O Complexo Industrial Portuário de Suape deu início à terceira e última etapa das obras de recuperação do molhe do atracadouro, que serve como barreira de proteção para cais e píeres, onde são realizadas as operações de carga e descarga de mercadorias. A intervenção é parte de um pacote de obras para ampliar a segurança da infraestrutura portuária. Entre serviços de manutenção e investimentos, Suape planeja investir até R$ 71 milhões em melhorias ao longo de 2022. Deste valor, R$ 63 milhões já estão empenhados em contratos firmados. A obra do molhe deverá ser concluída no primeiro semestre do próximo ano e o valor do investimento nesta última etapa é de R$ 37 milhões. As fases anteriores foram concluídas com investimentos de R$ 24,3 milhões.
A obra do molhe é uma importante intervenção que consiste na recuperação da estrutura de pedras que serve de barreira de proteção contra a força das marés altas na área portuária. A estrutura permite que as operações, sobretudo no porto externo, onde ocorrem movimentações de granéis líquidos e produtos químicos, sejam realizadas com menor interferência de correntes marítimas e ondas. Nesta etapa, um trecho de 1.690 metros está sendo recuperado, com a colocação de blocos de pedras que variam de 300 quilos a 12 toneladas.
Para o titular da Diretoria de Engenharia de Suape, Cláudio Menna Barreto Valença, a restauração do molhe se soma a outras obras desenvolvidas para dotar todo o complexo de melhor estrutura para receber novas cargas, empresas e negócios. “Acreditamos que esse conjunto de intervenções, que também inclui aumento da profundidade (calado) na área dos cais e píeres, manutenção preventiva e recuperação estrutural de píeres; adoção de iluminação de LED no porto e restauração do Prédio da Autoridade Portuária (PAP), permitirá que tenhamos operações mais robustas em Suape, atraindo novos parceiros e investimentos. Além disso, a recuperação do molhe possibilitará que as operações se mantenham seguras pelos próximos 30 anos”, explica.
O diretor-presidente da estatal, Roberto Gusmão, acrescenta que o pacote de obras em curso tornará o porto mais moderno e sustentável. “Todo o planejamento realizado hoje tem por finalidade dotar Suape da melhor infraestrutura possível, para que possamos gerar novas oportunidades e atrair mais negócios para o Estado. Também está em andamento o Programa de Inovação, que modernizará as operações portuárias e favorecerá o desenvolvimento sustentável, aliado às práticas ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa). Com esse conjunto de intervenções, vamos criar um ambiente figital”, pontua. O termo figital é a fusão entre as palavras “físico” e “digital”, promovendo a integração dos processos de uma empresa.
TORRE DE CONTROLE
Outra obra de grande importância para o porto deverá ser concluída até o fim de maio deste ano. Trata-se da construção da nova Torre de Controle de Operações, que está sendo erguida ao lado da entrada do porto interno, na área da estrutura anterior, demolida para a nova intervenção. O equipamento é destinado aos profissionais responsáveis pelo controle do tráfego de navios e será constituído de uma estrutura formada por contêineres, perfis metálicos e concreto. O projeto inclui salas para controle de tráfego, administração, coordenação, praticagem e espaço de reunião para 10 pessoas. Além disso, haverá recepção, mirante, guarita de apoio para o pessoal da vigilância, vestiários e espaço para armazenagem de novos equipamentos. A torre terá 269,40 metros quadrados de área, distribuídos em três pavimentos. O investimento total é de R$ 2,7 milhões.