Nos próximos dias 1 e 2 de agosto, a Federação das Indústrias de SC (FIESC) promove o curso Importação na Prática. O treinamento, voltado a profissionais de comércio exterior, traz os conceitos fundamentais das compras de insumos e materiais no exterior até a aplicação prática das etapas envolvidas, visando facilitar e garantir a eficiência das operações de importação.
Na programação do curso estão módulos sobre a importância do comércio internacional, os benefícios da importação, como planejar uma importação considerando todas as suas etapas, além de aspectos comerciais e a prospecção de fornecedores. A capacitação traz ainda aspectos práticos do processo, como o tratamento administrativo, o despacho aduaneiro, aspectos de logística e transporte e ainda os custos de importação.
O curso é oferecido pelo Centro Internacional de Negócios da FIESC, em parceria com outras 17 federações. A capacitação acontece de forma online, com transmissão ao vivo. É voltada para profissionais de indústrias que desejam desenvolver relações comerciais com outros países ou que pretendem atuar na área de comércio exterior.
As inscrições podem ser feitas no link.
Empresas com papel central nas cadeias globais de alimentos, energia e tecnologia confirmaram presença em evento para atrair investimentos e abrir mercados em tecnologia e transição energética. Foto: Guilhem Vellut
O Governo de Santa Catarina promove nesta quarta-feira, 18 de junho, o SC Day Tóquio, evento que apresenta todo o potencial do estado para os negócios e investimentos internacionais. O governador Jorginho Mello estará pessoalmente apresentando as potencialidades do Estado a investidores e tomadores de decisão do mercado asiático, na embaixada do Brasil. Em uma rodada de apresentações e discussões das 10h às 14h, estarão alguns dos maiores conglomerados empresariais japoneses de segmentos como alimentação, tecnologia e transição energética.
Organizado pela Secretaria de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos, o SC Day tem sido uma marca das missões internacionais lideradas pelo governador. “Santa Catarina é um estado confiável, com excelência em sanidade animal, um parque industrial competitivo e vocação para inovação e tecnologia. Estamos aqui para mostrar e abrir portas, atrair investimentos em benefício do nosso estado”, afirma Jorginho Mello.
A programação começa pela manhã, das 9h30 às 14h30 (horário local), com o SC Day na sede da embaixada, onde empresas como Mitsubishi Corporation, Mitsui & Co., Sumitomo Corporation, Marubeni, Itochu, BRF Japan, Seara Japan, Yokorei e Nippon Ham confirmaram presença. Muitas dessas companhias já operam com produtos catarinenses, especialmente carnes de frango e suína, enquanto outras atuam em setores como energia, infraestrutura, comércio exterior, tecnologia e alimentos — com alto potencial para novos acordos.
As empresas BRF Japan, Seara Japan, Nippon Ham e Yokorei já operam diretamente com produtos de Santa Catarina, especialmente carnes de frango e suína.
Novas cadeias de exportação e investimentos
As chamadas sogo shosha (Sumitomo, Marubeni, Mitsui e Itochu) grandes empresas japonesas conhecidas por sua atuação como intermediárias globais em grande variedade de produtos e serviços, não apenas compram e vendem bens, mas também investem, financiam, operam projetos e coordenam cadeias globais de suprimento. As quatro empresas mencionadas têm um papel estratégico para Santa Catarina, podendo facilitar novas cadeias de exportação, joint ventures ou investimentos industriais no Estado.
De acordo com o secretário Paulo Bornhausen, a agenda no Japão foi cuidadosamente planejada para reunir temas estratégicos que conectam Santa Catarina ao mercado asiático: “Vamos agradecer ao Japão por reconhecer nosso modelo sanitário e, ao mesmo tempo, pedir prioridade na abertura do mercado para a carne bovina catarinense, pois temos o primeiro frigorífico habilitado em Santa Catarina. Além disso, queremos estreitar laços com os conglomerados japoneses e posicionar o estado como parceiro em tecnologia, inovação e transição energética”.
A delegação catarinense conta com representantes do setor produtivo, os presidentes da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), Fecomércio, Associação dos Frigoríficos Entrepostos de Inspeção Estadual de Santa Catarina e Japão (AFEIESC), Porto de Itapoá e Portonave, além de empresários, o senador Jorge Seif e os prefeitos de Joinville, Adriano Silva, e Blumenau Egidio Ferrari.
Abertura para carne bovina de Santa Catarina
No período da tarde, a comitiva visitará dois ministérios estratégicos do governo japonês: o Ministério das Relações Exteriores, às 15h, e o Ministério da Agricultura, às 16h. Nessas agendas, serão tratados temas como a ampliação do comércio bilateral e a abertura do mercado japonês para a carne bovina de Santa Catarina — primeiro estado brasileiro a receber o status livre de febre aftosa sem vacinação reconhecido internacionalmente. As visitas complementam o ciclo iniciado pela manhã, reforçando os laços diplomáticos e técnicos para facilitar o avanço das negociações comerciais.
A expectativa é que o conjunto da agenda gere novas oportunidades de exportação, atração de investimentos e cooperação tecnológica, com reflexos diretos na economia catarinense. Também acompanham o governador os secretários de Estado da Casa Civil, Articulação Nacional e Articulação Internacional, Defesa Civil, Bombeiros, Agricultura, Comunicação, Ciência, Tecnologia e Inovação, além de representantes da CIDASC e da INVEST SC.
Santa Catarina possui o terceiro maior crescimento do país em vendas de materiais de construção, com protagonismo de lojas de bairro – Foto: Roberto Zacarias/SECOM
O comércio de materiais de construção em Santa Catarina acumula alta de 7,6% nas vendas em 2025, superando a média nacional (3,8%) e consolidando o estado como o terceiro com maior crescimento no setor, atrás apenas de Ceará (18%) e Rio Grande do Sul (11,4%). Os dados do IBGE, complementados por um estudo do Sebrae SC, mostram que esse desempenho positivo impulsiona mais de 18,5 mil micro e pequenas empresas (MPEs) especializadas na venda de ferragens, vidros, tintas, madeira e outros insumos.
O aquecimento do mercado imobiliário, impulsionado pela construção de novos empreendimentos e pela demanda por reformas pontuais, tem sido um dos principais motores desse crescimento. Além disso, o estudo do Sebrae SC mostra que os consumidores estão priorizando compras frequentes e fragmentadas, valorizando a agilidade, proximidade e atendimento das lojas de bairro.
“O setor imobiliário de Santa Catarina está muito aquecido, principalmente pela construção de novos empreendimentos residenciais e comerciais. Isso acontece porque as pessoas querem morar e trabalhar no estado mais seguro do país e o que gera mais oportunidades. Essa dinâmica movimenta todo o setor, desde as grandes até as pequenas empresas, que são aquelas que mais empregam”, destaca o governador Jorginho Mello.
Protagonismo das micro e pequenas empresas
Do total de 18,5 mil MPEs voltadas para venda de materiais de construção em SC, 10,6 mil são microempresas, 4,8 mil são MEIs e 2,9 mil são empresas de pequeno porte. De forma geral, esses negócios estão concentrados principalmente em grandes centros urbanos, como Joinville (1.421 lojas), Florianópolis (922), Itajaí (726), Blumenau (644) e Palhoça (590). Conforme o Sebrae SC, o setor varejista de SC possui 212 mil pequenos negócios. Ou seja, o comércio da construção civil representa cerca de 9% do total.
Para o secretário de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, o aumento da renda do catarinense é um dos motivos que explicam o crescimento. “Santa Catarina tem a menor taxa de desemprego do país e o quinto maior rendimento médio. Isso é resultado, entre outros fatores, das políticas de geração de emprego e atração de investimentos feitas pelo Governo de Santa Catarina. Com mais dinheiro no bolso, o trabalhador tem mais condições de fazer uma reforma, ampliar a casa ou investir no imóvel. Assim, a roda da economia gira”, afirma.
Proximidade e conveniência impulsionam consumo nas lojas de bairro
Além disso, o estudo do Sebrae SC aponta uma mudança estrutural no consumo. Os clientes passaram a comprar materiais de construção em menores quantidades, mas com maior frequência, privilegiando a conveniência. Essa tendência beneficia especialmente os pequenos comércios, que oferecem entrega rápida e atendimento próximo ao cliente.
“Esse movimento é impulsionado por fatores como o crescimento da autoconstrução e das reformas pontuais, o avanço do comércio digital, o fortalecimento de marcas locais com atuação em bairros e comunidades, e a preferência por compras de reposição com menor volume e maior frequência. Ao mesmo tempo, observa-se um cliente mais informado e exigente”, diz o relatório do Sebrae SC.
A tendência é de que o mercado imobiliário mantenha o seu ritmo de expansão. Com isso, a expectativa é de que as vendas do setor continuem em alta, com protagonismo das micro e pequenas empresas.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia mensal do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,2% em abril, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central. O resultado indica uma desaceleração em relação a março, quando o índice havia registrado alta de 0,8%.
Apesar da leve expansão, abril marcou o quarto mês consecutivo de crescimento da atividade econômica no país. A última retração ocorreu em dezembro do ano passado, com queda de 0,9%.
Entre os setores analisados, apenas o de serviços apresentou desempenho positivo, com crescimento de 0,4% no mês. Já a agropecuária recuou 0,9%, enquanto a indústria teve queda de 1,1%, de acordo com o levantamento do BC.
No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o IBC-Br avançou 1,3%, mesmo diante de uma política monetária ainda restritiva e sinais de acomodação da economia. Na comparação com abril de 2024, o indicador registrou alta de 2,5% (sem ajuste sazonal). Já no acumulado do ano, o avanço é de 3,5%, e nos 12 meses até abril, o crescimento soma 4%.
O IBC-Br é utilizado pelo mercado financeiro como uma forma de antecipar o desempenho oficial do PIB, divulgado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), embora haja diferenças metodológicas entre os dois indicadores.
O volume de vendas do comércio varejista apresentou queda de 0,4% em abril deste ano, na comparação com o mês anterior. O resultado veio depois de três altas consecutivas, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar disso, o setor apresentou altas de 0,3% no trimestre encerrado em abril, 4,8% na comparação com abril de 2024, 2,1% no acumulado do ano e 3,4% no acumulado de 12 meses.
A queda de 0,4% de março para abril foi puxada por quatro atividades: combustíveis e lubrificantes (-1,7%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%) e móveis e eletrodomésticos (-0,3%).
Por outro lado, quatro atividades apresentaram alta no período: livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%), tecidos, vestuário e calçados (0,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%).
A receita nominal do comércio varejista variou 0,1% de março para abril, 11,5% na comparação com abril de 2024, 8,2% no acumulado do ano e 8,7% no acumulado de 12 meses.
