O Complexo Industrial Portuário de Suape fechou o ano de 2021 com crescimento de 11,52% em sua receita líquida, fruto da diversificação de cargas e da atração de investimentos, apesar dos desafios provocados pela epidemia de covid-19. Os dados foram apresentados pela diretoria durante a 3ª reunião do Conselho de Administração de Suape (Consad), realizada em conjunto com o Conselho Fiscal e o Comitê de Auditoria. Além da aprovação das demonstrações contábeis de 2021 da empresa, o grupo teve acesso ao relatório anual de atividades de compliance, que deu destaque às notas máximas alcançadas no Índice de Adequação ao Sistema de Controle Interno (IAS) e no Índice de Adequação das Estatais (IAE), medidos pela Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE)
O incremento resultou na arrecadação de R$ 261,6 milhões no ano passado, contra R$ 234,6 milhões em 2020. Para o presidente do Consad, Marcos Baptista, são números que demostram a seriedade com que o porto vem sendo administrado. “Isso me deixa muito feliz, até por já ter passado pela presidência do porto e hoje estar à frente do Consad. O sucesso de Suape se dá pelo complexo ser encarado como um projeto de Estado e não como um projeto de governo. É algo que está acima de políticos e gestões. Todos que se sentam na cadeira da presidência, sabem o peso que é dirigir esse porto. Roberto Gusmão e equipe estão de parabéns pela maneira como o trabalho vem sendo realizado”, enfatizou Baptista, que esteve à frente do porto entre 2017 e 2018.
O atual diretor-presidente, Roberto Gusmão, afirma que o recorte contábil mostra que o atual planejamento da empresa já vem dando resultados. “Nos números maiores, há mudança pequena na variação do custo e das despesas, aumento significativo dos investimentos realizados e receita estabilizada, justamente o que a gente precisa ter para ter boa gestão de caixa. Temos investimentos previstos, para os próximos cinco anos, de cerca de R$ 35 bilhões. Para que esses recursos cheguem, precisamos cuidar de projetos importantes, a exemplo da dragagem do porto, que permitirá a instalação do terminal de minérios, da Transertaneja e a consolidação do segundo trem de refino da Refinaria Abreu e Lima (Rnest). Esses três grandes projetos transformarão Suape em um dos três principais portos públicos do Brasil, triplicando a movimentação de cargas. A expectativa é passar de 22,1 milhões de toneladas por ano para 80 milhões em pouco tempo”, pontuou.
Na oportunidade, a coordenadora de Compliance de Suape, Fabiana Maranhão, apresentou o relatório anual das atividades de 2021 aos integrantes do Consad. No documento, foram apontados os avanços que permitiram Suape alcançar nota máxima no IAS e no IAE, como a aprovação do Sistema de Gestão Integrada (SGI) e da Política de Diversidade e Inclusão. Para ela, a consolidação do nível de governança da empresa é fruto da estruturação da área de compliance, do apoio da Alta Administração e do engajamento dos colaboradores. “É uma transformação. É a criação de uma cultura que envolve corpo diretivo, colaboradores, líderes de equipes e terceirizados. É parte da estruturação da cultura ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa) que estamos implantando e ficamos muito felizes com o resultado e o envolvimento de todos. É o desdobramento do compromisso de Suape com o ODS 16 e da implementação de ações e atividades de combate à corrupção, consolidando Suape como uma instituição eficiente, responsável e transparente, dotada de estrutura de governança ativa e participativa, garantindo a tomada de decisão responsiva e participativa, salienta.
O IAS avalia 26 pontos de controle, definidos com base no Decreto Estadual nº 47.087/2019 e na Portaria SCGE nº 11/2019, bem como nas orientações técnicas repassadas pela Secretaria da Controladoria-Geral do Estado. Já o IAE avalia o grau de adequação das empresas estatais (32 pontos para empresas de grande porte) aos requisitos estabelecidos na Lei Federal nº 13.303/2016, no Decreto Estadual nº 43.984/2016 e nas melhores práticas de governança corporativa.
O Consad é formado por Marcos Baptista Andrade (presidente), Eduardo Amorim de Lemos Filho, Raul Belens Jungmann Pinto, Eduardo Henrique Fonseca Wanderley Filho, Hilda Wanderley Gomes, João Emmanuel Poggi de Lemos, José Ricardo Novaes de Lima e Mário Ferreira da Silva. Integram o Conselho Fiscal José Adelino dos Santos Neto, Gilberto de Mello Freyre Neto e Cláudia Roberta Monteiro. O Comitê de Auditoria é composto por José Almir Borges Filho, Ana Lucia Reis Couceiro e Gustavo Henrique Pimentel de Moraes Guerra.