oferecerá embarques em Santos e Balneário Camboriú e visitas alternadas para Ilha Grande, Salvador, Búzios, Balneário Camboriú e Itajaí, além de destinos internacionais, como Punta del Este e Montevidéu no Uruguai; e Buenos Aires, na Argentina.
 
 
MSC Lirica
Já o MSC Lirica oferecerá embarque em Santos, com opções de minicruzeiros de 3 e 4 noites, navegando por Búzios e Ilha Grande. O navio também oferecerá roteiros de 7 noites, com visitas alternadas a Ilhabela, Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Búzios, Itajaí e Salvador. Também será possível embarcar no Rio de Janeiro e Itajaí.
 
WEG abre processo seletivo para Programa de Estágio 2025-2
A catarinense WEG abriu o processo seletivo do Programa de Estágio para o segundo semestre de 2025 com oportunidades para as regiões do Brasil onde a Companhia possui unidades fabris.  
 
Disponível para áreas administrativa, técnica, tecnologia e engenharia, o estágio tem duração de até 10 meses e possibilita aos estudantes colocarem em prática os conhecimentos adquiridos no ambiente acadêmico. 
 
Ao longo de mais de 40 anos, o programa de estágio é reconhecido por reter talentos e proporcionar um ambiente para o crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional. 
 
Em 2024, o programa recebeu cerca de 500 estagiários de todo o Brasil, que recebem como benefícios bolsa auxílio, alimentação subsidiada, atendimento ambulatorial, auxílio deslocamento (conforme política da empresa), auxílio despesas de ½ salário-mínimo, seguro de vida em grupo, vale transporte, ginástica laboral e recesso remunerado proporcional. 
 
Para participar do programa de estágio é necessário ter 18 (dezoito) anos completos até julho de 2025. Além disso, ter disponibilidade para estágio presencial. 
Confira as vagas disponíveis:
 
• Técnico: mecânica, eletromecânica, eletrônica, eletrotécnica, mecatrônica, fabricação mecânica, metalurgia, química, segurança do trabalho e edificações.
• Superior Engenharia/ Tecnólogo: ambiental, elétrica, mecânica, controle e automação, civil, eletrônica, mecatrônica, energia, produção, produção elétrica ou mecânica, produção e sistemas, computação, software, metalúrgica, materiais, naval, aeroespacial e aeronáutica.
• Superior Administrativo/TI: química, administração de empresas, ciências contábeis, ciências econômicas, marketing, fisioterapia, educação física, comunicação social, publicidade e propaganda, logística, processos gerenciais, finanças, análise e desenvolvimento de sistemas entre outros cursos correlatos a área de TI (Tecnologia da Informação).
 
Informações e inscrições para o Programa de Estágio da WEG de cada unidade estão disponíveis através do site.
 
ACII divulga mais quatro homenageados para o Prêmio Empresário do Ano 2025

A Associação Empresarial de Itajaí (ACII) anunciou mais quatro nomes que serão homenageados na edição de 2025 do Prêmio Empresário do Ano. A cerimônia de premiação, que chega à sua 34ª edição, homenageará os destaques empresariais da cidade no dia 30 de maio, a partir das 19h, no Clube Atiradores, em Itajaí.
 
A presidente da ACII, Thaisa Nascimento Corrêa explica que a divulgação desses nomes reforça a importância do Prêmio Empresário do Ano como um reconhecimento essencial aos empreendedores que impulsionam a economia e contribuem para o desenvolvimento de Itajaí em diversos setores. 
 
Além do aguardado troféu de Empresário do Ano, que este ano celebra a trajetória do empresário Manoel Pereira, do Grupo Pereira, gigante do varejo e atacado no setor alimentício, a ACII reconhecerá os expoentes em outras nove categorias. Foram divulgados os homenageados em quatro dessas categorias: Terceiro Setor, Associativista, Comércio e Prestação de Serviços.
 
Na categoria Terceiro Setor, a homenageada é a Casa Biel. Fundada a partir de um momento de luto, a instituição (Associação Gabriel Costa Coelho) oferece apoio fundamental a famílias de jovens e crianças na luta contra o câncer, proporcionando terapias, acompanhamento profissional e acolhimento de forma gratuita.
 