O varejo ampliado, que inclui também as vendas de veículos e peças e de materiais de construção, recuou de forma ainda mais intensa do que o varejo de março para abril em seu volume de vendas (-1,9%). Houve quedas de 2,2% na atividade de veículos e motos, partes e peças e de 0,4% nos materiais de construção.
Na comparação com abril de 2024, no entanto, houve avanço de 0,8%. Também foram observadas altas no acumulado do ano (1%) e no acumulado de 12 meses (2,7%). A receita nominal do varejo ampliado caiu 1,4% em relação a março deste ano, mas subiu 6,2% em relação a abril do ano passado, 5,9% no acumulado do ano e 7% no acumulado de 12 meses.
*Com informações da Agência Brasil
A nova cobrança de 5% de Imposto de Renda sobre investimentos isentos deve atingir 6,48 milhões de contas no Brasil e maioria delas serão de investidores comuns. O dado foi coletado pelo Poder360 da base da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e mostra o alcance da medida anunciada pelo governo na segunda-feira (9).
A tributação valerá para aplicações em LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e debêntures incentivadas. Apesar de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que a mudança afeta apenas os mais ricos, os números mostram que a maioria das contas é de investidores comuns.
Segundo a Anbima, mais de 63,7% dessas contas são classificadas como “tradicionais”. Isso representa cerca de 4,12 milhões de contas. As demais são de “alta renda” (2,18 milhões) e do grupo “private”, que inclui quem tem mais de R$ 5 milhões investidos.
No total, os investidores tradicionais concentram R$ 361,2 bilhões em aplicações. Os de alta renda têm R$ 387,2 bilhões, e os private, R$ 485 bilhões. O estoque geral desses títulos passa de R$ 1,2 trilhão. As informações são do Poder360.
Foto: Marllon Legnaghi/GOVSC
Com sementes de plantas de cobertura para proteger o solo, o projeto Kit Solo Saudável do Programa Terra Boa é umas das práticas agrícolas sustentáveis, para apoiar a melhoria da qualidade do solo e contribuir para a produtividade e a conservação ambiental. Nesse ano já foram entregues 2.147 kits, beneficiando mais de 1.403 produtores, a previsão estimada de investimento total para esse ano é de R$ 9,4 milhões.
O governador Jorginho Mello visitou uma propriedade em Maravilha beneficiada pelo projeto, e pela aquisição de um rolo-faca. “Esse plantio verde não é para a venda, mas tem uma função muito nobre, preparar o solo para a cultura principal, como a soja ou o milho. Com o programa Kit Solo Saudável, o governo fornece sementes para que o agricultor tenha um solo mais fértil, com melhores resultados. É assim que o Estado deve atuar, apoiando quem trabalha e move a nossa economia no campo”, afirma o governador Jorginho Mello.
Cada kit tem o valor de R$ 3 mil. Os agricultores podem quitar o valor em até dois anos, por meio de parcelas anuais e sem juros. Para aqueles que optarem pelo pagamento em parcela única, há um desconto especial de 30% sobre o valor total. Para acessar o agricultor deverá procurar o escritório da Epagri para emitir a autorização e retirar o kit nas cooperativas credenciadas.
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária em Exercício, Admir Dalla Cort, destaca que o Kit Solo Saudável é mais um dos projetos que incentiva a agregação de valor as propriedades familiares, “esse projeto auxilia na proteção e recuperação da terra, prevenindo erosões e aumentando a fertilidade do solo. Com essa iniciativa, a Secretaria reforça seu compromisso com a agricultura sustentável, geração de renda e a valorização dos produtores rurais”, afirma.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (12) que o governo federal espera arrecadar cerca de R$ 20 bilhões em 2025 com o pacote de medidas que substituem o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A declaração foi feita na portaria do Ministério da Fazenda, um dia após a publicação da Medida Provisória que oficializa as mudanças.
Segundo o ministro, o objetivo é compensar a queda de arrecadação com o recuo no decreto que previa o aumento do IOF. “Por exigência da lei, eu tenho que compensar a queda do IOF com esse conjunto de medidas. Para cumprir a meta deste ano, temos negociado dividendos extraordinários com as estatais. Essa questão [Medida Provisória publicada nesta quarta-feira (11)] deve gerar pouco menos de R$ 20 bilhões”, detalhou.
A expectativa da equipe econômica é que as novas regras reduzam o gasto tributário em cerca de 5% dos R$ 800 bilhões previstos para o ano. Entre as principais medidas estão a taxação de apostas esportivas (as chamadas bets), a cobrança sobre títulos de crédito como LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), e o aumento da contribuição de instituições financeiras.
“Estamos falando de bets e bancos. E parece que você está afetando o dia a dia da população. Ao contrário, nós estamos isentando as pessoas que ganham até cinco mil, baixando impostos de quem ganha de R$ 5 a R$ 7 mil, mas temos que corrigir as distorções das contas públicas”, explicou Haddad.
O ministro garantiu que as mudanças não devem impactar diretamente a população. “O que está em jogo nessa MP? A questão das instituições financeiras. Não afeta nada a vida da população. Equilibra o pagamento de tributos das instituições financeiras e corrige a distorção de títulos isentos que está criando problema para a economia do país. Isso não vai afetar os setores, porque temos outras formas de resolver que penalizam o tesouro e as receitas”, afirmou.
Entre os destaques da MP está o aumento da alíquota do imposto sobre o GGR (Gross Gaming Revenue) das casas de apostas, que subirá de 12% para 18%. Esse imposto incide sobre o lucro real das plataformas — o valor arrecadado com apostas subtraído dos prêmios pagos aos usuários.
Outro ponto importante é a uniformização da cobrança de Imposto de Renda sobre aplicações financeiras, com a fixação de uma alíquota única de 17,5%. Atualmente, as tarifas variam entre 15% e 22,5%, dependendo do tempo de aplicação.
Além disso, a contribuição da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) para fintechs e instituições de pagamento sobe de 9% para 15%. Já para os bancos tradicionais, a alíquota passa a ser de 20%.
Os títulos de renda fixa que atualmente são isentos de Imposto de Renda, como LCI e LCA, também passarão a ser tributados com uma tarifa de 5%. A mudança atinge principalmente os setores do agronegócio, imobiliário e de infraestrutura.
Apesar das garantias de Haddad, as novas regras enfrentam resistência no Congresso. Parlamentares ligados ao agronegócio criticam a taxação sobre as letras de crédito, que são vistas como instrumentos importantes de estímulo ao setor. O ministro, no entanto, minimizou os impactos.
“Isso [tributação] não vai afetar minimamente [o agro e a construção civil]. O que está afetando o mercado é a taxa Selic, que temos que criar as condições para ela começar a cair. E esse conjunto de medidas ajuda a criar um ambiente econômico para fazer cair o que está fora do lugar”, concluiu.
Apesar de apresentar deficiências pontuais, Santa Catarina ocupa a segunda colocação no ranking de competitividade logística dos estados brasileiros, atrás apenas de São Paulo. O dado é do Centro de Liderança Pública (CLP), e reflete o desempenho logístico do estado mesmo diante de desafios significativos — especialmente na malha rodoviária.
“Embora Santa Catarina possua restrições em todos os modais, considerando que o modal rodoviário é responsável por aproximadamente 70% da nossa matriz de transporte, a situação precária das rodovias, tanto federais quanto estaduais, é hoje o maior entrave. Ainda assim, temos a segunda melhor logística do país”, destaca Egídio Martorano, presidente da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).
Segundo Martorano, é urgente investir na conclusão de obras em andamento, bem como na restauração e manutenção preventiva de grande parte da malha existente. “A preservação do patrimônio rodoviário exige ações de curto, médio e longo prazo.”
Outro ponto crítico é o acesso terrestre aos portos, que ainda enfrenta gargalos importantes. “Também precisamos ampliar e diversificar a matriz de transporte, com investimentos consistentes na malha ferroviária. E é estratégico adequar nossos portos para receber navios de maior porte, que exigem calado mais profundo. A dragagem na Baía da Babitonga (em Itapoá e São Francisco do Sul), viabilizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) do Governo do Estado, é um bom exemplo.”
Martorano cita ainda outros desafios, como a ampliação do canal de acesso e da bacia de evolução do rio Itajaí-Açu, que atende os portos de Itajaí e Navegantes, além de ajustes necessários no molhe do porto de Imbituba.
No modal aéreo, ele defende a implementação de uma política estadual de transporte de passageiros e cargas, especialmente para a aviação regional. “O Plano Aeroviário Estadual, recentemente atualizado pelo Governo Jorginho Mello, pode ser uma referência técnica importante para o setor”, pontua.
Para o especialista, o principal gargalo logístico do estado é a falta de investimentos sustentáveis e de um planejamento integrado e de longo prazo. “O Governo do Estado já iniciou esse processo com a contratação do Plano Estadual de Transporte e Logística (PELT), uma iniciativa essencial para consolidar uma visão estratégica.”
Espaço de discussões e fomento
Nesse cenário, a feira Logistique 2025, que será realizado em agosto no Expocentro BC, em Balneário Camboriú, surge como espaço relevante de debate e articulação. “A Logistique é um fórum importante para discutir os gargalos da infraestrutura logística catarinense e fomentar investimentos que agreguem competitividade à indústria e fortaleçam a imagem do estado nos cenários nacional e internacional”, afirma o diretor-geral do evento.
Além da feira, o evento — considerado um dos mais expressivos do setor no Brasil — conta com o Logistique Summit , um congresso técnico que promove discussões qualificadas sobre o futuro da logística em Santa Catarina. “Grandes nomes da economia, logística, comércio exterior e navegação farão parte dos painéis e debates do Summit”, informa a diretora executiva do evento, Karine Marmitt.
Egídio Martorano, da Fiesc, destaca ainda o papel estratégico da Logistique como ponto de encontro entre profissionais do setor público e privado. “Eventos como este são fundamentais para debater desafios, compartilhar soluções e se atualizar quanto às tendências, inovações tecnológicas e novidades do setor. A Logistique se consolida como referência, reforçando a vocação de Santa Catarina como um hub logístico essencial para o Sul do Brasil e para o país como um todo.”
O Porto de Imbituba, um dos principais portos do Sul do Brasil, acaba de inaugurar um novo datacenter, marcando um passo significativo rumo à modernização e inovação na infraestrutura logística da região. Este novo centro de dados, que integra tecnologias de ponta e soluções digitais avançadas, tem como objetivo otimizar processos operacionais e fortalecer a conectividade entre as empresas do setor portuário e seus parceiros comerciais.
