A partir desta sexta-feira (21), trabalhadores com carteira assinada passam a contar com uma nova opção de empréstimo consignado: o Crédito do Trabalhador. A modalidade, que deve beneficiar cerca de 47 milhões de pessoas, inclui empregados do setor privado, trabalhadores rurais, domésticos e assalariados de Microempreendedores Individuais (MEIs). Com previsão de juros reduzidos, o crédito terá parte do saldo do FGTS como garantia.
Como vai funcionar
O processo será implementado em etapas. A partir de hoje, os trabalhadores podem acessar o sistema e solicitar propostas de empréstimo junto aos bancos. Em 25 de abril, aqueles que já possuem crédito consignado poderão migrar para a nova modalidade. Já a portabilidade entre bancos estará disponível a partir de 6 de junho.
O crédito consignado privado permite que o desconto das parcelas seja feito diretamente na folha de pagamento, reduzindo o risco de inadimplência e, consequentemente, garantindo taxas mais baixas. O governo destaca que essa opção é vantajosa para trabalhadores que buscam trocar dívidas de juros elevados por um crédito mais acessível.
Quem pode acessar o Crédito do Trabalhador
Trabalhadores com carteira assinada, incluindo rurais e domésticos, poderão solicitar o crédito pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. As ofertas serão enviadas em até 24 horas, permitindo que o trabalhador compare condições e escolha a mais vantajosa. Os bancos habilitados terão acesso apenas a informações essenciais, como nome, CPF, margem consignável e tempo de empresa.
Limites e garantias
O trabalhador poderá comprometer até 35% do seu salário com o pagamento das parcelas. Como garantia, será possível utilizar até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória em caso de demissão. Em caso de desligamento, as parcelas serão descontadas das verbas rescisórias, respeitando o limite legal.
Calendário de implementação
21 de março: Início das operações pelos bancos.
25 de abril: Possibilidade de migração do consignado tradicional para o novo modelo.
6 de junho: Início da portabilidade entre bancos.
Atualmente, a estimativa é que cerca de 4,4 milhões de contratos de crédito consignado já estejam em vigor no setor privado, movimentando aproximadamente R$ 40,4 bilhões. Com a nova linha, a expectativa é de que mais trabalhadores tenham acesso a crédito a juros reduzidos e com melhores condições de pagamento.