O destaque na categoria Associativista é Ariani Cipriani de Sá, proprietária da Bloco D Engenharia. A jovem engenheira civil de 30 anos tem se destacado como uma liderança visionária e engajada no cenário empresarial de Itajaí, contribuindo significativamente para o fortalecimento do associativismo local.
 
No setor de Comércio, o reconhecimento vai para o Grupo Parada dos Amigos. Com 32 anos de história, o grupo trilhou um caminho de crescimento constante, impulsionado pela visão de Davi Trajano de Espíndola, de 72 anos, e pelo apoio incondicional de sua esposa, Narzi Délfica de Espíndola, de 66 anos.
 
Já na Prestação de Serviços, a homenageada é a Conexão Marítima. A companhia, que atualmente conta com cerca de 250 funcionários e movimenta aproximadamente 400 caminhões por dia, demonstra um crescimento notável de 500% desde sua aquisição em 1º de abril de 2015.

 

Mercado de casamentos impulsiona mais de R$ 2,9 bilhões da economia nacional em maio

Tradicionalmente associado às celebrações de casamento, o mês de maio segue como um dos períodos de maior movimento para o setor de festas e eventos no Brasil. De acordo com uma pesquisa do Casar.com, maior plataforma de sites e listas de casamento do Brasil, em conjunto com a Assessoria VIP, o período deve movimentar mais de R$ 2,9 bilhões da economia nacional. 
 
Ainda segundo a plataforma, está previsto um crescimento de 32,6% na quantidade de cerimônias realizadas em maio deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2024. Isto demonstra o aquecimento do setor que contribui cada vez mais para a economia do Brasil. Considerado um evento social valorizado e amplamente celebrado pelos brasileiros, os casamentos estabelecem anualmente novos padrões.
 
Segundo levantamento da ABRAFESTA, (Associação Brasileira de Eventos), famílias com renda mensal acima de R$ 5 mil continuam sendo o principal público consumidor, representando 16% das famílias brasileiras. A expectativa inicial de muitos casais é investir até R$ 40 mil na celebração, mas os dados revelam que 74% acabam desembolsando entre R$ 40 mil e R$ 85 mil para realizar a cerimônia ideal — em alguns casos, esse valor pode ultrapassar R$ 100 mil, especialmente nas capitais.
 
“Maio é um mês extremamente importante para o setor de festas. O aumento na procura por serviços especializados traz impacto direto em toda a cadeia produtiva e exige um planejamento bem estruturado dos casais para garantir uma celebração inesquecível, sem comprometer a saúde financeira”, destaca Ricardo Dias, presidente da ABRAFESTA.
 
Ainda de acordo com o estudo, 47% dos casais contam com apoio financeiro de familiares para realizar o casamento. Enquanto, cerca de 30% recorrem a algum tipo de financiamento ou parcelamento para cobrir os custos da festa. O dado reforça a importância do planejamento financeiro, especialmente em um mês de alta demanda.
 
Para Marcelo D’Alfonso, CEO do Casar.com, estabelecer um orçamento realista é fundamental. “Os casais devem conversar abertamente sobre o quanto cada um está disposto a investir e se haverá contribuições de familiares ou amigos, por exemplo. Em paralelo, estabelecer prioridades e acompanhar os gastos com frequência para que nada saia do controle é imprescindível. O planejamento financeiro torna a experiência ainda mais leve e emocionante”, conclui o CEO.

 

Importação de cebola pelo Brasil aumenta quase cinco vezes em março

O mercado de cebolas no Brasil continua instável no início de 2025, com grandes volumes de importação e tendência de alta nos preços. Em março, o total importado pelo Brasil foi quase cinco vezes maior que o volume de abril, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em fevereiro, o país trouxe de fora 3.471 toneladas de cebola, quantidade que saltou para 19.728 em março. 
 
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a Argentina foi o maior exportador de cebola para o Brasil em março deste ano, com quase 58% do total importado, seguida do Chile, com 42%. Consulta do Hortifrúti/Cepea apontou que os países têm muito produto armazenado, com possibilidade de continuar abastecendo o Brasil. 
 