Com a crescente demanda por maior eficiência no armazenamento e processamento de dados, o Porto de Imbituba fez um investimento substancial de 8,5 milhões na construção deste novo datacenter, que contará com recursos para armazenar e processar grandes volumes de informações em tempo real. Além disso, o projeto visa ampliar a segurança cibernética das operações portuárias, um aspecto crucial em um cenário cada vez mais digitalizado e interconectado.
Já em operação, o datacenter permitirá a integração de sistemas de gestão portuária mais modernos, automatizando processos e reduzindo o tempo de resposta das operações. Novas tecnologias de aprendizado profundo e redes neurais, um subcampo da Inteligência Artificial já estão em uso. A instalação também está preparada para atender às exigências do mercado global, oferecendo soluções de TI mais ágeis e escaláveis.
“A inauguração deste novo equipamento reflete o compromisso do Governo de Santa Catarina e do Porto de Imbituba em se posicionar como um polo de inovação e sustentabilidade no setor portuário brasileiro”, afirma o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), Beto Martins.
Além disso, o datacenter permitirá a expansão de novos serviços digitais, como a criação de plataformas de comunicação mais eficientes para os stakeholders do porto.
“É com grande entusiasmo que anunciamos a inauguração do novo datacenter do Porto de Imbituba, um marco importante para a modernização e eficiência da nossa infraestrutura. Este investimento reflete nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade, buscando sempre soluções tecnológicas de ponta para melhorar a operação e garantir a segurança das informações”, avalia o diretor-presidente da SCPAR Porto de Imbituba, Christiano Lopes.
Outro avanço significativo foi o aprimoramento das condições de segurança e monitoramento no porto, com a abertura de um nova via de acesso na portaria dois, ampliando a capacidade de trânsito de veículos junto ao cais e aos armazéns internos.
Para o gerente de tecnologia e automação da SCPAR Porto de Imbituba, Thiago Freitas Pollachini, o investimento no novo datacenter marca um momento histórico na área portuária, pois até onde se tem conhecimento, este é possivelmente o primeiro porto brasileiro a contar com um datacenter classificado como Tier 3, com infraestrutura redundante abastecida por duas subestações elétricas independentes, cada uma equipada com geradores a diesel. “Isso significa redundância nos circuitos de energia, sistemas de no-break, ar-condicionado, rede óptica, além de um sistema avançado de detecção e combate a incêndio”, afirma Pollachini.
O novo centro de dados é mais um exemplo de como a tecnologia pode ser uma aliada essencial para o crescimento e a competitividade dos portos brasileiros. Com um mercado cada vez mais exigente, a adaptação a novas ferramentas digitais é vista como um diferencial para garantir agilidade, segurança e eficiência nos processos logísticos.
A expectativa é que a estrutura do datacenter permita, ao longo dos próximos anos, consolidar o Porto de Imbituba como um hub logístico ainda mais eficiente, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina.
Em meio a discussões sobre um possível aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira (11) que é “muito fácil” elevar tributos no Brasil. A afirmação, feita no contexto da tramitação da reforma do Imposto de Renda no Congresso Nacional, ocorre enquanto a equipe econômica busca um plano alternativo para rever o decreto do IOF, após a repercussão negativa da medida.
“É muito fácil aumentar a alíquota de um imposto. Quantos governos passaram por aqui e aumentaram a alíquota do imposto? Em vez disso, decidimos corrigir as distorções do sistema atual e ter uma arrecadação compatível com as obrigações assumidas pelo estado brasileiro, muitas das quais não são desse governo”, disse o ministro.
Haddad citou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) como exemplo de uma obrigação que impactará o governo atual. O aumento da participação da União no Fundeb foi definido em 2021, durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro, e representará entre R$ 65 bilhões e R$ 70 bilhões a mais em despesas para o governo federal em 2026.
“O Fundeb, quem criou foi o presidente Lula. Congresso decidiu triplicar. Quando? A medida foi tomada em 2021. Mas diluiu a capitalização até o ano que vem, quando vamos ter que ter entre R$ 65 bilhões e 70 bilhões para integralizar o Fundeb. Foi contratada em um momento e está sendo pago em outra. Como a causa é meritória, investir mais em educação, estamos fazendo o dever de casa para honrar. Não vou deixar desguarnecido um programa tão importante quanto esse, criado pelo presidente Lula”, declarou o ministro Haddad, da Fazenda.
O ministro participou de uma audiência pública conjunta entre as comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. A sessão, no entanto, foi marcada por um bate-boca com a oposição e precisou ser encerrada.
Haddad classificou como “molecagem” a atitude dos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ), que se retiraram da sessão após fazerem perguntas e críticas à condução da política econômica. O ministro afirmou que não consegue debater com os “bolsonaristas”, que “sempre correm” do debate. “Esse tipo de postura, esse tipo de molecagem do Nikolas e do Jordy, que correram do debate, não vai adiantar”, afirmou o ministro. Ao retornar, o deputado Carlos Jordy retrucou, dizendo que o “moleque” era o ministro. As falas de ambos foram retiradas das notas taquigráficas da audiência após intervenção do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva publicou nesta quarta-feira (11) uma Medida Provisória (MP) que estabelece uma série de mudanças na tributação de aplicações financeiras e eleva a taxação de alguns tipos de empresas. A MP, divulgada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), surge como alternativa ao decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o qual foi rechaçado pelo Congresso e teve seu recuo publicado também hoje no DOU.
Principais Mudanças na Tributação
A nova MP promove alterações significativas que impactam investidores, empresas de apostas e instituições financeiras. Veja os pontos principais:
Fim da Isenção de IR para Títulos Incentivados: Títulos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e debêntures incentivadas, que eram isentos de Imposto de Renda (IR), passarão a ser tributados em 5% sobre as novas emissões a partir do ano que vem. O governo justifica a medida alegando que os títulos isentos distorcem o mercado, e que, para compensar esse incentivo, os juros de outras aplicações sobem. Quem já possui esses papéis continuará isento.
Aumento na Tributação de Empresas de Apostas Online (Bets): A alíquota do imposto sobre a receita bruta das empresas de apostas online subirá de 12% para 18%.
Mudanças na CSLL para Instituições Financeiras: A Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, destinada a financiar a Seguridade Social, terá a alíquota mínima de 9% eliminada. Assim, pequenas fintechs passarão a pagar ao menos 15%, enquanto os grandes bancos já recolhiam 20%.
Redução do IOF em Operações de Risco Sacado: A MP reverte a elevação da alíquota do IOF nessas operações, reduzindo-a de 0,98% para cerca de 0,19%, ao eliminar a parte fixa da tributação e diminuir a alíquota diária.
Aumento do IR sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP): A cobrança de IR sobre a distribuição de JCP, forma de remunerar acionistas, aumenta de 15% para 20%. Muitas empresas preferiam essa modalidade para reduzir a base de cálculo do imposto.
Unificação do IR em Aplicações Financeiras: A MP propõe unificar em 17,5% a cobrança de IR sobre os lucros de investimentos. Atualmente, o IR varia conforme o tipo de aplicação e o prazo (ex: CDBs entre 22,5% e 15%, ações em 15% com isenção para operações até R$ 20 mil/mês).
Tributação de Ativos Virtuais: A MP inclui a cobrança de 17,5% de IR sobre os rendimentos de ativos virtuais, incluindo criptomoedas e criptoativos, para pessoas físicas, jurídicas isentas e empresas do Simples Nacional.
Impacto na Receita e Trâmite no Congresso
Segundo estimativas da Warren Investimentos, a MP pode aumentar a receita bruta da União em R$ 44 bilhões em 2026.
Apesar de seus efeitos passarem a valer imediatamente após a publicação, a medida ainda precisa ser analisada pelo Congresso Nacional. Uma comissão mista, composta por senadores e deputados, discutirá o texto e poderá sugerir mudanças. Posteriormente, essa comissão emitirá um parecer que será votado nos plenários da Câmara e do Senado.
Novela do IOF e Compromissos Futuros
A medida provisória substitui o polêmico decreto do IOF, que o governo esperava que injetasse R$ 60 bilhões nas contas públicas até 2026. Após pressão do mercado financeiro e a ameaça do Congresso de derrubar o decreto, a equipe econômica aceitou calibrar o IOF por meio de uma MP, reduzindo a expectativa de receita extra com o imposto para cerca de R$ 18 bilhões até o próximo ano.
Apesar de o acordo sobre a MP ter sido costurado com o Congresso, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o Parlamento não tem o “compromisso” de aprovar a MP. Ele cobrou do governo medidas estruturais, como uma Reforma Administrativa, que, segundo ele, ficarão para outra fase das negociações.
A ascensão das redes sociais revolucionou a comunicação, tornando-a imediata e global. Elas funcionam como um canal poderoso para a liberdade de expressão e manifestação, permitindo que cidadãos se organizem, compartilhem informações e denunciem abusos de forma rápida e muitas vezes fora do controle estatal tradicional. Isso cria o que alguns chamam de "dilema do ditador": regimes autoritários precisam da internet para a economia, mas temem seu potencial de mobilização popular.
Por isso, muitos regimes autoritários hoje não apenas censuram e bloqueiam o acesso, mas também usam as próprias redes sociais para seus próprios fins: propaganda e manipulação da opinião pública, vigilância e repressão, mobilização de apoiadores, controle da narrativa, entre várias outras. Tais iniciativas tornaram-se evidentes, claras e transparentes aos olhos de um mundo cada vez mais conectado.
Temos visto também, ao longo da história, que quando o sistema judiciário de um país é cooptado e encharcado de ideologia, ele se torna uma ferramenta fundamental para o regime, validando sob o verniz da lei, ou seja, legalmente, as ações dos políticos de plantão.
O fracasso do governo Lula
A desaprovação de um governo em uma democracia geralmente se manifesta quando há uma percepção de falhas significativas em áreas essenciais para o bem-estar da população. Isso inclui, mas não se limita a: problemas econômicos; corrupção; questões sociais; insatisfação com políticas específicas e polarização política e institucional.
É evidente que a desaprovação do governo do atual mandatário no Brasil está ligada, em grande parte, à percepção de um declínio no bem-estar econômico e a uma crise de confiança nas instituições (Ministério da Fazenda, INSS, Judiciário, Segurança Pública...).
Apesar da retórica e do investimento massivo em "pacotes sociais" – como Bolsa Família, Programa Pé-de-Meia, Auxílio Gás, Minha Casa, Minha Vida e Tarifa Social de Energia Elétrica e Água – que geram um custo monumental e insustentável a longo prazo para os cofres públicos, a estratégia governamental para a reeleição parece que tem se mostrado falha. Pesquisas reiteradas confirmam que, mesmo com a aposta nessas transferências de renda diretas, o desempenho do atual mandatário não decola, o que levanta sérias questões sobre a eficácia de medidas que visam apenas o populismo eleitoral.
