O Brasil deve seguir como o maior pagador de juros reais do mundo nesta quarta-feira (22), seja qual for a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), logo mais (18h30). É o que aponta levantamento da Infinity Asset, elaborado em parceria com o portal MoneYou.
Conforme o estudo, caso o Copom confirme a previsão de manutenção da taxa Selic em 13,75%, o Brasil seguirá no topo do ranking de juros reais, com taxa de 6,94%. O estudo desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses (ex-ante), tendo como referência o Boletim Focus.
Assim, será a quarta vez seguida que o país permanecerá na liderança após o desfecho da reunião do Banco Central. Outros dois países latinos completam o pódio: México (6,05%) e Chile (4,92%). Completam a lista entre os top 5, dois países do Sudeste Asiático: Filipinas (2,62%) e Indonésia (2,45%).
O mais surpreendente é que nem mesmo um inesperado corte de 0,25 ponto percentual (pp) na Selic hoje tiraria o Brasil dessa posição amarga. Ainda segundo o levantamento, a taxa de juros reais brasileira seria de 6,84%, caso o juro básico recuasse a 13,50%.
A única maneira de o país deixar a liderança seria considerando a taxa nominal. Nesse caso, que não leva em conta a inflação, a Argentina sustenta a maior taxa de juros nominais, de 78,00%. Mesmo assim, o Brasil aparece na vice-liderança, com o juro nominal em 13,75% desde agosto do ano passado. (moneytimes)