"Em um mercado instável e com grandes volumes de importação, o Brasil enfrenta um cenário desafiador, reflexo direto da dinâmica global de oferta e demanda. Esse contexto exige uma adaptação estratégica contínua para garantir a sustentabilidade e o equilíbrio do setor agrícola nacional, com manejo tático e máximo de proteção ao cultivo”, afirma o engenheiro agrônomo especialista em Desenvolvimento de Mercado da Ascenza Brasil, José Rodolfo Forte.

No ano passado, o Brasil já havia importado 257,4 mil toneladas de cebola, alta de 92% em relação ao ano anterior. Mesmo com o aumento de 44% previsto para a safra nacional de 2024/2025, estimada em 127,6 mil toneladas do vegetal, conforme a Conab, as importações devem continuar aquecidas.
 
Para este ano, a expectativa é de redução na área plantada com cebola, especialmente no Cerrado e no Nordeste, devido à expectativa de uma boa safra no Sul, aponta o Cepea. Mesmo com a elevada oferta de cebolas em Santa Catarina, nas cidades de Ituporanga e Lebon Régis, a qualidade dos produtos foi comprometida pelo calor de fevereiro e março e a expectativa de que os estoques durassem até meados de maio e início de junho não deve se concretizar, conforme o Cepea

Nessa região, os compradores estão optando pelas cebolas estrangeiras, principalmente da Argentina e Chile, de boa qualidade. Essas muitas variações na oferta interna e condições do mercado internacional influenciam diretamente o mercado brasileiro. 

Preços 

Em março, o Conab verificou aumento dos preços da cebola em onze Ceasas analisadas, em diferentes regiões do Brasil. A média entre elas indicou alta de 11,4%, em relação à média de fevereiro. A Conab avalia, entretanto, que os preços continuam mais baixos que nos dois anos anteriores. na Ceagesp São Paulo, a cebola foi vendida em março deste ano por valores 56% abaixo do praticado em março de 2024 e a 17% inferior a março de 2023. 

 Cebolicultura 

 A cebola é uma das hortaliças mais importantes do mundo e tem sido cultivada há pelo menos 5 mil anos. No Brasil, o seu cultivo apresenta importância econômica e social. Estima-se que 70% da cebolicultura brasileira seja proveniente da agricultura familiar, principalmente nas regiões Sul e Nordeste. 

No Brasil, são cultivadas diversas variedades de cebola adaptadas às diferentes regiões do país. A escolha da variedade depende de critérios como região e clima, época de plantio, finalidade (consumo fresco, processamento e armazenagem) e resistência a doenças. 
 
As principais variedades podem ser divididas em dois grupos principais: variedades comerciais (híbridas e melhoradas) e variedades tradicionais e crioulas. Entre as variedades comerciais de dias curtos destacam-se a Optima, Bella Dura, IPA 11, Brisa, Vale Ouro IPA-11, Granex 33 e Texas Grano 502 PRR.
 
Segundo o Centro Paulista de Estudos Agropecuários (CPEA), a cebola é uma cultura de alto rendimento e tem um ciclo de crescimento relativamente curto, geralmente entre 90 e 150 dias, dependendo da variedade e das condições climáticas. Isso permite aos agricultores promover rodízio de culturas e maximizar o uso das terras ao longo do ano. Mas o cultivo da cebola também enfrenta desafios. 
 
Doenças e pragas 

As doenças representam uma ameaça constante para as plantações de cebolas. Alguns dos principais patógenos que afetam as cebolas são o Míldio, mancha-púrpura, queima-das-pontas, podridão-branca e fusariose. As pragas mais comuns são trips, mosca-da-cebola, lagarta-rosca e ácaros. 
 
A boas práticas de manejo incluem rotação de culturas com gramíneas como milho ou braquiária, uso de cultivares resistentes e tolerantes, irrigação controlada sem excesso de umidade, monitoramento frequente da lavoura e manejo integrado de pragas e doenças. O monitoramento e manejo Integrado, que inclui o uso de métodos de controle biológico, orgânico e químico, é essencial para proteger as plantações de cebolas. 
 
Seleção de variedades 

A seleção da variedade de cebola ideal para o cultivo depende de fatores como clima, fotoperíodo, resistência a doenças, tipo de solo e objetivo da produção. Existem três tipos principais de cebola, classificados de acordo com a necessidade de fotoperíodo: dias curtos, dias intermediários e dias longos. 