Para governos com as características do atual, a ineficiência é muitas vezes mascarada, ou até mesmo orquestrada, pela confusão e pelo caos. Quanto mais intrincadas e debatidas são as pautas, menos foco há nos problemas reais que afetam o cotidiano do cidadão e, ironicamente, naqueles que os programas sociais deveriam resolver. Exemplos claros dessa cortina de fumaça são a açodada e imprudente reforma tributária em andamento, a proposta de reforma do Código Civil, a discussão incessante sobre regras para as redes sociais, entre várias outras.
A turbulência no país
Essas grandes movimentações legislativas podem desviar a atenção do desempenho aquém do esperado em áreas cruciais. A tática parece ser manter a agenda política e a mídia ocupadas com debates complexos e polarizadores, enquanto, apenas para exemplificar, a efetividade da gestão e a sustentabilidade fiscal são deixadas de lado. O objetivo final é claro: criar um ambiente de turbulência controlada que beneficie a narrativa governista, mas que, no fundo, apenas perpetua a falta de soluções concretas para os desafios do País, mantendo o projeto de poder que vem sendo implementado há anos.
Um alerta para os beneficiários dos “pacotes sociais”, os financiadores das futuras campanhas políticas, os eleitores e os consumidores em geral: a atual política econômica não se sustentará por muito tempo; estamos seriamente sujeitos à ruína, ao choro e ao ranger de dentes. Quem semeia ventos colhe tempestade.
Eduardo Berbigier é advogado tributarista, especialista em Agronegócio, membro dos Comitês Juridico e Tributário da Sociedade Rural Brasileira e CEO do Berbigier Sociedade de Advogados.
Com a chegada do inverno e a queda das temperaturas, uma construtora catarinense resolveu aquecer os lares de quem mais precisa e também engajar sua equipe para fazer o bem. A Lotisa Empreendimentos, com sede em Itajaí, mobiliza seus colaboradores com uma campanha solidária interna para arrecadação de agasalhos. Mais de 50 funcionários dos setores administrativos e de obras, divididos em 10 equipes, participam de provas semanais que estimulam a responsabilidade social e a integração entre os setores. As três equipes que arrecadarem mais peças serão premiadas e o total de donativos será destinado a instituições beneficentes.
“Todos os anos a Lotisa busca engajar seus colaboradores em ações solidárias para arrecadação de agasalhos. Esta é a terceira edição da Gincana Solidária, a cada ano a participação e engajamento só aumenta. Neste ano, são 10 equipes na campanha, sendo cinco do setor administrativo e cinco das obras. O nosso objetivo é estimular a solidariedade e a responsabilidade social, além de fazer o bem a quem mais necessita”, afirma Scheila Michaelsen, head comercial e de marketing da Lotisa.
Em 2023, a construtora itajaiense arrecadou mais de 6 mil peças de agasalho. Já no ano passado a ação solidária foi destinada às vítimas da enchente no Rio Grande do Sul. Ao todo, foram doados pela empresa quase 5 mil peças de roupas e cobertores e mais de 15 mil itens para higiene e limpeza, fraldas, materiais escolares e alimentos não perecíveis.
Neste ano, a campanha solidária interna segue até 27 de junho. Todas as doações arrecadadas serão entregues para a Campanha do Agasalho.
A construtora também recebe peças de roupas, cobertores, mantas e outros itens de frio doados pela comunidade. A entrega pode ser feita na sede administrativa da Lotisa, localizada na avenida Min. Victor Konder, nº 360, no bairro Fazenda, em Itajaí/SC, em horário comercial.
Sobre a Lotisa Empreendimentos
Sob a liderança do empresário Fábio Inthurn, a Lotisa Empreendimentos, se destaca como uma das principais incorporadoras do litoral norte de Santa Catarina. Com uma trajetória de duas décadas a empresa já entregou 25 empreendimentos e possui atualmente sete obras em andamento. Ao todo, são mais de 1.600 imóveis entregues e quase 1.000 unidades em construção. A Lotisa tem uma forte presença em Itajaí e Balneário Camboriú, e está sempre atenta à valorização imobiliária dessas regiões, buscando oferecer lançamentos que combinam inovação, conforto, localização privilegiada e alta qualidade na construção.
Mais informações: http://www.lotisa.com.br
A economista e advogada Bruna Nicolau assumiu o cargo de superintendente de Governança da Portos do Paraná no início de junho. Bisneta de capitão da Marinha, neta de estivadores e com muitos familiares portuários, a parnanguara que sonhava em trabalhar no Porto agora celebra mais de 10 anos de carreira.
Bruna começou a jornada profissional na Portos do Paraná em 2015, no setor Financeiro, onde auxiliava nos processos de pagamento e faturamento. Depois, seguiu para a área de Licitações, atuando na busca de vantajosidade para as compras e contratações, com pesquisas de mercado e de preços. Em 2019, a convite de outra Autoridade Portuária, deixou a Portos do Paraná, mas se manteve atuando no setor portuário, retornando em 2021 como coordenadora de Modelagem no setor de Arrendamento.
“Eu trabalhava estabelecendo os parâmetros e diretrizes para os novos terminais, e na gestão dos contratos de arrendamentos já celebrados. Hoje, nós vemos os resultados com a conclusão de vários leilões, sendo os mais recentes o PAR14, 15 e 25, realizados em abril”, pontuou Bruna. Em 2023, a portuária foi promovida a gerente de Planejamento Estratégico da Portos do Paraná, onde acompanhou todos os projetos estratégicos e metas da empresa.
Desde 2022, atua também como presidente substituta da Comissão de Licitação de Áreas Portuárias (CLAP), responsável pela tramitação e análise documental dos leilões. Todo o trabalho realizado pela Comissão serve como modelo nacional, sendo a Portos do Paraná a primeira autoridade portuária brasileira a ter autonomia para realizar seus próprios leilões.
Bruna participou de grande parte do processo que permitiu à Portos do Paraná ser a primeira autoridade portuária a obter autonomia administrativa, fato consolidado em 2019. Desde então, oito leilões de áreas foram realizados, somando cerca de R$ 915 milhões arrecadados em outorgas e R$ 3,7 bilhões em contratos. Dos oito leilões, Bruna participou direta e ativamente de sete.
Mulheres no porto
Bruna observa diariamente o avanço social das mulheres no trabalho portuário. “Hoje, temos mulheres em cargos de liderança, gerentes e coordenadoras. Um perfil que, até alguns anos atrás, quase não existia”, comentou.
Um dos marcos de valorização do trabalho feminino no ambiente portuário foi a contratação das primeiras estivadoras, em maio de 2025, no Porto de Paranaguá: as irmãs gaúchas Eduarda e Fernanda Garcia da Costa. Elas fazem parte de um grupo de 37 mulheres aprovadas no processo seletivo para trabalhadores portuários avulsos (TPAs), realizado pelo Ogmo (Órgão Gestor de Mão de Obra) de Paranaguá. A seleção teve 7.415 inscritos, sendo 815 mulheres (10,9%). Entre as aprovadas, estão 14 estivadoras, duas arrumadoras, 15 conferentes e seis vigias.
Bruna também é um marco histórico para o porto, sendo a primeira mulher a assumir o cargo de superintendente de Governança, único cargo da empresa, utilizado apenas no setor de governança. Há anos atrás, esse termo de superintendente era conhecido como a posição que hoje é do diretor-presidente. Com a modernização da gestão, e após a reestruturação organizacional da empresa, realizada em 2020, o cargo passou a ter outro significado, representando um dos níveis mais altos da organização.
“De 2015 para cá, vejo que é uma tendência a presença de mulheres no ambiente portuário. Que esse cenário continue evoluindo e que as mulheres se capacitem cada vez mais para, de fato, assumirem os cargos que lhes competem”, concluiu.
Capacitação
Além das oportunidades profissionais, a Portos do Paraná também estimula a capacitação e o desenvolvimento das mulheres. Desde 2024, a autoridade portuária destina 50% das vagas de pós-graduação do Master em Logística e Gestão Portuária — coordenado pela Fundación Valenciaport e pela Universidad Politécnica de València — para as portuárias.
“O Master em Logística e Gestão Portuária é o curso de pós-graduação mais prestigiado na área portuária da Espanha e um dos principais do mundo. A destinação de vagas para mulheres reforça nosso compromisso com um mercado de trabalho mais justo e equitativo”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Governança
Agora à frente da Governança, a Superintendente destaca a importância do departamento para a empresa na implementação de políticas e boas práticas, buscando a conformidade dos atos da estatal, tanto no controle interno e de processos regulares quanto no controle externo e na divulgação de dados.
“Temos o canal de ouvidoria, que é a porta de entrada para sugestões, pedidos de informação, reclamações — tudo que o usuário necessita saber da Portos do Paraná — e temos o compliance, que faz toda a análise e proteção de dados”, citou. Já a coordenadoria de auditoria é responsável pela avaliação dos processos e na identificação dos riscos e melhorias, de acordo com o calendário anual de auditoria interna.
“A gente estabelece e estuda os mecanismos que todos os setores da companhia vêm conduzindo, identificando pontualmente o que precisa de ajustes e realizando a detecção de riscos. A Governança vem trabalhando nessa frente de conformidade, integridade e transparência para implementar as boas práticas aqui na empresa pública”, finalizou Bruna.
Em uma nova etapa do projeto Raízes Comex, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), está oferecendo o curso gratuito de Assistente de Serviços de Comércio Exterior. São 220 vagas, em 10 municípios do país. As aulas serão presenciais, com carga horária de 160 horas e com certificação reconhecida nacionalmente. A intenção é promover a capacitação profissional de pessoas negras de baixa renda, na área de Comércio Exterior, por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG).
Os interessados devem ter 16 anos ou mais, ensino médio completo ou em curso, e atender aos critérios de renda e raça definidos pelo programa. A formação capacita para atuação em operações de importação e exportação, com foco em logística, despacho aduaneiro, gestão de custos e documentação — áreas com crescente demanda por profissionais qualificados.
São dois períodos distintos de inscrições, conforme a localidade: o primeiro período, até o dia 30 de junho, é para as pessoas que moram nas cidades de Rio Grande (RS), Fortaleza (CE), Joinville e Itajaí (SC), Santos (SP), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA). Já em Paranaguá (PR) e Vitória (ES) as inscrições poderão ser feitas de 01 a 31 de julho. A data de início das aulas e os horários variam de acordo com a cidade. Estão sendo ofertadas 20 vagas para cada turma.
Mais informações sobre critérios, documentação e inscrições estão disponíveis na página oficial do programa Raízes Comex
Esta nova fase representa um aprimoramento da estratégia definida no Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre Senac e MDIC, que busca oferecer formação profissional acessível a pessoas negras com renda per capita de até 2 salários-mínimos.
