A aposta na diversificação de segmentos que demandam uma logística altamente especializada contribuiu para que o Grupo Allog fechasse o ano de 2021 com o crescimento de 80%. Além da movimentação de derivados de madeira, produtos do agronegócio, máquinas e equipamentos, têxtil e gêneros alimentícios – cargas que concentram a maior parte da demanda – a Allog vem se tornando referência na movimentação de cargas líquidas, de equipamentos para o setor de energia solar e de embarcações de lazer de e para os quatro cantos do mundo.
Ao completar 20 anos de presença no mercado da logística internacional, a companhia se consolida como um dos principais agentes de carga do Brasil e dá mais um passo em direção à expansão, com a inauguração de escritórios no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Manaus (AM), além de mirar a atuação para a região Nordeste do país. As novas unidades somam-se aos escritórios de Itajaí (SC), Porto Alegre (RS), Campinas (SP), e Santos (SP). O novo momento inclui ainda a expansão internacional, que irá começar pelos Estados Unidos.
De forma individual, o transporte marítimo cresceu 10% e o aéreo 40% em 2021. Os índices são ainda mais surpreendentes em setores específicos. No ano passado, o Grupo Allog movimentou 13.208 TEU de painéis voltados à energia solar, uma alta de 180% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já a exportação de iates e barcos de lazer fabricados no Brasil – com foco principal nos Estados Unidos – cresceu 66% no último ano e deve repetir o bom desempenho do ano passado, crescendo dois dígitos em 2022.
Cargas líquidas
Referência em logística integrada de cargas líquidas no Brasil, o Grupo Allog cresceu 21% na movimentação deste tipo de produto no ano passado, com destaque para a glicerina. O bom desempenho acompanha o crescimento nacional. Em 2021, o volume de glicerina exportada pelo país totalizou 486,7 mil toneladas de glicerina, superando o recorde do ano de 2020, de 475,6 mil toneladas.
João Fróes, gerente de carga líquida da Allog, cita que boa parte deste crescimento se explica pelo bom momento do produto no mercado internacional, visto que os preços da glicerina vêm subindo desde o segundo semestre de 2020. A expectativa é de aumento na movimentação da carga em 2022, impulsionada pela retomada da economia e também pela procura de carga a “granel”, seja em Isotanks ou Flexitanks, visando a otimização dos espaços e atendimento da demanda.
Atualmente, 60% da exportação de carga líquida que a Allog realiza tem como destino o continente asiático e a China é o principal comprador. O produto sai, principalmente, pelos portos de Rio Grande (RS), Paranaguá (PR), Santos (SP) e Salvador (BA). A logística integrada da carga líquida inclui o fornecimento de Flexitanks e Isotanks para acondicionamento da carga, transporte rodoviário, estufagem, armazenagem, transporte marítimo e entrega no destino, além do descarte dos equipamentos quando necessário.
Sobre o Grupo Allog
O Grupo Allog fechou o ano de 2021 com 85 mil TEUs movimentados no modal marítimo e 3.750 toneladas no modal aéreo. Focada em transporte marítimo, aéreo, rodoviário internacional, carga projeto, carga líquida, seguro internacional de cargas e desembaraço aduaneiro, a empresa triplicou de tamanho entre 2015 e 2021, período em que desenvolveu seu primeiro planejamento estratégico.
A abertura de novas unidades no Brasil e exterior está pautada no ciclo de Planejamento Estratégico 2031 da empresa, que passou a ser colocado em prática em 2022. A escolha pelos Estados Unidos para iniciar a internacionalização é devido ao fato de ser um dos principais parceiros econômicos do Brasil e parte das operações da Allog tem o território norte-americano como seu principal destino.
Bernardo Brügger, diretor comercial da Allog, lembra, no entanto, que o ano de 2021 não foi nada fácil para o setor. “Tivemos, além da escassez de contêineres, falta de motoristas, atraso em alguns dos principais portos mundiais, bloqueio de acessos por conta da Covid, restrições de mão de obra, entre outros. Logo, face aos desafios globais, o nosso crescimento no modal marítimo não acompanhou na memsa proporção o dos demais produtos”, disse.
O know how e o volume de carga movimentada no marítimo de forma regular, no entanto, permitiram que a Allog assumisse compromissos a médio e longo prazo com armadores e clientes. “Foi por conta desses compromissos e condições que mantivemos nossos volumes e ainda assim crescer, mesmo num cenário adverso”, completa Brügger.