Variedades de dias curtos são mais adequadas para regiões quentes e próximas ao equador, como o Nordeste, enquanto as de dias longos são mais indicadas para áreas mais ao Sul, com estações do ano bem definidas. Além disso, a resistência a pragas e doenças, como trips, fusariose e míldio deve ser considerada, pois variedades híbridas costumam ser mais resistentes.
Outro aspecto importante é o objetivo da produção, para o mercado fresco ou para processamento. Variedades como Optima e Bella Dura são excelentes para o mercado fresco, com bulbos grandes e duráveis, enquanto a BRS Rubra é mais indicada para processamento devido à sua resistência ao transporte e sabor. O tipo de solo também influencia a escolha, sendo necessário solo bem drenado e com pH entre 5,5 e 6,5 para um bom desenvolvimento das plantas. 

Espaçamento irrigação e adubação 

O espaçamento entre as plantas deve ser de cerca de 10 a 15 cm, com linhas de 30 a 40 cm de distância, para permitir o crescimento saudável dos bulbos. A irrigação deve ser feita de forma controlada, evitando excessos de água, que podem propiciar o aparecimento de doenças como o míldio. A adubação balanceada, com nutrientes como fósforo, potássio e nitrogênio, deve ser feita ao longo do ciclo da planta, sempre acompanhada de monitoramento constante para detectar problemas precocemente.

Colheita 

A colheita da cebola é um processo delicado e deve ser realizada no momento certo para garantir a qualidade dos bulbos e evitar perdas de produtividade. O momento ideal para colher a cebola ocorre quando as folhas começam a murchar e a secar, especialmente nas variedades de ciclo longo. As folhas externas, inicialmente verdes, começam a amarelar e cair, enquanto as internas ainda permanecem firmes, indicando que o bulbo atingiu seu tamanho máximo e está pronto para ser retirado. 

É importante observar o tamanho e a firmeza dos bulbos. Bulbos que atingiram um tamanho adequado, geralmente cerca de 7 a 10 centímetros de diâmetro, são ideais para a colheita. A cebola não deve ser deixada no solo por muito tempo após o amadurecimento, pois isso pode resultar em bolores ou rachaduras nos bulbos. 

O ideal é monitorar frequentemente a maturação dos bulbos, fazendo uma amostragem das plantas para verificar se estão prontos para a colheita. Após a colheita, as cebolas devem ser curadas em um ambiente seco e ventilado para que a casca fique bem formada e o bulbo se conserve por mais tempo. Esse processo garante boa armazenagem e maior durabilidade do produto. Os vegetais devem ser armazenados em local fresco e seco com boa ventilação e sem luz solar direta. A temperatura ideal de armazenamento varia de 0 a 4°C.

Sobre a Ascenza
Multinacional referência nas soluções pós-patente, a Ascenza, do grupo Rovensa, atua na proteção de culturas desde 1965 com o objetivo de fornecer as melhores alternativas aos clientes, através de uma estreita relação com distribuidores, agricultores e técnicos, com a missão de ajudar a alimentar a população mundial crescente. A empresa está sempre desenvolvendo competências notáveis e inovando para apresentar as melhores soluções aos constantes desafios do mercado, com produtos de qualidade, personalizados para as diferentes lavouras. O nome Ascenza deriva da palavra latina ascendere, que significa ascender, crescer, subir, alinhado com nosso propósito de Cultivar o Futuro. Proximidade, simplicidade, agilidade e sustentabilidade são compromissos da empresa, que tem como pilares cuidar das plantas, das pessoas e do planeta. As soluções da empresa garantem uma dieta saudável e equilibrada à população mundial crescente, com respeito pelo planeta.

A engrenagem invisível da logística: o papel estratégico da comunicação na proteção da reputação

Por Edna De Divitiis

Não é novidade que a logística movimenta o país. Do agronegócio à indústria, do e-commerce ao varejo, o setor logístico é a espinha dorsal da economia brasileira e, por isso, vive sob os holofotes. Uma operação mal conduzida, um incidente nas estradas, um atraso não comunicado ou uma crise em portos, armazéns e centros de distribuição podem causar danos reputacionais significativos. Neste cenário, a comunicação deixa de atuar como coadjuvante e passa a ser um ativo estratégico de reputação e geração de valor.