“A oferta desses cursos está totalmente afinada à missão do Senac de educar para o trabalho, de forma inclusiva e inovadora, alcançando um número cada vez maior de brasileiros. Assim, ampliamos as possibilidades de inserção profissional da população negra neste setor estratégico para o desenvolvimento do país e impulsionamos nossa cultura exportadora”, completa o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
“O Raízes Comex é uma ponte para reduzir desigualdades e conectar talentos a um setor vital para a economia. Cada vaga ocupada por uma pessoa negra em Comércio Exterior é uma porta aberta para que talentos antes invisibilizados possam contribuir com o país, mostrando ao mundo que o Brasil valoriza sua diversidade como ativo econômico “, afirma Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC.
Sobre o Programa Raízes Comex
O Raízes Comex é um programa do MDIC que tem o objetivo de aumentar a participação de pessoas negras no setor de Comércio Exterior. Por meio de ações estratégicas, como capacitação e suporte para o desenvolvimento profissional; visibilidade internacional de produtos e serviços oferecidos por empreendedores negros; e reconhecimento de empresas que promovem diversidade racial em Comércio Exterior; o programa contribui para reduzir desigualdades históricas e estruturais, conectando jovens negros a carreiras no Comércio Exterior.
Lançado em novembro de 2024, o programa já ofertou, até o momento, cerca 920 vagas de forma online e presencial em Comércio Exterior, por meio de parcerias com o Senac, o Instituto Procomex, o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros (SINDASP).
Sobre o Senac
O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac – está empenhado em fortalecer a educação profissional e técnica no Brasil há mais de sete décadas. Por meio de parcerias estratégicas, oferta cursos de excelência e implementa projetos que atendem às necessidades do setor produtivo e da sociedade. Com presença em todo o território nacional, atua na formação de mão de obra especializada para o setor de comércio de bens, serviços e turismo, promovendo inclusão, inovação e desenvolvimento social. . Saiba mais em www.senac.br.
A Marca Sebrae é uma das mais valiosas do Brasil. Pesquisa conduzida pelo Instituto Ipsos aponta que o valor da marca em 2025 atingiu R$ 33,9 bilhões.. Para definir a importância da Marca Sebrae nos resultados das empresas, especialmente com relação a faturamento e lucro, o levantamento ouviu 6 mil Microempreendedores Individuais (MEI) e donos de Micro e Pequenas Empresas (MPE) de todo o país entre janeiro e fevereiro deste ano.
Promovida desde 2009, a pesquisa Valor de Marca Sebrae 2025 foi realizada este ano pelo Instituto Ipsos, que percorreu quatro etapas estruturadas: diagnóstico inicial, pesquisa com clientes, análise financeira e relatório final. Os entrevistados foram questionados sobre uma variedade de itens que compõem o dia a dia do relacionamento do seu negócio com o Sebrae.
O valor apresentado no relatório resulta do aumento de pequenos negócios no Brasil, da ampliação da base de clientes Sebrae e da sua contribuição para ampliar o faturamento e a lucratividade, analisa o presidente da instituição, Décio Lima. “É indiscutível o papel do Sebrae na geração de lucros dos MEI e MPE. Esse resultado reforça o relacionamento próximo e sólido que construímos com os empreendedores, visando a entrega de valor e o sucesso dos pequenos negócios”, afirma Lima.
— A Associação Brasileira de Eventos — ABRAFESTA alerta o setor para os efeitos diretos da Portaria nº 3.665/2023, editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que entrará em vigor em 1º de julho de 2025.
A nova norma restabelece a obrigatoriedade de negociação coletiva prévia para a realização de trabalho em feriados, afetando atividades essenciais para a realização de eventos, como montagem, operação técnica e prestação de serviços em datas comemorativas.
Até o momento, o funcionamento em feriados podia ocorrer por decisão direta das empresas. Com a mudança, passa a ser exigido acordo específico entre sindicatos patronais e laborais, sob pena de multas e riscos trabalhistas. As negociações individuais com colaboradores deixam de ser permitidas.
Para o presidente da ABRAFESTA, Ricardo Dias, "a portaria representa um desafio adicional para a segurança jurídica e operacional do setor, especialmente considerando a natureza sazonal e concentrada dos eventos em feriados e finais de semana".
A entidade orienta seus associados a iniciarem desde já as tratativas sindicais, mapearem os feriados nacionais, estaduais e municipais, e revisarem as escalas de trabalho, de forma a garantir conformidade legal e evitar autuações.
A ABRAFESTA segue atuando junto aos órgãos competentes para defender os interesses do setor e propor soluções que preservem a viabilidade das atividades de eventos no Brasil.
Uso de um biofertilizante aeróbico desenvolvido pela Epagri aumentou a produtividade na propriedade de Vilma, em Luiz Alves – Foto: MFX/Secom/SC
Na Semana do Meio Ambiente, celebrada em junho, uma história que reúne ciência, sustentabilidade, qualidade de vida e geração de renda ganha destaque em Santa Catarina. Trata-se do trabalho de Vilma Fontanive Reichert, 57 anos, moradora de Luiz Alves, que apostou no cultivo de morangos em sistema suspenso e protegido com o apoio da Epagri. A produção ganhou novo fôlego com o uso de um biofertiliante aeróbico desenvolvido pela Estação Experimental da Epagri de Itajaí e apresentado recentemente no TecnoHorti 2025.
Vilma iniciou o cultivo há seis anos, buscando uma atividade que complementasse sua renda após a aposentadoria sem exigir esforço físico excessivo. Com a orientação técnica da Epagri e motivada pelos bons resultados, ela já planeja dobrar a produção em 2026 com a construção de mais um abrigo. “Não tem comparação. Sem o biofertilizante, a planta demora mais a produzir e produz menos morangos porque dá menos flor”, relata.
O biofertilizante usado por Vilma foi destaque no TecnoHorti 2025, evento realizado no dia 3 de junho na Estação Experimental da Epagri em Itajaí. Apesar do frio e da chuva, mais de 500 pessoas compareceram para conhecer as inovações da pesquisa catarinense na produção de hortaliças orgânicas. Um dos coordenadores do evento, pesquisador Alexandre Visconti, apresentou o bioinsumo e também demonstrou o sistema de termoterapia para desinfecção de substratos.
O produto, fabricado a partir de farinha de peixe, amido de milho e de mandioca, açúcar, farelo de arroz, esterco e água, é fermentado com bombeamento de oxigênio contínuo por até oito dias. Na propriedade de Vilma, são fabricados 200 litros por mês. Ela aplica o produto por gotejamento, o que garante mais vigor às plantas, prolonga o ciclo produtivo e reduz a incidência de pragas e doenças.
“Aqui a gente tinha muito problema de ácaro. Desde que comecei a usar esse fertilizante da Epagri, os bichinhos sumiram”, comemora. No abrigo de 400m2, a produtora tem 2.700 mudas. Durante o auge da safra, ela planta de 70kg a 80kg por mês e fornece para particulares, padarias, lanchonetes e creches do município.
Tecnologias para produção orgânica
Durante o TecnoHorti 2025, outras experiências como a de Vilma também mostraram o impacto positivo da pesquisa da Epagri no campo. Produtores como Josnei Nowak, de Três Barras, e Fabiana Barros, de Massaranduba, relataram os benefícios do cultivo protegido e do uso de bioinsumos em suas propriedades, tanto para a saúde quanto para a renda familiar.
O evento apresentou as seguintes tecnologias desenvolvidas pela pesquisa da Epagri para auxiliar os produtores catarinenses de hortaliças orgânicas:
Compostagem – mostrou como resíduos agrícolas são transformados em adubo orgânico de alta qualidade;
Mudas Orgânicas – atendendo à nova exigência das Normas da Produção Orgânica no Brasil, válidas a partir de 2026;
Biofertilizantes Aeróbicos – fermentado líquido que promove o crescimento das plantas e o controle de doenças do solo;
Cultivares Orgânicos da Epagri – variedades como a alface Litorânea, o tomate Kaiçara e novos materiais em desenvolvimento (pimentões, tomate cereja, rúcula e alface de inverno).
Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH) – tecnologia consagrada para o manejo sustentável do solo;
Cultivo Suspenso de Hortaliças – inovação que valoriza a ergonomia e humaniza o trabalho no campo.
Além das visitas, o TecnoHorti 2025 contou com palestras técnicas ministradas por especialistas de empresas parceiras, com temas alinhados à produção orgânica e ao uso responsável dos recursos naturais
Visconti ressalta que a integração entre pesquisa agropecuária, extensão rural e produtores reforça o papel estratégico da ciência no enfrentamento de desafios como a segurança alimentar, a sucessão familiar e a preservação ambiental. “Em plena Semana do Meio Ambiente, essas histórias demonstram que a sustentabilidade no campo passa por inovação, parceria e protagonismo da agricultura familiar”, diz ele.
O custo da cesta básica de alimentos registrou queda em 15 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em maio de 2025. A redução foi impulsionada, principalmente, pela diminuição nos preços de seis dos 13 produtos que compõem a cesta.
Entre os itens que ficaram mais baratos, destacam-se o tomate (-14,32%), óleo de soja (-4,07%), arroz agulhinha (-3,24%), carne bovina de primeira (-0,82%), açúcar refinado (-0,40%) e pão francês (-0,05%). O valor do leite integral se manteve estável. Por outro lado, o café em pó (8,49%), batata (6,26%) e manteiga (0,82%) apresentaram as maiores altas.
As cidades com as maiores reduções no custo da cesta básica entre abril e maio de 2025 foram Recife (-2,56%), Belo Horizonte (-2,50%) e Fortaleza (-2,42%). Apenas Florianópolis (0,09%) e Belém (0,02%) registraram leves aumentos.
São Paulo manteve o posto de capital com a cesta básica mais cara do país, custando R$ 896,15. Em seguida, aparecem Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre (R$ 819,05). No Norte e Nordeste, onde a composição da cesta difere, os menores valores médios foram encontrados em Aracaju (R$ 579,54), Salvador (R$ 628,97) e Recife (R$ 636,00).
Apesar da queda em maio, a comparação anual, entre maio de 2024 e maio de 2025, revela que quase todas as capitais tiveram alta nos preços da cesta básica, com variações entre 0,77% em Natal e 8,43% em Vitória. Aracaju foi a única capital a não apresentar variação nesse período.
Para sustentar uma família de quatro pessoas com base na cesta mais cara (São Paulo), o salário mínimo ideal em maio de 2025 deveria ter sido de R$ 7.528,56. Esse valor corresponde a 4,96 vezes o salário mínimo vigente de R$ 1.518,00, representando uma pequena melhora em relação a abril, quando o salário necessário era de R$ 7.638,62 (5,03 vezes o piso).
O tempo médio de trabalho necessário no país para adquirir os produtos da cesta básica também apresentou melhora. Em maio de 2025, foram necessárias 107 horas e 43 minutos, menos do que as 108 horas e 55 minutos de abril e as 110 horas e 31 minutos de maio de 2024.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou neste fim de semana que o governo federal irá revisar o decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A decisão foi tomada após uma reunião com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e visa evitar a derrubada do texto pelo Congresso.
Segundo Haddad, parte do decreto original será mantida, mas o restante será substituído por uma medida provisória que deve rever isenções fiscais e ampliar a arrecadação com outros tributos. O novo texto só será apresentado após o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de viagem oficial à França.
“A ideia é reequilibrar o esforço fiscal sem onerar tanto setores estratégicos”, afirmou o ministro. Ele também confirmou que haverá redução nas alíquotas para o chamado “risco sacado” — modelo de crédito entre empresas — e ajustes em tributações sobre operações como planos VGBL (previdência privada) e retorno de investimentos estrangeiros, que passarão a ter isenção.
Com o recuo, o governo espera evitar desgaste político no Congresso. “O decreto será refeito”, resumiu Haddad. A arrecadação prevista inicialmente com a alta do IOF, que seria de cerca de R$ 20 bilhões, deve cair para algo entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões.
Para compensar a redução, a equipe econômica deve aumentar a carga tributária sobre outros setores. Entre os alvos estão:
Apostas esportivas (bets), que passarão a pagar 18% de imposto (hoje são 12%);
LCA e LCI, papéis de renda fixa do agronegócio e do setor imobiliário, que hoje são isentos e passarão a pagar 5% de IR;
Fintechs, cuja alíquota, hoje em 9%, pode subir para até 20%, reduzindo a vantagem sobre os bancos;
Juros sobre capital próprio (JCP), usados por grandes empresas para remunerar acionistas, também devem sofrer mudanças — ainda indefinidas.
A medida foi celebrada por líderes do Congresso, que consideram o recuo uma vitória. Hugo Motta classificou a reunião como “uma noite histórica” e defendeu o início de um debate mais amplo sobre isenções fiscais. “Chegamos a um nível insustentável de renúncias fiscais”, disse.
Davi Alcolumbre também destacou a importância de buscar soluções estruturais. “É preciso coragem para enfrentar temas sensíveis como esse”, afirmou o presidente do Senado.
Embora medidas que dependam de emenda constitucional estejam, por ora, fora do escopo da reforma, o governo deve abrir discussões sobre a unificação dos pisos constitucionais de saúde e educação e a redução de aportes ao Fundeb. A expectativa, no entanto, é que propostas nesse sentido enfrentem forte resistência, especialmente em ano pré-eleitoral.
A SCPAR Porto de Imbituba anuncia Joelson Duarte como novo diretor de Planejamento e Assuntos Regulatórios da autoridade portuária. A nomeação reforça a estratégia da empresa de fortalecer sua liderança com foco em governança, modernização e desenvolvimento sustentável.
Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Joelson possui ampla experiência na administração pública. Atuou como assessor parlamentar, diretor legislativo e financeiro na Câmara de Vereadores de Tubarão (SC), além de ter ocupado cargos de liderança na Fundação Municipal de Desenvolvimento Social do mesmo município.
Com uma sólida trajetória e visão estratégica, Joelson assume o desafio de conduzir as diretrizes de planejamento da autoridade portuária e garantir o cumprimento das exigências regulatórias do setor. Sua atuação será fundamental para apoiar o crescimento sustentável do Porto de Imbituba e alinhar suas operações aos mais altos padrões de conformidade e eficiência.
“Aceitar esse desafio é uma grande honra. Poder contribuir com o desenvolvimento do Porto e da cidade é motivo de orgulho. O Porto é o carro-chefe de Imbituba, e estarei dedicado de corpo e alma a essa missão”, declarou o novo diretor. Ele também destacou a intenção de colaborar ativamente com as ações de planejamento estratégico, somando esforços para aprimorar ainda mais os projetos em andamento.
Uma regata vai marcar as comemorações do aniversário de 165 anos de Itajaí – cidade catarinense que é considerada o principal polo náutico do Brasil – no próximo dia 14 de junho (sábado). O evento é promovido pela Marina Itajaí e faz parte da segunda etapa de seu Circuito de Regatas, a maior do Sul do Brasil. Com trajeto entre as praias Brava e Cabeçudas, a competição está com inscrições abertas pelo link https://forms.gle/8XKqdRazGGdjZ25DA. O evento conta ainda com a parceria do hotel Villa d’Ozio, que oferecerá diárias especiais, café com velejadores e almoço para acompanhar a largada.
A regata é destinada às classes ORC, BRA-RGS, RGS Cruzeiro e Bico de Proa (A e B). A programação tem início às 10h com reunião de comandantes e café da manhã na Marina Itajaí. Às 12h, inicia a movimentação para a largada da competição na Praia Brava. O encerramento está previsto para às 17h, com premiação e happy hour, também no complexo náutico.
Os vencedores ganharão medalhas e pontuarão para o ranking geral do circuito. Ao fim da temporada, que inclui seis etapas, os três primeiros colocados receberão prêmios. A primeira etapa reuniu 31 embarcações e 128 velejadores.
“O evento é uma homenagem à história de Itajaí e reafirma a identidade náutica da cidade, que tem no mar um de seus maiores patrimônios”, destaca Carlos Gayoso de Oliveira, diretor da Marina Itajaí. “Nossa proposta é fortalecer a vela como esporte, lazer e cultura, além de fomentar o turismo e contribuir para consolidar a cidade como referência náutica no Brasil”.
Parceria com Villa d’Ozio e café com velejadores
Durante o fim de semana da regata, o hotel parceiro do evento, Villa d’Ozio, localizado à beira-mar da Praia Brava de Itajaí, oferecerá condições especiais de hospedagem para quem deseja acompanhar a competição, que terá largada próxima ao estabelecimento. Haverá desconto na diária e os hóspedes ainda terão a oportunidade de participar do café da manhã na Marina Itajaí junto aos velejadores no dia do evento, em 14 de junho.
O hotel também servirá um almoço temático exclusivo, servido da sacada do lounge de onde é possível avistar os barcos, com menu inspirado na navegação e nos sabores do litoral. O cardápio inclui pratos refinados como polvo crocante com molho de pimentões grelhados, risoto de limão siciliano com camarões e bacalhau gratinado ao estilo português, além de sobremesas artesanais.
Mais informações e reservas de estadia no Villa d’Ozio podem ser obtidas pelo site https://villadozio.com.br ou pelo WhatsApp (47) 99151-9850.
Sobre a Marina Itajaí
Com início das operações em 2016, a Marina Itajaí está localizada no centro de Itajaí, SC, ao lado do Centreventos. Com 405 vagas secas e molhadas, mais de 20 salas comerciais e modernos equipamentos para até 75 toneladas são alguns dos diferenciais do complexo náutico. Além do posto de combustível com bandeira BR, sendo a única marina no sul do país com Diesel Verana. Possui espaço gastronômico com um restaurante internacional, o Zephyr Seafood & Sushi, com amplo estacionamento, ponto de carregamento de carros elétricos e heliponto. Foi a primeira marina do Brasil com certificação internacional ISO 14.001/2015 e Bandeira Azul.
Mais informações: https://www.marinaitajai.com/
Sobre o Villa d’Ozio
Com localização privilegiada, frente ao mar na badalada Praia Brava, em Santa Catarina, o Villa d’Ozio atende aos padrões da hotelaria internacional. Inaugurado em 2021, o hotel ao estilo boutique para maiores de 16 anos traz o aconchego de uma elegante “casa de praia”. Privativo, ideal para descanso, momentos a dois e contato com a natureza, é dedicado apenas para adultos. São 25 apartamentos, alguns com hidromassagem e outros com vista para a praia e jardins. Destaca a identidade catarinense e a colonização europeia por meio do aconchegante e sofisticado projeto arquitetônico e design de interiores de renomados escritórios e artistas brasileiros. Também oferece periodicamente eventos intimistas e experiências gastronômicas 100% artesanais, feitas no próprio restaurante, abertas ao público.
Mais informações: https://www.instagram.com/villadozio/ https://villadozio.com.br/
O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Portonave consolida os principais avanços da Companhia ao longo do ano. Desde 2009, o Terminal Portuário realiza a divulgação anualmente a partir das diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), organização internacional que estabelece uma série de parâmetros para a produção de relatórios de sustentabilidade. O relatório está dividido em seis capítulos: Perfil corporativo, Gestão íntegra, Operações e desempenho, Nosso time, Impacto social e Gestão ambiental. Acesse aqui para conferir.
Gestão íntegra
Desde 2021, a Portonave é certificada na ISO 37001 (Sistema de Gestão Antissuborno) – foi o primeiro terminal portuário de contêineres do país a obter a certificação. No ano passado, somente em capacitações relacionadas ao Código de Conduta foram 1,4 mil horas dedicadas, inclusive a empresa realizou uma palestra de sensibilização para os profissionais, ministrada pelo filósofo, escritor e ensaísta brasileiro Luiz Felipe Pondé, em alusão ao Dia Internacional Contra a Corrupção.
Eficiência
A Portonave registrou a melhor produtividade de navio entre os portos brasileiros, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), em 2024, com média de 118 Movimentos por Hora na operação dos contêineres por navio — representou um crescimento de 42% em relação ao ano passado.
Ao longo de 2024, foram movimentados 1,2 milhão de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) – com 48% de participação de mercado em Santa Catarina e 12% no Brasil. Desde o início das operações, em 2007, até 2024, foram 13 milhões de TEUs movimentados.
Investimentos constantes
Um marco importante teve início em 2024: a obra de adequação do cais – investimento de cerca de R$ 1 bilhão para o recebimento de navios maiores, com até 400 metros de comprimento. A obra também possibilitará a instalação do shore power – sistema capaz de alimentar os navios atracados por meio de energia elétrica. No momento, a primeira fase está com aproximadamente 90% em conclusão.
Uma das melhores empresas para se trabalhar
Além da eficiência e excelência nas operações, a Companhia investe em contratações, capacitações e programas para a saúde e bem-estar dos profissionais. No ano passado, ficou entre as 10 melhores empresas para se trabalhar na categoria de grande porte, em Santa Catarina, pelo Great Place to Work (GPTW).
A equipe do Terminal aumentou o seu quadro funcional em 11%, totalizando 1.230 profissionais diretos. Também foram dedicadas 117 mil horas a treinamentos internos — um crescimento de 13% em relação a 2023.