Atualmente, o Brasil possui uma das infraestruturas logísticas mais complexas e desafiadoras do mundo. De acordo com o Panorama do Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil (IPEA, 2023), mais de 60% de toda a carga nacional ainda depende das rodovias, modal historicamente suscetível a acidentes, furtos, greves e condições climáticas adversas. No entanto, os riscos não se limitam às estradas, pois falhas em sistemas de gestão, atrasos em portos, bloqueios alfandegários e até mesmo ataques cibernéticos fazem parte do cotidiano de um segmento em constante pressão por eficiência.

Gestão de crises é mais do que protocolo, é cultura

Em um setor sujeito a eventos inesperados, ter um plano de comunicação de crise bem estruturado deixou de ser um diferencial competitivo para tornar-se uma necessidade. Mais do que reagir, trata-se de antecipar, ou seja, não se trata de elaborar comunicados quando algo dá errado, mas de estabelecer uma cultura organizacional voltada à transparência, agilidade e consistência na resposta ao público e a imprensa.

O relatório Crisis Communication in Logistics, produzido pela consultoria Logistics Bureau, revela que empresas que atuam com planos preventivos de comunicação e treinamentos de porta-vozes reduzem em até 47% o impacto negativo na percepção de marca após uma ocorrência crítica. A lógica é simples: quanto mais rápido, preciso e empático for o posicionamento público, maior a preservação da confiança e reputação.

Comunicação na cadeia logística: o que gera valor vai além da eficiência operacional

Comunicar-se bem na área logística é, sobretudo, gerenciar expectativas em tempo real. Não basta ter rastreabilidade, é preciso que essa informação chegue ao cliente de forma clara e útil. Não adianta apenas ser ágil, é preciso transmitir essa agilidade de maneira que gere percepção de valor.

Empresas que operam com excelência em gestão logística integrada, desde a armazenagem à distribuição, passando por sistemas inteligentes de gestão de frotas e análise preditiva, precisam fazer essa inteligência refletir também em sua comunicação. Uma estratégia bem conduzida posiciona a companhia como confiável, inovadora e resiliente. E isso influencia diretamente nas decisões de negócios e relacionamento com clientes e parceiros.

Comunicação como elo entre operação e reputação

A reputação de empresas da cadeia logística é moldada tanto pelos resultados operacionais quanto pela maneira como essas conquistas (ou incidentes) são comunicados. Um exemplo recente disso foi a atuação de operadores logísticos durante as enchentes no Rio Grande do Sul em 2023. Empresas que conseguiram comunicar rapidamente ajustes nas rotas, atuação humanitária e planos de continuidade saíram fortalecidas diante de clientes e da sociedade, mesmo em um cenário trágico.

É justamente nas adversidades que a comunicação estratégica mostra sua força, nesta capacidade de antecipar cenários, construir confiança e gerar valor. Por isso, em um segmento onde falhas são inevitáveis, a forma como elas são geridas e comunicadas define o impacto final. Em mercados complexos, reputação é um ativo volátil, e a comunicação é o melhor seguro.

Empresas que desejam escalar, internacionalizar ou conquistar novos mercados precisam ir além da eficiência logística: devem saber comunicar essa excelência. Em um setor onde tudo é medido em tempo, previsibilidade e segurança, a comunicação é o fator que transforma uma operação invisível em um diferencial competitivo tangível. Por isso, é hora de parar de tratar comunicação como um “apoio” e enxergá-la como parte estratégica da engrenagem que movimenta o país. Porque quando a operação falha, é a comunicação que sustenta a confiança.

 

Edna De Divitiis é Diretora Executiva da EPR Comunicação Corporativa, agência de comunicação pioneira na implementação da metodologia Inbound PR há mais de 30 anos atendendo empresas de diferentes portes e segmentos.

 

 

Juros Disparam no Brasil: Taxa do Cartão de Crédito Rotativo Chega a 445% ao Ano, Aponta BC

As taxas médias de juros cobradas pelos bancos voltaram a subir em março, tanto para famílias quanto para empresas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Banco Central. No crédito livre para pessoas físicas, o destaque é o aumento de 2,5% na taxa média do cartão de crédito rotativo, que chegou a impressionantes 445% ao ano.