Impacto social
Mais do que contêineres, o Terminal Portuário contribui para um crescimento alinhado à sustentabilidade. Aproximadamente 138 mil pessoas foram beneficiadas por meio de 50 ações e projetos sociais apoiados pela Portonave. Na arrecadação de Imposto Sobre Serviços (ISS), a empresa representou 40% do valor arrecadado de ISS pelo município.
Foram R$ 9,14 milhões destinados para as ações por meio das leis de incentivo fiscal – o dobro em comparação com 2023. De modo direto, R$ 1,6 milhão foram investidos nas iniciativas. Entre as iniciativas, foram realizados o Programa Embarca Aí, capacitação para jovens para o mercado de trabalho com foco no segmento portuário e logístico, o Projeto Nadar, de aulas de natação, e Brigadista Mirim, que ensina técnicas de primeiros socorros, combate a princípios de incêndio e o cuidado com o meio ambiente para crianças.
Gestão ambiental
No último ano, a Companhia contabilizou 15.897,9 tCO2e (toneladas de carbono equivalente), uma redução de 4% em relação ao ano anterior, principalmente devido aos investimentos em infraestrutura sustentável, como a operação de um Terminal Tractor Elétrico, a instalação de painéis fotovoltaicos e a aquisição de energia renovável, que contribuem para a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
A geração de resíduos totalizou 1.039,8 toneladas, sendo que cerca de 800 toneladas foram recicladas e somente 93 toneladas de resíduos comuns foram destinadas a aterro sanitário. Em relação ao consumo de água, foram 32,8 megalitros de água – 29,5 megalitros de abastecimento público e 3,4 megalitros de captação de água da chuva – uma redução de quase 5% em relação a 2023.
Além disso, Navegantes ganhou um novo ponto turístico no último ano: o Parque Natural das Pedreiras. O projeto, em parceria com o Instituto Ambiental de Navegantes (IAN) e o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), teve investimento de cerca de R$ 1,1 milhão da Portonave, como compensação ambiental por obras realizadas no Terminal. Ao todo, o local tem cerca de 147 mil m² para lazer e conexão com a natureza.
Sobre a Portonave
A empresa está localizada em Navegantes, litoral Norte de Santa Catarina, e iniciou suas atividades em 2007 como primeiro terminal portuário privado do Brasil. Faz parte do grupo suíço Terminal Investment Limited (TiL) – que administra cerca de 70 terminais em cinco continentes. São 1,3 mil profissionais diretos e 5,5 mil indiretos. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), foi o mais eficiente em produtividade de navio no ano de 2024. Além do destaque pela excelência operacional, a Companhia está comprometida com as práticas ESG e desenvolve diversas ações e iniciativas voltadas aos aspectos ambientais
JOSÉ ZEFERINO PEDROZO
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc)
e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC)
Em tempos em que o mundo acompanha com apreensão a evolução de surtos zoonóticos, o Brasil dá mostras inequívocas de maturidade e excelência na gestão da defesa agropecuária. O recente episódio da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) identificado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, é exemplo eloquente de como o país tem estrutura, agilidade e, sobretudo, coesão para lidar com ameaças sanitárias sem comprometer sua cadeia produtiva ou a saúde pública.
A resposta à ocorrência em solo gaúcho não foi apenas eficaz — foi exemplar. Em pouco tempo, a detecção do foco, a contenção do vírus e a eliminação do risco foram conduzidas com base em critérios técnicos, protocolos internacionais e, principalmente, no esforço coordenado entre produtores, agroindústrias e instâncias governamentais. Essa articulação revela a fortaleza do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), que não é apenas uma estrutura burocrática, mas um verdadeiro escudo protetivo construído com ciência, vigilância e cooperação.
O SUASA, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal e por especialistas globais, articula o trabalho dos entes federativos e organiza a defesa sanitária do país com foco em inspeção, fiscalização e inocuidade alimentar. A legislação brasileira, robusta e minuciosa estabelece padrões rigorosos para a produção de alimentos de origem animal e vegetal, desde a rotulagem até o trânsito entre estados. Esses padrões não são meramente normativos; são baluartes de uma cultura sanitária consolidada, respeitada internacionalmente e sustentada por práticas que vão do campo à mesa.
Santa Catarina, nesse contexto, é um símbolo de excelência e perseverança. Fruto de uma jornada de décadas, o Estado construiu um sistema sanitário admirável, reconhecido por sua condição de área livre de febre aftosa sem vacinação desde 2007 e livre de peste suína clássica desde 1994 — conquistas respaldadas por organismos internacionais como a OIE. Essa realidade foi viabilizada por um ecossistema de cooperação raro, que alia o rigor técnico do Estado à dedicação dos produtores e ao protagonismo das agroindústrias. Cada nova certificação, cada mercado internacional conquistado carrega o selo da seriedade catarinense em vigilância agropecuária.
Não é por acaso que o Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), criado pelas agroindústrias e atuante em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e os Sindicatos Rurais, tornou-se referência nacional em apoio ao produtor no cumprimento das normas sanitárias. Trata-se de uma engrenagem onde o privado e o público não apenas coexistem, mas colaboram ativamente na construção de um bem comum: a sanidade agropecuária como patrimônio.
Quando se fala em defesa agropecuária no Brasil, não se trata apenas de proteger rebanhos e lavouras, mas de garantir o abastecimento seguro, fomentar a confiança do consumidor, preservar a imagem do país no exterior e movimentar bilhões em exportações. Cada produtor rural que cumpre exigências sanitárias, cada técnico que fiscaliza um frigorífico, cada gestor que investe em políticas públicas sanitárias participa da sustentação de um dos maiores patrimônios do agro brasileiro: a credibilidade.
O sistema brasileiro de defesa agropecuária, com sua inteligência coletiva e seus protocolos eficazes, é mais do que um modelo técnico — é uma expressão de civilidade e compromisso com o futuro.
JOSÉ ZEFERINO PEDROZO
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc)
e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC)
Em tempos em que o mundo acompanha com apreensão a evolução de surtos zoonóticos, o Brasil dá mostras inequívocas de maturidade e excelência na gestão da defesa agropecuária. O recente episódio da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) identificado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, é exemplo eloquente de como o país tem estrutura, agilidade e, sobretudo, coesão para lidar com ameaças sanitárias sem comprometer sua cadeia produtiva ou a saúde pública.
A resposta à ocorrência em solo gaúcho não foi apenas eficaz — foi exemplar. Em pouco tempo, a detecção do foco, a contenção do vírus e a eliminação do risco foram conduzidas com base em critérios técnicos, protocolos internacionais e, principalmente, no esforço coordenado entre produtores, agroindústrias e instâncias governamentais. Essa articulação revela a fortaleza do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), que não é apenas uma estrutura burocrática, mas um verdadeiro escudo protetivo construído com ciência, vigilância e cooperação.
O SUASA, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal e por especialistas globais, articula o trabalho dos entes federativos e organiza a defesa sanitária do país com foco em inspeção, fiscalização e inocuidade alimentar. A legislação brasileira, robusta e minuciosa estabelece padrões rigorosos para a produção de alimentos de origem animal e vegetal, desde a rotulagem até o trânsito entre estados. Esses padrões não são meramente normativos; são baluartes de uma cultura sanitária consolidada, respeitada internacionalmente e sustentada por práticas que vão do campo à mesa.
Santa Catarina, nesse contexto, é um símbolo de excelência e perseverança. Fruto de uma jornada de décadas, o Estado construiu um sistema sanitário admirável, reconhecido por sua condição de área livre de febre aftosa sem vacinação desde 2007 e livre de peste suína clássica desde 1994 — conquistas respaldadas por organismos internacionais como a OIE. Essa realidade foi viabilizada por um ecossistema de cooperação raro, que alia o rigor técnico do Estado à dedicação dos produtores e ao protagonismo das agroindústrias. Cada nova certificação, cada mercado internacional conquistado carrega o selo da seriedade catarinense em vigilância agropecuária.
Não é por acaso que o Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), criado pelas agroindústrias e atuante em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e os Sindicatos Rurais, tornou-se referência nacional em apoio ao produtor no cumprimento das normas sanitárias. Trata-se de uma engrenagem onde o privado e o público não apenas coexistem, mas colaboram ativamente na construção de um bem comum: a sanidade agropecuária como patrimônio.
Quando se fala em defesa agropecuária no Brasil, não se trata apenas de proteger rebanhos e lavouras, mas de garantir o abastecimento seguro, fomentar a confiança do consumidor, preservar a imagem do país no exterior e movimentar bilhões em exportações. Cada produtor rural que cumpre exigências sanitárias, cada técnico que fiscaliza um frigorífico, cada gestor que investe em políticas públicas sanitárias participa da sustentação de um dos maiores patrimônios do agro brasileiro: a credibilidade.
O sistema brasileiro de defesa agropecuária, com sua inteligência coletiva e seus protocolos eficazes, é mais do que um modelo técnico — é uma expressão de civilidade e compromisso com o futuro.
No dia 1º de junho, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, conclui com sucesso a transição para o sistema operacional de terminal CTOS (Container Terminal Operation System), utilizado como padrão pelos terminais administrados pela China Merchants Port Holding Company (CMPort), maior desenvolvedor, investidor e operador de portos públicos da China. A mudança aconteceu com um mês de antecedência ao planejado e o processo de migração de dados durou cerca de 7 horas.
Atualmente, o sistema CTOS e os sistemas de desenvolvimento secundário de suporte local mantêm uma operação estável e desempenho confiável. As operações do Terminal e o serviço ao cliente avançam de forma ordenada.
Durante a implementação do projeto, a TCP registrou cerca 1.200 novas melhorias de funcionalidade ao CTOS. A revisão e adaptação do sistema abrange um grande número de características personalizadas, como o acesso ferroviário exclusivo à TCP, processos de digitalização, além dos serviços do armazém alfandegado de importação, do transporte multimodal KBT e de faturamento.
O CTOS também traz melhorias no gerenciamento de informações sobre cargas movimentadas na ferrovia, cargas gerais, clientes finais e motoristas externos. Outras vantagens e aplicações do sistema estão em fatores mais precisos de gerenciamento de produtividade, de equipamento de pátio e cais, e de permissões de usuários.
Esses novos cenários de negócios enriquecem ainda mais a funcionalidade do CTOS, levando o sistema a evoluir para uma plataforma flexível e configurável, orientada por feedbacks em tempo real.