As operações de crédito livre — modalidade em que os bancos têm autonomia para definir as taxas — continuam entre as mais caras do mercado. A taxa média de juros para famílias subiu 0,3% no mês e já acumula alta de 3% nos últimos 12 meses, alcançando 56,4% ao ano.

O cheque especial, apesar de uma queda de 8% em março, ainda registra 134,2% ao ano em juros, com alta acumulada de 6,1% no mesmo período. Desde 2020, essa linha de crédito tem juros limitados a 8% ao mês, o equivalente a 151,82% ao ano.

Para empresas, a taxa média de juros nas novas contratações de crédito livre subiu 0,8% em março e 3,5% em um ano, atingindo 24,6% ao ano. O destaque negativo ficou com o cheque especial empresarial, cuja taxa média disparou 9% no mês e chegou a 349,2% ao ano.

Os juros rotativos do cartão de crédito são aplicados quando o consumidor paga menos do que o valor total da fatura. O saldo não quitado vira um empréstimo com juros extremamente altos. Para mitigar o endividamento das famílias, o Banco Central estabeleceu desde 2017 que esse crédito só pode ser utilizado até o vencimento da fatura seguinte. Após esse período, o valor deve ser financiado em outra linha de crédito, como o parcelamento da fatura.

Os dados fazem parte das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas mensalmente pelo BC e acendem um alerta para o risco crescente de superendividamento da população brasileira. 

INSS ignorou alertas e facilitou roubo dos aposentados, aponta PF

A Polícia Federal revelou um esquema de fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teria lesado aposentados e pensionistas com descontos indevidos em seus benefícios. A operação, deflagrada no dia 22 de abril de 2025, contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e cumpriu 211 mandados judiciais, incluindo seis prisões temporárias e sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão.

Segundo as investigações, ao menos 11 entidades são suspeitas de realizar descontos não autorizados de mensalidades associativas diretamente sobre os valores de aposentadorias e pensões. O prejuízo acumulado entre 2019 e 2024 é estimado em R$ 6,3 bilhões. Ainda não está claro o quanto desse montante foi descontado sem consentimento dos beneficiários.

Apesar das inúmeras reclamações e ações judiciais, o INSS seguiu firmando acordos de cooperação técnica (ACTs) com entidades para permitir os descontos em folha. De acordo com relatório da Polícia Federal, o instituto reconhecia a falta de capacidade para fiscalizar os acordos, mas mesmo assim continuou firmando novas parcerias.

A Controladoria-Geral da União também apontou falhas nos controles internos do INSS. Mesmo diante de um aumento de 772% nos pedidos de cancelamento entre julho de 2023 e abril de 2024, o órgão apenas suspendeu temporariamente as adesões de algumas entidades, sem uma ação mais contundente.

O caso levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a questionar formalmente por que o INSS autorizou os descontos consignados sem estrutura para fiscalizar. O TCU classificou os casos como “escabrosos” e criticou a falta de ação do órgão para revisar os acordos mais suspeitos.

Além disso, a investigação revelou que os documentos que supostamente autorizavam os descontos estavam sob guarda das próprias entidades — e muitos deles não foram encaminhados corretamente ao INSS, mesmo após solicitação.

Entre as entidades envolvidas, o relatório da PF cita o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindinapi), cujo vice-presidente é irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a Dataprev, o Sindinapi e a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) atuaram sem validar a biometria facial dos beneficiários, um requisito obrigatório para assegurar a autorização dos descontos.

A repercussão do caso levou à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao afastamento de servidores ligados aos acordos.

Dois dias após a operação, o INSS e a CGU anunciaram a suspensão por tempo indeterminado de todos os descontos por convênios com associações e sindicatos. A medida vale até a conclusão da análise de cada acordo.

O ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, afirmou que será elaborado um plano de ressarcimento para devolver os valores descontados indevidamente. Segundo ele, o governo precisará reorganizar completamente o sistema de descontos, com a suspensão de todos os ACTs firmados nos últimos anos.

“O governo vai ressarcir o que foi descontado irregularmente. Isso estará em um plano que será apresentado em breve”, declarou Carvalho, sem especificar prazos ou métodos.

As investigações seguem em andamento, e os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, violação de sigilo funcional, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Grupo Casas Bahia reforça estratégia de crediário com nova liberação de R$ 1 bilhão para o Dia das Mães, repetindo o sucesso da Black Friday 2024

Após um ciclo de cinco trimestres consecutivos de melhora nas margens operacionais e geração recorde de fluxo de caixa livre, o Grupo Casas Bahia anuncia mais um movimento audacioso para impulsionar o consumo e fortalecer sua posição de liderança no varejo brasileiro: a liberação de R$ 1 bilhão em crédito para os consumidores, repetindo a estratégia de sucesso realizada na última Black Friday.

A ação, que faz parte da campanha especial de Dia das Mães — tradicionalmente uma das datas mais importantes para o varejo — demonstra como a companhia está utilizando sua estrutura financeira fortalecida para democratizar o acesso a bens de consumo e intensificar sua presença tanto no ambiente físico quanto digital.

O anúncio vem na esteira dos resultados financeiros do 4T24 e de 2024, que evidenciam o momento positivo vivido pelo Grupo Casas Bahia: crescimento de 9,9% no GMV consolidado, evolução de 16,1% nas vendas de lojas físicas e aumento de 23,7% no GMV de terceiros (3P). A companhia registrou também o maior saldo histórico de sua carteira de crediário, que atingiu R$ 6,2 bilhões, crescendo 15% em relação ao ano anterior.

A inadimplência, por sua vez, apresentou melhora significativa, com índice de 8,0% no over 90 dias — reforçando a eficácia das políticas de crédito e gestão de risco da companhia.

Para o Dia das Mães de 2025, a Casas Bahia prepara uma campanha sem precedentes ao liberar R$ 1 bilhão em crédito para facilitar as compras dos consumidores em todas as regiões do Brasil, oferecer preços mais baixos que na Black Friday, reafirmando o compromisso da marca com o acesso e a competitividade, abastecendo as lojas com mais de 1,6 milhão de itens de eletroportáteis para ofertar pronta-entrega, e ainda estender o parcelamento dos produtos em até 30 vezes sem juros no Cartão Casas Bahia;

"O movimento de liberar mais R$ 1 bilhão em crédito não é apenas uma ação promocional; é a consolidação de uma estratégia financeira madura, construída com disciplina operacional e foco no cliente. Estamos preparados para atender uma demanda robusta, com liquidez sólida, menor inadimplência e a capacidade de crescer com responsabilidade", afirma Vital Leite, Diretor Executivo de Soluções Financeiras da Casas Bahia.

A combinação de condições comerciais imbatíveis, fortalecimento do crediário e evolução operacional posiciona a Casas Bahia para protagonizar novamente as grandes datas do varejo nacional, com estratégia de longo prazo baseada em acesso, inovação e eficiência.
 
Sobre Grupo Casas Bahia
O Grupo Casas Bahia está presente na mente, no coração e na casa dos brasileiros com o e-commerce e as lojas das marcas Casas Bahia e Pontofrio; as vendas online do Extra.com.br; as soluções financeiras do banQi; a fábrica de móveis Bartira e a plataforma logística CBfull. Em constante evolução, é a plataforma de relacionamento e consumo do brasileiro onde, quando e como ele quiser. A companhia investe seus esforços ao apresentar uma jornada de compras que coloca o cliente como seu foco principal. Para tanto, desenvolve alavancas únicas, que possibilitam a melhor experiência por meio de ofertas de produtos, serviços, soluções financeiras e logística. 

Com cerca de 35 mil colaboradores, o Grupo Casas Bahia possui capital aberto na B3 desde 2013, mantendo forte atuação em mais de 500 municípios, 22 estados e no Distrito Federal. Por meio da mais digital e robusta rede logística do Brasil, conecta cerca de 1,1 mil lojas físicas, 25 centros de distribuição e hubs de entregas a cerca de 97 milhões de clientes, com o oferecimento de produtos, créditos, serviços financeiros e soluções desenvolvidas com a mais alta tecnologia.

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