O projeto CTOS da TCP é complexo, de ciclo longo, de amplo impacto e com padrões rigorosos, mas a mudança do sistema não impediu que o Terminal seguisse operando continuamente com alto padrão de excelência. As equipe da TCP e da China Merchants International Technology Company superaram desafios, como barreiras linguísticas, grande diferença de fuso entre China e Brasil, o rigoroso processo de supervisão alfandegária, a complexidade das operações do Terminal, rodadas de testes, atualizações, migração de dados, até finalmente concluir com sucesso o lançamento do primeiro projeto de transição na América do Sul.
À medida que o sistema CTOS entra em uma fase de operação estável, no futuro, a TCP avançará ainda mais na estratégia de tração nos eixos de “digitalização e de baixa emissão de carbono”, continuando a consolidar sua posição regional na indústria e se tornando o maior fornecedor de serviços portuários para os clientes na costa leste da América do Sul.
Jovens em busca do primeiro emprego podem se assustar diante das “exigências” do mercado, como inglês, experiência, habilidades técnicas e comportamentais.
Mas o que as empresas realmente esperam de quem está começando? “Não é perfeição. É clareza, atitude e potencial”, diz Rafaela Soares, especialista em carreiras.
Segundo ela, muitos candidatos deixam de se movimentar por acharem que precisam estar 100% prontos. “Mas o mercado valoriza quem demonstra vontade de aprender, não quem já sabe tudo.”
Para ajudar quem está iniciando a jornada profissional, a Indústria News lista atitudes que aumentam as chances de sucesso. Confira:
1. Comece por você – Antes de pensar em currículo ou vaga, olhe para dentro. Identifique suas habilidades naturais, seus interesses e valores. Ter clareza sobre si mesmo é o primeiro passo para se posicionar com mais segurança.
2. Escolha uma direção – Quem está começando não precisa dominar várias áreas, mas sim ter foco. Definir uma área de interesse, como marketing, logística ou atendimento, ajuda a montar um currículo coerente e a se apresentar de forma mais assertiva.
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Manter uma postura positiva, mesmo diante dos primeiros "não", é importante na jornada
3. Aprenda o que importa – Cursos rápidos, projetos voluntários, oficinas e eventos da área podem fazer diferença. Mais do que títulos, o que conta é mostrar que você está em movimento, buscando aprender e se desenvolver.
4. Construa sua presença digital – O LinkedIn é uma das principais portas de entrada para quem está começando. Use a rede para mostrar seus aprendizados, interagir com profissionais e demonstrar interesse genuíno pelo setor que escolheu.
5. Busque conexões e conselhos – Conversar com quem já está no mercado pode encurtar caminhos e evitar frustrações. Perguntar o que aquela pessoa faria diferente se estivesse começando hoje pode trazer aprendizados valiosos.
6. Entenda que o “não” faz parte – Rejeições vão acontecer, e não significam que você não serve. Cada entrevista e cada processo seletivo trazem aprendizados. Persistência e preparo emocional são fundamentais.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
A economia de Santa Catarina cresceu 7,6% de janeiro a março de 2025 em comparação com igual período do ano passado, de acordo com o indicador de desempenho econômico medido pelo Banco Central. O IBCR do primeiro trimestre superou a média nacional do primeiro trimestre, que foi de 3,7%. O indicador, considerado uma prévia do PIB, subiu 8,1% em março em relação ao mesmo período de 2024, também acima da média nacional, que foi de 3,5% no período.
Dados compilados pelo Observatório FIESC mostram que, no acumulado dos três primeiros meses do ano, o desempenho da atividade econômica catarinense foi puxado pelos resultados da indústria. A produção industrial no primeiro trimestre cresceu 8,5%, enquanto o comércio ampliado avançou 6,4% e os serviços tiveram incremento de 4,8% de janeiro a março. A atividade econômica de SC foi a segunda que mais cresceu no período dentre os estados pesquisados pelo Banco Central, ficando atrás apenas do Paraná, que apresentou alta de 8,5%.
Na indústria, o avanço teve como destaques a fabricação de produtos de metal, impulsionado pela demanda da construção civil e pelo agronegócio. O setor de máquinas e equipamentos também contribuiu para o bom desempenho da atividade industrial catarinense, beneficiado por demandas de outras indústrias e pelo bom desempenho nas exportações, explica a economista Camila Morais, do Observatório FIESC.
Consumo em alta
Na esteira do elevado nível de consumo das famílias, no comércio ampliado, as vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico impulsionaram o resultado, com crescimento de 17,2%. A comercialização de produtos têxteis e de vestuário também contribuíram, com alta de 9,9%, bem como as vendas de material de construção, que subiram 9,7% no primeiro trimestre.
No setor de serviços, também favorecido pelo consumo familiar, o segmento de serviços prestados às famílias avançou 13,3%, enquanto as atividades turísticas cresceram 11,3%.
De acordo com Camila, esse resultado está diretamente relacionado à manutenção de uma demanda doméstica aquecida, sustentada pelo crescimento do rendimento médio real do trabalho, que segue em trajetória positiva na comparação com o mesmo período do ano passado.
“A continuidade de um mercado de trabalho aquecido tem ampliado o poder de compra da população, estimulando o consumo e contribuindo para o crescimento econômico de Santa Catarina”, explica.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
A BNT Mercosul realizou sua 31ª edição neste final de semana, 30 e 31 de maio, em Balneário Camboriú. O evento teve a circulação de 7.552 profissionais do turismo nos dois dias, mais de 500 marcas espalhadas em estandes que representaram destinos brasileiros e representantes de pelo menos 70 operadoras do Brasil e países vizinhos destacando-se como um dos principais encontros do turismo nacional.
A grande novidade deste ano foi o lançamento do Mapa de Ouro, uma premiação inédita que reconhecerá os destinos e empresas preferidos dos agentes de viagens, com o resultado sendo divulgado em 2026, durante a 32ª BNT.
Idealizada por Geninho Goes, a edição de 2025 contou com a presença de profissionais de 333 cidades brasileiras e 62 cidades estrangeiras, reunindo profissionais de cinco países da América do Sul: Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
O CEO da BNT aponta que a qualidade do evento, que é uma verdadeira vitrine do turismo brasileiro, se reflete nos números e qualidade do público. “A BNT é e sempre foi uma vitrine de oportunidades. Temos vários eventos no Brasil, e a BNT é o único onde os destinos são 100% nacionais - são cidades, estados, parques, hoteis e receptivos que querem vender os seus produtos. O foco da BNT é promover e fomentar os negócios nacionais - é aqui onde todos os interessados no fluxo turístico podem se reunir, discutir, realizar contatos e fechar negócios”, diz.
A grande novidade: Mapa de Ouro
Foi pensando nisso que foi lançada a premiação inédita que reconhecerá os destinos e empresas mais reconhecidas pelos profissionais do turismo. A seleção dos indicados será feita por profissionais do setor — agentes de viagens, operadores de turismo, jornalistas especializados e influenciadores — que, na primeira etapa, poderão sugerir um nome para cada uma das 20 categorias da premiação. As categorias abrangem meios de hospedagem, transporte, destinos, atrativos e serviços turísticos, e os indicados devem refletir a opinião de quem mais entende do assunto: os profissionais que vendem turismo e conhecem de perto as preferências do público.
A votação já está disponível no site da BNT (https://www.bntmercosul.com.br/) no botão "Vote no Mapa de Ouro", e será realizada até setembro de 2025. Os três mais votados em cada categoria avançarão para a etapa final, onde haverá uma nova rodada de votação. Os vencedores serão anunciados e premiados durante um evento especial em 2026 BNT Mercosul.
Capacitações e rodada de negócios
Durante os dois dias do evento, foram realizadas mais de 30 capacitações com destinos e atrativos em destaque - Pará, Maranhão, Sergipe, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Unipraias, Barco Pirata, Multiparque, Costão do Santinho, Bahia, Joinville e Rio Grande do Norte - proporcionando aos agentes conhecimento especializado sobre os atrativos turísticos oferecidos. Neste ano, além das capacitações que aconteceram no ExpocentroBC Julio Tedesco, ainda houve eventos externos, com almoços e jantares junto de capacitações, oferecidos pelos destinos e atrativos diretamente aos agentes e operadores de viagens.
Ao todo, foram mais de 2500 assentos ocupados nas salas de capacitação em destinos diferentes. Além disso, a Rodada de Negócios, realizada no sábado (31) pela manhã, possibilitou a realização de contatos comerciais, fomentando parcerias e expandindo o networking entre operadores e fornecedores.
Importância da BNT para o turismo nacional
A cerimônia de abertura, na sexta-feira (30), foi um momento onde o idealizador da BNT, Geninho, trouxe uma reflexão prática sobre o papel do turismo no cenário econômico e sobre a importância da BNT na geração de riqueza para o turismo nacional, compartilhou o sucesso do evento e agradeceu a parceiros, amigos e familiares que estiveram ao seu lado nestes 31 anos.
"Somos um evento próspero, que cria um cenário para a geração de negócios e empregos para o turismo brasileiro. É preciso admitir que estamos aqui por dinheiro, mas nenhum negócio prospera por tanto tempo se não tiver propósito, seriedade e responsabilidade", afirmou Geninho Goes.
A presença de autoridades do turismo nacional também marcou a sexta-feira. Os convidados reforçaram a evolução e fortalecimento do mercado turístico brasileiro.
Além de todas as atividades, a parceria entre a BNT Mercosul e atrativos turísticos de Balneário Camboriú proporcionou experiências e visitas técnicas por operadores, agentes e imprensa especializada, que puderam conhecer os atrativos e a cidade de forma mais detalhada.
Para Andrezza Negrini, presidente do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau, parceiro institucional do evento, a BNT acontecer em Balneário Camboriú é de grande importância porque atrai muitos visitantes, expositores e agentes e operadores de viagens de diversas partes do Brasil e do Mercosul. “Receber esse evento em nossa cidade é sempre motivo de celebração, não só pelo impacto que ele gera na economia e no turismo da região, mas também pela representatividade que a BNT tem no cenário nacional. São milhares de profissionais reunidos, trocando experiências, fortalecendo negócios e promovendo destinos turísticos de todo o Brasil – e é emocionante ver Balneário Camboriú no centro disso tudo. Ver a cidade movimentada, os hoteis cheios, os restaurantes aquecidos, o trade unido... é o reflexo do quanto o turismo é uma engrenagem poderosa para o nosso desenvolvimento", afirma.
Sobre a BNT
Esta edição conta com as Participações Especiais: Ministério do Turismo, Governo Federal Brasil, Secretaria de Estado do Turismo de Santa Catarina - Setur/SC, Balneário Camboriú, Unipraias, Multiparque, Costão do Santinho, Barco Pirata, Maranhão, Sergipe, Pará e Rio Grande do Sul.
Siga a BNT Mercosul no Instagram @bntmercosul. Para saber mais, visite o site bntmercosul.com.br.